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23/08/2025 • 11 min de leitura
Atualizado em 23/08/2025

Eletropositividade

O Que É Eletropositividade? O Conceito Fundamental

A eletropositividade é uma propriedade química que mede a tendência de um átomo em perder elétrons para o sistema em que está inserido. Quando um átomo perde elétrons, ele se transforma em um cátion, ou seja, um íon com carga positiva. Esse conceito é frequentemente chamado de caráter metálico, pois os metais são os elementos que mais exibem essa tendência catiônica, buscando perder elétrons para se estabilizar.

Em essência, a eletropositividade é o oposto da eletronegatividade. Enquanto a eletronegatividade descreve o potencial de um átomo em atrair elétrons para sua eletrosfera, a eletropositividade mensura o potencial de um elemento em liberá-los. Conhecer essas características é vital, pois elas determinam a configuração dos átomos nas moléculas, influenciam a força das ligações químicas e são fundamentais na classificação de compostos.

Pontos-chave:

  • Perder elétrons: A definição central da eletropositividade.

  • Formar cátions: O resultado da perda de elétrons por um átomo eletropositivo.

  • Caráter Metálico: Sinônimo de eletropositividade, evidenciando a forte ligação com os metais.

  • Oposto da Eletronegatividade: Facilita a compreensão ao contrastar com sua propriedade antagônica.

Exemplo prático: Imagine o óxido de sódio (Na₂O), um composto formado por sódio (Na) e oxigênio (O). Se as ligações fossem rompidas, o oxigênio, por ser mais eletronegativo, atrairia os elétrons compartilhados. Por outro lado, o sódio possui uma maior tendência de perder elétrons, sendo, portanto, mais eletropositivo.

A Relação Crucial entre Eletropositividade e Reatividade dos Metais

A reatividade química dos metais está diretamente ligada à sua eletropositividade. Quanto mais eletropositivo um elemento, mais reativo será o metal. Isso ocorre porque metais altamente eletropositivos têm uma grande tendência de perder elétrons, formando íons positivos com mais facilidade.

Experimento Clássico de Reatividade: Um exemplo claro é o que acontece ao colocar uma lâmina de ferro em uma solução azul de sulfato de cobre (II). A lâmina de ferro logo fica recoberta por uma camada de metal vermelho (cobre), e a solução adquire uma coloração amarela (sulfato de ferro(II)). A reação pode ser representada por: Fe(s) + CuSO₄(aq) → FeSO₄(aq) + Cu(s) A partir dessa observação, conclui-se que o ferro é mais reativo do que o cobre, pois ele consegue deslocar o cobre de seu composto. Reações desse tipo permitem ordenar os metais em ordem crescente de reatividade química.

A ordem de reatividade, do mais reativo para o menos reativo, é apresentada como: Li, K, Rb, Cs, Ba, Sr, Ca, Na, Mg, Al, Mn, Zn, Fe, Co, Ni, Pb, H, Cu, Ag, Pd, Pt, Au. Nessa sequência, elementos como Lítio (Li) e Potássio (K) são altamente reativos, enquanto Platina (Pt) e Ouro (Au) são conhecidos pela sua baixa reatividade, ou "maior nobreza".

Como a Eletropositividade Varia na Tabela Periódica: As Tendências!

A eletropositividade é uma propriedade periódica, o que significa que ela varia de maneira regular com o aumento ou diminuição do número atômico ao longo da Tabela Periódica. Entender essas tendências é fundamental para prever o comportamento dos elementos.

  1. Variação nos Grupos (Colunas):

    • A eletropositividade aumenta de cima para baixo em uma mesma família (grupo) da Tabela Periódica.

    • Por quê? À medida que descemos em um grupo, o número de camadas eletrônicas aumenta. Isso faz com que os elétrons da camada de valência (a camada mais externa) fiquem mais distantes do núcleo atômico. Quanto maior a distância, menor a atração que o núcleo positivo exerce sobre esses elétrons, tornando mais fácil para o átomo perdê-los. Consequentemente, a eletropositividade é maior.

    • Exemplo: Na família 17 (halogênios), a ordem crescente de eletropositividade é: F < Cl < Br < I < At.

  2. Variação nos Períodos (Linhas):

    • A eletropositividade aumenta da direita para a esquerda em um mesmo período da Tabela Periódica.

    • Por quê? Em um mesmo período, os elementos possuem a mesma quantidade de camadas eletrônicas. No entanto, ao se mover da esquerda para a direita, o número atômico (e, portanto, o número de prótons no núcleo) aumenta. Isso resulta em uma maior carga nuclear efetiva, que atrai mais fortemente os elétrons de valência. Uma atração mais forte dificulta a perda de elétrons, diminuindo a eletropositividade. Portanto, para que a eletropositividade aumente, precisamos ir para a esquerda.

    • Exemplo: No segundo período, a ordem crescente de eletropositividade é: Ne < F < O < N < C < B < Be < Li.

Resumindo as Tendências: A eletropositividade é maior nos elementos localizados no canto inferior esquerdo da Tabela Periódica.

O Elemento Mais Eletropositivo: Frâncio (Fr)

De acordo com as tendências, o elemento mais eletropositivo da Tabela Periódica é o Frâncio (Fr), com número atômico 87. Ele está localizado no canto inferior esquerdo, possuindo o maior eletropositividade é maior nos elementos localizados no canto inferior esquerdo da Tabela Periódica.

O Elemento Mais Eletropositivo: Frâncio (Fr)

De acordo com as tendências, o elemento mais eletropositivo da Tabela Periódica é o Frâncio (Fr), com número atômico 87. Ele está localizado no canto inferior esquerdo, possuindo o maior raio atômico e, consequentemente, a menor atração pelos elétrons de valência, facilitando sua perda. O Césio (Cs) também é um elemento altamente eletropositivo, sendo um dos menos eletronegativos.

A Importância do Raio Atômico na Eletropositividade

A eletropositividade de um átomo está intimamente relacionada com o seu raio atômico. Existe uma relação inversa:

  • Quanto maior o raio atômico, maior a eletropositividade.

  • Por quê? Um raio atômico maior significa que os elétrons da camada de valência estão mais distantes do núcleo positivo. Essa distância enfraquece a força de atração eletrostática do núcleo pelos elétrons externos, tornando-os mais "soltos" e fáceis de serem liberados.

Consequentemente, nas tendências da Tabela Periódica, a eletropositividade e o raio atômico seguem o mesmo padrão: aumentam de cima para baixo nos grupos e da direita para a esquerda nos períodos. O Frâncio (Fr) é frequentemente citado como o elemento com o maior raio atômico e, por isso, o mais eletropositivo.

Exceções e Casos Especiais: O Que os Concursos Cobram?

Para dominar a eletropositividade, é crucial conhecer algumas nuances e exceções que frequentemente aparecem em avaliações:

  1. Gases Nobres:

    • Os gases nobres (como Hélio, Neônio, Argônio) são elementos inertes. Eles possuem uma configuração eletrônica estável e não tendem a formar ligações químicas por meio da doação ou recebimento de elétrons.

    • Portanto, a eletronegatividade e a eletropositividade não são conceitos aplicáveis ou considerados para os gases nobres em condições normais.

  2. Metais e Não-Metais:

    • Geralmente, os metais são mais eletropositivos do que os não-metais. Essa é a base do "caráter metálico".

    • Em uma ligação entre dois átomos, os valores de eletronegatividade (e, por oposição, eletropositividade) indicam para qual lado a densidade eletrônica está sendo puxada ou doada.

    • Para a formação de compostos iônicos, os halogênios (altamente eletronegativos) e os metais alcalinos (altamente eletropositivos) são exemplos claros de doadores e aceitadores de elétrons.

  3. Compostos Organometálicos: Uma Área de Alta Relevância

    • O que são? Compostos organometálicos são aqueles que apresentam pelo menos uma ligação entre carbono e metal (M-C). O carbono geralmente vem de um grupo orgânico, e o metal pode ser de grupo principal, transição, lantanídeo ou actinídeo. De forma mais generalizada, neles um grupo orgânico está ligado a um átomo menos eletronegativo que o carbono.

    • Tipos de Ligação: A ligação metal-carbono pode ser predominantemente iônica ou predominantemente covalente (do tipo sigma ou sigma e pi). Para metais do bloco d, as ligações podem ser mais complexas e necessitar da teoria dos orbitais moleculares para descrição.

    • Reatividade e Eletropositividade:

      • Os compostos organometálicos de metais muito eletropositivos (como Na, K, Rb, Cs, Ca, Sr, Ba) são tipicamente iônicos. Eles são altamente reativos ao ar, à água e a outros meios reativos.

      • Já os organocompostos de metais de pequena eletropositividade e de elementos não metálicos geralmente apresentam ligação predominantemente covalente.

    • Regra dos 18/16 Elétrons (para metais do bloco d): Essa é uma regra crucial em química organometálica para prever a estabilidade de compostos, especialmente para metais de transição.

      • A regra postula que o átomo metálico central tende a adquirir a configuração eletrônica de um gás nobre, completando 18 elétrons na camada de valência (ou 16 elétrons para alguns metais).

      • Para metais com número atômico ímpar, a configuração de gás nobre pode ser alcançada pela formação de dímeros (ex: Mn₂(CO)₁₀ e Co₂(CO)₈), formação de espécies aniônicas (ex: Na[Mn(CO)₅]), ou ligação a espécies com elétrons desemparelhados (ex: [HMn(CO)₅]).

      • Exemplos Notáveis: Carbonilas metálicas (como Ni(CO)₄, Cr(CO)₆, Fe(CO)₅) e nitrosilas metálicas frequentemente seguem essa regra. O [Fe(C₅H₅)₂] (ferroceno) também é um exemplo.

      • Exceções: Existem exceções, principalmente para elementos no início das séries de transição, devido a impedimentos estéricos (falta de espaço para ligantes suficientes).

    • Importância Industrial: Compostos organometálicos são valiosos catalisadores e intermediários em sínteses químicas.

    • Diferença de Complexos de Coordenação: Embora ambos envolvam metais e ligantes, organometálicos frequentemente são neutros e solúveis em solventes orgânicos, enquanto complexos são carregados e solúveis em água, com contagem de elétrons d variável. Cianocomplexos, por exemplo, não são considerados organometálicos apesar das ligações M-C, devido às suas propriedades se assemelharem mais aos complexos.

A Conexão com a Eletroquímica: Relevância em Concursos

A eletroquímica, o estudo da relação entre energia elétrica e reações químicas, está profundamente conectada à eletropositividade, sendo um tópico de alta cobrança em exames.

  • Fundamentos Históricos: O nascimento da eletroquímica moderna é muitas vezes atribuído a Alessandro Volta, que em 1800 demonstrou que um empilhamento de discos de prata e zinco (metais com diferentes eletropositividades e, portanto, diferentes tendências de perder elétrons) separados por papelão embebido em água salgada, gerava eletricidade espontaneamente. Isso é o princípio de uma pilha galvânica.

  • Descoberta de Metais Reativos: Humphry Davy, no início do século XIX, utilizou potentes pilhas (baseadas em princípios eletroquímicos) para descobrir e obter elementos como sódio, potássio, magnésio, bário, estrôncio e cálcio – todos eles metais altamente eletropositivos (e reativos), que eram difíceis de isolar por métodos químicos convencionais.

  • Produção Eletrolítica de Metais: A eletroquímica industrial é fundamental para a obtenção eletrolítica de metais como alumínio, cobre e zinco.

    • Por exemplo, a produção de alumínio, um metal relativamente eletropositivo, teve seu custo transformado drasticamente de 1.500 dólares por quilo em 1846 para centavos de dólar em 1999 devido aos processos eletroquímicos.

    • Outros metais eletroliticamente produzidos incluem alcalinos e alcalinos terrosos, prata e ouro.

  • Potencial de Eletrodo: A teoria do potencial de eletrodo, formulada por Nernst em 1889, assume que cada elemento pode formar um eletrodo ativo, dissolvendo-se parcialmente em solução eletrolítica. A tendência termodinâmica de passagem de íons do metal para a solução cria uma diferença de potencial, que depende do material do eletrodo e das condições do eletrólito. Essa tendência à ionização está intrinsecamente ligada à eletropositividade do metal.

Eletropositividade e Oxidação: A Tendência Natural

A eletropositividade está intimamente ligada à tendência de oxidação de um elemento. A oxidação é o processo de perda de elétrons.

  • Portanto, os elementos mais eletropositivos (como Frâncio e Césio) têm uma maior tendência de oxidação, pois eles perdem elétrons com mais facilidade para formar cátions.

  • Essa característica é um pilar para entender as reações de oxirredução e a formação de ligações iônicas, onde um metal eletropositivo (que se oxida) doa elétrons para um não-metal eletronegativo (que se reduz).

Perguntas Frequentes (FAQs) sobre Eletropositividade

Para consolidar seu conhecimento, vamos responder a algumas das dúvidas mais comuns:

  • "Eletropositividade é o mesmo que caráter metálico?" Sim, são termos sinônimos. A eletropositividade é a propriedade que define o caráter metálico de um elemento, ou seja, a sua tendência de perder elétrons.

  • "Qual é o elemento mais eletropositivo?" O Frâncio (Fr) é considerado o elemento mais eletropositivo da Tabela Periódica.

  • "Como a eletropositividade varia na Tabela Periódica?" A eletropositividade aumenta de cima para baixo nos grupos e aumenta da direita para a esquerda nos períodos.

  • "Os gases nobres são eletropositivos?" Não. Devido à sua grande estabilidade e inércia química, os gases nobres dificilmente doam ou recebem elétrons, e, portanto, seus valores de eletropositividade (e eletronegatividade) não são considerados.

  • "A eletropositividade está relacionada com o raio atômico?" Sim, diretamente. Quanto maior o raio atômico, maior a eletropositividade, pois os elétrons de valência estão mais distantes do núcleo e são mais facilmente removidos.

  • "Por que os metais são mais reativos quando são mais eletropositivos?" Porque a reatividade dos metais se manifesta na sua capacidade de perder elétrons e formar íons positivos. Quanto mais eletropositivo for o metal, maior sua tendência de perder elétrons, tornando-o mais reativo.

A Eletropositividade

A eletropositividade é um conceito fundamental na química, intimamente ligado à reatividade dos elementos, especialmente dos metais, e às suas propriedades na Tabela Periódica. Compreender suas tendências, suas exceções e suas aplicações em áreas como a eletroquímica e os compostos organometálicos não só enriquece seu conhecimento, mas também é uma vantagem competitiva crucial em concursos públicos e exames como o ENEM.

Lembre-se: quanto mais à esquerda e para baixo na Tabela Periódica, maior a eletropositividade e a tendência do elemento em perder elétrons, participando ativamente de reações químicas. Com este guia completo, você está preparado para encarar qualquer questão e aplicar esses conceitos com confiança!