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De acordo com Brito (1995), há vários tipos de empréstimos linguísticos em Libras aos quais os usuários da língua recorrem. São eles: empréstimo lexical, empréstimo por inicialização, empréstimo de sinais de outras línguas de sinais, empréstimo de domínio semântico e empréstimo de ordem fonética. Sobre o empréstimo linguístico por inicialização é correto afirmar:
De acordo com Quadros e Karnopp (2004), os verbos na Libras estão basicamente divididos em três classes: verbos simples, verbos com concordância e verbos espaciais. São exemplos de verbos com concordância:
Sobre a estrutura morfológica da Libras é correto afirmar:
Sobre a incorporação de negação na Libras é correto afirmar:
Sobre o estatuto linguístico das línguas de sinais é correto afirmar que:
Para entender como se dá o arranjo sintático da Libras é necessário conhecer um pouco sobre o componente verbal dessa língua, visto que, na articulação das sentenças, o sintagma verbal tem um papel bastante importante. Sobre a ordem das palavras na Libras é correto afirmar que:
Um exemplo de empréstimo por inicialização é o sinal N-U-N-C-A, exatamente por ser constituído pela soletração manual.
Um exemplo de empréstimo linguístico por inicialização é o sinal ANO, cuja a origem é outro sinal de mesmo valor semântico da ASL.
Tipo de empréstimo linguístico que recorre à utilização de uma configuração de mão correspondente à primeira letra da palavra equivalente em português.
O empréstimo por inicialização é obtido pela tentativa de representação visual do som que constitui a palavra em português, tal como ela é percebida pelo surdo.
No empréstimo por inicialização a soletração ganha uma velocidade própria da Libras, sendo necessária apenas a indicação da primeira e última letra da palavra em português, como no sinal A-Z-U-L.
IR e PERGUNTAR.
DAR e INVENTAR.
CHEGAR e VIAJAR.
DIZER e COLOCAR.
PROVOCAR e ENSINAR.
Na Libras, os nomes (substantivos) apresentam classificação de gênero incorporada ao sinal, indistintamente para pessoas e animais.
O grau dos adjetivos em Libras se realiza continuamente, e especificamente, pelo movimento rápido ou curto. Este aumento ou diminuição de velocidade do movimento tem a função de intensificador incorporado.
A pluralidade na Libras é obtida pela repetição do sinal, pela anteposição ou posposição de sinais indicativos dos números, ou através do movimento semicircular que deverá abranger as pessoas ou objetos do discurso.
Um processo morfológico muito comum na Libras é a mudança de classe gramatical dos sinais, como por exemplo a derivação de nomes e verbos. Essa mudança de classe é caracterizada pela alteração da configuração de mãos.
A Libras apresenta três pessoas do discurso, em todos os casos, do singular e do plural, a configuração de mãos utilizada é a mão em G; na primeira pessoa, o indicador aponta para o peito do locutor; nas demais pessoas, a apontação será para pontos no espaço.
A incorporação de negação na língua de sinais brasileira não é um processo produtivo, pois não representa mudança de significado na realização do sinal.
A expressão facial de negação incorporada ao sinal, sem a alteração de nenhum dos parâmetros linguísticos não confere ao sinal um significado de negação.
A negação na língua de sinais brasileira acontece através de adições sequenciais de afixo, modificadores de movimento e expressões faciais de negação.
Na incorporação de negação na língua de sinais brasileira o sinal sofre alteração em um de seus parâmetros, o que representa mudança de significação do sinal.
A negação na língua de sinais brasileira acontece, apenas, através do balanceamento da cabeça para os lados, como acontece nos verbos PRECISAR e NÃO-PRECISAR.
São sistemas de comunicação não-verbal, onde o corpo fala através de gestos, expressões faciais e posturas.
São sistemas linguísticos equivalentes às línguas orais de seus países que se materializam no uso do corpo e do espaço.
As línguas de sinais são sistemas de comunicação gestual artificial, baseadas nas comunicações de gestos espontâneos dos ouvintes.
São sistemas de comunicação compostos por elementos de duas ou mais línguas, utilizada como forma de comunicação entre comunidades linguísticas diferentes.
São línguas naturais e, consequentemente, compartilham uma série de características que lhes atribui caráter específico e as distingue dos demais sistemas de comunicação.
É característica das línguas de sinais, assim como na Libras, uma construção em SVO sem o argumento preenchido, como em <SILVIO DAR>, neste caso, a ausência do argumento não torna esta sentença agramatical.
Morais (2013) pontua que a articulação dos verbos simples costuma se dar ancorada ao corpo ou bem próximo a ele, com pouco uso do espaço de sinalização, como em: COMER, AMAR, GOSTAR, SENTIR, QUEBRAR, CONHECER.
Na Libras, na topicalização, o objeto é movido para o centro esquerdo da sentença e assim funciona como um pré-anúncio daquilo que vai ser exposto na sentença (IGNACIO, 2007). Por exemplo:<DANÇAR> <CARLA> <GOSTAR> .
Para Brito (1995), os verbos direcionais apresentam flexão, por meio do movimento de partida, marcam o objeto, ao passo que o ponto de chegada define o sujeito da sentença, como em: AJUDAR, AVISAR, RESPONDER, PROVOCAR.
Com relação aos verbos direcionais, a ordem SVO será uma consequência da própria fonologia do sinal do verbo em questão. O verbo carrega as marcas do objeto ponto que inicia e encerra sua direcionalidade (QUADROS; KARNOPP, 2004).