
Ditongos são encontros de duas vogais em uma mesma sílaba, sendo fundamentais para a correta pronúncia e escrita das palavras. Historicamente, a padronização dos ditongos foi crucial para unificar a ortografia nos países lusófonos, garantindo uma comunicação eficiente.
Se você está estudando para concursos, aprimorando sua escrita ou simplesmente buscando compreender as nuances da fonologia da Língua Portuguesa, este guia completo sobre ditongos é para você. Abordaremos desde os conceitos mais básicos até as complexidades, as regras de acentuação que mais caem em provas e as dúvidas comuns que surgem no caminho.
A Língua Portuguesa é rica em sons e combinações que podem, por vezes, gerar dúvidas na hora da escrita ou da pronúncia. Um dos fenômenos mais fascinantes e importantes de se dominar é o dos encontros vocálicos. Dentro dessa categoria, o ditongo ocupa um lugar de destaque, sendo fundamental para a compreensão da estrutura fonológica das palavras e, consequentemente, para a correta aplicação das regras ortográficas e de acentuação.
Entender os ditongos não é apenas uma questão de gramática; é também uma forma de compreender como a fala influencia a escrita, e como o "erro" pode, na verdade, ser uma janela para o conhecimento linguístico tácito do falante.
Para começar, é crucial entender a definição fundamental: um ditongo é um encontro vocálico caracterizado pela combinação de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) que são emitidas em um único esforço de voz e permanecem na mesma sílaba.
Para que haja um ditongo, precisamos de dois elementos sonoros:
Vogal (V): É o núcleo da sílaba, ou seja, o som mais forte, nítido e que forma a base da sílaba. No português, as vogais são a, e, i, o, u.
Semivogal (SV): É um som vocálico mais fraco e menos nítido que acompanha a vogal na mesma sílaba. As principais semivogais são o "i" (com som de /y/, como em pai) e o "u" (com som de /w/, como em mau). Em alguns contextos, as letras "e" e "o" também podem funcionar como semivogais.
Como identificar na prática? Fique atento à pronúncia! A melhor forma de diferenciar uma vogal de uma semivogal, e consequentemente identificar um ditongo, é observar a intensidade do som ao pronunciar a palavra.
Exemplo Prático: "Pais" vs. "País"
Na palavra "pais" (p-ais): Ao pronunciar, o "a" é mais forte e o "i" é mais fraco. Eles permanecem na mesma sílaba. Portanto, "ai" é um ditongo, onde "a" é a vogal e "i" é a semivogal.
Na palavra "país" (pa-ís): Ao pronunciar, o "a" e o "i" são fortes e são separados em sílabas distintas. Neste caso, tanto "a" quanto "i" são vogais. Isso é um hiato, não um ditongo.
Outro caso importante: Uma vogal seguida da letra "M" ou "N" pode formar um ditongo quando é pronunciada com som de semivogal. Exemplos incluem: b_em_, can-t_am_, fa-l_am_.
Os ditongos não são todos iguais. Eles podem ser classificados de diversas formas, dependendo da posição da semivogal em relação à vogal e do modo de articulação.
Um ditongo decrescente ocorre quando a vogal (som mais forte) aparece antes da semivogal (som mais fraco). O nome "decrescente" remete ao decrescimento sonoro, que vai de um som mais forte para um mais fraco.
Esquema: V + SV
Exemplos Comuns de Ditongos Decrescentes:
c_ai_xa (a = vogal; i = semivogal)
l_ei_te (e = vogal; i = semivogal)
P_au_la (a = vogal; u = semivogal)
p_ai_
p_au_ta
pap_éi_s
c_éu_
m_ui_to
m_ai_s
fl_au_ta
d_ói_
az_ui_s
n_oi_te
p_õe_
m_ão_
outro
Observação Importante: Vocalização do L em Ditongos Decrescentes Em muitos dialetos brasileiros, especialmente na fala coloquial, o fonema /l/ em fim de sílaba pode ser vocalizado, transformando-se em uma semivogal "u" e formando um ditongo decrescente. Embora não seja a norma padrão da escrita, é um fenômeno fonológico comum que pode influenciar a aquisição da escrita, como visto em estudos sobre a transposição da fala para a escrita.
Exemplos de Vocalização do /l/ que resultam em ditongos decrescentes:
fun_il_ /fu.ˈniw/
f_el_tro /few.tɾu/
m_el_ /ˈmɛw/
m_al_ /ˈmaw/
S_ol_ /ˈsɔw/
az_ul_ /aˈzuw/
Em contraste, um ditongo crescente ocorre quando a semivogal (som mais fraco) aparece antes da vogal (som mais forte). O nome "crescente" indica o crescimento sonoro, que vai de um som mais fraco para um mais forte.
Esquema: SV + V
Exemplos Comuns de Ditongos Crescentes:
q_ua_dro (u = semivogal; a = vogal)
tranq_ui_lo (u = semivogal; i = vogal)
aq_uo_so (u = semivogal; o = vogal)
q_ua_se
q_ua_l
eq_ue_stre
ling_ui_ça
freq_ue_nte
ág_ua_
prêm_io_
misér_ia_
pátr_ia_
glór_ia_
Os ditongos orais são aqueles em que, durante a sua pronúncia, a passagem do ar é feita exclusivamente pela boca.
Exemplos de Ditongos Orais:
ai (como em p_ai_)
ei (como em p_ei_xe)
au (como em m_au_)
oi (como em b_oi_)
éu (como em chap_éu_)
ou (como em outro)
Ditongos orais podem ter timbre aberto (vogais [a, é, ó]) ou fechado (vogais [ê, ô, i, u]). Exemplos de ditongos abertos incluem céu e dói. Um ditongo é considerado aberto quando uma vogal de timbre aberto se une a uma semivogal, ou vice-versa. Já um ditongo é fechado quando uma vogal de timbre fechado se une a uma semivogal.
Os ditongos nasais são aqueles em que a passagem do ar é feita tanto pela boca quanto pelo nariz durante a pronúncia.
Exemplos de Ditongos Nasais:
ão (como em m_ão_, p_ão_)
ãe (como em m_ãe_, p_ãe_s)
õe (como em p_õe_)
am (como em cant_am_, fal_am_)
em (como em b_em_, sab_em_)
ui (apenas em m_ui_to)
Os ditongos nasais são sempre pronunciados com timbre fechado.
É comum que os encontros vocálicos sejam motivo de confusão. A chave para diferenciá-los está na quantidade de sons vocálicos e, principalmente, na separação silábica.
Como já vimos, o ditongo é o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) na mesma sílaba. Eles não se separam na divisão silábica.
Exemplos: rei (r_ei_), couve (c_ou_ve), sítio (sí-t_io_).
O tritongo é o encontro de três sons vocálicos na mesma sílaba, seguindo a sequência exata de semivogal + vogal + semivogal (SV + V + SV). Assim como os ditongos, os tritongos permanecem juntos na mesma sílaba e não se separam.
Exemplos de Tritongos:
Urug_uai_ (U-ru-g_uai_)
averig_uou_ (a-ve-ri-g_uou_)
ig_uais_ (i-g_uais_)
q_uão_ (q_uão_)
O hiato é o encontro de duas vogais que ficam em sílabas diferentes. A regra fundamental da Língua Portuguesa é que não pode haver mais de uma vogal na mesma sílaba. Por isso, as vogais de um hiato são sempre separadas na divisão silábica.
Exemplos de Hiatos:
sa_í_da (sa-í-da)
sa_ú_de (sa-ú-de)
Ju_iz_ (Ju-iz)
poes_ia_ (po-e-si-a)
r_a-i_z (ra-iz)
l_a-go-a_ (la-go-a)
Aqui reside uma das maiores ambiguidades e fontes de dúvida, especialmente em palavras que terminam com -ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo. Não há consenso absoluto entre gramáticos sobre a classificação dessas palavras.
Exemplos de palavras com flexibilidade de pronúncia:
histór_ia_
rád_io_
sér_ie_
rég_ua_
Alguns gramáticos consideram-nas ditongo crescente (ex: his-tó-ria), enquanto outros as classificam como hiato (ex: his-tó-ri-a). Para fins de concursos e norma padrão, muitas vezes a pronúncia mais formal e a divisão silábica "forçada" (para separar as vogais) prevalecem, mas é crucial estar ciente dessa discussão.
Ditongos Estáveis no Português: Segundo algumas convenções, apenas são considerados ditongos estáveis os ditongos cujo primeiro elemento é a semivogal /w/ (representada por "u") e quando estão precedidos dos sons /k/ ou /ɡ/.
Exemplos: ag_ua_rdar (/aɡwaʀˈdaʀ/), ig_ua_l (/iˈɡwaw/), q_ua_se (/ˈkwazi/), q_ua_nto (/ˈkwɐ̃tu/).
Outros casos em que se encontra "i" + vogal ou "u" + vogal na escrita são frequentemente considerados hiatos.
A acentuação gráfica é um tópico recorrente em concursos públicos, e as regras que envolvem ditongos e hiatos são particularmente importantes. As regras de acentuação servem para informar ao leitor como as palavras devem ser pronunciadas, indicando a sílaba tônica.
O Novo Acordo Ortográfico trouxe algumas mudanças significativas para a acentuação de ditongos, mas as regras para ditongos abertos (que mantêm o acento) são essenciais. Lembre-se que ditongos abertos são aqueles formados por vogais de timbre aberto [a, é, ó] unidas a semivogais.
Monossílabos Tônicos: Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em ditongos abertos éi(s), éu(s), ói(s).
Exemplos: réis, véu, dói.
Oxítonas: Acentuam-se as oxítonas terminadas em ditongos abertos éi(s), éu(s), ói(s).
Exemplos: papéis, troféu, herói.
Paroxítonas: De acordo com o Novo Acordo Ortográfico, os ditongos abertos **"oi" e "ei" em palavras paroxítonas (aquela em que a penúltima sílaba é a tônica) NÃO RECEBEM MAIS ACENTO GRÁFICO.
Exemplos:
antigo: ast_eró_ide / atual: ast_er_oide
antigo: c_efa_lóide / atual: c_efa_loide
antigo: paran_ói_co / atual: paran_oi_co
antigo: at_éi_a / atual: at_ei_a
antigo: europ_éi_a / atual: europ_ei_a
antigo: prosopop_éi_a / atual: prosopop_ei_a
Atenção: As paroxítonas terminadas em ditongos orais (seguidos ou não de S) ainda são acentuadas. Isso inclui ditongos orais que não sejam "ei" ou "oi" abertos (como "ea", "io", "ua", "uo" - lembrando da ambiguidade hiato/ditongo crescente).
Exemplos: vácuo, água, colégio, glória, série.
As regras de acentuação para hiatos são cruciais, pois muitas vezes o acento serve justamente para indicar que há um hiato e não um ditongo, evitando ambiguidades.
Regra Geral para I e U em Hiatos: As letras "i" e "u" são acentuadas quando:
São a segunda vogal do hiato.
Aparecem sozinhas na sílaba tônica (ou seguidas apenas de "s").
NÃO estão seguidas de "nh".
Exemplos:
ra_í_zes (ra-í-zes)
pa_í_s (pa-ís)
sa_ú_de (sa-ú-de)
ju_í_za (ju-í-za)
Exemplos sem acento (violação das regras):
ra_iz_ (o "i" não está sozinho na sílaba)
ra_inh_a (o "i" é seguido de "nh")
ba_in_ha (o "i" é seguido de "nh")
fei_u_ra (o "u" não está sozinho na sílaba, seguido por "ra")
Diferença Crucial: "Suíça" vs. "Linguiça"
Suíça: O "i" é acentuado porque forma um hiato com o "u" anterior (Su-í-ça). O acento indica que o "i" é uma vogal tônica e está em uma sílaba separada.
Linguiça: O "i" NÃO é acentuado porque forma um ditongo crescente com o "u" anterior (Lin-gui-ça). Aqui, o "u" é semivogal e o "i" é vogal, mas o ditongo não é tônico na sílaba que leva acento e o "i" não forma hiato. A regra de acentuação para hiatos com "i" ou "u" não se aplica, pois o "i" não é a segunda vogal do hiato isolada.
Palavras Monossílabas, Oxítonas, Paroxítonas e Proparoxítonas são classificadas pela posição da sílaba tônica (última, penúltima, antepenúltima, respectivamente). Todas as proparoxítonas são acentuadas. Embora não diretamente ligadas a ditongos, essas classificações gerais são a base para aplicar as regras de acentuação, inclusive as que envolvem ditongos.
Um dos aspectos mais fascinantes do estudo dos ditongos, especialmente na aquisição da escrita, é a relação entre a língua falada e a língua escrita. Pesquisas têm demonstrado que o que muitas vezes é classificado como "erro" na escrita, na verdade, pode ser uma transposição da fala e revelar um conhecimento fonológico tácito do aluno sobre a língua.
No contexto da Educação de Jovens e Adultos (EJA), por exemplo, estudos sobre ocorrências de ditongos fonéticos na escrita de alunos revelam que os desvios da ortografia convencional podem ser hipóteses criadas pelo aluno na tentativa de acertar, com base em seus conhecimentos sobre a fonologia da língua. Isso significa que o "erro" nem sempre é uma ausência de aprendizagem, mas sim uma aprendizagem em processo.
Um ditongo fonético é um tipo de ditongo que, ao contrário do ditongo fonológico (que distingue vocábulos, como em /kada/ - /kawda/), não é capaz de gerar a mesma distinção significativa (como em /kaʃa/ - /kajʃa/). Eles surgem na rima simples da estrutura subjacente, enquanto o ditongo fonológico surge de uma ramificação do núcleo, constituindo uma sílaba complexa.
A pesquisa em questão foca na epêntese, ou seja, o surgimento de um glide (semivogal) onde ele não existiria na escrita padrão, por influência da pronúncia. Este processo é uma assimilação, um "espraiamento de traços" de um segmento para outro, criando o glide e, consequentemente, um ditongo fonético.
Contextos Favorecedores para o Surgimento do Glide Epentético: O surgimento da semivogal na escrita tem sido consistentemente observado quando há, no contexto anterior ou seguinte, a presença de consoantes como:
Palatais: /ʃ/ (som de "ch"), /ʒ/ (som de "j"), /ɲ/ (som de "nh"), /ʎ/ (som de "lh"). Essas consoantes possuem traços vocálicos e consonantais, que podem se "espraiar" e gerar o glide.
Tepe: /ɾ/ (o "r" brando, como em "caro").
Exemplos Observados em Textos de Alunos (EJA):
Palavras como "mês" escritas como "meis".
Palavras como "das" escritas como "dais".
Palavras como "fechar" escritas como "feichar".
Palavras como "chegar" e "chegando" escritas como "cheigar" e "cheigando".
Nestes casos, a representação da semivogal na escrita pode ser explicada por influência do contexto seguinte (ex: consoante palatal). O espraiamento do traço vocálico pode ocorrer de forma regressiva (da direita para a esquerda, como em "meis" e "dais") ou progressiva (da esquerda para a direita, como em "cheigar" e "cheigando"), criando o glide de ligação.
Além da influência direta da fala, alguns "erros" podem ser resultado de uma supergeneralização das regras ortográficas ou fonológicas. Isso ocorre quando o aluno aplica uma regra ou padrão que observou em outras palavras, mesmo que não seja o contexto correto para o caso específico.
Exemplo: Um aluno pode ter notado que palavras como "peixe" e "feijão" são escritas com um ditongo (mesmo que nem sempre pronunciado como tal na fala de forma explícita), e então aplica o mesmo raciocínio a palavras como "chegar", escrevendo "cheigar". Embora não seja convencional, isso demonstra um conhecimento linguístico e uma tentativa de aplicar um padrão.
Um achado importante da pesquisa é a semelhança entre os resultados obtidos em textos de adultos (EJA) e estudos anteriores sobre a escrita infantil. Fenômenos linguísticos como os ditongos fonéticos, presentes na língua falada, são registrados no período de aquisição da língua escrita, independentemente da idade do aprendiz. Isso reforça a ideia de que a aquisição da escrita é um processo complexo, com hipóteses e descobertas sobre o sistema da língua.
Implicações para o Ensino: Essa compreensão é vital para professores, pois permite um olhar mais sensível para o "erro", que deve ser visto como uma hipótese do aluno e uma etapa no processo de aprendizagem, e não como mera falha ou ausência de conhecimento. Integrar essa perspectiva no ensino de Língua Portuguesa pode promover uma abordagem mais inclusiva, reconhecendo a legitimidade da variedade de fala dos alunos e evitando a estigmatização.
Dominar os ditongos e suas classificações, assim como as regras de acentuação associadas, pode parecer um desafio. No entanto, com prática e as estratégias corretas, você pode internalizar esse conhecimento e gabaritar as questões em concursos.
1. Domine a Separação Silábica: A capacidade de separar sílabas corretamente é a base para identificar ditongos, tritongos e hiatos. Se vogal e semivogal ficam juntas, é ditongo (ou tritongo); se duas vogais se separam, é hiato.
2. Preste Muita Atenção à Pronúncia: A diferença entre vogal e semivogal é de intensidade sonora. Treine a pronúncia das palavras, identificando qual som é mais forte (vogal) e qual é mais fraco (semivogal).
3. Revise as Regras de Acentuação Focando nos Ditongos e Hiatos:
Crie tabelas ou flashcards para memorizar as regras específicas de acentuação de monossílabos, oxítonas e paroxítonas que terminam em ditongos abertos.
Dê atenção especial à regra do hiato para "i" e "u" (segunda vogal do hiato, sozinha ou com "s", não seguida de "nh").
Lembre-se da mudança do Novo Acordo Ortográfico para ditongos "ei" e "oi" em paroxítonas (não são mais acentuados).
4. Faça Muitos Exercícios: A prática leva à perfeição. Resolva exercícios de classificação de ditongos, tritongos e hiatos, e, principalmente, exercícios de acentuação. Isso ajuda a fixar as regras e a identificar padrões.
5. Analise Seus "Erros": Se você cometer um erro ao escrever ou classificar um ditongo, não o veja apenas como um equívoco. Tente entender o porquê. Houve uma influência da sua fala? Você aplicou uma regra de forma supergeneralizada? Essa reflexão aprofunda o aprendizado.
6. Consulte Dicionários Fonéticos (Opcional, para aprofundamento): Para casos mais complexos de pronúncia e classificação, um dicionário fonético pode ajudar a visualizar a transcrição dos sons.
7. Cuidado com o "QUEM": A palavra "quem" não possui um ditongo. O "u" não é pronunciado, formando um dígrafo "qu".
A jornada para dominar os ditongos e a complexidade da Língua Portuguesa é um processo contínuo. Como vimos, a aquisição da escrita, seja na infância ou na fase adulta (EJA), envolve a elaboração de hipóteses e a transposição de conhecimentos da fala para a escrita. O "erro" ortográfico, nesse contexto, pode ser uma rica fonte de informação sobre o conhecimento linguístico do aprendiz, e não apenas um sinal de falha.
Ao compreender os ditongos em toda a sua amplitude – desde sua formação e classificação até suas implicações na acentuação e na relação fala-escrita – você não apenas aprimora suas habilidades gramaticais para concursos, mas também desenvolve uma visão mais aprofundada e sensível sobre a língua. O domínio das normas linguísticas é, afinal, uma ferramenta essencial para a participação social e política, e para o pleno exercício da cidadania.
Qual das palavras abaixo contém um ditongo oral?
a) Caixa
b) Bem
c) Mão
d) Quão
e) Amém
Qual das palavras abaixo contém um ditongo nasal com til e semivogal?
a) Constituis
b) Retribui
c) Mágoa
d) Mãe
e) Calúnia
Qual das formas verbais abaixo está correta?
a) Constituis (de constitui-lo)
b) Retribui (de retribui-lo)
c) Fazê-la (de fazer-la)
d) Vê-la (de ver-la)
e) Compô-lo (de compor-lo)
a
d
a