Seja na gestão de projetos, na otimização de processos empresariais ou até mesmo na organização de tarefas pessoais, a capacidade de identificar e priorizar o que realmente importa é fundamental. É nesse cenário que o Diagrama de Pareto (também conhecido como Gráfico de Pareto ou Curva ABC) se revela uma das ferramentas mais poderosas e amplamente utilizadas. Mas o que exatamente é essa ferramenta e como ela pode transformar a sua forma de resolver problemas?
O Diagrama de Pareto é uma ferramenta visual de análise que combina um gráfico de colunas (barras) com uma linha de curva acumulativa. Ele é fundamental para a gestão da qualidade e para a tomada de decisão. Sua principal função é identificar e priorizar problemas ou causas, permitindo que você foque nos fatores que terão o maior impacto na melhoria de um processo ou situação.
Imagine que você tem uma lista de reclamações de clientes, de defeitos em um produto ou de atrasos em um projeto. O Diagrama de Pareto ajuda a visualizar quais desses itens são os mais frequentes ou causam o maior impacto, organizando-os em ordem decrescente de importância.
Em essência, ele responde à pergunta: "Onde devo concentrar meus esforços para obter os melhores resultados?"
A estrutura do Diagrama de Pareto é composta por dois elementos principais:
Barras (Colunas): Representam os fatores individuais (problemas, causas, tipos de defeitos) e sua frequência ou impacto. As barras são sempre organizadas em ordem decrescente, da maior para a menor ocorrência.
Linha de Curva Acumulada: Mostra o percentual acumulado da frequência ou impacto de cada fator. Essa linha é crucial para identificar o ponto onde a maioria dos problemas se concentra, geralmente atingindo cerca de 80% do total.
Ao analisar a curva, você pode visualizar o ponto de Pareto, que é o momento em que a curva começa a se estabilizar. Isso indica os problemas mais significativos que devem receber maior atenção.
Para compreender verdadeiramente o Diagrama de Pareto, é fundamental conhecer sua origem e o princípio que o sustenta.
O nome da ferramenta é uma homenagem a Vilfredo Pareto, um economista e sociólogo italiano. No final do século XIX, Pareto realizou estudos sobre a distribuição de riqueza na sociedade e notou um padrão intrigante. Ele observou que aproximadamente 80% da terra na Itália pertencia a apenas 20% da população.
Curiosamente, Pareto também percebeu um padrão semelhante em seu próprio jardim: cerca de 20% das vagens de ervilha eram responsáveis por 80% da produção total de ervilhas. Essas observações levaram-no a formular o que hoje conhecemos como a distribuição de Pareto ou o Princípio de Pareto.
Embora Vilfredo Pareto tenha fornecido a base teórica, foi Joseph Juran, um renomado especialista e consultor de qualidade, quem introduziu e popularizou o Diagrama de Pareto como uma ferramenta prática de gestão. Juran, que é considerado um dos pioneiros no campo da Qualidade, percebeu que a ideia de Pareto se aplicava perfeitamente a problemas de qualidade: poucos tipos de defeitos eram responsáveis pela maioria das rejeições. Ele cunhou o termo "Gráfico de Pareto" no início da década de 1990.
Juran aplicou os conceitos de Pareto para melhorar a qualidade de produtos e processos nas empresas, observando que a maioria dos problemas resultava de um número limitado de causas principais, enquanto muitas causas tinham um impacto insignificante. Dessa forma, o Diagrama de Pareto tornou-se uma técnica fundamental para identificar e priorizar as causas mais significativas, permitindo a alocação eficiente de recursos.
O Princípio de Pareto, ou Regra 80/20, é o cerne do diagrama. Ele afirma que, para muitos eventos, aproximadamente 80% dos efeitos vêm de 20% das causas. Isso significa que, na maioria das situações, uma pequena parcela dos fatores (os "poucos vitais") é responsável pela maior parte dos resultados (positivos ou negativos), enquanto a grande maioria dos fatores (os "muitos triviais") contribui com uma porção menor.
Exemplos da Regra 80/20 em diferentes contextos:
Negócios: 80% das vendas vêm de 20% dos clientes ou produtos.
Projetos: 80% dos problemas ou atrasos em um projeto podem ser atribuídos a 20% das causas.
Software: A Microsoft notou que corrigir os primeiros 20% dos bugs mais relatados eliminava 80% dos erros e falhas.
Qualidade: 80% dos problemas de qualidade de uma peça podem ser causados por 20% dos tipos de defeitos.
Saúde: 20% dos pacientes podem usar 80% dos recursos de saúde.
Segurança Ocupacional: 20% dos perigos podem ser responsáveis por 80% dos acidentes.
Esporte: 20% dos esportistas participam de 80% das grandes competições, e destes, 20% ganham 80% dos prêmios.
Não, o Princípio de Pareto não é uma lei matemática exata. É uma "rule of thumb" (regra de bolso ou heurística) ou um princípio geral, uma observação empírica de desequilíbrio. A proporção pode variar, sendo, por exemplo, 80/10, 80/30, ou até 90/10 ou 70/30 em casos individuais. O foco está na proporção entre os dois e nas percepções que podem gerar para a tomada de decisões.
A importância não reside na exatidão dos números 80 e 20, mas sim na identificação de que uma minoria de causas ou esforços gera a maioria dos resultados. Essa percepção permite focar recursos onde eles terão o maior impacto.
O Diagrama de Pareto é uma ferramenta essencial para a melhoria contínua e a eficiência em processos e projetos. Ele é parte das Sete Ferramentas da Qualidade.
Priorização de Problemas: Permite determinar quais problemas devem ser resolvidos primeiro, concentrando esforços naqueles que trazem o maior índice de preocupação ou perdas. Isso não significa que os problemas menores não são importantes, mas sim que alguns exigem solução com maior urgência.
Alocação Estratégica de Recursos: Ajuda as organizações a direcionar seus recursos (tempo, dinheiro, pessoal) de forma estratégica, atacando os problemas mais relevantes e obtendo ganhos expressivos.
Identificação de Pontos Críticos: Aponta os erros de produção, problemas de qualidade ou desperdício de materiais, mostrando os "poucos vitais" que mais afetam o funcionamento da empresa.
Comunicação Clara e Objetiva: Por ser uma ferramenta visual e de fácil compreensão, facilita a comunicação e a discussão entre equipes e tomadores de decisão.
Identificação de Causas Raiz: Ajuda as equipes a descobrir as causas fundamentais dos problemas, o que é crucial para evitar sua recorrência e direcionar esforços para soluções eficazes.
Otimização de Recursos: Ao priorizar as causas mais impactantes, a ferramenta garante que os esforços e recursos sejam concentrados onde trarão o maior benefício e retorno.
Melhoria Contínua: É uma ferramenta eficaz para entender quais processos precisam de ajustes regulares, permitindo medir o progresso ao longo do tempo e identificar onde as melhorias realmente estão ocorrendo.
Aumento da Transparência nas Decisões: Proporciona uma representação clara das prioridades do projeto, tornando as decisões mais fundamentadas em dados e compreensíveis para todas as partes interessadas.
Redução de Custos e Prazos: Ao focar nas causas mais críticas, o Diagrama de Pareto contribui diretamente para evitar atrasos, retrabalho e desperdício de recursos, otimizando os resultados.
Fácil Interpretação: A clareza visual do gráfico permite que todos na equipe tenham uma compreensão unificada dos problemas e das ações corretivas necessárias.
Abordagem Proativa: Incentiva a prevenção de defeitos, concentrando esforços nas áreas que causam a maioria dos problemas, e ajuda a definir metas e estratégias com base nos desafios identificados.
Monitoramento e Avaliação: Apoia processos de melhoria contínua, permitindo um acompanhamento constante dos problemas e das melhorias implementadas, além de identificar padrões e tendências.
Apesar de suas muitas vantagens, o Diagrama de Pareto possui algumas limitações importantes a serem consideradas:
Não é universalmente aplicável: Embora versátil, existem exceções, e a técnica nem sempre fará sentido em todos os contextos.
Baseado em dados históricos: Não é uma ferramenta capaz de realizar previsões para períodos futuros, apenas analisa o que já ocorreu.
Risco de interpretação equivocada: Algumas pessoas podem negligenciar as ações que não fazem parte dos 20% das causas, considerando-as inúteis, o que nem sempre é verdade. Todos os problemas são importantes, mas alguns são mais urgentes.
Não identifica causas: Sua maior utilidade é a de permitir uma fácil visualização e identificação dos problemas mais importantes, possibilitando a concentração de esforços sobre os mesmos. Ele não é o propósito de identificar as causas em si; para isso, outras ferramentas (como Diagrama de Ishikawa, gráficos de controle, gráficos de dispersão) são mais adequadas.
A construção do Diagrama de Pareto envolve algumas etapas simples, mas cruciais para garantir a precisão da análise. Vamos detalhar o processo, incluindo dicas para o Excel.
Primeiro, o essencial: para criar um Diagrama de Pareto, você precisará de dados relevantes sobre o problema que deseja analisar, como a frequência de ocorrência ou o impacto causado. É vital que esses dados sejam confiáveis e precisos.
Identificação do Problema e Coleta de Dados:
Defina claramente o problema a ser investigado (Ex: reclamações de clientes, defeitos de produtos, atrasos em entregas).
Organize uma folha de verificação para coletar as categorias e suas frequências de ocorrência. Os dados essenciais são: as causas/categorias das falhas, o número de ocorrências (frequência).
Exemplo de Dados (baseado em reclamações de clientes de um vídeo): | Categoria da Reclamação | Quantidade | | :----------------------- | :--------- | | Produto com Defeito | 22 | | Atraso na Entrega | 20 | | Atendimento Ruim | 15 | | Erro no Pedido | 10 | | Cobrança Indevida | 8 | | Outros | 3 | | Total | 78 |
Ordenação dos Dados:
Liste as categorias dos problemas e suas respectivas frequências em ordem decrescente (do maior para o menor). Isso é o primeiro e mais importante passo para a análise de Pareto.
Selecione a coluna de "Quantidade" e use a função de ordenação "Z-A" no Excel para garantir que esteja do maior para o menor. As categorias (reclamações) devem acompanhar essa ordenação.
Exemplo após ordenação: | Categoria da Reclamação | Quantidade | | :----------------------- | :--------- | | Produto com Defeito | 22 | | Atraso na Entrega | 20 | | Atendimento Ruim | 15 | | Erro no Pedido | 10 | | Cobrança Indevida | 8 | | Outros | 3 | | Total | 78 |
Cálculo da Quantidade Total:
Some todos os valores de "Quantidade" para encontrar o total de ocorrências. No Excel, use a função SOMA
(atalho Alt + =
).
Exemplo: Total = 78 reclamações.
Cálculo do Percentual Individual (%):
Para cada categoria, calcule o percentual que ela representa do total. Divida a "Quantidade" da categoria pelo "Total de Ocorrências".
Exemplo (Produto com Defeito): (22 / 78) * 100% ≈ 28%
Cálculo do Percentual Acumulado (% Acumulada):
Esta é uma coluna crucial. O percentual acumulado para uma categoria é a soma do seu percentual individual com o percentual acumulado da categoria anterior. Para a primeira categoria, o percentual acumulado é igual ao seu percentual individual.
No Excel (usando o exemplo do vídeo):
Para a primeira linha (C7), use a fórmula =(SOMA($C$7:C7))/$C$14
(onde C7 é a quantidade e C14 é o total).
A fixação do primeiro C7 ($C$7
) com cifrões garante que o ponto de início da soma seja sempre o primeiro item, enquanto o segundo C7
(sem cifrão) se ajusta conforme você arrasta a fórmula para baixo.
Fixe também a célula do total ($C$14
) para que ela não mude ao arrastar a fórmula.
Tabela com cálculos (adaptado do exemplo do YouTube e da Wikipedia): | Categoria da Reclamação | Quantidade | % Individual | % Acumulada | | :----------------------- | :--------- | :----------- | :----------- | | Produto com Defeito | 22 | 28% | 28% | | Atraso na Entrega | 20 | 26% | 54% | | Atendimento Ruim | 15 | 19% | 73% | | Erro no Pedido | 10 | 13% | 86% | | Cobrança Indevida | 8 | 10% | 96% | | Outros | 3 | 4% | 100% | | Total | 78 | 100% | |
Construção do Gráfico (no Excel):
Selecione os Dados: Selecione toda a sua tabela, excluindo a linha do "Total".
Inserir Gráfico: Vá em "Inserir" (Insert) e escolha a opção de "Gráfico de Colunas" (Column Chart). (Em versões mais recentes do Excel, você pode ir diretamente em "Inserir" > "Gráficos de Estatística" > "Histograma" e escolher "Pareto").
Alterar Tipo de Gráfico para Combinação: Clique com o botão direito no gráfico, vá em "Alterar Tipo de Gráfico" (Change Chart Type) e escolha "Combinação" (Combo).
Configurar Eixos:
Garanta que a série de "Quantidade" esteja como "Coluna Agrupada" (Clustered Column).
A série de "Percentual Acumulado" deve ser definida como "Linha" (Line) e, muito importante, marcada para usar o "Eixo Secundário" (Secondary Axis). Ao fazer isso, o Excel mostrará a curva.
Ajuste do Eixo Secundário (Porcentagem):
Selecione o eixo vertical secundário (o da porcentagem, geralmente à direita).
Clique com o botão direito e escolha "Formatar Eixo" (Format Axis).
Na seção "Opções de Eixo" (Axis Options), defina o "Máximo" (Maximum) para 1 (que representa 100%). Isso garante que a linha de porcentagem não passe de 100% e o gráfico fique com um formato melhor de Pareto.
Adicionar Rótulos de Dados (Opcional, mas recomendado): Selecione as colunas do gráfico, clique com o botão direito e escolha "Adicionar Rótulo de Dados" (Add Data Labels) para exibir os valores em cada barra.
Após a construção do gráfico, a interpretação é a etapa mais crítica.
Olhe para as primeiras barras e o ponto da curva acumulada: Os "poucos vitais" serão as primeiras barras à esquerda. Observe onde a linha de percentual acumulado atinge aproximadamente 80%. As categorias de problemas antes desse ponto são as que você deve priorizar.
Exemplo da Indústria de Rolamentos: Na Figura 1 de um dos materiais, as três principais causas ("Falta de Lubrificação", "Lubrificante em Excesso" e "Sujeira Excessiva") representam 73% das ocorrências totais. Ao focar nessas três, a empresa resolverá a maior parte de seus problemas.
Exemplo de Devoluções de Produtos: Se "atrasos de entrega da fábrica" e "atrasos da transportadora" representam 53% do problema de devolução, ao resolver essas duas causas, a empresa abordará mais da metade de suas devoluções.
Com base na análise, o passo final é desenvolver um plano de ação focado nos 20% principais problemas que, ao serem resolvidos, gerarão 80% dos resultados. Ao agrupar os problemas, você pode encontrar soluções capazes de resolver vários deles simultaneamente.
O Diagrama de Pareto é uma ferramenta extremamente versátil, aplicável em diversas áreas e setores, não se limitando apenas à qualidade de produtos.
Manufatura:
Identificar as principais causas de defeitos em produtos ou desperdícios no processo produtivo.
Caso Prático: Uma indústria de rolamentos utilizou o Diagrama de Pareto e descobriu que apenas três causas ("Falta de Lubrificação", "Lubrificante em Excesso" e "Sujeira Excessiva") eram responsáveis por 73% das falhas, provando a regra 80/20.
Caso da Indústria de Alimentos: Uma empresa em Goiânia utilizou o Diagrama para identificar as principais causas de paradas de equipamento. Descobriram que "Baixa na selagem das embalagens" e "Falha na dosagem do peso do produto" eram responsáveis por 59% das paradas. Ao focar nessas duas, reduziram o índice de paradas em 52% em dois meses.
Tecnologia e Software:
Determinar quais bugs ou falhas em um software são responsáveis pela maior parte dos problemas dos usuários.
Em teste de carga, estimar que 80% do tráfego ocorre em 20% do tempo.
Em engenharia de software, 20% do código contém 80% dos erros.
Saúde:
Analisar quais fatores mais contribuem para a ineficiência no atendimento aos pacientes.
Identificar que 20% dos pacientes podem usar 80% dos recursos.
Serviços:
Em um call center, identificar as principais razões para reclamações dos clientes.
Caso Prático: Análise de tipos de reclamações (Produto com Defeito, Atraso na Entrega, Atendimento Ruim, etc.) para priorizar as ações de melhoria no serviço ao cliente.
Gerenciamento de Projetos:
Encontrar as causas principais dos problemas (atrasos, falhas) que impactam o projeto. Permite que as equipes priorizem as causas mais críticas e otimizem o uso de recursos.
Exemplo: Identificar que a maior parte dos atrasos na entrega de um produto está ligada a problemas de comunicação entre as equipes, direcionando esforços para essa área.
Gestão de Frotas:
Identificar as principais causas de problemas como alto consumo de combustível, falhas na manutenção, acidentes ou desfalques operacionais.
Ao focar nos 20% das ações com maior potencial de impacto (ex: uso de telemetria veicular para monitorar direção e consumo), é possível otimizar custos e aumentar a segurança.
Vendas e Marketing:
Identificar quais produtos ou serviços geram a maior parte da receita.
Focar nos 20% dos clientes que geram 80% do faturamento para investir em sua satisfação.
O Diagrama de Pareto é uma das "Sete Ferramentas Básicas da Qualidade", um conjunto de técnicas simples, mas poderosas, utilizadas para analisar dados, resolver problemas e promover a melhoria contínua em processos. Conhecer essas ferramentas é fundamental para profissionais da área e é um tópico recorrente em concursos públicos.
Fluxograma: Utilizado para identificar o caminho real e ideal de um produto ou serviço, visualizando todas as etapas de um processo e seus desvios.
Diagrama de Ishikawa (Espinha de Peixe ou Causa e Efeito): Tem como objetivo identificar e visualizar todas as causas possíveis para um problema específico (efeito). Ajuda a ter uma visão ampla das causas e suas consequências, mas não é um gráfico quantitativo de frequências. Importante: Enquanto o Pareto te diz "o que" focar, o Ishikawa te ajuda a descobrir "porquê" esse problema existe.
Folha de Verificação: Tabelas ou planilhas simples usadas para facilitar a coleta e a análise de dados, registrando itens a serem verificados de forma fácil e economizando tempo.
Diagrama de Pareto: (Conforme detalhado neste material) Prioriza problemas com base na frequência das ocorrências, da maior para a menor.
Histograma: Um instrumento de base estatística que, através de gráficos de barras, mostra a frequência de ocorrências em um processo, determinando a curva de frequência de dados.
Diagrama de Dispersão: Mostra a relação entre duas variáveis para testar possíveis relações de causa e efeito.
Carta de Controle: Utilizada para controlar tendências de pontos de observação em um período, com limites de controle calculados a partir dos dados do processo.
Ciclo PDCA (Planejar, Executar, Checar, Agir): Uma metodologia de melhoria contínua que guia a implementação de mudanças e a avaliação de resultados.
Brainstorming (Tempestade de Ideias): Técnica para geração de ideias a partir da criatividade de um grupo de colaboradores, buscando soluções eficazes. Não confundir com Diagrama de Pareto, que é de priorização de problemas, não de geração de ideias.
Plano de Ação 5W2H: Um questionário para detalhar planos de ação, respondendo "O quê?", "Por quê?", "Onde?", "Quando?", "Quem?", "Como?" e "Quanto Custa?".
O Princípio de Pareto (ou Regra 80/20) é o conceito teórico que afirma que 80% dos efeitos vêm de 20% das causas. O Diagrama de Pareto é a representação gráfica visual desse princípio, uma ferramenta que ajuda a aplicar a regra 80/20 na prática para identificar e priorizar problemas. Vilfredo Pareto formulou o princípio, e Joseph Juran criou o diagrama.
Não diretamente. O Diagrama de Pareto serve para priorizar os problemas mais importantes ou as causas mais frequentes. Ele mostra o que deve ser focado. Para identificar as causas subjacentes (o porquê do problema), outras ferramentas como o Diagrama de Ishikawa (espinha de peixe) são mais apropriadas.
Não. A proporção 80/20 é um guia ou "regra de bolso", não uma lei matemática exata. A relação pode variar (ex: 70/30, 90/10). O importante é a observação de que uma minoria de fatores contribui para a maioria dos resultados.
Não. O Diagrama de Pareto é baseado em dados históricos e não é uma ferramenta preditiva. Ele ajuda a analisar o que já aconteceu para informar decisões futuras, mas não prevê eventos.
Você precisa de dados sobre as categorias de problemas ou causas e suas respectivas frequências (contagens) de ocorrência ou impacto.
Não é obrigatório, mas é altamente recomendado. Embora você possa construí-lo manualmente, softwares como o Excel (que possui uma funcionalidade específica para isso) ou outras ferramentas facilitam muito a criação, cálculos e visualização, especialmente com grandes volumes de dados.
Em concursos, o Diagrama de Pareto é frequentemente abordado nas disciplinas de Gestão da Qualidade, Administração e Ferramentas Gerenciais. Os pontos mais cobrados incluem:
Definição e Propósito: Compreender que é um gráfico de colunas que ordena frequências para priorizar problemas.
Princípio 80/20: Conhecer a essência da "lei dos poucos vitais e muitos triviais".
Autores: Associar Vilfredo Pareto ao princípio e Joseph Juran à criação do diagrama.
Função: Sua principal utilidade é a priorização e o foco nos problemas mais importantes, não a identificação de causas.
Integração com as 7 Ferramentas da Qualidade: Saber que ele faz parte desse grupo e diferenciá-lo das outras ferramentas (especialmente Ishikawa e Histograma).
Questão Comum: Diferenciar Pareto (o quê priorizar) de Ishikawa (por que ocorre).
Benefícios: Capacidade de identificar as principais causas (no sentido de mais impactantes), otimização de recursos e melhoria contínua.
Exemplos de Questões Comuns em Concursos:
(VUNESP – Câmara de Itapeva – Analista de Recursos Humanos – 2024)
"A gestão da qualidade em uma organização pode utilizar diversas ferramentas, entre elas uma que é um gráfico de colunas que ordena as frequências das ocorrências, da maior para a menor, permitindo a priorização dos problemas. Essa priorização mostra que, normalmente, 80% das consequências advêm de 20% das causas, isto é, há muitos problemas sem importância diante de outros mais graves. A ferramenta da qualidade citada pelo texto é denominada de:"
Resposta: C) diagrama de Pareto.
(IDCAP – INOVA Capixaba – Assistente Administrativo – 2024)
"Acerca das ferramentas utilizadas no controle de qualidade, avalie as proposições:
I. O gráfico de Pareto é utilizado para categorizar problemas, e decorre do princípio de Pareto, segundo o qual 80% dos problemas são gerados por cerca de 20% das causas.
II. O diagrama de Ishikawa é um gráfico quantitativo de frequências.
III. O Histograma permite identificar as causas subjacentes de um problema.
Assinale a alternativa correta:"
Resposta: A) Apenas a proposição I está correta.. A proposição I está correta. A II está incorreta porque o Diagrama de Ishikawa é qualitativo e foca em causas, não é um gráfico de frequências. A III está incorreta porque o Histograma mostra a distribuição de frequências, não identifica causas subjacentes; essa é a função do Diagrama de Ishikawa.
O Diagrama de Pareto é muito mais do que um simples gráfico; é uma filosofia de gestão que nos ensina a focar nossos recursos e esforços onde eles realmente farão a diferença. Ao dominar a aplicação dessa ferramenta, você será capaz de:
Identificar e atacar os "poucos vitais" que geram a maioria dos problemas ou resultados.
Otimizar seus recursos, evitando desperdício de tempo e energia em questões de baixo impacto.
Promover a melhoria contínua em seus processos e resultados, seja em um ambiente corporativo ou em sua vida pessoal.
Tomar decisões mais estratégicas e fundamentadas em dados.
Sua simplicidade e eficácia o tornam uma ferramenta indispensável para qualquer profissional ou estudante que busca a excelência e a eficiência. Comece hoje mesmo a aplicar o Diagrama de Pareto e observe a transformação em seus resultados!
Qual é o objetivo principal do Diagrama de Pareto?
a) Aumentar os lucros imediatamente
b) Identificar e priorizar causas principais de problemas
c) Expandir a empresa para novos mercados
d) Implementar novos produtos rapidamente
e) Reduzir o número de funcionários
Quem popularizou o uso do Diagrama de Pareto na gestão da qualidade?
a) Vilfredo Pareto
b) Joseph Juran
c) Henry Ford
d) Frederick Taylor
e) Peter Drucker
Qual é a primeira etapa na construção de um Diagrama de Pareto?
a) Organizar os dados
b) Calcular a frequência e percentual
c) Determinar o objetivo do diagrama
d) Definir o aspecto do tipo de perda
e) Traçar o diagrama
b) Identificar e priorizar causas principais de problemas
b) Joseph Juran
c) Determinar o objetivo do diagrama