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23/09/2025 • 14 min de leitura
Atualizado em 23/09/2025

A Figura do Índio: Romantismo vs. Modernismo

A Figura do Índio na Literatura Brasileira: Romantismo, Modernismo e a Voz Indígena

1. Introdução Didática: O Contexto Histórico e a Origem da Representação Indígena

A presença dos povos indígenas na Literatura Brasileira tem sido, ao longo dos séculos, um espelho das ideologias vigentes e das dinâmicas de poder no país. Para compreender o contraste entre a figura do índio no Romantismo e no Modernismo, é essencial estabelecer a base dessa representação, que se inicia no período colonial.

1.1. O Estereótipo na Literatura Brasileira

Os resultados de pesquisas apontam que a representação dos povos indígenas na literatura tende a ser estereotipada, retratando-os de forma constante como selvagens ou passivos. Essa visão desconsidera a importância dos nativos na formação do país e suas lutas históricas contra a expropriação pelos colonizadores. O objetivo de estudos críticos é superar esses estereótipos e promover uma análise social das obras produzidas ao longo do tempo.

1.2. A Visão do Colonizador (Quinhentismo: Século XVI)

O processo de colonização do Brasil não se limitou à exploração material, mas também afetou profundamente as pessoas e suas culturas. Mediante uma perspectiva europeia de civilização, os colonizadores, com uma postura etnocêntrica (crendo ter uma cultura superior), tentaram apagar as culturas indígenas, ignorando seus modos de vida, rituais e crenças.

A representação inicial do indígena está na literatura de viagem ou de informação do Quinhentismo. A Carta de Pero Vaz de Caminha, datada de 1500, descreve os nativos de língua Tupi como "pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos". Caminha nota que eles andavam nus, "sem nenhuma cobertura" e com "tanta inocência como em mostrar o rosto".

Conteúdo Cobrado em Concursos: Essa visão quinhentista é frequentemente apresentada como a fundação do estereótipo do "bom selvagem" ingênuo ou, em contraste, do "selvagem" que não resistiu ao processo de colonização, sendo descrito como passivo. Outros cronistas, como Pêro Magalhães Gândavo, foram além, descrevendo os indígenas como "mui desumanos e cruéis", inclinados a pelejar e vingativos. Gândavo contribuiu para a imagem de selvagens e agressivos que se enraizou na mente popular.

2. O Indianismo Romântico (Século XIX): O Herói Idealizado

2.1. Contexto, Geração e a Busca pela Identidade Nacional

O Romantismo (Século XIX) surge como um dos períodos de maior destaque para a temática indígena na literatura. A chegada da Família Real em 1808 e, principalmente, a Independência do Brasil em 1822 impulsionaram a criação de uma identidade nacional.

Na Europa, o Romantismo idealizava o cavaleiro medieval. Como o Brasil não vivenciou historicamente a Idade Média, os intelectuais e artistas precisaram encontrar um herói genuinamente nacional. O indígena foi eleito como o símbolo da nacionalidade e do patriotismo.

O indianismo constituiu uma maneira de praticar o Romantismo, enraizando-o no contexto brasileiro e ligando-se profundamente ao nacionalismo. O Romantismo, no Brasil, é visto como um projeto oficial com profunda ligação política.

O Herói Romântico (Bom Selvagem):

  • Idealização: O índio era divinizado. Identificado com o "bom selvagem" de Jean Jacques Rousseau, o homem primitivo era considerado puro e inocente, ainda não corrompido pela civilização.

  • Modelo Europeu: Ao índio foram adicionadas características civilizadas e traços que o assemelhavam aos cavaleiros medievais: nobreza, força, coragem, lealdade e ética. Isso desfigurava a imagem real do nativo, criando uma figura utópica.

  • Linguagem: As obras utilizavam uma linguagem lírica, rebuscada e estilizada, com forte teor lírico.

2.2. Autores Centrais e Obras Canônicas

A. Gonçalves Dias: O Poeta Indianista

Gonçalves Dias é considerado o maior poeta indianista do Romantismo. Suas obras abordaram a adoração aos ambientes nacionais.

  • I-Juca-Pirama (1851): Este poema épico é um dos mais importantes do indianismo gonçalvino. Ele exalta a coragem, honra e força física do guerreiro Tupi, que se oferece em sacrifício pelo pai. Apesar de ser indianista, a linguagem do poema (rebuscada, com rimas e lirismo) denota um índio "europeizado". O autor, em que pese seu conhecimento etnográfico, idealizou o índio.

B. José de Alencar: A Prosa e a Trilogia Indianista

José de Alencar foi um precursor do Romantismo brasileiro, cuja produção diversificada visava a construção da cultura nacional.

  • A Trilogia: Os três romances indianistas de Alencar — O Guarani (1857), Iracema (1865) e Ubirajara (1874) — constroem a imagem nobre e primitiva do índio brasileiro, muitas vezes como um herói/arquétipo medieval.

  • Iracema (1865): É frequentemente cobrada em exames por sua função alegórica. É um poema em prosa que narra a lenda da fundação do Ceará.

    • Alegoria da Formação Nacional: Iracema (anagrama de América) é descrita com características da natureza brasileira (cabelos negros como a asa da graúna, talhe de palmeira, lábios de mel). Ela representa a América.

    • O Encontro e a Perda: O romance relata o amor entre Iracema e o guerreiro branco Martim (analogia com o colonizador, a Europa). O pecado de Iracema é ceder sua virgindade a Martim, transferindo o poder para o estrangeiro.

    • Moacir: O filho do casal significa "filho do sofrimento". Moacir (o "primeiro cearense") é o resultado da miscigenação. A narrativa sugere que a miscigenação resulta em dor, perdas e sofrimento, pois a cultura mais forte (europeia) se impõe sobre a nativa.

    • Submissão: O romance destaca a figura do índio em condição de subalternidade. Iracema morre, e Peri (em O Guarani) precisa ser batizado para salvar a filha do fidalgo, submetendo-se ao colonizador.

2.3. Exceções e Variações no Romantismo (Conteúdo Prioritário para Análise Crítica)

Em concursos de alto nível, são frequentemente exigidas a capacidade de identificar nuances e contradições.

A. A Crítica à Colonização em Alencar (Ubirajara)

Apesar da tendência idealizante, Alencar apresenta uma exceção em Ubirajara (1874), sua última obra indianista.

  • Antes do Contato: Ubirajara trata do indígena em momentos anteriores ao encontro com os colonizadores.

  • Denúncia da Violência: Em uma nota etnográfica apensa à lenda, Alencar sugere uma leitura da colonização portuguesa como um feito de violência, defendendo os tupis da pecha de traidores.

B. Maria Firmina dos Reis e a Impossibilidade da Harmonia (Gupeva)

Maria Firmina dos Reis, uma das primeiras romancistas mulheres, oferece uma perspectiva distinta da miscigenação harmoniosa proposta por Alencar.

  • Gupeva (1861): O conto enfatiza a "impossibilidade" da mistura das raças, retratando um embate violento entre elas.

  • Novo Olhar: A autora apresenta um francês desonesto e aproveitador, em contraste com o indígena virtuoso e honesto Gupeva. A autora propõe uma perspectiva inédita sobre a questão nacional, baseada na impossibilidade de sua fundação harmoniosa, contrariando o mito de Alencar.

3. O Modernismo (Século XX): O Herói Desidealizado e a Antropofagia

O Modernismo, especialmente sua primeira fase (1922-1930), surge com o objetivo de ruptura com o passado e a busca por uma identidade nacional autêntica, com a "cara do brasileiro".

3.1. Mário de Andrade e a Rapsódia de Macunaíma

Publicada em 1928, a obra Macunaíma: o herói sem nenhum caráter, de Mário de Andrade, é um marco na desconstrução da figura romântica.

  • Desconstrução do Herói: Mário de Andrade rompe com a tradição romântica da idealização. Macunaíma é apresentado como um anti-herói, um ser preguiçoso, malicioso, esperto e cheio de artimanhas. Sua frase mais costumeira é: "Ai! Que preguiça!".

  • O Herói de Múltiplas Faces: Macunaíma é um herói que incorpora as várias faces do Brasil plural e o ideal mestiço do brasileiro. Ele sai do Amazonas para São Paulo em busca do muiraquitã roubado, enfrentando o desenvolvimento, o capital e a mudança cultural.

  • Gênero e Linguagem: A obra é definida como uma rapsódia, uma colagem livre de mitos, folclore, histórias de origens variadas, provérbios, neologismos e palavras em tupi. O autor prioriza o uso da linguagem falada cotidianamente, do "brasileiro falado", em oposição ao "português escrito" e erudito do Romantismo.

  • Mitologia: Mário de Andrade utiliza recortes da mitologia indígena (povos Taulipang e Arekuná), dando importância a culturas originais e realistas, fora do idealismo romântico. O nome Makunayma, em sua língua original, significa "O Grande Mau".

Conteúdo Prioritário – Crítica e Exceção: A utilização do mito de Macunaíma por Mário de Andrade é marcada pela apropriação cultural. Macunaíma, que era visto como uma divindade baseada no senso de justiça por seu povo, foi tratado por Andrade como um ser possuidor de características e sentimentos humanos, fugindo às suas raízes originais.

3.2. Oswald de Andrade e o Movimento Antropofágico

O Modernismo buscou a identidade brasileira e sua manifestação nas artes, frequentemente em sintonia com movimentos de vanguarda que rejeitavam o passadismo e o academicismo. Oswald de Andrade, um dos promotores da Semana de 22, deu grande destaque à temática indígena com o Manifesto Antropófago (1928).

  • Tupi or not Tupi: O Manifesto Antropófago repercutiu a emblemática indagação: "Tupi or not Tupi that is the question".

  • Ideologia: O antropofagismo defendia a absorção crítica da cultura estrangeira para transformá-la em algo essencialmente brasileiro. Tratava-se de um movimento para que a cultura do "Outro" não ultrapassasse as barreiras coloniais.

Conexão Contemporânea (Re-Antropofagia): O artista indígena contemporâneo Denilson Baniwa revisita o Modernismo, propondo uma "re-antropofagia". Em sua arte, Baniwa descontrói os estereótipos modernistas e propõe uma reapropriação das cosmogonias indígenas, desafiando a perspectiva eurocêntrica. O artista, por exemplo, tensiona o aforismo de Oswald em uma obra intitulada “tupi, or not tupi that is the question”, utilizando a figura do Marquês de Pombal para simbolizar o apagamento das culturas indígenas.

4. Dicotomia Central: Romantismo vs. Modernismo

A figura do índio serve como um ponto de intersecção onde o nacionalismo das duas escolas se encontra, mas é abordada com visões totalmente divergentes.

Característica

Romantismo Indianista (Século XIX)

Modernismo (1ª Fase - Século XX)

Figura do Índio

Herói Idealizado. Símbolo épico. Leal, forte, puro (Bom Selvagem de Rousseau).

Anti-Herói/Herói Sem Caráter. Humanizado, preguiçoso, esperto, malicioso.

Propósito

Criação de um passado mítico-histórico e de um herói nacional nos moldes do cavalheirismo europeu.

Busca por uma identidade nacional real (brasilidade), rompendo com o tradicionalismo e mostrando a face miscigenada e com defeitos do brasileiro.

Linguagem

Lírica, rebuscada, estilizada. Prioriza o "português escrito".

Coloquial, popular, irreverente. Uso de neologismos, regionalismos e palavras em tupi. Prioriza o "brasileiro falado".

Obra Central

Iracema (José de Alencar) e I-Juca-Pirama (Gonçalves Dias).

Macunaíma: o herói sem nenhum caráter (Mário de Andrade).

Foco Cultural

Natureza idealizada. Submissão do nativo ao colonizador.

Mitologia, folclore, crendices populares (Anhangá, Mapinguari, Saci-Pererê, etc.).

5. A Grande Exceção Contemporânea: Da Literatura Indianista à Literatura Indígena de Autoria

É fundamental para o estudante moderno e para os concursos públicos distinguir a Literatura Indianista (produzida por não-indígenas) da Literatura Indígena de Autoria (produzida pelos próprios nativos).

5.1. Indianismo (A voz do Outro) vs. Literatura Indígena (A Própria Voz)

A literatura indianista (Quinhentismo, Romantismo e parte do Modernismo) é escrita por homens brancos e letrados, que buscaram revelar o indígena de forma caricata, idealizada e distante. Em suma, o indianismo foi a voz do outro, o olhar estrangeiro sobre o universo indígena.

A Literatura Indígena (ou Literatura Nativa, termo defendido por autores como Olívio Jekupé) é aquela escrita, ilustrada e idealizada pelos próprios indígenas, a partir de suas vivências (rurais ou urbanas), de forma individual ou coletiva.

Essa literatura é um ato político, um espaço de luta e identidade, que utiliza a escrita (uma tecnologia do branco) como ferramenta de resistência e registro da memória oral.

5.2. O Papel e a Importância dos Autores Indígenas

O movimento de produção literária indígena ganhou força no final dos anos 1970, seguindo a consciência política e a organização social indígena pela garantia de direitos. O impresso pioneiro desta literatura foi Todas as vezes que dissemos adeus (1994), de Kaká Werá Jekupé.

Autores de Destaque: Daniel Munduruku (com mais de 50 livros publicados), Eliane Potiguara, Graça Graúna, Olívio Jekupé, Ailton Krenak, e Edson Kayapó, entre outros.

  • Afirmação Cultural: Os autores indígenas buscam contar suas próprias histórias, sem mediadores, e promover à sociedade não indígena o conhecimento de suas etnias, cosmologias e crenças, combatendo o preconceito.

  • Material Didático: A literatura indígena é considerada um instrumento fundamental, especialmente no ambiente escolar, pois os livros produzidos por não-indígenas frequentemente não servem para a formação dos povos nativos, por estarem desalinhados com seu modo de ser.

Conceito de Literatura Nativa: Olívio Jekupé defende que a produção indígena é uma literatura nativa, pois ela é a sua vida, a sua forma de viver, enquanto a literatura indianista (como a de Alencar) era uma ficção criada por não-indígenas. Embora o termo "nativo" possa ser mais abrangente (incluindo sertanejos, quilombolas, etc., que são naturais de um lugar), Daniel Munduruku prefere "literatura indígena" para marcar um território de escrita realizado por gente originária.

Proposição Didática (Exceção/Conceito): Toda literatura indígena é nativa, mas nem toda literatura nativa é indígena.

5.3. Lei 11.645/2008

O reconhecimento dos indígenas como sujeitos históricos e sua contribuição para a formação nacional foi reforçado pela promulgação da Lei nº 11.645 de 2008.

  • Obrigatoriedade: Esta lei regulamenta a obrigatoriedade do Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena em todos os níveis de ensino.

  • Conteúdo Priorizado: O conteúdo programático deve incluir a luta dos povos indígenas no Brasil, a cultura indígena e suas contribuições nas áreas social, econômica e política pertinentes à história do Brasil.

A produção literária e cultural indígena atual (livros, filmes, podcasts, sites) cresce e se torna uma armadilha (no sentido de despertar a consciência) para a sociedade brasileira, forçando-a a se aproximar da realidade histórica e da diversidade dos povos.

6. Dúvidas Comuns e Aprofundamento Crítico

6.1. Qual é a diferença fundamental entre o Indianismo Romântico e o Indianismo Modernista?

A diferença reside principalmente na perspectiva ideológica e na linguagem.

  1. Idealização vs. Realismo: O Romantismo buscou criar um herói idealizado (o "bom selvagem") para fundar um passado mítico para a nação, usando o índio como um substituto do cavaleiro medieval. O Modernismo, com Mário de Andrade, buscou um herói desidealizado e realista (ou "anti-herói"), que refletisse a miscigenação, os defeitos (como a preguiça e a malícia) e a pluralidade da formação nacional.

  2. Linguagem: O Romantismo utilizava uma linguagem lírica e erudita, próxima ao português europeu. O Modernismo empregou a linguagem falada, o coloquialismo e a sintaxe de exceção, buscando uma expressão genuinamente brasileira.

6.2. Por que Iracema e Macunaíma, apesar de estarem em épocas diferentes, se aproximam no final da narrativa?

Ambos os heróis, Iracema e Macunaíma, perecem ou se transformam, marcando um fim trágico ou de abandono.

  • Iracema: Morre de solidão, vítima da colonização e da miscigenação. Iracema deixa de ser lembrada (a jandaia Ará já não repete mais seu nome), simbolizando o apagamento cultural.

  • Macunaíma: Cansado e solitário na terra, sobe para o céu, transformando-se na constelação da Ursa Maior, após o fim de seu povo.

Em ambos os casos, na disputa de forças, o índio sucumbe, seja diante da colonização (Iracema) ou da "modernização"/capitalismo (Macunaíma). A preservação de suas histórias fica a cargo das aves: a jandaia Ará (em Iracema) e o papagaio (em Macunaíma), que contam os feitos do herói, reforçando a importância da oralidade para a memória.

6.3. O que a Antropofagia de Oswald de Andrade tem a ver com o indígena?

A ideologia da Antropofagia (1928) de Oswald de Andrade buscava a criação de uma cultura nacional forte, baseada na ideia do canibalismo ritual tupi, que consistia em devorar o inimigo para absorver suas qualidades.

Ao perguntar "Tupi or not Tupi that is the question", Oswald de Andrade propunha que a cultura brasileira deveria "devorar" as influências europeias e estrangeiras, transformando-as em algo original e superior, essencialmente brasileiro. O movimento utiliza a figura do indígena (o Tupi) como matriz cultural para essa revolução artística e de identidade.

6.4. Por que a Literatura Indígena de Autoria é considerada um ato político?

A Literatura Indígena de Autoria é intrinsecamente política porque:

  1. Lugar de Fala: É um movimento que surge da luta pela autodeterminação e busca reivindicar um lugar de fala para os povos, que, por séculos, foram narrados por vozes externas (antropólogos, cientistas sociais, indianistas).

  2. Registro da Memória: É um instrumento para registrar a memória oral, as cosmologias e as vivências dos povos, combatendo a invisibilidade e a violência da colonização.

  3. Garantia de Direitos: O texto escrito se torna uma "arma" na garantia de direitos. Como afirma o Cacique Juvenal Payayá, a literatura abre caminhos para o reconhecimento e para a solicitação de políticas públicas.

  4. Diálogo Crítico: Ela serve como um instrumento de produção de material didático e informativo para a sociedade brasileira não indígena, promovendo clareza sobre a diversidade e a riqueza cultural dos povos originários.

A escrita indígena é, portanto, um espaço de sobrevivência e uma confluência de vozes silenciadas e exiladas ao longo de mais de 500 anos de colonização.