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20/09/2025 • 14 min de leitura
Atualizado em 20/09/2025

Analisando a Estrutura de um Poema.

ANÁLISE DA ESTRUTURA DE UM POEMA: GUIA COMPLETO E DIDÁTICO PARA O SUCESSO ACADÊMICO E EM CONCURSOS

A análise de um poema é um processo fundamental no estudo da literatura, que exige tanto a sensibilidade quanto a razão. Um poema é, essencialmente, uma obra literária escrita em verso ou em prosa poética, buscando transmitir emoções e imagens ao leitor.

ORDEM DIDÁTICA DA ANÁLISE ESTRUTURAL DE UM POEMA

Para analisar um poema de forma sistemática, recomenda-se começar da menor divisão para a maior.

1. PASSO FUNDAMENTAL: A PRIMEIRA LEITURA (O ENVOLVIMENTO EMOCIONAL)

Antes de aplicar a razão estrutural, a primeira leitura deve ser feita com o coração, as emoções e a alma. O objetivo inicial é pensar sobre a poesia como um texto que busca evocar emoções e imagens.

Em seguida, a análise estrutural deve ser feita mediante a razão, destrinchando a poesia, analisando-a por partes e interpretando-a. Aspectos como a vida do autor e o contexto histórico da obra também são relevantes.

2. ESTRUTURA EXTERNA: O ESQUELETO FORMAL DO POEMA

A estrutura externa refere-se aos aspectos formais de um poema, incluindo número de estrofes, número de versos por estrofe, métrica e tipo de rima.

2.1. O Verso (A Menor Divisão Estruturada)

O verso é a menor divisão estruturada em um poema. É cada linha do poema, composta por frases curtas. Um conjunto de versos forma uma estrofe.

Os versos são classificados de três maneiras principais, dependendo da sua contagem de sílabas (métrica), rima ou acentuação.

A) Classificação dos Versos Segundo a Métrica (Quantidade de Sílabas): A classificação por sílabas poéticas define a métrica. Os versos são divididos em:

N.º de Sílabas (Métrica)

Nome do Verso

Classificação de Arte

1

Monossílabo

Arte Menor

2

Dissílabo

Arte Menor

3

Trissílabo

Arte Menor

4

Tetrassílabo

Arte Menor

5

Pentassílabo ou Redondilha Menor

Arte Menor

6

Hexassílabo ou Heroico Quebrado

Arte Menor

7

Heptassílabo ou Redondilha Maior

Arte Menor

8

Octossílabo

Arte Menor

9

Eneassílabo

Arte Maior

10

Decassílabo

Arte Maior

11

Hendecassílabo

Arte Maior

12

Dodecassílabo ou Alexandrino

Arte Maior

13+

Tridecassílabo, Alexandrino (14 sílabas), Pentassílabo (15 sílabas), Hexadecassílabo (16 sílabas), Verso Bárbaro (mais de 12 sílabas)

Arte Maior / Verso Bárbaro

B) Tipos de Versos Específicos (PRIORIDADE em Concursos):

  • Versos Regulares (Isométricos): Possuem a mesma medida.

  • Versos Livres (Heterométricos): Possuem medidas diferentes, sendo irregulares. São característicos da poesia moderna.

  • Versos Brancos (ou Soltos): Não apresentam rima, mas podem apresentar métrica (medida). Se aparecem em uma composição rodeada por rimas, são chamados de Versos Soltos.

  • Verso Rimado: A palavra final rima com a de outro verso.

C) Classificação de Versos Segundo a Acentuação:

  • Versos Trocáicos: O acento das palavras cai nas sílabas ímpares.

  • Versos Iâmbicos: O acento das palavras cai nas sílabas pares.

  • Versos Mistos: Há mistura das duas cadências anteriores.

2.2. Métrica e Escansão (Contagem e Licenças Poéticas - Foco em Exceções)

A análise métrica (ou escansão) é a primeira coisa a ser feita na análise estrutural. Consiste em contar as sílabas contidas em cada verso e como elas se comportam. A métrica se baseia na ortografia, mas também é influenciada pela sonoridade.

Como Contar Sílabas Poéticas (Escansão): A contagem difere das sílabas gramaticais e é feita apenas até a sílaba tônica da última palavra do verso. O verso é considerado em sua totalidade, como se fosse uma única palavra.

Foco em Exceções: Licenças Poéticas (MUITO COBRADAS) As licenças poéticas são recursos usados para manter a mesma quantidade de sílabas em um verso, muitas vezes ignorando as normas de linguagem para manter a sonoridade e o ritmo.

  1. Sinalefa: Ocorre quando a última sílaba de uma palavra (terminada em vogal) se une à primeira sílaba da palavra seguinte (iniciada em vogal ou H), sendo pronunciadas como uma única sílaba.

    • Exemplo: "Eu era seu guia" (Eu/e/ra/seu/gui/a).

    • Detalhamento: Segue regras parecidas com ditongos e tritongos. Pode ocorrer mesmo com um sinal de pontuação entre as palavras.

  2. Dialefa ou Hiato: É o recurso usado para evitar a sinalefa. As sílabas são contadas separadamente (como duas sílabas distintas). Ocorre se a primeira sílaba da segunda palavra começa com uma vogal tônica, ou se o autor decide evitá-la por razões estilísticas ou para atingir a medida exata do verso.

  3. Trema ou Diérese: Licença que ocorre no interior das palavras, quebrando um ditongo para converter uma única sílaba fonológica em duas sílabas métricas. Causa alteração na pronúncia e é comum ser sinalizada com o sinal de trema na vogal mais fraca (ï, ü).

  4. Sinérese: Ocorre no interior das palavras e permite unir as vogais de um hiato, criando um ditongo artificial com o objetivo de reduzir em uma sílaba o total do verso. Ocorre quando duas vogais fortes de sílabas fonológicas diferentes se juntam.

  5. Sinafia: A união da vogal final de um verso com a vogal inicial do próximo verso. Foi usada no século XV e recuperada durante o Romantismo.

  6. Lei do Acento Final: Consiste em somar ou subtrair sílabas métricas do total do verso, dependendo da sílaba tônica da última palavra.

    • Se a palavra é aguda (oxítona): soma-se uma sílaba.

    • Se a palavra é esdrúxula (proparoxítona) ou sobresdrúxula (superproparoxítona): subtrai-se uma sílaba.

    • Se a palavra é grave (paroxítona): mantém-se igual.

2.3. Rima e Esquema Rimático (Fenômeno Acústico)

A rima é um fenômeno acústico (não gramatical) de repetição de sons iguais ou semelhantes, situado a partir da última vogal acentuada de dois ou mais versos. A rima é crucial para conferir musicalidade e ritmo ao poema.

O esquema de rima é o padrão de sons que as rimas finais formam nos versos e é marcado por letras (A, B, C...).

Classificação das Rimas (PRIORIDADE em Concursos):

A) Quanto à Fonética (Qualidade do Som):

  1. Rima Perfeita ou Consoante: Repetição exata de todos os sons (vogais e consoantes) a partir da última vogal tônica.

    • Exemplo: pedido / querido.

  2. Rima Imperfeita ou Assonante (Toante): Repetição de todos os sons vocálicos, mas não dos sons consonantais. Dispensa semivogais em ditongos ou tritongos.

    • Exemplo: lata / cada.

  3. Rima Imperfeita ou Aliterante: Baseada na repetição de consoantes.

    • Exemplo: meta / mato**.

B) Quanto à Posição no Verso e na Estrofe:

  1. Rima Externa (ou Final): Ocorre entre dois versos diferentes, geralmente no final da linha.

  2. Rima Interna (ou Coroada): Ocorre dentro do próprio verso.

    • Exemplo: "A vela acesa na sala / a bela tristeza do ser".

C) Quanto à Disposição na Estrofe (Esquema Rimático - Mais Cobrados):

  1. Rimas Alternadas ou Cruzadas (ABAB): O primeiro rima com o terceiro (A) e o segundo com o quarto (B).

  2. Rimas Interpoladas, Opostas ou Intercaladas (ABBA): O primeiro rima com o quarto (A) e o segundo com o terceiro (B).

  3. Rimas Emparelhadas ou Paralelas (AABBCC): Os versos rimam em sequência, de dois em dois (o primeiro com o segundo, o terceiro com o quarto).

  4. Rimas Encadeadas (ABA BCB CDC): A rima de um verso se liga ao verso inicial e final da estrofe seguinte.

  5. Rimas Contínuas: Quando todos os versos rimam entre si (AAAA).

  6. Rimas Mistas ou Misturadas: Sem esquema rimático fixo.

D) Quanto ao Valor (Classe Gramatical):

  1. Rima Rica: Ocorre entre palavras de classes gramaticais diferentes (Ex: substantivo/verbo).

  2. Rima Pobre: Ocorre entre palavras da mesma classe gramatical (Ex: substantivo/substantivo).

  3. Rima Rara ou Preciosa: Ocorre entre palavras de classes gramaticais de difícil combinação.

    • Exemplo: estrelas/vê-las.

E) Quanto à Acentuação:

  1. Rima Aguda ou Masculina: A rima cai na última sílaba (oxítona).

    • Exemplo: ilusão / emoção.

  2. Rima Grave ou Feminina: A rima cai na penúltima sílaba (paroxítona).

    • Exemplo: antigos / abrigos.

  3. Rima Esdrúxula: A rima cai na antepenúltima sílaba (proparoxítona).

    • Exemplo: informática / didática.

2.4. Estrofes e Tipos de Poemas (A Arquitetura)

A estrofe é a divisão do meio de um poema, estruturada por um grupo de versos, que tradicionalmente têm a mesma medida, rima e ritmo. Em poesia contemporânea, as regras são menos rígidas, e as estrofes são muitas vezes reconhecidas pelo espaço em branco que as separa.

Classificação das Estrofes pelo Número de Versos:

  • Monóstico: Estrofe com um verso.

  • Dístico: Composto por dois versos, que podem ser de arte menor, maior ou mistos.

  • Terceto: Formado por três versos (geralmente de arte principal).

  • Quadra ou Quarteto: Quatro versos.

  • Quintilha ou Quinteto: Cinco versos.

  • Sextilha ou Sestina: Seis versos.

  • Septilha: Sete versos.

  • Oitava: Oito versos.

  • Nona: Nove versos.

  • Décima ou Espinélio: Dez versos.

  • Estrofe Irregular: Mais de dez versos.

PRIORIDADE: Poemas de Estrutura Fixa (Mais Cobrados)

  1. Soneto: Estrutura clássica e muito cobrada. Formado por 14 versos, distribuídos em dois quartetos e dois tercetos. Os versos são frequentemente hendecassílabos (11 sílabas), mas decassílabos também são comuns.

  2. Trova: Formada por apenas uma quadra (quatro versos), geralmente em redondilha maior (heptassílabos).

  3. Haicai: Formado por um terceto. Segue o padrão métrico 5-7-5 (pentassílabo, heptassílabo, pentassílabo).

  4. Romance: Estrofe sem número fixo de versos, geralmente octossílabos (8 sílabas), com rima assonante (toante) nos pares e os ímpares livres.

  5. Silva: Estrofes com quantidade indefinida de versos (hendecassílabos e heptassílabos), sem padrão fixo.


3. ESTRUTURA INTERNA: CONTEÚDO, SENTIDO E VOZ

A estrutura interna do poema foca na análise do conteúdo e na organização das ideias, sendo a parte mais interpretativa.

3.1. Elementos Internos Essenciais
  • Movimento Lírico ou Tema: O contexto, cenários, pensamentos e emoções que despertam a sensibilidade do poeta.

  • Humor: A atitude emocional manifestada pelo poeta (alegria, tristeza, raiva, esperança, terror, etc.).

  • Objeto Lírico: A pessoa, entidade ou circunstância que causa os sentimentos na voz poética (geralmente um ser ou objeto).

  • Locutor Lírico (Voz Poética): A voz do poema, que transmite sentimentos e emoções a partir de um ponto de vista intrínseco à obra, emitido por um narrador (que pode ou não ser o autor).

  • Atitude Lírica: A forma de expressar ideias para descrever uma realidade.

    • Atitude Enunciativa: O locutor lírico se refere a uma situação externa a si mesmo, usando a primeira ou terceira pessoa.

    • Atitude Apostrófica: Aponta para uma segunda pessoa, que pode ou não coincidir com o objeto lírico.

    • Atitude Carmim: O locutor lírico expressa-se a partir do "eu interior", geralmente em primeira pessoa, com uma perspectiva subjetiva marcada.

3.2. Figuras Literárias (Recursos Estilísticos)

Poetas utilizam figuras literárias para embelezar suas obras. Reconhecê-las ajuda a entender o estilo do poeta e o que ele deseja transmitir.

  • Recursos Fônicos: Relacionados ao som. Incluem aliteração (repetição de sons consonantais) e onomatopeia (imitação de sons, ex: tic-tac).

  • Recursos Morfossintáticos: Relacionados à estrutura e ordem das palavras. Incluem epíteto, sinonímia, assíndeto (ausência de conectivos), polissíndeto (repetição de conectivos), elipse (omissão de um termo), anáfora (repetição de palavras ou expressões), paralelismo e hipérbato (inversão da ordem sintática). O paralelismo é uma estratégia rítmica habitual, especialmente em versos livres.

  • Recursos Semânticos: Relacionados ao significado. Incluem paradoxo, antítese, ironia, símile (comparação), hipérbole (exagero), metáfora (comparação implícita) e metonímia.

  • Sinestesia: Mistura sensações relacionadas aos cinco sentidos humanos (tato, audição, olfato, paladar e visão).


4. CONTEÚDO AVANÇADO: GÊNEROS E AS EXPRESSÕES MODERNAS (SEO: Poesia Concreta, Verso Livre)

4.1. Gêneros Poéticos Comuns

Além das formas fixas (soneto, haicai, etc.), o poema deve ser identificado pelo gênero ao qual pertence:

  • Poemas Líricos: Caráter sentimental e subjetivo.

  • Poemas Épicos: Contêm a presença de heróis.

  • Poemas Narrativos: Feitos para serem encenados ou narrar uma história.

  • Outros tipos: Ode, Écloga, Elegia, Epigrama, Epitáfio, Hino, Refrão e Prosa Poética.

4.2. O Verso Livre e o Ritmo na Poesia Moderna (Foco Avançado)

A partir do Romantismo (século XIX), houve uma busca por meios de composição desvinculados da hegemonia da métrica tradicional. O verso livre tornou-se uma característica da poesia dos séculos XX e XXI.

O Ritmo é o Pulso: O ritmo é a cadência do poema, estabelecida não apenas pela métrica ou rima, mas pela pontuação, escolha de palavras, repetições, pausas e sonoridade. Mesmo no verso livre, o ritmo é decisivo, gerando musicalidade e movimento. O verso livre, embora rejeite um padrão métrico regular, ainda busca o ritmo através de mecanismos de repetição, como o paralelismo, a assonância e a aliteração.

O termo "verso" provém do latim versus, que significa "voltar, virar, desviar", relacionado à ideia de retorno (o versus) como estratégia rítmica. O verso livre não recusou o princípio do ritmo, mas o reelaborou, valorizando a matéria linguística de modo irregular.

4.3. Poesia Concreta e a Estrutura Visual (O Foco Formalista)

A análise estrutural pode envolver a perspectiva formalista. O Formalismo Russo, no início do século XX, defendia um estudo sistemático do texto, dissociado de elementos externos, focando na essência do literário (a literariedade).

A Poesia Concreta (Brasil, 1950s) levou o foco na forma ao extremo, transformando o poema em um objeto visual e utilizando o espaço gráfico como agente estrutural.

  • Conceito: Nega a subjetividade e a simbologia, valorizando aspectos formais, estruturais e visuais.

  • Elementos Estruturais Priorizados: Uso de espaços em branco, recursos tipográficos (peso e tamanho das fontes, cores), valorização de formas geométricas.

  • Análise Visual: A poesia concreta é um excelente material para estudar a Teoria da Forma (Gestalt) e a percepção visual. Seus elementos básicos de composição são:

    • Ponto: A unidade mais simples, que agrupada e ordenada forma a imagem (ex: poema O Quasar).

    • Linha: O rasto do ponto em movimento. A linha (reta, curva, diagonal) serve para compor formas e estabelecer tensão/direção, sugerindo movimento (ex: poemas Código e Pêndulo).

    • Plano: A superfície material (papel, tela) que suporta o conteúdo. A relação fundo-forma (preto e branco) e a organização da forma no campo perceptivo (equilíbrio) são exploradas.

  • Desdobramentos: O uso de novas tecnologias (vídeo, computação gráfica, holografia) deu novo impulso à poesia concreta a partir dos anos 80, permitindo a realização do desejo de dar movimento e som à palavra.

Holopoesia: Surgiu com Eduardo Kac nos anos 80, explorando o espaço descontínuo. Na holopoesia, a estrutura formal e semântica não é linear ou simultânea; as letras se movem de forma aleatória, e a leitura depende do posicionamento do observador e da visão binocular. A holopoesia destrói os conceitos clássicos de ponto, linha e plano ao explorá-los em um espaço tridimensional e dinâmico.


PERGUNTAS E DÚVIDAS COMUNS (FAQ SEO)

O que é a Estrutura Externa de um Poema?

A estrutura externa (ou forma) de um poema refere-se aos aspectos formais do texto. Inclui a contagem e classificação de versos (métrica), o agrupamento em estrofes, o tipo e o esquema de rimas.

Qual a diferença entre Sílaba Gramatical e Sílaba Poética (Métrica)?

A sílaba gramatical é a divisão padrão da palavra. A sílaba poética é a medida do verso para fins rítmicos e só é contada até a última sílaba tônica do verso. Além disso, a contagem poética permite licenças poéticas como a sinalefa, que unem vogais de palavras diferentes em uma única sílaba métrica, alterando a contagem gramatical.

O que são Versos Livres e Versos Brancos?

  • Versos Livres são versos que não possuem uma medida padronizada (métrica). Eles são irregulares, apresentando medidas diferentes (heterométricos).

  • Versos Brancos são versos que não apresentam rima, mas podem, ou não, apresentar uma medida métrica.

O que é o Ritmo em um Poema, além da Métrica?

Embora a métrica (contagem de sílabas) e a rima contribuam para a musicalidade, o ritmo poético é a cadência que se estabelece na leitura. O ritmo é influenciado pela pontuação, acentos, escolha de palavras, repetições e pode ser mantido mesmo em versos livres. A palavra "verso" inclusive deriva de um termo que significa "retorno" (versus), sendo o ritmo o movimento retornado da linguagem.

O que é um Soneto e por que ele é importante?

O soneto é uma das formas fixas mais importantes, frequentemente cobrada em concursos. Ele é composto por 14 versos, distribuídos em dois quartetos (quatro versos) e dois tercetos (três versos).

O que é Literariedade?

A literariedade (literaturnost) é o conceito fundamental levantado pelos formalistas russos, referindo-se à propriedade específica que confere a uma obra sua essência literária, distinguindo-a de outros tipos de texto. Para os formalistas, a ciência literária deve se dedicar ao estudo dessa propriedade, que é inerente ao texto.

O que é Estranhamento (Ostranenie)?

O estranhamento, termo usado por Viktor Chklovski, é o efeito causado pela obra literária que distancia (ou estranha) o leitor do modo corriqueiro e comum de apreender o mundo. Serve como um meio de destruir o automatismo perceptivo e prolongar o ato de percepção, permitindo ver o mundo com um olhar estético/artístico.