Volitivo
  • Home
  • Questões
  • Material de apoio
  • Disciplina
  • Blog
  • Sobre
  • Contato
Log inSign up

Footer

Volitivo
FacebookTwitter

Plataforma

  • Home
  • Questões
  • Material de apoio
  • Disciplina
  • Blog
  • Sobre
  • Contato

Recursos

  • Política de privacidade
  • Termos de uso
Aprenda mais rápido com a Volitivo

Resolva questões de concursos públicos, enem, vestibulares e muito mais gratuitamente.

©Todos os direitos reservados a Volitivo.

15/08/2025 • 15 min de leitura
Atualizado em 15/08/2025

Filosofia Contemporânea

Filosofia Contemporânea: O Pensamento do Século XIX ao XXI

A Filosofia Contemporânea é um campo vasto e complexo que se estende aproximadamente do século XIX até os dias atuais. Marcada por uma profunda crítica aos modelos filosóficos e ideais de racionalidade da modernidade e do Iluminismo, ela busca compreender e responder aos desafios de uma era de intensas transformações sociais, científicas, tecnológicas e culturais.

Diferente de períodos anteriores, a filosofia contemporânea se caracteriza pela fragmentação dos sistemas totalizantes e pela multiplicidade de enfoques, refletindo a complexidade do mundo atual e a radicalidade de seus questionamentos.

1. Contexto Histórico: A Construção de um Novo Pensar

Para entender a Filosofia Contemporânea, é fundamental mergulhar em seu contexto histórico, que moldou suas preocupações e questionamentos:

  • Transição do Século XIX: Embora alguns estudiosos a classifiquem como parte da Filosofia Moderna, as produções filosóficas do século XIX, como as de Auguste Comte, Friedrich Nietzsche, Søren Kierkegaard, Arthur Schopenhauer e Karl Marx, já se aproximam muito do que viria nos séculos posteriores. Elas representam a repercussão e reação ao idealismo alemão.

  • Revoluções e Transformações: O período é fortemente influenciado pela Revolução Francesa (1789), que marca o final do século XVIII e o início da Filosofia Contemporânea para alguns, e pela Revolução Industrial. Essas revoluções consolidaram o capitalismo, trouxeram um avanço tecnológico e científico sem precedentes (eletricidade, locomotivas, automóveis, telefone, etc.) e disseminaram a ideia de progresso.

  • O Século XX: A Crise do Progresso e do Homem: A confiança no progresso tecnocientífico, predominante no século XIX, começa a mudar drasticamente no século XX. Eventos como as Guerras Mundiais, o Nazismo, o uso da bomba atômica, a Guerra Fria, a corrida armamentista, o aumento das desigualdades sociais e a degradação ambiental geraram uma era de incertezas, contradições e dúvidas.

    • O Holocausto, em particular, foi visto como o ápice da barbárie humana, um contraponto devastador à crença iluminista de que o avanço do conhecimento garantiria o avanço moral.

    • Pensadores da Escola de Frankfurt, como Theodor Adorno e Max Horkheimer, cunharam o conceito de "razão instrumental": a utilização não reflexiva da ciência e da técnica visando a fins de dominação (política, da natureza).

2. Características Essenciais da Filosofia Contemporânea

A Filosofia Contemporânea se diferencia de seus antecessores por uma série de traços distintivos:

  • Crítica Radical aos Modelos Anteriores: Há um questionamento profundo dos sistemas filosóficos desenvolvidos até a modernidade, incluindo padrões de racionalidade e sistemas morais.

  • Desconstrução de Narrativas e Busca por Novos Padrões de Racionalidade: A razão não é mais vista como uma garantia de ações moralmente corretas ou como um instrumento de domínio absoluto. Busca-se uma razão que sirva à emancipação intelectual e à reflexão crítica.

  • Fragmentação e Pluralidade: Não há uma ideia unificadora ou dogma característico. O período é marcado por uma multiplicidade de movimentos filosóficos que se sucedem rapidamente, dificultando uma caracterização global.

  • Foco na Subjetividade e Experiência Individual: Há uma valorização da experiência individual da existência, colocando o indivíduo no centro das reflexões.

  • Diálogos Interdisciplinares: A filosofia contemporânea estabelece um diálogo constante com outras áreas do conhecimento, como a ciência, a arte, a política e a tecnologia, abordando temas como a ética na era digital e os dilemas da inteligência artificial.

  • Questionamento da Verdade e da Moral: A crise de valores éticos, históricos e culturais é um tema central. Há um debate sobre a existência de verdades absolutas e morais objetivas, com posições divergentes sobre o papel da subjetividade e da cultura na construção desses conceitos.

3. Principais Correntes Filosóficas e Seus Expoentes

A riqueza da Filosofia Contemporânea reside na diversidade de suas correntes. Vejamos as mais relevantes:

3.1. Positivismo

  • O que é: Corrente que defende a valorização do conhecimento científico como única forma válida de saber, em detrimento de explicações metafísicas ou religiosas. Busca uma neutralidade científica e rigorosa ordem social para o avanço da sociedade.

  • Principal Filósofo: Auguste Comte (1798-1857). Propôs a Lei dos Três Estados (teológico, metafísico e científico ou positivo) para a evolução da humanidade. Seu lema era “Ver para prever”.

3.2. Marxismo

  • O que é: Teoria social, econômica e política que analisa a história humana como uma história de sua produção material e luta de classes. Critica o capitalismo e propõe a construção de uma sociedade sem classes.

  • Principais Filósofos: Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895). Marx desenvolveu o materialismo histórico dialético e publicou o “Manifesto Comunista” e “O Capital”.

3.3. Niilismo

  • O que é: Concepção que questiona a existência de valores, sentido ou verdade objetivos, muitas vezes levando à impossibilidade de certeza na construção do conhecimento.

  • Principal Filósofo: Friedrich Nietzsche (1844-1900). Foi um crítico mordaz da filosofia ocidental, especialmente da moral cristã e da pretensão humana de atingir uma verdade objetiva. Propôs o perspectivismo (o conhecimento é sempre uma interpretação) e o conceito de Vontade de Potência (impulso que move a natureza e as pulsões humanas).

3.4. Existencialismo

Tópico ALTAMENTE COBRADO em concursos! O existencialismo é uma corrente filosófica que se desenvolveu entre os séculos XIX e XX, focando-se na experiência individual e subjetiva da existência. Ele valoriza a subjetividade e coloca o indivíduo no centro das questões filosóficas, não possuindo uma estrutura sistemática unificada, mas tratando das questões de liberdade, responsabilidade, angústia e autenticidade.

  • Conceitos Chave:

    • "Existência precede a essência": A pessoa não nasce com uma natureza predeterminada; ela se define continuamente por suas escolhas e ações.

    • Liberdade Absoluta e Responsabilidade Total: Indivíduos são livres para se moldar e são inteiramente responsáveis por suas escolhas.

    • Angústia: Reação ao peso da liberdade e da responsabilidade pelas próprias escolhas.

    • Autenticidade: Busca por uma vida fiel aos próprios valores, rejeitando influências externas e convenções sociais.

    • Absurdo da Existência: A busca por sentido em um universo que não oferece respostas claras ou definitivas.

    • "Má-fé": Negar a própria liberdade, atribuindo ações a fatores externos para evitar responsabilidade.

  • Tipos de Existencialismo:

    • Existencialismo Ateísta:

      • Jean-Paul Sartre (1905-1980) é seu principal expoente.

      • Parte do pressuposto de que Deus não existe, e, portanto, o ser humano é livre para definir seu próprio propósito.

      • Sartre afirma que o ser humano está "condenado a ser livre", totalmente responsável por si, o que gera angústia e desamparo. Sua obra mais emblemática é "O Ser e o Nada".

    • Existencialismo Cristão:

      • Søren Kierkegaard (1813-1855) é considerado seu precursor.

      • Reconhece a existência de Deus e sugere que a fé é um salto essencial para a realização humana.

      • Para Kierkegaard, a verdadeira autenticidade e paz são encontradas na fé, superando a angústia e o desespero. Ele diferencia três estágios da vida: estético (busca prazer), ético (responsabilidade social) e religioso (compromisso pessoal com Deus e a fé).

  • Outros Filósofos Existencialistas Relevantes:

    • Martin Heidegger (1889-1976): Explorou o ser como "Dasein" (ser-aí) e a existência autêntica.

    • Gabriel Marcel (1889-1973): Proponente do existencialismo cristão com inclinação espiritual.

    • Simone de Beauvoir (1908-1986): Filósofa existencialista e feminista, elaborou teorias sobre a condição feminina.

3.5. Escola de Frankfurt / Teoria Crítica

  • O que é: Corrente de pensamento surgida no século XX (1920) na Alemanha, pautada em ideias marxistas e freudianas. Propôs uma teoria crítica social interdisciplinar, analisando a vida social em diversas áreas.

  • Principais Pensadores: Theodor Adorno (1903-1969), Max Horkheimer (1895-1973), Walter Benjamin (1892-1940) e, na geração subsequente, Jürgen Habermas (1929-).

  • Conceitos e Críticas:

    • Indústria Cultural: Termo criado por Adorno e Horkheimer para analisar a produção de cultura em massa pelos meios de comunicação, que leva à massificação e homogeneização dos comportamentos.

    • Razão Instrumental: Crítica à utilização da razão e da ciência como meros instrumentos para fins de dominação, o que resultou na barbárie (Holocausto).

    • Jürgen Habermas: Propõe a razão dialógica e a ação comunicativa como meio de emancipação da sociedade. Para ele, a verdade é intersubjetiva, fruto de relações dialógicas e consenso. Recusa o retorno a referenciais históricos como a metafísica para a ética, propondo a ética do discurso baseada na comunicação.

3.6. Filosofia Analítica

  • O que é: Vertente do pensamento contemporâneo que surgiu com a "virada linguística" no final do século XIX e início do século XX. Inicialmente, focava-se na análise do significado de enunciados linguísticos e da linguagem.

  • Características Atuais: Após os anos 1960, abandonou o compromisso exclusivo com a análise da linguagem, sendo hoje caracterizada por um espírito científico amplo. Problemas filosóficos são tratados como questões factuais, usando ferramentas das ciências formais (matemática, lógica, computação) e resultados das ciências naturais (física, biologia, neurociência).

  • Principais Filósofos: Gottlob Frege, Bertrand Russell (1872-1970), Ludwig Wittgenstein (1889-1951), George Edward Moore. Mais recentes incluem Saul Kripke, Hilary Putnam, Robert Nozick e John Rawls.

  • Alasdair MacIntyre (1929-): Embora associado à filosofia analítica, ele propõe um retorno às tradições morais de pesquisa racional, especialmente a tradição aristotélica, como remédio para a crise ética contemporânea. Para ele, a modernidade rompeu a tríade virtude-ética-racionalidade, e a retomada da ética aristotélica das virtudes é a solução.

3.7. Pós-Modernismo / Pós-Estruturalismo

  • O que é: Termo utilizado para descrever um pensamento que visa a quebrar as estruturas formais baseadas na razão e no método rigoroso, defendendo o pensamento livre. Muitas vezes, é empregado em tom de crítica.

  • Principais Filósofos: Michel Foucault (1926-1984), Gilles Deleuze (1925-1995), Jacques Derrida (1930-2004).

  • Conceitos e Críticas:

    • Foucault: Analisou as instituições sociais, a cultura, a sexualidade e o poder, propondo os conceitos de "micropoderes" e biopolítica (políticas de gestão da vida e da morte).

    • Derrida: Cunhou o conceito de "desconstrução" do "logos" (razão) e do "logocentrismo", argumentando que "tudo é texto" e suscetível a múltiplas interpretações. Para alguns filósofos analíticos, isso representa uma "reductio ad absurdum" da filosofia.

    • Crítica à Verdade Absoluta: Essa corrente tende a rejeitar a ideia de verdades absolutas e universais, argumentando que a verdade é uma construção humana, intersubjetiva e dependente de contexto.

    • Crítica à Moralidade Objetiva: A moralidade é vista como uma construção cultural e social, não algo inerente ao universo.

    • Debate com a Ciência: O pós-modernismo questiona a autoridade universal da ciência, especialmente quando ela se torna uma ferramenta de dominação ou ignora outras formas de saber. Defensores desta visão alertam para o perigo de pseudociências que se passam por científicas (ex: economia política liberal).

4. Grandes Debates e Dúvidas Comuns na Filosofia Contemporânea

A Filosofia Contemporânea é rica em debates que refletem as tensões e complexidades do mundo atual. Compreender esses pontos de vista divergentes é crucial para uma análise aprofundada.

4.1. Filosofia Analítica vs. Filosofia Continental

  • A Ruptura: A expressão "filosofia continental" surgiu após a Segunda Guerra Mundial para descrever a mútua exclusão entre a filosofia praticada nos países de língua inglesa e na Europa continental. A ruptura foi tão profunda que, enquanto filósofos anglo-saxões focaram na linguagem e no método científico, os continentais desenvolveram correntes como o existencialismo, o estruturalismo e a teoria crítica.

  • Diferenças de Abordagem:

    • Filosofia Continental: Tende a abordar questões mais amplas sobre a existência, o ser, a cultura e a política, muitas vezes com uma linguagem mais densa e atribuindo maior credibilidade a afirmações dramáticas e melancólicas, em detrimento de argumentos estritamente racionais.

    • Filosofia Analítica: Prioriza a clareza, o rigor lógico e a argumentação detalhada, utilizando ferramentas da lógica e da ciência para resolver problemas filosóficos.

  • Exemplo Prático: O debate entre Alasdair MacIntyre (Filosofia Analítica, neoaristotélico) e Jürgen Habermas (Filosofia Continental, Teoria Crítica) ilustra essa distinção. Embora ambos busquem a solução para a crise ética contemporânea, MacIntyre propõe um retorno às tradições morais, enquanto Habermas aposta na ética do discurso e no consenso comunicativo. Apesar de seus projetos diferenciados, ambos são considerados relevantes para a compreensão da ética e da moral modernas.

4.2. A Questão da Verdade Absoluta e das Verdades Morais Objetivas

Este é um ponto de grande divergência na Filosofia Contemporânea e frequentemente abordado em questões de prova.

  • Visão da Filosofia Científica (Ex: Victor Andrade):

    • Verdades Objetivas: Argumenta que existem verdades objetivas, que não dependem exclusivamente da vontade ou desejo humano, mas sim de sua correlação com os fatos. A justificação de uma verdade, embora dependa dos seres humanos, não é arbitrária.

    • Verdades Morais Objetivas: Defende que a moralidade deve ter um conteúdo objetivo, ligado ao bem-estar dos outros. A reflexão ética, ao se preocupar com o bem-estar, aponta para valores que transcendem a mera vontade individual. Intuições morais podem ser avaliadas; algumas são confiáveis e outras não (ex: incesto). A mera discordância sobre a moral não implica a inexistência de valores objetivos.

  • Visão Pós-Moderna (Ex: Daniel Cidade):

    • Verdade como Relação Intersubjetiva: Não existem verdades absolutas no sentido de "acessar o absoluto", pois o conhecimento humano é sempre feito a partir de uma perspectiva e através do aparato cognitivo. A verdade é um "jogo" intersubjetivo, dependente do contexto e da comunidade, podendo ou não corroborar os fatos (ex: convenções sobre "quarta-feira").

    • Moralidade como Criação Humana: A moralidade é vista como uma criação cultural e social, não algo que reside no "tecido moral do universo". Cita exemplos históricos de moralidades que consideramos atrozes hoje (escravidão, abandono de crianças com deficiência em Esparta) para mostrar sua construção histórica. Argumenta que o ser humano se comporta pior quando age em nome de verdades morais supostamente objetivas (nazismo, inquisição). A empatia e as condições materiais são vistas como forças mais potentes para a moralidade do que a busca por fundamentos objetivos.

4.3. A Autoridade da Ciência

  • Visão da Filosofia Científica (Ex: Victor Andrade):

    • Legitimidade Epistêmica: A ciência é a forma mais legítima de ver o mundo do ponto de vista epistêmico (de conhecimento), pois é o que possui as provas e justificativas mais robustas e confiáveis para um dado objeto de estudo.

    • Aplicação Prática: Defende que a ciência deve ter autoridade em questões de domínio público, como o aquecimento global, a eficácia de medicamentos (vacinas, cloroquina), e outros temas de saúde.

    • Crítica a Usos do Pós-Modernismo: Alerta para a "deturpação" do pensamento pós-moderno para relativizar verdades científicas e justificar pseudociências (ex: constelação familiar no SUS, algumas medicinas alternativas).

    • Cientificismo vs. Ciência: Diferencia um "cientificismo" (visão restrita e equivocada que reduziria tudo à ciência empírica) da sua própria defesa de que a ciência é a melhor forma de justificar crenças em qualquer domínio.

  • Visão Pós-Moderna (Ex: Daniel Cidade):

    • Ciência como Ferramenta: Reconhece a ciência como uma ferramenta muito eficiente para atingir certos fins e ter autoridade em questões de interesse público (aquecimento global, armas nucleares).

    • Limites da Autoridade Científica: A ciência não tem autoridade para ditar como as pessoas devem viver suas vidas privadas (gostos, crenças pessoais). Ela não possui uma "verdade redentora" sobre o sentido da vida.

    • Crítica ao "Cientificismo": Vê o cientificismo como a tentativa da ciência de "se intrometer" além de seu domínio legítimo, ignorando necessidades humanas não-científicas, como as místicas.

    • Poder e Regimes de Cientificidade: A "ciência" também é influenciada por relações de poder e por "regimes de cientificidade" (como uma sociedade entende o que é científico). Cita pseudociências que se passam por científicas para colonizar ou oprimir (ex: darwinismo social, certas economias políticas liberais). A urgência é que a autoridade científica prevaleça sem se tornar uma opressão.

4.4. Progresso Moral e Regimes de Moralidade

  • Daniel Cidade: Não acredita em regimes morais intrinsecamente "melhores", mas reconhece que alguns geram mais sofrimento (ex: escravidão, estupro) e, nesse sentido, a busca por menos sofrimento representa um "progresso". Contudo, aponta que a humanidade, em muitos aspectos (concentração de riqueza, bombas atômicas), está em regresso moral. Para ele, o universo é indiferente ao sofrimento humano; somos nós que, por sermos parciais, buscamos aliviá-lo.

  • Victor Andrade: A moralidade deve visar a maximizar o bem-estar e diminuir o sofrimento. Uma cultura seria "moralmente superior" se fosse mais eficaz em lutar contra danos sociais e promover o bem-estar, mas isso exigiria uma avaliação contextual complexa.

5. Filósofos Chave e Suas Contribuições para Exames

Para um estudo eficaz, é essencial memorizar os principais pensadores e suas contribuições, que são frequentemente cobrados.

  • Søren Kierkegaard (1813-1855): Precursor do existencialismo cristão. Temas: angústia, desespero, fé como salto, estágios da existência (estético, ético, religioso).

  • Friedrich Nietzsche (1844-1900): Principal nome do niilismo. Temas: crítica à moral (transvaloração dos valores), vontade de potência, perspectivismo, morte de Deus, super-homem.

  • Auguste Comte (1798-1857): Pai do Positivismo. Temas: Lei dos Três Estados, "ver para prever", hierarquia das ciências.

  • Karl Marx (1818-1883): Co-fundador do Marxismo. Temas: materialismo histórico dialético, luta de classes, alienação, modos de produção, crítica ao capitalismo.

  • Arthur Schopenhauer (1788-1860): Crítico de Hegel. Temas: Vontade (como essência do mundo), sofrimento e tédio.

  • Edmund Husserl (1859-1938): Fundador da Fenomenologia. Temas: ciência dos fenômenos, intencionalidade da consciência.

  • Martin Heidegger (1889-1976): Existencialista influenciado por Husserl. Temas: "Dasein" (ser-aí), existência autêntica, ontologia (ente e ser).

  • Jean-Paul Sartre (1905-1980): Principal nome do existencialismo ateísta. Temas: liberdade radical, "existência precede a essência", "condenado a ser livre", "má-fé", "O Ser e o Nada".

  • Simone de Beauvoir (1908-1986): Existencialista e feminista. Temas: condição feminina, "O Segundo Sexo".

  • Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973): Membros da Escola de Frankfurt. Temas: razão instrumental, indústria cultural, crítica ao Iluminismo, "Dialética do Esclarecimento".

  • Walter Benjamin (1892-1940): Membro da Escola de Frankfurt. Temas: aura da obra de arte, reprodutibilidade técnica, politização da arte.

  • Jürgen Habermas (1929-): Da segunda geração da Escola de Frankfurt. Temas: razão comunicativa, ação comunicativa, ética do discurso, verdade intersubjetiva, consenso.

  • Michel Foucault (1926-1984): Pós-estruturalista. Temas: poder (micropoderes), biopolítica, instituições (prisões, hospitais, escolas), sexualidade, genealogia.

  • Jacques Derrida (1930-2004): Pós-estruturalista. Temas: desconstrução, logocentrismo, "tudo é texto".

  • Ludwig Wittgenstein (1889-1951): Filósofo analítico. Temas: filosofia da linguagem, jogos de linguagem, significado como uso.

  • Bertrand Russell (1872-1970): Filósofo analítico, lógico. Temas: lógica matemática, análise da linguagem.

  • Karl Popper (1902-1994): Filósofo da ciência. Temas: racionalismo crítico, falseabilidade, método hipotético-dedutivo, sociedade aberta.

  • Alasdair MacIntyre (1929-): Filósofo analítico, neoaristotélico. Temas: crise da ética, retorno às tradições morais de virtudes (aristotélica).

A Relevância da Filosofia Contemporânea para o Século XXI

A Filosofia Contemporânea, com sua vasta gama de correntes e pensadores, não oferece respostas fáceis, mas dota o estudante de ferramentas críticas essenciais para compreender o mundo em constante mudança. Desde a profunda reflexão sobre a liberdade e responsabilidade individual do existencialismo, passando pela análise das estruturas de poder e da cultura na Escola de Frankfurt e pós-estruturalismo, até o rigor da filosofia analítica na busca por clareza conceitual, este período filosófico nos convida a uma reflexão constante e ativa sobre a existência humana.

Ao se preparar para exames e concursos, lembre-se de que a Filosofia Contemporânea não é apenas um conjunto de teorias, mas um debate vivo sobre temas que nos afetam diretamente hoje: a ética na era digital, o futuro da razão, a busca por sentido em um mundo complexo, a relação entre ciência e sociedade, e a construção da moralidade em um contexto globalizado. Estudar este período é, portanto, estudar as raízes e os desafios do nosso próprio tempo.