
Você já parou para observar a paisagem ao seu redor? As montanhas imponentes, os vales profundos, as praias de areia macia... Tudo isso faz parte do relevo terrestre. Apesar de parecer estático, nosso planeta é um ambiente dinâmico e está em constante transformação. Essa dinâmica é resultado da ação de poderosas forças, tanto aquelas que vêm do interior da Terra quanto as que atuam na superfície. São os chamados agentes transformadores do relevo.
A Geomorfologia é a ciência que estuda essas características físicas da superfície terrestre, como rios, montanhas, planícies e dunas, buscando entender e avaliar suas formas e a paisagem. Ela se preocupa com a classificação, descrição, origem, cronologia e composição das diferentes unidades de paisagem, além dos processos e dinâmicas que caracterizam sua gênese e evolução.
Para facilitar o estudo, esses agentes são classificados conforme a sua origem:
Agentes Endógenos ou Internos: Aqueles que atuam abaixo da superfície (do interior da Terra).
Agentes Exógenos ou Externos: Aqueles que atuam sobre a superfície (do exterior da crosta terrestre).
Essas duas categorias de forças são as grandes modeladoras e esculpidoras do relevo, e compreender suas ações é fundamental para entender a Geografia Física.
Os agentes internos, também conhecidos como modeladores ou criadores, são as forças que se originam ou agem de dentro da Terra. Eles são responsáveis pelas chamadas macroformas estruturais do relevo, como as grandes cadeias de montanhas.
As forças endógenas atuam devido à movimentação do magma terrestre, que por sua vez movimenta os grandes "pedaços" da crosta terrestre, conhecidos como placas tectônicas. O choque, o afastamento e o movimento lateral dessas placas são a causa principal dos fenômenos geológicos que moldam o relevo.
Os principais agentes internos são:
Tectonismo (ou Diastrofismo)
Abalos Sísmicos (Terremotos)
Vulcanismo
Vamos detalhar cada um, focando nos pontos mais relevantes para sua compreensão e para exames.
O tectonismo é o conjunto de todos os movimentos que ocorrem devido às pressões vindas da região localizada sobre o magma da Terra. É o fenômeno que engloba os movimentos das placas tectônicas. A interação entre essas placas provoca transformações graduais nas formas do relevo e, em muitos casos, altera a composição das rochas.
O tectonismo é subdividido em dois tipos principais, frequentemente cobrados em concursos:
Epirogênese:
Conceito: É um movimento tectônico vertical da crosta terrestre, que pode ser tanto de soerguimento (para cima, também conhecido como epirogênese positiva) quanto de rebaixamento (para baixo, epirogênese negativa ou subsidência).
Duração: É um processo lento e gradual, que pode durar séculos e é praticamente imperceptível no dia a dia.
Localização: Ocorre em grandes áreas da crosta continental, geralmente distantes dos limites entre as placas tectônicas, em regiões mais antigas e estáveis.
Efeitos: Seus principais efeitos são a formação de fraturas na superfície e falhas geológicas. As falhas geológicas são rupturas e deslocamentos de blocos de rocha, podendo resultar em desnivelamento do terreno e até abalos sísmicos.
Exemplo: No Brasil, a Serra do Mar é um exemplo de estrutura que se originou por movimentos epirogenéticos, seguidos pela ação de processos erosivos. Isso é uma exceção importante no contexto brasileiro, que geralmente é geologicamente estável.
Orogênese:
Conceito: É um movimento tectônico horizontal que acontece nas zonas de convergência (choque) entre diferentes placas tectônicas. As forças horizontais na borda das placas causam o dobramento da estrutura rochosa.
Duração: Em comparação com a epirogênese, a orogênese acontece de maneira mais rápida (de curta duração), considerando a escala de tempo geológico.
Localização: Ocorre nas bordas das placas tectônicas, em áreas de maior instabilidade e formação mais recente.
Efeitos: O principal efeito é o dobramento da estrutura rochosa, formando o que se chama de cinturão orogenético. Nesses cinturões, formam-se as montanhas e cordilheiras, que são as áreas de maior elevação do planeta Terra. Por isso, as cadeias montanhosas formadas por orogênese são chamadas de dobramentos modernos.
Exemplos: A Cordilheira dos Andes (América do Sul) e a Cordilheira do Himalaia (Ásia), onde se encontra o Monte Everest, são exemplos clássicos de formações orogenéticas.
Tabela Comparativa: Epirogênese vs. Orogênese (Muito Importante para Exames!)
CaracterísticaEpirogêneseOrogênese | ||
Tipo de Movimento | Vertical (soerguimento ou rebaixamento) | Horizontal (compressão e formação de dobras) |
Duração | Lenta, pode durar séculos | Mais rápida, de curta duração (em tempo geológico) |
Local de Ocorrência | Áreas distantes dos limites de placas, mais estáveis | Bordas/limites convergentes de placas, instáveis |
Resultado Principal | Fraturas e falhamentos geológicos | Dobramentos modernos, formação de montanhas e cordilheiras |
Exemplos Notáveis | Serra do Mar (Brasil) | Cordilheira dos Andes, Himalaia |
Os abalos sísmicos, ou terremotos, são movimentações abruptas e violentas da crosta terrestre. Eles estão diretamente ligados à dinâmica tectônica, sendo gerados pelo movimento agressivo das massas da crosta interior ou do manto terrestre, resultantes de abruptas acomodações das camadas rochosas e da consequente liberação de energia.
Causas: Podem ser resultado de:
Choque entre duas placas (movimentos convergentes).
Afastamento entre elas (movimentos divergentes).
Movimento lateral de placas vizinhas, raspando uma na outra (movimentos transformantes).
Impactos: Promovem transformações abruptas no relevo, quase nunca previsíveis. As áreas impactadas sofrem com muitos estragos superficiais, podendo afetar habitações humanas e gerar grandes tragédias. Em áreas oceânicas, os terremotos podem provocar a formação de grandes tsunamis.
Previsibilidade: Embora ocorram em maior quantidade nas áreas de encontro entre placas, sua previsão é quase impossível.
Terremotos no Brasil (Exceção Importante!): Os terremotos são pouco comuns no Brasil e geralmente acontecem em grandes profundidades, causando menores prejuízos sociais. Isso se deve à estabilidade geológica do relevo do país, que está localizado no centro de uma placa tectônica, longe dos seus limites mais ativos. No entanto, a existência de eventuais tremores, como o ocorrido na Serra do Tombador (MT) em 1955, explica-se pela existência de falhas geológicas na crosta continental.
O vulcanismo refere-se às atividades de erupção do magma localizado no interior da Terra em direção à superfície. Esse material quente e pastoso geralmente encontra brechas para sua ascensão em zonas de encontro entre duas placas tectônicas, onde existem falhas e fraturas que permitem sua passagem.
Velocidade de Transformação: Dos agentes endógenos, o vulcanismo é o que provoca mudanças na superfície de forma mais rápida através da ação do magma sobre os solos. No entanto, também atua de forma lenta durante a formação dos próprios vulcões, o que leva milhares de anos. As formas de relevo oriundas das ações do vulcanismo são consideradas geologicamente jovens.
Solos Férteis (Conceito Chave!): Os solos localizados em regiões vulcânicas, ou aqueles cuja origem remonta a atividades vulcânicas pretéritas, costumam ser extremamente férteis. Isso se deve à grande quantidade de minerais liberados durante as erupções, que enriquecem o solo com nutrientes essenciais para a vida vegetal. Por isso, é comum encontrar grupos praticantes de agricultura em vales de vulcões ou em regiões com atividade vulcânica passada.
Os agentes externos, também chamados de esculpidores ou agentes intempéricos e erosivos, são as forças que agem sobre a superfície terrestre. Enquanto os agentes internos criam as macroformas, os agentes externos as esculpem e modelam. Eles são responsáveis pelo desgaste (erosão) e deposição (sedimentação) do solo e das rochas.
Esses agentes são ocasionados pela ação de elementos naturais que se encontram na superfície, como:
Ventos
Águas (chuva, rios, lagos, mar, gelo)
Seres Vivos (incluindo a ação humana)
Clima (variações de temperatura e precipitação, sol)
Os agentes externos manifestam-se tanto no desgaste do relevo existente quanto no transporte do material sedimentar para outras áreas, permitindo a formação de novas paisagens. Eles atuam principalmente através de dois processos interligados: intemperismo e erosão.
O intemperismo, também conhecido como meteorização, é o processo de desgaste que resulta na degradação física ou na decomposição químico-biológica das rochas. Ele transforma rochas em materiais friáveis e solos.
Existem três tipos principais de intemperismo:
Intemperismo Físico (Desagregação Mecânica):
Conceito: Causa a desagregação e fragmentação mecânica das rochas, sem alterar sua composição química. O material coeso se torna fraturado, friável, incoerente.
Causas:
Variações climáticas (temperatura): A expansão e contração das rochas devido às mudanças de temperatura (insolamento diário e sazonal) levam ao desgaste e ruptura. Esse processo é chamado de termoclastia. É comum em regiões extremamente secas ou desérticas.
Alívio de Pressão: Rochas soterradas sob grande pressão, ao serem expostas na superfície (pela erosão de camadas superiores), expandem-se e fraturam-se em camadas, como uma cebola. Isso é chamado de esfoliação.
Congelamento e Degelo da Água (Crioclastia): A água se infiltra em fraturas e poros das rochas. Ao congelar, a água se expande (aumenta seu volume em cerca de 9%), exercendo pressão e quebrando as rochas. Esse processo é conhecido como crioclastia e é comum em regiões de elevadas altitudes ou climas frios.
Crescimento de Cristais/Precipitação de Sais: A cristalização de sais em poros e fendas pode exercer pressão suficiente para fragmentar as rochas, especialmente em regiões áridas.
Hidratação de Minerais: Certos minerais absorvem água, aumentam de volume e geram tensões internas que podem levar à desagregação física, como a esfoliação de folhelhos.
Processos Físico-Biológicos: A ação mecânica das raízes das árvores, ao penetrar e expandir fendas nas rochas, pode causar sua fragmentação.
Climas Predominantes: O intemperismo físico predomina em áreas onde a temperatura e a pluviosidade são baixas, como climas quentes e secos ou frios e secos.
Intemperismo Químico (Decomposição Química):
Conceito: Envolve reações químicas que transformam os minerais originais da rocha, modificando seus componentes e sua estrutura interna. O material intemperizado difere química e mineralogicamente do material original.
Agente Principal: A água é o principal agente, infiltrando e percolando as rochas. As condições da superfície são diferentes das condições em que os minerais se formaram, tornando-os instáveis.
Processos de Reação (Exemplos):
Hidratação: Minerais absorvem água e são alterados. Ex: Anidrita + água = gipsita.
Hidrólise: A água reage com os minerais, destruindo sua estrutura e liberando íons que podem ser transportados ou recombinados em novos minerais (como a caulinita, um mineral de argila).
Oxidação: Reação de minerais com oxigênio (geralmente dissolvido na água). Comum em minerais ricos em ferro. Ex: Pirita + O2 e H2O = goethita.
Carbonatação: Reação de minerais com ácido carbônico, formado pela dissolução de CO2 da atmosfera na água da chuva (H2O + CO2 = H2CO3). É crucial na dissolução de rochas carbonáticas como o calcário.
Complexação: Complexos orgânicos (produzidos por organismos) podem ligar-se a elementos químicos insolúveis, mobilizando-os.
Climas Predominantes: O intemperismo químico é mais importante e profundo em climas quentes e úmidos.
Fatores que aceleram o Intemperismo Químico: Quanto menores os blocos de rocha (maior área superficial exposta), mais rápido é o intemperismo químico. As reações ocorrem principalmente nas fraturas das rochas, onde há percolação da água, podendo resultar em decomposição esferoidal (formando blocos arredondados).
Intemperismo Biológico:
Conceito: É a ação de organismos vivos na degradação das rochas e solos.
Ações: Pode ser física (raízes de árvores quebrando rochas) ou química (liberação de ácidos orgânicos, como o ácido fórmico de formigas, que decompõem os minerais). A matéria orgânica no solo, ao se decompor, libera CO2 e diminui o pH das águas de infiltração, favorecendo reações químicas.
Fatores que Controlam a Ação do Intemperismo (Muito Relevante para Concursos!)
FatorInfluência no Intemperismo (Geral) | |
Duração | Quanto mais longo o período de tempo, mais intemperismo, erosão e formação de solo. |
Tipo de Rocha Parental (Substrato Rochoso) | Minerais mais estáveis (ex: quartzo) resultam em intemperismo menos intenso. Minerais menos estáveis (ex: feldspato, piroxênio, calcita) resultam em intemperismo mais intenso. Rochas muito fraturadas ou com acabamento delgado têm taxa de alteração mais rápida. |
Clima | Temperatura: Temperaturas mais baixas favorecem intemperismo físico (expansão, contração térmica, congelamento). Temperaturas mais altas favorecem intemperismo químico. Quantidade de Chuva: Pouca chuva significa menos dissolução, intemperismo físico e erosão. Muita chuva significa mais dissolução, produção de argilominerais e erosão. Acidez da Chuva: Alta acidez aumenta dissolução de minerais e produção de argilominerais. |
Relevo (Topografia) | Encostas íngremes (maior declividade) favorecem mais intemperismo físico e mais erosão devido ao escoamento superficial. Encostas suaves favorecem mais intemperismo químico devido à maior infiltração e menor erosão. A boa infiltração e boa drenagem favorecem o intemperismo químico. |
Fauna e Flora (Seres Vivos) | Fornecem matéria orgânica para reações químicas e remobilizam materiais. A decomposição da matéria orgânica libera CO2, diminuindo o pH das águas de infiltração. Raízes exercem ação mecânica. A presença de solo e vegetação (espessura do perfil e conteúdo orgânico) influencia a taxa de intemperismo. |
A erosão é o resultado do processo de intemperismo, além de abranger o transporte do material sedimentar gerado e sua deposição em outras áreas. Ou seja, o intemperismo prepara o material, e a erosão remove, transporta e deposita.
Os principais agentes de erosão são:
Água (Agente Mais Atuante!): A água é o agente externo mais atuante na transformação dos solos e na modelagem do relevo. A ação das águas pode ser dividida em:
Erosão Pluvial (Chuva): Ocorre pela ação das águas da chuva. Contribui para a lixiviação (lavagem da camada superficial) dos solos. Forma "caminhos" ou sulcos na superfície; quando mais profundos, esses caminhos podem levar à formação de ravinas (erosões mais profundas) e, em casos de erosão muito grande ou quando atinge o lençol freático, voçorocas. A retirada da cobertura vegetal acelera muito esse processo.
Erosão Fluvial (Rios e Lagos): Acontece pela ação dos cursos d'água sobre a superfície, modelando a paisagem e transportando sedimentos. Os rios, ao longo dos anos, desgastam o solo e formam e aprofundam seus próprios caminhos. A retirada da mata ciliar (vegetação nas margens dos rios) fragiliza as encostas, tornando-as mais suscetíveis à erosão fluvial.
Erosão Marinha (Mar): É provocada pela ação das águas do mar sobre a superfície, causando o desgaste das formações rochosas litorâneas. É um processo lento e gradual que contribui para a abrasão marinha (erosão de costas altas) e para a deposição de sedimentos em costas mais baixas. Contribui para a modelagem do relevo litorâneo, formando características como falésias, restingas, tômbolos e praias.
Erosão Glacial (Gelo): Provocada pelo derretimento de geleiras em regiões montanhosas e de elevadas altitudes, que formam cursos d'água que modelam a superfície por onde passam. Outra forma de ação é o congelamento e descongelamento dos solos, que se rompem com a "quebra" das geleiras.
Ventos (Erosão Eólica):
São outro importante agente externo. Atuam no relevo de forma lenta e gradual, esculpindo as formações rochosas (como os cânions) e transportando os sedimentos presentes no solo na forma de poeira. A ação dos ventos também está ligada à constituição de bancos de areia e dunas em ambientes desérticos.
Seres Vivos (Ação Antrópica/Humana):
A ação humana pode interferir e, principalmente, acelerar os processos de transformação do relevo, sobretudo a erosão. Ao remover a vegetação (desmatamento) ou intervir diretamente na composição das paisagens, o ser humano pode gerar duros impactos sobre a ordem natural do comportamento do relevo terrestre.
Ações humanas diretas incluem revolvimento dos solos (aragem, terraceamento), escavação (mineração, explosões), inundações e represamentos.
Ações humanas indiretas podem acelerar a geomorfogênese (desmatamento, agropecuária, construção de estradas, urbanização), causar subsidência (mineração, bombeamento de água subterrânea) e colapso de encostas.
É crucial entender que os agentes internos e externos não atuam de forma isolada, mas em uma interação contínua e complexa. Enquanto os agentes endógenos (internos) são principalmente criadores, responsáveis pela formação de grandes estruturas como montanhas, vales e vulcões, os agentes exógenos (externos) são os modeladores e destruidores, que atuam no desgaste, transporte e deposição desses materiais, esculpindo as formas que se formaram ao longo do tempo.
Essa relação é como a de um escultor: as forças internas fornecem a "matéria-prima" bruta (a grande forma de relevo), e as forças externas refinam, desgastam e detalham essa forma, transformando-a na paisagem que observamos. O relevo é, portanto, o resultado dessas duas forças trabalhando incessantemente.
A Geomorfologia não é apenas o estudo das formas da Terra; ela é uma ciência interdisciplinar com grande importância prática no planejamento e gestão ambiental. Ela oferece informações essenciais sobre o modelado do relevo, indicando níveis de estabilidade/instabilidade e vulnerabilidade ambiental.
Base para Planejamento: O relevo constitui a principal base espacial sobre a qual se desenvolvem sistemas complexos, tanto naturais quanto culturais. O conhecimento do relevo é fundamental para estabelecer estratégias de planejamento e gestão de territórios.
Aptidão e Limitações do Solo: A Geomorfologia pode indicar quais áreas são mais aptas ou limitantes para a ocupação humana e para atividades como urbanização, agricultura, instalação de infraestruturas (distritos industriais, hospitais, aterros sanitários). Por exemplo, permite identificar áreas de risco de deslizamentos e inundações.
Cartografia Geomofológica: A representação cartográfica do relevo é uma ferramenta poderosa. Mapas geomorfológicos podem mostrar:
Modelos tridimensionais do terreno e declividades.
Áreas de risco (deslizamentos, inundações).
Condições de geologia estrutural (falhas, lineamentos).
Rede de drenagem (fluvial e pluvial).
Tipo de solo (residual, transportado) e materiais (aluviões, taludes).
Historias de ocorrência de eventos (inundações, movimentos de massa).
Hidrogeomorfologia (Conceito Emergente!): Dentro da Geomorfologia, a Hidrogeomorfologia é uma ciência emergente que se concentra na inter-relação e interação entre processos hidrológicos e geomorfológicos.
Objeto de Estudo: Compreender como os processos hidrológicos contribuem para a formação e evolução da paisagem, e como as formas de relevo condicionam ou controlam os processos hidrológicos em diferentes escalas.
Processos Chave: Inundações, fluxos hiperconcentrados e fluxos de detritos são exemplos de processos hidrogeomorfológicos que causam grandes modificações na paisagem em curtos períodos de tempo.
Importância: Ajuda a preencher lacunas teóricas e metodológicas sobre a interação entre água e relevo, contribuindo para estudos de desenvolvimento sustentável, desastres naturais, efeitos das mudanças climáticas e planejamento territorial.
A Geomorfologia, portanto, permite uma análise aprofundada da superfície terrestre, contribuindo para que a ocupação humana seja mais planejada e sustentável, minimizando riscos e maximizando o aproveitamento dos recursos naturais.
O relevo terrestre, longe de ser uma paisagem inalterável, é um palco de contínuas transformações. As forças que o moldam, os agentes internos (endógenos) – como o tectonismo (epirogênese e orogênese), os terremotos e o vulcanismo – atuam criando as grandes estruturas. Em contraste, os agentes externos (exógenos) – incluindo o intemperismo (físico, químico e biológico) e a erosão (pluvial, fluvial, marinha e glacial, além da eólica e da ação dos seres vivos) – trabalham incessantemente para esculpir, desgastar e refinar essas formas, depositando sedimentos e criando as paisagens que conhecemos.
Entender a ação desses agentes é fundamental não só para a compreensão dos processos geológicos e geográficos, mas também para o planejamento e a gestão do território. O estudo da Geomorfologia, com sua natureza interdisciplinar e sua aplicabilidade prática, oferece as ferramentas necessárias para interpretar a dinâmica do nosso planeta e intervir de forma consciente no meio ambiente.
Com este guia, esperamos que você tenha consolidado seu conhecimento sobre os agentes transformadores do relevo, estando mais preparado para suas provas, concursos e, principalmente, para compreender a complexidade e a beleza do nosso planeta.
Palavras-Chave SEO (2025):
Geomorfologia
Agentes Transformadores do Relevo
Agentes Internos do Relevo
Agentes Endógenos
Agentes Externos do Relevo
Agentes Exógenos
Tectonismo
Epirogênese
Orogênese
Terremotos
Abalos Sísmicos
Vulcanismo
Intemperismo
Erosão
Intemperismo Físico
Intemperismo Químico
Erosão Hídrica (Pluvial, Fluvial, Marinha, Glacial)
Erosão Eólica
Placas Tectônicas
Formação de Montanhas
Modelagem do Relevo
Geografia Física
Concurso Público Geografia
Material de Estudo Geografia
Questões de múltipla escolha:
Qual dos seguintes não é considerado um agente externo na formação do relevo?
a) Água
b) Ventania
c) Movimentos tectônicos
d) Gelo
Qual é a principal diferença entre agentes externos e internos na geomorfologia?
a) Agentes externos atuam a partir do interior da Terra, enquanto agentes internos atuam a partir da superfície.
b) Agentes externos incluem elementos biológicos, enquanto agentes internos são exclusivamente físicos.
c) Agentes internos são responsáveis pela formação de rios e lagos, enquanto agentes externos criam montanhas e planícies.
d) Agentes externos atuam na superfície terrestre, enquanto agentes internos atuam a partir do interior da Terra.
Qual é o principal foco de estudo da geomorfologia?
a) Estudo da atmosfera terrestre
b) Análise da biodiversidade
c) Investigação das formas de relevo e seus processos de formação
d) Exploração das camadas profundas da Terra
Gabarito:
c) Movimentos tectônicos
d) Agentes externos atuam na superfície terrestre, enquanto agentes internos atuam a partir do interior da Terra.
c) Investigação das formas de relevo e seus processos de formação