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23/04/2024 • 15 min de leitura
Atualizado em 21/07/2025

Formação de Palavras: Derivação e Composição Exploradas

Formação de Palavras na Língua Portuguesa

A formação de palavras é um processo linguístico dinâmico, essencial para a expansão e renovação do vocabulário de uma língua viva como o Português. Compreender como as palavras são criadas e modificadas não só enriquece seu léxico, mas também aprimora sua capacidade de interpretação textual e produção escrita, aspectos cruciais para o sucesso acadêmico e profissional.

1. Desvendando a Estrutura das Palavras: Os Elementos Mórficos

Antes de mergulharmos nos processos de formação, é fundamental entender que as palavras não são unidades indivisíveis; elas podem ser subdivididas em partes menores, dotadas de significado, chamadas de elementos mórficos ou morfemas. O estudo desses elementos e da estrutura das palavras é feito pela Morfologia.

1.1. Morfemas: As Unidades Mínimas de Significação

Morfema é a unidade mínima dotada de significação que integra a palavra. Podemos classificá-los em:

  • Morfe: É o segmento mínimo com significado recorrente que representa um morfema. Por exemplo, em "pedras", "-s" é o morfe que representa o morfema de plural.

  • Morfema Lexical: Também conhecido como radical, é a estrutura que transmite a ideia do significado da palavra.

  • Morfema Gramatical (ou Interno): Expõe o significado gramatical.

  • Alomorfe: Refere-se à possibilidade de um morfema ser representado por mais de um morfe em diferentes contextos, geralmente por uma condição fonológica. Por exemplo, o morfema de plural pode ser representado por "-s" em "livros" ou "-es" em "flores".

1.2. Radical: O Coração da Palavra

O radical é a base de uma palavra, a parte que contém o seu significado principal ou a ideia geral da palavra. Ele é o núcleo onde se encontra o significado das palavras e a ele são acrescentados outros elementos. O radical não apresenta variações em seu significado básico.

  • Exemplos:

    • pedr- em pedra, pedreiro, pedrada.

    • dent- em dente, dentista, dentição, dentadura.

    • feliz- em feliz, infeliz, felicidade.

    • torc- em torcer, torcedor.

1.3. Afixos: Adicionando Sentido e Classe

Afixos são elementos que se juntam aos radicais para gerar novas palavras e operar modificações semânticas. Eles são classificados de acordo com sua posição:

  • Prefixos: São afixos adicionados antes do radical, modificando seu sentido original.

    • Exemplos: des- em desleal, in- em ilegal.

  • Sufixos: São afixos que vêm depois do radical, geralmente modificando a classe gramatical ou o significado da palavra.

    • Exemplos: -agem em folhagem, -aria em livraria.

  • Infixos: Embora mencionados nas fontes, são afixos que aparecem no meio da palavra. A sua ocorrência é menos comum e não é aprofundada nos exemplos fornecidos.

1.4. Vogal Temática e Tema

A vogal temática é um morfema vocálico que se acrescenta a determinados radicais para prepará-los para receber as desinências. Ela também tem a função de classificar os nomes e verbos em grupos ou classes (grupos nominais e conjugações verbais).

  • Vogais Temáticas Verbais:

    • A - para verbos da 1ª conjugação (trabalh**a**r).

    • E - para verbos da 2ª conjugação (escrev**e**r).

    • I - para verbos da 3ª conjugação (part**i**r).

  • Vogais Temáticas Nominais:

    • A - (cas**a**).

    • O - (livr**o**).

    • E - (pent**e**).

  • Observação: Nem todas as formas verbais ou nominais possuem vogal temática; algumas são atemáticas (ex: cant-e, part-a, pé, cafu).

O Tema é a junção do radical com a vogal temática.

  • Exemplos: chor-o, cant-a.

1.5. Desinências: Indicadores de Flexão

Desinências são elementos que indicam as flexões (variações) que os nomes e os verbos podem apresentar.

  • Desinências Nominais: Indicam o gênero (o, a) e o número (-s para o plural, enquanto o singular não tem desinência própria).

    • Exemplos: gat-o (gênero), gat-o-s (gênero e número).

  • Desinências Verbais: Indicam o modo, número, pessoa e tempo dos verbos.

    • Exemplo: cant-á-va-mos (radical, vogal temática, desinência de modo/tempo, desinência de número/pessoa).

1.6. Vogais e Consoantes de Ligação: Melhorando a Sonoridade

São elementos inseridos entre os morfemas, geralmente por motivos de eufonia (para facilitar a pronúncia de certas palavras).

  • Exemplos: gas**ô**metro, auriverde, cafei**t**eira, paulada.

2. Palavras Primitivas e Derivadas, Simples e Compostas

Para solidificar a compreensão dos processos de formação, é crucial distinguir as palavras quanto à sua origem e estrutura:

2.1. Palavras Primitivas e Derivadas

  • Palavras Primitivas: São aquelas que não se formam de outras palavras na língua. Elas são a base para a criação de novos vocábulos.

    • Exemplos: flor, sol, dente, terra, pedra, casa, paz.

  • Palavras Derivadas: São aquelas que surgem a partir das primitivas.

    • Exemplos: florista (de flor), solar (de sol), dentista (de dente), terreiro (de terra), pedrada (de pedra).

2.2. Palavras Simples e Compostas

  • Palavras Simples: São aquelas que possuem apenas um radical.

    • Exemplos: cidade, casa, pedra.

  • Palavras Compostas: São palavras que apresentam dois ou mais radicais.

    • Exemplos: pé-de-moleque, pernilongo, guarda-chuva.

3. Os Principais Processos de Formação de Palavras: Derivação e Composição

A criação de novas palavras na Língua Portuguesa se dá principalmente por meio de dois mecanismos: Derivação e Composição.

3.1. Derivação: Construindo a Partir de um Radical

A derivação é o processo de formação de palavras que ocorre quando são acrescentados afixos a um radical. É considerado o processo mais frequente e produtivo na Língua Portuguesa e em línguas românicas. Existem cinco tipos principais de derivação:

3.1.1. Derivação Prefixal (ou Prefixação)

Ocorre com a adição de um prefixo ao radical ou à palavra primitiva. O prefixo é sempre adicionado à esquerda da base.

  • Características:

    • Corresponde frequentemente a antigas preposições e advérbios latinos e gregos.

    • Possui um conteúdo semântico menos gramatical, o que facilita sua percepção em comparação com os sufixos.

    • Agrega diversos significados à palavra base.

  • Exemplos:

    • in- + feliz = infeliz.

    • des- + fazer = desfazer.

    • re- + salvar = ressalvar.

    • anti- + inflamatório = anti-inflamatório.

  • Dúvida Comum / Ponto Importante para Concursos: Prefixos de Negação

    • É muito comum a cobrança de prefixos que indicam negação ou oposição. Os mais frequentes são in- (ou im- antes de p/b), des- e a-.

      • in- / im-: inútil, incapaz, inimaginável, impessoal. Atenção: Nem todo in- é prefixo de negação (ex: indicativo - o in faz parte do radical do verbo indicar).

      • des-: desleal, desfazer, desconexão.

      • a-: amoral (sem moral).

3.1.2. Derivação Sufixal (ou Sufixação)

Ocorre com a adição de um sufixo ao radical ou à palavra primitiva. O sufixo é sempre adicionado à direita da base.

  • Características:

    • Geralmente define a categoria gramatical da base (substantivo, adjetivo, verbo, advérbio), embora existam sufixos que não alteram a categoria.

    • Define a sílaba tônica da palavra.

    • Depois do sufixo, as palavras podem apresentar flexões de gênero e número (substantivos) ou tempo e modo (verbos).

  • Exemplos:

    • feliz + -dade = felicidade.

    • just + -iça = justiça.

    • doutor + -ando = doutorando.

    • torc- + -edor = torcedor.

    • publica- + -mente = publicamente.

  • Observação Importante para Concursos:

    • Sufixos de Agente: -dor (torcedor, agitador, carregador, treinador), -nte (atacante).

    • Sufixos de Ação/Resultado: -ção (recuperação, eliminação), -ida (partida - no sentido de jogo).

    • Sufixos de Qualidade/Estado: -dade (felicidade, lealdade), -eza (beleza, clareza).

    • Sufixos Aumentativos/Diminutivos: Podem expressar não apenas tamanho, mas também afeto (mãezinha, paizinho) ou sentido pejorativo (poetastro). O sufixo -inha em palavrinha pode indicar uma "conversa breve" no contexto.

    • Sufixos que indicam Movimento: -ejar (esvoejar - movimento leve e intermitente).

    • Sufixos que indicam "ato de realizar uma ação": -mento (consentimento, pensamento).

3.1.3. Derivação Parassintética (ou Parassíntese)

Ocorre quando acrescentamos simultaneamente um prefixo e um sufixo à palavra primitiva ou ao radical. A chave é a simultaneidade: o prefixo e o sufixo precisam ser incorporados ao mesmo tempo à palavra-base.

  • Fórmula: prefixo + palavra primitiva ou radical + sufixo (simultâneos).

  • Geralmente utiliza os prefixos: ES-, EM(N)- ou A-.

  • Exemplos:

    • es- + buraco + -ar = esburacar.

    • a- + mole + -ecer = amolecer.

    • em- + parede + -ar = emparedar.

    • en- + tarde + -ecer = entardecer.

    • en- + fei + tiçar = enfeitiçar.

    • a- + benç- + -oar = abençoar.

  • ATENÇÃO! A MAIOR DÚVIDA E PEGADINHA DE CONCURSO:

    • A derivação parassintética só acontece se não for possível separar um prefixo ou sufixo da base, pois a palavra se tornaria inexistente ou não teria o sentido desejado.

    • Como identificar em provas: Remova o prefixo. Se a palavra resultante não existir ou não tiver sentido no contexto, e remova o sufixo. Se a palavra resultante não existir, então é parassintética.

    • Contraste com Derivação Prefixal e Sufixal (Combinadas): Se a palavra existir tanto apenas com o prefixo quanto apenas com o sufixo, o processo é de derivação prefixal E sufixal, e não parassintética.

      • Exemplo: infelicidade. Existe infeliz (derivação prefixal) e felicidade (derivação sufixal). Portanto, infelicidade é formada por derivação prefixal e sufixal combinadas.

      • Exemplo: infelizmente. Existe infeliz e felizmente. Logo, é derivação prefixal e sufixal.

      • Exemplo de Parassíntese: anoitecer. Não existe anoite nem noitecer. Logo, é parassíntese.

    • Há uma videoaula específica sobre as diferenças entre derivação prefixal e sufixal e derivação parassintética, indicando a importância dessa distinção.

3.1.4. Derivação Regressiva

Ocorre quando uma nova palavra é formada pela redução da palavra primitiva, geralmente pela supressão de algum elemento em sua estrutura, ao invés de acréscimo. É comum na formação de substantivos a partir de verbos, chamados de substantivos deverbais.

  • Exemplos:

    • beijar (verbo) - beijo (substantivo).

    • debater (verbo) - debate (substantivo).

    • comprar (verbo) - compra (substantivo).

    • atacar (verbo) - ataque (substantivo).

    • gastar (verbo) - desgaste (substantivo) - desgaste é um caso de derivação prefixal e derivação regressiva.

    • derrotar (verbo) - derrota (substantivo).

    • empatar (verbo) - empate (substantivo).

  • Importante: A palavra resgate (de resgatar) é um exemplo de derivação regressiva.

3.1.5. Derivação Imprópria (ou Conversão/Mudança de Classe Gramatical)

Consiste na mudança de classe gramatical da palavra sem que sua forma se altere. O contexto em que a palavra é utilizada é que define sua nova classe gramatical.

  • Exemplos:

    • O jantar estava muito bom. (jantar é um verbo que passou a ser substantivo).

    • Fui jantar ontem à noite com Luís. (jantar aqui mantém a função de verbo).

    • O verde do parque comoveu a todos. (verde é um adjetivo que passou a ser substantivo).

    • Rose ouviu o cantar dos pássaros. (cantar é um verbo que passou a ser substantivo).

    • Skol, a cerveja que desce redondo. (redondo é um adjetivo que, nesse contexto, tem valor sintático de advérbio).

    • Não lhe dê um não, por favor. (não é um advérbio que passa a ser substantivo).

  • Casos Frequentes em Notícias Esportivas (e Concursos):

    • Internacional: Normalmente um adjetivo, mas no contexto esportivo, nomeia um time gaúcho, funcionando como substantivo.

    • Lajeadense: Adjetivo pátrio que nomeia um time de futebol, funcionando como substantivo.

    • Brasileirão: Aumentativo do adjetivo brasileiro, adaptado para nomear o campeonato nacional de futebol, funcionando como substantivo.

    • Tricolor: Adjetivo que caracteriza algo com três cores, mas é usado como substantivo para apelidar times de futebol (ex: Grêmio, Fluminense, São Paulo).

    • Florestal: Normalmente adjetivo, mas usado para dar nome a um estádio de futebol, funcionando como substantivo.

3.2. Composição: Juntando Radicais para Novas Palavras

A composição é o processo de formação de palavras que envolve a junção de dois ou mais radicais para formar uma nova palavra. A palavra composta possui um significado próprio, independente do significado das palavras que a criaram. A composição pode ocorrer de duas formas:

3.2.1. Composição por Justaposição

Ocorre com a união de dois ou mais radicais sem alteração em suas formas originais, ou seja, sem alterações fonéticas ou gráficas significativas. As palavras criadoras são colocadas lado a lado e podem ou não ser separadas por hífen.

  • Exemplos:

    • guarda + chuva = guarda-chuva.

    • passa + tempo = passatempo.

    • pé + de + galinha = pé de galinha.

    • surdo + mudo = surdo-mudo.

    • abre + latas = abre-latas.

    • cachorro + quente = cachorro-quente.

    • ponta + pé = pontapé.

  • Ponto de Atenção para Concursos: O caso de girassol (gira + sol) é considerado justaposição, pois, embora haja uma alteração gráfica (acréscimo de 's'), ela visa manter a sonoridade original (girasol soaria diferente). Não há perda fonética.

3.2.2. Composição por Aglutinação

Ocorre com a união de duas ou mais palavras (radicais) com alteração fonética ou gráfica em pelo menos uma de suas formas originais. Há uma "fusão" dos elementos.

  • Exemplos:

    • plano + alto = planalto (houve eliminação do o no final de plano).

    • vinho + acre = vinagre (houve perda do ho de vinho).

    • em + boa + hora = embora (perdas em boa e hora).

    • filho + de + algo = fidalgo (houve alteração em filho e na preposição de).

    • água + ardente = aguardente.

    • perna + alta = pernalta (aglutinação do a da palavra perna com o a do início da palavra alta).

4. Outros Processos de Formação de Palavras: Enriquecendo o Vocabulário

Além da derivação e da composição, a língua portuguesa utiliza outros processos para expandir seu léxico:

4.1. Neologismo: A Inovação Lexical

Neologismo é a criação de uma palavra nova ou o uso de uma palavra já existente com um novo sentido. Ele surge para preencher lacunas de significado, muitas vezes impulsionado por novos objetos, tecnologias ou conceitos.

  • Processo: Não é responsabilidade de um único falante, mas sim de um grupo que começa a usar a nova estrutura, levando à sua dicionarização.

  • Relevância Histórica e em Concursos: Antigamente, gramáticos consideravam neologismos um "vício de linguagem", mas autores como Monteiro Lobato defendiam sua importância para o crescimento da língua.

  • Exemplos:

    • internetês.

    • sofrência (junção de sofrer com -ência, indicando estado de tristeza por desgosto amoroso).

    • No contexto esportivo-jornalístico, termos como Internacional (time) ou Brasileirão (campeonato) podem ser vistos como neologismos semânticos, pois assumem um novo significado ou um sentido intensificado.

    • Corasamborim (coração + samba + tamborim), um termo poético que ilustra a liberdade de criação.

  • Abreviações/Reduções como Neologismos: Termos como coca (de Coca-Cola ou gíria para cocaína) podem gerar humor e novos sentidos em contextos específicos, como na música e propaganda.

4.2. Hibridismo: Mistura de Idiomas

Ocorre quando uma palavra é formada a partir da junção de elementos (radicais) de idiomas diferentes.

  • Exemplos:

    • sociologia (do latim sócio e do grego logia).

    • bafômetro (bafo do português com metro do grego).

    • sambódromo (samba do quimbundo com dromo do grego).

    • automóvel (auto- do grego + móvel do latim).

    • burocracia (buro do francês + cracia do grego).

4.3. Abreviação ou Redução (Truncação Vocabular)

É um fenômeno que ocorre na língua pela eliminação de parte de um vocábulo, resultando em uma forma reduzida que facilita a memorização e o uso. A palavra derivada é sinônima da derivante e é geralmente usada coloquialmente.

  • Exemplos:

    • metro (de metropolitano).

    • otorrino (de otorrinolaringologista).

    • foto (de fotografia).

    • moto (de motocicleta).

    • quilo (de quilograma).

    • Sampa (de São Paulo).

4.4. Onomatopeia: Sons que Viram Palavras

Consiste na criação de palavras através da tentativa de imitar vozes ou sons da natureza.

  • Exemplos: fonfom, cocoricó, tique-taque, boom!.

  • O termo ioiô é um exemplo de reduplicação, que se enquadra na categoria de onomatopeia pela repetição sonora.

5. Perguntas Frequentes e Dicas Essenciais para Concursos

Dominar a formação de palavras é um diferencial em qualquer prova. Abaixo, respondemos a algumas perguntas comuns e reforçamos dicas importantes:

5.1. Qual a diferença fundamental entre Derivação e Composição?

A derivação cria novas palavras a partir de uma única palavra-base (radical), adicionando afixos (prefixos e/ou sufixos) ou alterando sua classe gramatical/forma. A composição, por sua vez, forma palavras pela junção de dois ou mais radicais.

5.2. Como diferenciar Derivação Parassintética de Derivação Prefixal e Sufixal?

Esta é a "rainha" das pegadinhas! A chave está na existência da palavra intermediária:

  • Parassíntese: O prefixo e o sufixo são adicionados simultaneamente, e a palavra não existe se um dos afixos for retirado. Ex: en- + louquecer (não existe enlouquecer nem louquecer).

  • Derivação Prefixal e Sufixal: O prefixo e o sufixo são adicionados, mas a palavra existe tanto com o prefixo isolado quanto com o sufixo isolado. Ex: in- + feliz + -mente = infelizmente. Existe infeliz e felizmente.

5.3. A derivação imprópria altera a estrutura da palavra?

Não. A derivação imprópria (ou conversão) é o processo em que a palavra muda de classe gramatical sem sofrer qualquer alteração em sua forma ou estrutura. O que muda é a função que ela desempenha no contexto da frase.

5.4. Como identificar Justaposição e Aglutinação?

  • Justaposição: Os radicais se unem e não há perdas ou alterações fonéticas/gráficas significativas. Podem ser separadas por hífen ou não.

  • Aglutinação: Os radicais se unem e há perdas fonéticas ou alterações gráficas em pelo menos um deles.

5.5. Quais elementos mórficos são mais cobrados em análise?

  • Radical: Sua identificação é fundamental para todos os processos.

  • Prefixos e Sufixos: Conhecer seus significados e a capacidade de alterar o sentido ou a classe gramatical das palavras é crucial. Dê atenção especial aos prefixos de negação.

  • Vogal Temática e Desinências: São essenciais para a análise da estrutura e flexão das palavras, especialmente em verbos.

O Poder da Morfologia na Comunicação

A formação das palavras na Língua Portuguesa é um campo vasto e fascinante da morfologia, que revela a inteligência e a economia do nosso idioma. Longe de ser apenas um "amontoado de regrinhas gramaticais", o estudo da estrutura e dos processos de formação das palavras é uma ferramenta poderosa para aprimorar a comunicação, seja na leitura, na escrita ou na fala.

Ao dominar os conceitos de radicais, afixos, desinências, e os processos de derivação e composição, você não só estará mais preparado para as exigências de provas e concursos, mas também desenvolverá uma consciência linguística que permitirá interpretar nuances, criar textos mais eficazes e interagir de forma mais plena com o seu mundo.

A capacidade da língua de reutilizar termos existentes, atribuir-lhes novos significados (neologismos semânticos) e construir palavras complexas a partir de elementos mais simples demonstra sua contínua renovação e adaptação. Continuar explorando a morfologia significa aprofundar seu entendimento sobre como a língua constrói sentidos e se mantém viva e relevante no dia a dia.

 

Questões Multipla escolha

  1. Qual é o processo morfológico que inclui a prefixação, sufixação, parassíntese, regressiva e imprópria na formação de palavras?
    A) Derivação
    B) Composição
    C) Afixação
    D) Radicação
    E) Neologismo

  2. O que são palavras primitivas?
    A) Palavras que surgem a partir de outras palavras
    B) Palavras que sofrem alterações morfológicas
    C) Palavras que têm múltiplos significados
    D) Palavras que são derivadas de idiomas diferentes
    E) Palavras que originam outras palavras

  3. Qual é a função dos afixos na formação de palavras?
    A) Determinar o gênero das palavras
    B) Indicar a origem etimológica das palavras
    C) Acrescentar significado aos radicais
    D) Alterar a classe gramatical das palavras
    E) Formar novas palavras a partir de radicais

Respostsas:

  1. A) Derivação

  2. E) Palavras que originam outras palavras

  3. E) Formar novas palavras a partir de radicais