Volitivo
  • Home
  • Questões
  • Material de apoio
  • Disciplina
  • Blog
  • Sobre
  • Contato
Log inSign up

Footer

Volitivo
FacebookTwitter

Plataforma

  • Home
  • Questões
  • Material de apoio
  • Disciplina
  • Blog
  • Sobre
  • Contato

Recursos

  • Política de privacidade
  • Termos de uso
Aprenda mais rápido com a Volitivo

Resolva questões de concursos públicos, enem, vestibulares e muito mais gratuitamente.

©Todos os direitos reservados a Volitivo.

23/08/2025 • 16 min de leitura
Atualizado em 23/08/2025

Estanho (Sn)

Estanho (Sn): O Metal que Moldou a História da Humanidade e suas Aplicações no Futuro

O estanho (Sn), um elemento químico fascinante e de vasta importância, carrega em sua essência a história da humanidade, desde a Idade do Bronze até as mais avançadas tecnologias do século XXI. Conhecer suas propriedades, aplicações e ocorrência é fundamental para estudantes e profissionais que buscam uma compreensão aprofundada da química e da metalurgia.

1. O Que É o Estanho (Sn)? Uma Introdução Essencial

Para começar, vamos entender o básico:

  • Nome e Símbolo: O estanho é um elemento químico cujo símbolo é Sn. Este símbolo deriva do latim Stannum, ou stagnun vulgarizado para stannun na Idade Média.

  • Número Atômico: Possui 50 prótons e 50 elétrons, o que lhe confere o número atômico 50.

  • Massa Atômica: Sua massa atômica é de aproximadamente 118,710 u (unidades de massa atômica) ou 118,71 g.mol⁻¹.

  • Localização na Tabela Periódica: O estanho está situado no grupo 14 (ou IVA) da classificação periódica dos elementos, no período 5 e bloco p, sendo classificado como um metal representativo.

Em termos de aparência, o estanho é um metal prateado brilhante, maleável e sólido nas condições ambientais. Sua beleza e características únicas o tornam um material versátil e indispensável.

2. Características Fundamentais do Estanho: Desvendando suas Propriedades

Para compreender o estanho em sua totalidade, é crucial explorar suas propriedades físicas e químicas.

2.1. Propriedades Físicas (Aparência e Comportamento)

  • Aparência: Cinza prateado brilhante. Um cubo metálico de estanho, por exemplo, exibe essa tonalidade.

  • Maleabilidade e Ductilidade: É um metal altamente maleável e dúctil. Isso significa que ele pode ser facilmente moldado, esticado em fios finos ou batido em lâminas, o que o torna ideal para diversas aplicações, como embalagens.

  • Estado Físico: É sólido nas condições ambientais.

  • Ponto de Fusão: O estanho possui um baixo ponto de fusão, de 232 °C (ou 505,08 K). Essa é uma característica muito importante, especialmente em aplicações de solda, mas também requer precaução, como veremos adiante.

  • Ponto de Ebulição: Sua temperatura de ebulição é de 2875 K (ou 2602 °C).

  • Densidade: Apresenta uma densidade de 7310 kg/m³.

  • Cristalinidade e o "Grito de Lata": É um metal altamente cristalino. Quando uma barra de estanho é quebrada ou dobrada, ela produz um som característico, conhecido como "grito de lata" ou "grito de estanho", causado pelo atrito entre os cristais internos quando se rompem.

  • Outras Propriedades Físicas:

    • Raio atômico (calculado): 140 pm

    • Raio covalente: 139 ± 4 pm

    • Raio de Van der Waals: 217 pm

    • Velocidade do som: 2500 m/s a 20 °C

    • Calor específico: 228 J/(kg·K)

    • Condutividade térmica: 66,6 W/(m·K)

2.2. Propriedades Químicas (Reatividade e Comportamento em Reações)

  • Resistência à Oxidação e Corrosão: Uma de suas características mais valiosas é que o estanho não se oxida facilmente com o ar e é resistente à corrosão quando exposto à água do mar e à água potável.

  • Reação com Ácidos e Bases: No entanto, pode ser atacado por ácidos fortes, bases e sais ácidos. Com bases, produz estanatos.

  • Ação Catalítica: O estanho age como um catalisador quando o oxigênio se encontra dissolvido, acelerando o ataque químico.

  • Reações Diretas: Combina-se diretamente com cloro e oxigênio, e desloca o hidrogênio dos ácidos.

  • Oxidação em Alta Temperatura: Quando aquecido na presença do ar acima de 1500 °C, retorna à condição de óxido estânico.

  • Estados de Oxidação: Os estados de oxidação mais comuns do estanho são +4 e +2, mas também pode apresentar -4. Seu óxido é anfótero.

  • Configuração Eletrônica: [Kr] 4d¹⁰ 5s² 5p². Os elétrons por nível de energia são 2, 8, 18, 18, 4.

3. Alótropos do Estanho: A "Doença" Metálica

Uma característica particularmente interessante e frequentemente abordada em concursos é a existência de alótropos do estanho. Alótropos são diferentes formas estruturais de um mesmo elemento. O estanho sólido possui dois alótropos principais em condições normais de temperatura e pressão (CNTP):

  • Estanho Alfa (Estanho Cinzento):

    • Existe em baixas temperaturas.

    • Apresenta uma estrutura cristalina tetragonal, semelhante ao silício e ao germânio.

  • Estanho Beta (Estanho Branco):

    • É a forma estável quando o estanho é aquecido acima de 13,2 °C.

    • Possui uma estrutura cristalina cúbica.

3.1. A Transição de Fase e o Fenômeno da "Peste do Estanho" (Ou "Doença do Estanho") - Ponto Chave para Concursos!

A transição da forma beta (branca) para a forma alfa (cinzenta), por resfriamento, é um ponto de atenção. Essa transformação só pode ser efetivada quando o estanho apresenta um elevado grau de pureza.

  • Impacto das Impurezas: Esta transformação é afetada por impurezas como alumínio e zinco.

  • Prevenção da Transformação: Pode ser impedida pela adição de pequenas quantidades de antimônio, bismuto, chumbo, ouro ou prata.

Por que isso é importante? Em temperaturas muito baixas, o estanho branco pode se transformar lentamente em estanho cinzento. Essa transformação envolve uma mudança na estrutura cristalina que pode fazer com que o estanho se desintegre em um pó quebradiço. Embora as fontes não utilizem o termo exato "peste do estanho" ou "doença do estanho", elas descrevem precisamente o fenômeno e os fatores que o influenciam e previnem, que é o que os exames buscam que o estudante compreenda. A forma alfa (cinzenta) tem menor densidade, e essa transição pode causar rachaduras e desintegração de objetos de estanho em climas frios.

4. Aplicações do Estanho: Da Antiguidade à Alta Tecnologia

As aplicações do estanho são vastas e demonstram sua relevância histórica e contemporânea.

4.1. Impacto Histórico: A Idade do Bronze

  • O estanho é um dos metais mais antigos conhecidos pela humanidade.

  • Sua capacidade de endurecer o cobre foi um marco: a liga de estanho-cobre, o bronze, foi utilizada para produzir armas e utensílios desde 3000 a.C..

  • Feito que Mudou a Humanidade: Graças à criação do bronze, a humanidade saiu da Idade da Pedra em torno de 4 mil anos antes de Cristo, iniciando uma nova era marcada pelo desenvolvimento de armas, utensílios, urbanização e caça.

  • Fontes Antigas: As fontes clássicas de estanho conhecidas no mundo antigo incluíam Cornualha, Portugal, Sul de Espanha, Nigéria, Uganda, Boêmia e Sibéria.

4.2. Usos Modernos e Industriais

O estanho é empregado em uma vasta gama de setores:

  • Proteção Contra Corrosão (Revestimentos):

    • É amplamente utilizado para revestir outros metais e protegê-los da corrosão ou de outras ações químicas.

    • Indústria Automotiva: Muito usado para revestimento e acabamento de latarias automotivas.

    • Embalagens de Alimentos: Recipientes de aço blindados com estanho, conhecidos como "folhas de flandres" ou, popularmente, "latas" (tins/cans), são extensivamente utilizados para a conservação de alimentos, representando um grande mercado para o estanho metálico.

    • Ligas Protetoras: A liga de estanho com chumbo é misturada ao zinco no aço para impedir a corrosão e evitar a eletrólise.

  • Ligas Metálicas (Essencial para Concursos!):

    • O estanho liga-se prontamente com o ferro e é um componente crucial de diversas ligas metálicas importantes:

      • Bronze: Liga fundamental com cobre, como já mencionado.

      • Metal de Sino: Utilizado na fabricação de sinos.

      • Peltre: Liga com chumbo, cobre e antimônio, usada em utensílios decorativos e de mesa.

      • Metal Branco: Liga de estanho, chumbo e outros metais, para mancais e bronzinas.

      • Solda Macia: Essencial para soldar juntas de tubulações, circuitos elétricos e eletrônicos.

4.3. Soldas de Estanho: Um Tópico Detalhado

A escolha da solda de estanho é crucial e depende da aplicação. As embalagens são frequentemente padronizadas por cores para indicar a composição e uso:

  • Embalagem Azul: Liga 60:40 (60% estanho, 40% chumbo). É a mais comum.

  • Embalagem Laranja: Liga 63:37 (63% estanho, 37% chumbo). É considerada uma "liga perfeita" e derrete mais rapidamente.

  • Embalagem Verde: Liga 40:60 (40% estanho, 60% chumbo). Possui um teor de chumbo mais alto e estanho mais baixo, o que aumenta a dificuldade de derretimento.

  • Embalagem Amarela: Liga 50:50 (50% estanho, 50% chumbo). Não é recomendada para soldas em placas eletrônicas, sendo mais indicada para solda de tubos de cobre.

  • Embalagem Marrom: Não recomendada para peças eletrônicas. Seu uso é voltado para refazer soldas em peças de chumbo, como conectores de bateria em veículos.

Exceção e Precaução Importante (para Concursos!): Devido ao seu baixo ponto de fusão (232 °C), o estanho não deve ser usado como agente de fixação em conexões e tubulações de cobre utilizadas na distribuição de gás GLP. Em caso de incêndio, o derretimento da solda de estanho pode ocasionar vazamentos de gás, seguidos de explosões.

4.4. Outras Aplicações Inovadoras e Químicas

  • Produção de Vidros: O método denominado "processo Pilkington" (ou "vidro de flutuador") utiliza estanho derretido para tornar a superfície do vidro de janelas perfeitamente plana.

  • Eletrônica e Eletrodomésticos: Além das soldas, o estanho é usado na fabricação de molas, fusíveis e peças de fundição. Revestimentos de sais de estanho pulverizados sobre vidro conduzem eletricidade, sendo usados em painéis luminosos e para-brisas para remover água ou gelo.

  • Química Fina e Farmacêutica:

    • O cloreto de estanho é um sal importante, utilizado como agente redutor e como mordente no processo de fixação de tintas em tecidos (produzindo o tecido estampado chita). Também é adicionado a sabões, sabonetes e perfumes para manter a cor e o perfume.

    • Sais de estanho são usados em espelhos, na produção de papel, remédios e fungicidas.

  • Embalagens Flexíveis: Devido à sua grande maleabilidade, é possível produzir lâminas muito finas de estanho, utilizadas para acondicionar produtos como maços de cigarros e barras de chocolate, ajudando a conservar a qualidade do produto.

  • Supercondutores (Tópico Avançado):

    • O estanho se transforma em um supercondutor abaixo de 3,72 K e foi um dos primeiros supercondutores a ser estudado. O efeito Meissner, uma das características dos supercondutores, foi inicialmente descoberto em cristais supercondutores de estanho.

    • O composto nióbio-estanho (Nb₃Sn) é comercialmente usado para produzir fios de ímãs supercondutores, devido à sua alta temperatura crítica (18 K) e campo magnético crítico (25 T). Eletroímãs supercondutores que pesam alguns quilogramas podem produzir campos magnéticos comparáveis a toneladas de eletroímãs convencionais.

  • Catalisadores (Tópico Relevante para Indústria Química):

    • Catalisadores à base de estanho são usados em processos químicos para facilitar a formação de resinas, permitindo a fabricação de tintas em pó (pintura eletrostática) e ésteres.

    • São projetados para suportar reações sem perder propriedades, sendo fundamentais para linhas de produção e estudos.

    • Disponíveis em diferentes modelos e estruturas (inorgânicas e orgânicas), ampliando a produção de tintas a pó, base solvente e poliuretano.

    • O oxalato de estanho é uma categoria específica de catalisador de estanho.

5. Ocorrência, Produção e Isótopos do Estanho

Entender de onde vem o estanho e suas variações atômicas é essencial.

5.1. Ocorrência na Natureza

  • Abundância: O estanho é um elemento relativamente escasso na crosta terrestre, com uma abundância de aproximadamente 2 ppm (partes por milhão), o que é baixo em comparação com metais como zinco (75 ppm) ou cobre (50 ppm).

  • Principal Minério: A principal e mais importante fonte comercial de estanho é o mineral cassiterita (SnO₂), onde se apresenta como um óxido.

  • Outras Fontes: Pequenas quantidades de estanho também são recuperadas de sulfetos complexos como estanita, cilindrita, lindrita, franckeita, canfieldita e teallita.

  • Localização Geográfica: Quase todo continente apresenta uma mina importante deste metal. Pelo menos a metade da produção mundial vem do Sudeste Asiático (Malásia, Indonésia e Tailândia). Na América do Sul, o principal produtor é o Peru.

5.2. Produção Mundial de Estanho

A produção de estanho é global, com alguns países liderando o fornecimento. Dados de 2019 mostram:

  1. China: 84,5 mil toneladas

  2. Indonésia: 77,5 mil toneladas

  3. Myanmar: 42,0 mil toneladas

  4. Peru: 19,9 mil toneladas

  5. Bolívia: 17,0 mil toneladas

  6. Brasil: 14,0 mil toneladas

    • O Brasil é o sexto maior produtor de estanho, e uma de suas minas mais importantes é a de Pitinga, no Amazonas.

  7. República Democrática do Congo: 12,2 mil toneladas

  8. Austrália: 7,7 mil toneladas

  9. Nigéria: 5,8 mil toneladas

  10. Vietname: 5,5 mil toneladas

5.3. Processo de Obtenção (Metalurgia)

O estanho é obtido pela redução do minério de cassiterita (SnO₂) com carvão em alto forno, e depois é refinado em forno revérbero. A reação química fundamental é: SnO₂ + 2C → Sn + 2CO

5.4. Isótopos do Estanho

  • O estanho é o elemento com o maior número de isótopos estáveis (10). Suas massas atômicas variam entre 112 e 124.

  • São conhecidos também 18 isótopos instáveis, com diversas meias-vidas. Alguns exemplos incluem Sn-113 (155,1 dias), Sn-117m (13,6 dias), Sn-119m (293,0 dias), Sn-121 (1,12 dias), Sn-121m (55,0 anos) e Sn-123 (129,2 dias).

6. Precauções e Toxicidade do Estanho

Apesar de suas muitas aplicações benéficas, é importante estar ciente das precauções e da toxicidade de certos compostos de estanho.

  • Estanho em Alimentos: Pequenas quantidades de estanho encontradas em alimentos enlatados não são prejudiciais a seres humanos.

  • Compostos Orgânicos de Estanho (Exceção Importante!): Os compostos trialquil e triaril de estanho são biocidas e devem ser manuseados com cuidado. O tributilestanho, por exemplo, foi amplamente empregado em tintas de navio como agente anti-incrustante (para impedir o crescimento de organismos marinhos), mas seu uso foi descontinuado. Isso ocorreu devido ao reconhecimento de sua alta toxicidade para organismos marinhos e sua classificação como poluente orgânico persistente.

  • Risco em Instalações de Gás (Revisão para Concursos!): Como mencionado anteriormente, devido ao seu baixo ponto de fusão (232 °C), o estanho NÃO DEVE ser utilizado como agente de fixação em conexões e tubulações de cobre na distribuição de gás GLP. Em caso de incêndio, o derretimento do estanho pode causar vazamentos de gás e, consequentemente, explosões.

7. Estanho e a Recuperação de Metais Estratégicos: Um Tema de Ponta

Um campo de pesquisa e aplicação industrial de grande relevância atual (e potencial para questões avançadas em concursos) envolve a recuperação de metais estratégicos a partir da escória de estanho.

7.1. A Escória de Estanho como Fonte Secundária

  • O que é Escória? A escória é um subproduto gerado em processos metalúrgicos, especialmente na etapa de redução de um metal em forno. Ela é composta por óxidos metálicos não reduzidos durante o processo.

  • Composição da Escória de Estanho: A escória gerada na produção de estanho a partir da cassiterita pode conter, em sua composição, óxido de zircônio (ZrO₂), nióbio, tântalo, silício, cálcio e, em minérios brasileiros de origem amazônica, materiais radioativos como tório e urânio.

  • Interesse Econômico: Essa escória é considerada um resíduo com potencial de aproveitamento, pois contém metais de interesse econômico, como nióbio e tântalo, que são considerados estratégicos devido à sua importância econômica e risco de abastecimento. Nióbio e tântalo são usados na produção de superligas, aeronaves e equipamentos de alta resistência térmica e mecânica.

  • Desafio Ambiental e Econômico: A presença de elementos radioativos na escória brasileira exige armazenamento com monitoramento específico e descontaminação prévia, o que impulsiona a busca por alternativas de reaproveitamento. Além disso, não tratar esse resíduo representa um represamento de capital pelo descarte de metais valiosos.

7.2. Recuperação de Nióbio e Tântalo de Escória de Estanho

A obtenção desses metais de interesse econômico a partir da escória de estanho é feita principalmente por rotas hidrometalúrgicas.

  • Etapas Gerais:

    1. Lixiviação: Solubilizar o material que contém os elementos usando soluções aquosas com agentes lixiviantes.

      • Pode ser feita com ácidos minerais (como HF, HCl, H₂SO₄) ou ácidos orgânicos (como ácido oxálico – C₂H₂O₄), que oferecem vantagens de toxicidade reduzida e menor impacto ambiental.

      • Um pré-tratamento térmico-alcalino com NaOH pode ser usado para melhorar a lixiviação, alterando a estrutura cristalina do material e facilitando a remoção dos metais.

    2. Purificação e Separação: Uma vez que os metais estão em solução (chamado "licor de lixiviação"), diversas técnicas são empregadas para separá-los e purificá-los.

      • Resinas de Troca Iônica (Tecnologia de Ponta):

        • Consiste na adsorção seletiva de nióbio e tântalo por meio de uma resina polimérica com grupos funcionais específicos.

        • São especialmente indicadas para soluções com baixas concentrações de íons metálicos (0,001 a 1000 mg/L).

        • Resinas Quelantes: São sólidos orgânicos que formam ligações coordenadas (quelatos) com íons metálicos.

          • A resina de grupo funcional hidroxipropilpicolilamina (XUS 43605) demonstrou ser muito eficiente, atingindo percentuais de adsorção de 74% a 97% para nióbio e 81% a 95% para tântalo.

          • O processo ocorre em duas etapas (rápida e lenta), sendo a quimissorção o fator limitante.

          • Estudos mostram que o processo de adsorção é geralmente espontâneo (ΔG° negativo) e, para algumas resinas como a XUS 43605 e M4195, endotérmico (ΔH° positivo), sendo favorecido pelo aumento da temperatura.

        • Eluição Seletiva: Após a adsorção, os metais são removidos da resina utilizando diferentes eluentes. Por exemplo, HCl 2 mol L⁻¹ pode eluir seletivamente nióbio (93%) e tântalo (88%). O estanho, zircônio e háfnio, que podem ser co-adsorvidos, podem ser removidos em uma segunda etapa de eluição com H₂SO₄ 1 mol L⁻¹, permitindo a recuperação do estanho como subproduto.

      • Precipitação: Utilizada para separar e concentrar o metal de interesse após a eluição. Por exemplo, a precipitação com hidróxido de amônio (NH₄OH) em pH 7 e 70 °C pode resultar em um sólido concentrado em 91,25% de pentóxido de nióbio (Nb₂O₅), enquanto o tântalo, zircônio e háfnio permanecem em solução, abrindo caminho para sua recuperação posterior.

Exemplo de Rota de Separação (Relevante para Casos de Estudo): Em um estudo, a partir de um licor de lixiviação de escória de estanho contendo nióbio, tântalo, ferro, tório, urânio, zircônio, háfnio, estanho, zinco e manganês, uma rota de separação envolveu:

  1. Adsorção em coluna de leito fixo com resina de hidroxipropilpicolilamina (XUS 43605) para Nb (97%) e Ta (94%), com co-adsorção de Zr, Hf e Sn.

  2. Eluição 1 com HCl 2mol L⁻¹ para recuperar Nb (93%) e Ta (88%).

  3. Eluição 2 com H₂SO₄ 1mol L⁻¹ para remover o Sn remanescente (99%) e os demais metais (Zr, Hf).

  4. Precipitação com NH₄OH da solução da Eluição 1, concentrando Nb em 91,25% de Nb₂O₅ e deixando Ta em solução para futuras recuperações.

Esta demonstração do balanço de massa e das etapas de separação ilustra a complexidade e a engenhosidade necessárias para o aproveitamento de subprodutos industriais, transformando resíduos em recursos valiosos.

O Legado e o Futuro do Estanho

O estanho, com seu símbolo Sn e número atômico 50, é muito mais do que um simples metal. Ele é um pilar da história humana, um componente essencial na tecnologia moderna e um protagonista em pesquisas de ponta para a recuperação de materiais estratégicos.

Desde o "grito de lata" que denuncia sua estrutura cristalina, passando pela crucial Idade do Bronze, até as complexas ligas supercondutoras e a recuperação de nióbio e tântalo de suas escórias, o estanho continua a surpreender e a ser indispensável. A compreensão de seus alótropos, suas aplicações diversas (especialmente em soldas e revestimentos), e as precauções necessárias (como em instalações de GLP) são conhecimentos de alto valor para qualquer estudante ou profissional.

Que este material sirva como um guia definitivo para desvendar os mistérios e a importância do estanho, inspirando você a aprofundar-se ainda mais neste e em outros elementos que constroem o mundo ao nosso redor.


Palavras-chave: Estanho (Sn), elemento químico, propriedades do estanho, características estanho, usos do estanho, aplicações estanho, alótropos estanho, estanho alfa, estanho beta, doença do estanho, peste do estanho, produção de estanho, ocorrência estanho, isótopos estanho, história do estanho, supercondutor estanho, ligas de estanho, soldas de estanho, cassiterita, precauções estanho, toxicidade estanho, reciclagem estanho, escória de estanho, nióbio e tântalo, metais representativos, tabela periódica, química do estanho, processo Pilkington, folhas de flandres, catalisadores de estanho, hidrometalurgia, resinas de troca iônica.