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27/09/2025 • 12 min de leitura
Atualizado em 27/09/2025

Como Fazer uma Introdução Perfeita

1. O Ponto de Partida: O que é a Redação Dissertativo-Argumentativa e a Importância da Introdução

Antes de tudo, é crucial entender o tipo de texto exigido: a redação dissertativo-argumentativa. Este modelo de redação, cobrado no Enem, Encceja e vários vestibulares, exige que o autor defenda um ponto de vista (tese) sobre um tema problematizado, utilizando argumentos e exemplos.

A Introdução é o primeiro parágrafo e atua como o cartão de visitas do seu texto. Ela é responsável por três funções vitais: capturar a atenção do avaliador, estabelecer a direção e o foco do texto, e apresentar a tese (a opinião a ser defendida).

Dúvida Comum: A introdução precisa ser longa? Sim, uma introdução ideal deve ter pelo menos dois períodos diferentes, separados por ponto final. No Enem, introduções com duas linhas ou menos são consideradas "embrionárias" e podem prejudicar a nota na Competência 2.

2. A Estrutura Didática: O Esqueleto da Redação Nota 1000

Para alcançar a nota máxima, o modelo de estrutura mais recomendado é o de quatro parágrafos:

Ordem Didática

Parágrafo

Função Principal

1

Introdução

Apresentar o tema, contextualizar e definir a Tese e os Argumentos (A1 e A2).

2

Desenvolvimento 1

Defender o Argumento 1 (A1) com repertório sociocultural e aprofundamento crítico.

3

Desenvolvimento 2

Defender o Argumento 2 (A2) com repertório sociocultural e aprofundamento crítico.

4

Conclusão

Retomar o tema/objetivo e apresentar a Proposta de Intervenção (PI) completa.

Essa ordem permite uma organização rápida e segura, sendo o desenvolvimento o "coração da redação" e a conclusão a "última impressão".


3. Anatomia da Introdução Perfeita: Os 3 Elementos Essenciais

Para elaborar uma introdução sem defeitos, ela deve ser dividida em três partes distintas e interligadas:

3.1. Contextualização (Gancho Inicial)

É a abertura do parágrafo. A contextualização ou assunto é algo mais abrangente do que o tema em si, mas que se conecta a ele. É o momento ideal para inserir o repertório sociocultural produtivo (livros, filmes, citações, dados históricos).

  • Dica Essencial: A contextualização deve ser conectada à problematização do tema, utilizando recursos coesivos (conectivos) para evitar saltos lógicos.

3.2. Tema (Demonstração de Compreensão)

Após contextualizar, você deve demonstrar como o contexto se liga ao tema proposto. É vital que você evite copiar o tema de forma literal. Em vez disso, reescreva-o com suas próprias palavras, mas garantindo que todos os elementos da proposta temática estejam presentes.

3.3. Tese (O Coração da Introdução)

A tese é a opinião ou ideia principal que você irá defender ao longo do texto. Ela concentra o objetivo do seu texto e deve ser pensada de forma completa (ideia, argumentos, consequências e solução).

  • Como Fazer uma Tese Forte? Pergunte a si mesmo: "O que eu acho sobre o tema?". A partir dessa resposta, você deve formular dois argumentos (A1 e A2) que serão desenvolvidos nos parágrafos seguintes.

    • Exemplo: Em uma redação sobre a invisibilidade do registro civil, a tese pode ser que o problema persiste devido à precarização do trabalho e à exclusão democrática. Esses se tornam seus A1 e A2.

  • Prioridade em Concursos: A tese deve ser coesa e coerente. No Enem, a tese deve claramente apresentar o projeto de texto com dois argumentos que serão retomados e comprovados no desenvolvimento.

4. Desenvolvendo a Tese e a Argumentação

O desenvolvimento é a parte de argumentação e exemplificação. Cada parágrafo de desenvolvimento (D1 e D2) deve abordar um dos argumentos apresentados na tese.

Estrutura do Parágrafo de Desenvolvimento:

  1. Tópico Frasal (Afirmação): Retomada do argumento (A1 no D1, A2 no D2).

  2. Repertório Sociocultural: Provar o argumento com repertório sólido (citação, dado, etc.).

  3. Aprofundamento Crítico/Explicação: Explicar como o exemplo sustenta a afirmação e por que o problema ocorre.

  4. Fechamento: Conclusão do parágrafo, ligando o argumento ao tema central.

Exceção: Argumentação por Contraste (Oposição)

Embora a argumentação por soma (dois argumentos negativos ou dois positivos) seja comum, a argumentação por contraste (aspectos positivos e negativos) é uma estrutura avançada que pode ser mais relevante dependendo do tema.

  • Modelo de Introdução por Contraste: "Relativo à/ao (+tema), é possível destacar tanto aspectos positivos quanto negativos. Se por um lado, (Arg.1); por outro, (Arg.2).".

  • Aplicações: Se você usou contraste na introdução, você deve usar conectivos de oposição (como "No entanto") entre os parágrafos de desenvolvimento (D1 e D2), pois eles tratarão de ideias opostas (positivo vs. negativo).

5. As 10+ Formas de Fazer uma Introdução Perfeita

A capacidade de variar as estratégias de introdução é chave para se destacar. Abaixo, apresentamos 10 formas eficientes, em ordem crescente de complexidade:

5.1. Contextualização com Dados Estatísticos (Fácil/Comum)

É uma das formas mais comuns. Consiste em dar um panorama da temática no Brasil atual, mostrando que o problema é relevante. Procure trazer dados estatísticos ou informações de fontes confiáveis. Você pode, inclusive, usar dados apresentados pela própria proposta de redação (mas não os copie literalmente).

  • Vantagem Didática: É rápido e baseia-se em fatos concretos.

5.2. Conceituação (Fácil/Prático)

O estudante explica um conceito que seja central para o tema proposto e, em seguida, mostra por que ele é importante.

  • Exemplo: Definir "Estigma" para o tema de doenças mentais, ou "Isonomia" para o tema de desigualdade social.

5.3. Citação (Comum, Exige Repertório)

Utilizar referências a palavras, ideias ou informações de outras fontes para sustentar seus pontos. Tente fugir das frases mais conhecidas e garanta que a citação escolhida tenha relação direta com o raciocínio e a tese. A citação confere credibilidade e funciona como "argumento de autoridade".

  • Tipos: Diretas (palavras exatas, entre aspas) ou Indiretas (paráfrase, mantendo o significado, sem aspas). Se não lembrar da frase exata, use a indireta, mas sempre citando o autor.

  • Cuidado: Evite que a citação seja muito longa, ofuscando o seu próprio texto, pois o corretor valoriza a sua "autonomia".

5.4. Legislação (Muito Cobrado em Concursos)

Iniciar com a menção a uma lei (como a Constituição Federal de 1988) e, em seguida, contrapor essa teoria à prática. Isso demonstra que o problema persiste apesar das garantias legais.

  • Exemplo: Citar o Artigo 205 da CF/88 (dever do Estado de garantir a educação) para discutir a falta de tradutores de Libras nas escolas.

5.5. Resgate Histórico (Exige Precisão)

Contextualiza o assunto destacando pontos da história em que houve a situação abordada no tema.

  • Cuidado: Use o resgate histórico brevemente (máximo 3 ou 4 linhas). O fato histórico citado deve ser o contexto imediato do tema; citar fatos distantes (como a Revolução Industrial para o trabalho infantil atual) não é eficaz.

5.6. Narração Não-Ficcional (Atualidades)

Narrar um caso famoso, uma notícia de grande repercussão ou um episódio da política/ciência que se relacione ao tema. A história deve ser verificável pelo corretor (evite casos pessoais).

5.7. Questionamento (Exige Resposta)

Levantar questões que gerem discussão e interesse.

  • Regra de Ouro: Você deve responder a todas as perguntas ao longo do texto!. Por isso, foque em problemas específicos e não seja muito amplo.

5.8. Narração Ficcional (Séries, Filmes, Livros)

Usar uma situação de uma obra (série, filme ou livro) que se relacione ao tema. É crucial conectar claramente a situação ficcional à realidade brasileira (ex: "Já na realidade brasileira...") para não fugir do tema.

  • Dica Didática: É interessante resgatar essa referência ficcional na conclusão para manter a coerência.

5.9. Comparação (Exige Dados e Cautela)

Comparar a situação brasileira com outro país, época ou civilização, muitas vezes buscando inspiração em modelos estrangeiros.

  • Cautela: Evite a síndrome do vira-lata. Lembre-se que o que funciona em outro lugar pode não funcionar no Brasil devido às características sociais distintas. Além disso, respeite a Constituição Brasileira e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

5.10. Referências Culturais

  • Referência Literária: Utilizar uma obra que tenha íntima relação com o tema, como Capitães da Areia de Jorge Amado para discutir movimentos antivacina.

  • Referência Mitológica: Uso de figuras clássicas (como Ulisses) para analogia com os desafios atuais.

  • Crítica: Criticar de forma equilibrada um fenômeno social (como a globalização levando ao consumismo infantil), com a intenção de buscar soluções, e não apenas o governo.

6. Repertório Sociocultural Coringa: Citações Essenciais

O repertório sociocultural é fundamental para o Enem e vestibulares, pois mostra repertório cultural e confere credibilidade. As referências versáteis, chamadas de "coringas", se encaixam em uma variedade de temas.

6.1. Repertórios Socioculturais Versáteis

  1. Filósofos e Pensadores: Platão, Aristóteles, Simone de Beauvoir, Foucault, Bauman.

  2. Obras Literárias Clássicas: 1984 (George Orwell) ou O Pequeno Príncipe (Antoine de Saint-Exupéry) – ricos em temas universais como liberdade, poder e responsabilidade social.

  3. Filmes e Séries: A Lista de Schindler ou Black Mirror (abordam ética, tecnologia, direitos humanos).

  4. Movimentos Históricos e Sociais: Iluminismo, Feminismo, Luta pelos Direitos Civis (contextualizam discussões sobre igualdade e justiça).

  5. Obras de Arte e Artistas: Pablo Picasso ou Frida Kahlo (úteis para discutir guerra, identidade, expressão cultural).

6.2. 15 Melhores Citações Coringas para Usar em Qualquer Tema

Estas citações são repertório coringa e se encaixam em diversos temas de redação.

  1. “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.” (Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos).

  2. “Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo.” (George Santayana, filósofo e poeta espanhol).

  3. “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.” (Nelson Mandela, líder sul-africano).

  4. “A insatisfação é o primeiro passo para o progresso de um homem ou de uma nação.” (Oscar Wilde, escritor).

  5. “Não são as crises que mudam o mundo, e sim nossa reação a elas.” (Zygmunt Bauman, filósofo e sociólogo polonês).

  6. “O indivíduo só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o contexto em que está inserido, a saber quais são suas origens e as condições de que depende.” (Émile Durkheim, sociólogo).

  7. “A vontade geral deve emanar de todos para ser aplicada a todos.” (Jean-Jacques Rousseau, filósofo).

  8. “Que tipo de mundo podemos preparar para os nossos bisnetos?” (Richard Rorty, filósofo).

  9. “Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros.” (Confúcio, pensador e filósofo chinês).

  10. “Temos de nos tornar a mudança que queremos ver.” (Mahatma Gandhi, ativista indiano).

  11. “O progresso é impossível sem mudança; e aqueles que não conseguem mudar as suas mentes não conseguem mudar nada.” (George Bernard Shaw, dramaturgo).

  12. “Se queres prever o futuro, estuda o passado.” (Confúcio, pensador e filósofo chinês).

  13. “Um país não muda pela sua economia, sua política e nem mesmo sua ciência; muda sim pela sua cultura.” (Herbert José de Sousa (Betinho), sociólogo e ativista).

  14. “A arte é a mentira que nos permite conhecer a verdade.” (Pablo Picasso, artista).

  15. “A inclusão acontece quando se aprende com as diferenças e não com as igualdades.” (Paulo Freire, educador brasileiro).

7. A Proposta de Intervenção: O Segredo dos 200 Pontos na Conclusão

Em redações como a do Enem, a conclusão é a última impressão e deve oferecer uma Proposta de Intervenção (PI) que respeite os direitos humanos, sendo completa e eficaz. A PI vale 200 pontos da nota total da redação.

Obrigatoriedade: A proposta de intervenção correta e completa precisa ter 5 elementos:

Elemento

Pergunta-Chave

Exemplo (Baseado em uma Nota 1000)

1. Agente

Quem? (Quem fará a ação?)

Poder Executivo (na esfera federal) ou Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

2. Ação

O Quê? (Qual intervenção será realizada?)

Amplie a verba destinada a órgãos fiscalizadores ou estabeleça políticas públicas efetivas.

3. Modo/Meio

Como? (De que forma será realizada?)

Pela implantação de um Projeto Nacional de Valorização dos Povos Tradicionais ou por meio de leis e investimentos.

4. Efeito

Para Quê? (Qual o resultado esperado?)

A fim de combater os preconceitos e promover o respeito ou a fim de diminuir o consumo exacerbado.

5. Detalhamento

Explicação/Exemplos (Detalhe o agente, a ação ou o meio)

Articular, em conjunto com a mídia, palestras e debates que informem a importância de tais grupos.

Prioridade em Concursos: Não basta citar a intervenção de forma genérica; é preciso explicar quem é o responsável e como será colocada em prática.

8. Erros Comuns e Dicas de Ouro

Conhecer os erros mais comuns é vital para evitar a perda de pontos.

8.1. Erros a Evitar na Introdução

  • Introdução Embrionária: Não ter pelo menos duas linhas de texto.

  • Falta de Conexão: Não conectar claramente o contexto utilizado (citação, história) com a problematização do tema.

  • Mistura de Assuntos: Apresentar uma pluralidade de ideias que não serão exploradas ou que não se ligam à tese, deixando o texto poluído.

  • Períodos Longos Demais: Evitar períodos excessivamente longos no primeiro parágrafo. É recomendável utilizar pelo menos dois períodos diferentes, separados por ponto final.

8.2. Orientações Avançadas para Autonomia e Credibilidade

  • Autonomia: Embora o repertório seja importante, os corretores valorizam a sua autonomia, que é a capacidade de mostrar ideias próprias, sem deixar que as citações ofusquem seu texto.

  • Esqueleto Pronto: Lembre-se que escrever a introdução não é o primeiro passo. Você precisa primeiro ler com cuidado a proposta de redação e construir o esqueleto do seu texto, definindo tese e argumentos.

  • Repertório na Prática: O repertório sociocultural deve ser usado para enriquecer a argumentação. Ele deve ser claro o bastante para dar legitimidade aos seus argumentos.

  • Coerência Textual: Para que a tese seja forte, é essencial escrever um texto coeso, onde ideias, argumentos, consequências e soluções se combinem em um todo, e não em parágrafos soltos.


O Caminho para a Excelência na Escrita

A redação dissertativo-argumentativa, especialmente no modelo Enem, exige domínio da estrutura de 4 parágrafos e a correta aplicação dos 3 elementos da introdução (Contextualização, Tema, Tese). Priorizar o uso de repertório sociocultural coringa e garantir que a proposta de intervenção na conclusão contenha os 5 elementos obrigatórios (Agente, Ação, Meio, Efeito, Detalhamento) são passos inegociáveis para quem almeja a nota máxima. Estudar e aplicar essas técnicas de forma prática é o segredo para o sucesso.