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23/08/2025 • 18 min de leitura
Atualizado em 23/08/2025

Mol e número de Avogadro: qual a relação?

1. O que é Mol? A Unidade de Medida da "Quantidade de Matéria"

Para entender o mol, vamos começar com uma analogia simples e muito utilizada: a dúzia. Quando você compra uma dúzia de ovos, sabe que está levando 12 unidades. Uma resma de papel são 500 folhas, e um milheiro de tijolos, 1000. Essas são unidades que facilitam a contagem de grandes quantidades de itens idênticos.

Na química, trabalhamos com quantidades de substâncias (como átomos, moléculas e íons) que são inimaginavelmente pequenas e numerosas. Seria impossível contá-las uma por uma. É aí que entra o mol!

  • Definição Simplificada: O mol é, antes de tudo, uma unidade de medida. Ele mede a quantidade de partículas de uma substância. Imagine-o como a "dúzia" dos químicos, mas uma dúzia incrivelmente maior!

  • Nome e Símbolo: O termo "mol" tem origem no latim moles, que significa "grande massa", "porção" ou "quantidade". Tanto o nome quanto o símbolo da unidade são "mol".

    • Importante sobre a grafia: Em português brasileiro, o nome aceita plural (mols), mas o símbolo nunca é pluralizado. Escrevemos "dois mols de uma substância", mas "2,0 mol" (e não "2,0 mols").

1.1. A Definição Formal e o Padrão do Carbono-12

A definição mais formal e rigorosa do mol é fundamental para a ciência:

"O mol, símbolo mol, é a unidade do SI da quantidade de substância. Um mol contém exatamente 6,022 140 76 × 10^23 entidades elementares. Este número é o valor numérico fixado para a Constante de Avogadro, N_A, quando expresso em mol⁻¹, e é chamado de Número de Avogadro."

Essa definição atual entrou em vigor em 20 de maio de 2019, baseando-se diretamente na Constante de Avogadro.

Historicamente, o mol foi definido a partir do Carbono-12 (¹²C). Este é um isótopo do carbono com 6 prótons, 6 nêutrons e 6 elétrons, sendo o mais abundante na natureza (cerca de 98,94%).

  • O Padrão: "O mol é a quantidade de matéria de um sistema que contém tantas entidades elementares quanto são os átomos contidos em 0,012 quilogramas (12 gramas) de carbono-12".

  • Por que o Carbono-12? Ele foi escolhido como padrão em 1957 pela IUPAC (União Internacional da Química Pura e Aplicada) por ser um elemento abundante e estável. Antes disso, utilizava-se o oxigênio como referência. Em 1961, físicos e químicos chegaram a um acordo para usar o carbono-12, unificando os padrões.

Dúvida Comum: "Mol é abreviatura de molécula?" Resposta: Não! Mol não é abreviatura de molécula. É uma unidade de medida que representa uma quantidade específica de quaisquer entidades elementares (que podem ser moléculas, mas também átomos, íons, etc.). A palavra "molécula" inclusive deriva de "mol", significando "pequena quantidade".


2. Entidades Elementares: O Que o Mol Realmente Conta?

Quando falamos que um mol contém uma certa quantidade de "entidades elementares", é crucial entender o que são essas entidades. Elas são as "coisinhas" que estamos contando. As entidades elementares podem ser:

  • Átomos: As unidades fundamentais da matéria (ex: 1 mol de átomos de Ferro, Fe).

  • Moléculas: Grupos de dois ou mais átomos ligados quimicamente (ex: 1 mol de moléculas de Água, H₂O).

  • Íons: Átomos ou moléculas que ganharam ou perderam elétrons, adquirindo carga elétrica (ex: 1 mol de íons Sódio, Na⁺).

  • Elétrons, Prótons, Nêutrons: Partículas subatômicas (ex: 1 mol de elétrons).

  • Outras partículas ou grupos especificados de partículas: O conceito é bastante versátil.

2.1. Como Identificar a Entidade em um Problema?

Uma habilidade essencial para o sucesso em química é a capacidade de identificar corretamente qual entidade elementar um problema está se referindo. Um método simples para isso é:

  • Átomo: Uma única letra maiúscula (e, se houver, uma minúscula que a acompanha, como "Fe" para Ferro, "O" para Oxigênio). Exemplo: 1 mol de Fe → 6,02 x 10^23 átomos de Ferro.

  • Molécula: Duas ou mais letras maiúsculas, iguais ou diferentes, sem carga indicada (ex: H₂O, CO₂, N₂). Exemplo: 1 mol de CO₂ → 6,02 x 10^23 moléculas de Dióxido de Carbono.

  • Íon: Uma fórmula química com uma carga positiva ou negativa explicitada (ex: Al³⁺, Cl⁻, SO₄²⁻). Exemplo: 1 mol de Al³⁺ → 6,02 x 10^23 íons Alumínio.

  • Fórmula Iônica (para compostos iônicos): Em substâncias iônicas (como NaCl), não falamos em "moléculas", mas em "íons-fórmula" ou "unidades de fórmula", pois formam retículos cristalinos. Exemplo: 1 mol de NaCl → 6,02 x 10^23 íons-fórmula de NaCl.

Cuidado com as Ambigüidades (Exceção/Prioridade em Concursos): Quando o termo mol é utilizado, é fundamental especificar a entidade elementar para evitar confusões. Por exemplo, "1 mol de hidrogênio" pode ser ambíguo:

  • Significa 1 mol de átomos de hidrogênio (H)?

  • Ou significa 1 mol de moléculas de hidrogênio (H₂)? Essa distinção é crucial, pois 1 mol de H₂ contém o dobro de átomos de hidrogênio do que 1 mol de H! A maneira usual de evitar ambiguidade é escrever a fórmula molecular da entidade, como "1 mol de H₂". Para gases nobres (He, Ne, Ar, etc.), as entidades elementares são monoatômicas (átomos únicos) nas condições ambientes.


3. O Elo Indispensável: Mol e a Constante de Avogadro (N_A)

Agora que sabemos o que o mol conta, precisamos saber quanto ele conta. A resposta é um número gigantesco e extremamente importante: o Número de Avogadro, ou mais precisamente, a Constante de Avogadro (N_A).

  • O Valor: A Constante de Avogadro é aproximadamente 6,02 x 10²³. Para cálculos mais precisos, usa-se 6,022 x 10²³ mol⁻¹.

  • Significado: Isso significa que 1 mol de QUALQUER substância contém 6,02 x 10²³ entidades elementares dessa substância.

    • 1 mol de átomos de Ferro = 6,02 x 10²³ átomos de Ferro.

    • 1 mol de moléculas de Água = 6,02 x 10²³ moléculas de Água.

    • 1 mol de íons Cloreto = 6,02 x 10²³ íons Cloreto.

3.1. Amedeo Avogadro: O Advogado Que Virou Químico e a Origem do Número

O nome dessa constante homenageia o cientista italiano Lorenzo Romano Amedeo Carlo Avogadro (1776-1856). Inicialmente advogado, Avogadro se dedicou ao estudo dos gases e fez descobertas revolucionárias sobre suas propriedades.

  • A Hipótese de Avogadro: Em 1811, ele propôs a Lei de Avogadro (ou Hipótese de Avogadro): "volumes iguais de quaisquer dois gases na mesma temperatura e pressão contêm o mesmo número de partículas". Ele se perguntava quantas partículas de gás existiam em um recipiente com volume, pressão e temperatura constantes. Essa ideia foi o passo inicial para que o número fosse determinado.

  • A Honra: Embora Avogadro não tenha calculado esse número gigantesco (ele não conseguiu determiná-lo, apenas concebeu a ideia), seus estudos foram tão cruciais que a constante foi nomeada em sua homenagem, especialmente após experimentos no século XX finalmente a determinarem com precisão.

  • Determinação Experimental (Concursos/Diferencial): O valor da Constante de Avogadro pode ser determinado experimentalmente por métodos como retículos cristalinos, decaimento radioativo e métodos eletroquímicos (eletrólise). Inclusive, existem experimentos simples para determiná-la em sala de aula, como a eletrólise da água.

3.2. O Tamanho Absurdo do Número de Avogadro: Uma Reflexão

Para realmente apreciar a magnitude de 6,02 x 10²³, considere algumas analogias:

  • Se 1 mol de grãos de areia (com 1 mm³ cada) fosse espalhado sobre a área territorial do Brasil (aproximadamente 8,5 milhões de km²), formaria uma camada de areia de cerca de 70 metros de altura.

  • Se 1 mol de folhas de papel (com 0,1 mm de espessura) fosse empilhado, ele alcançaria uma altura suficiente para ir e voltar da Lua cerca de 80 bilhões de vezes.

Esses exemplos mostram por que o mol é tão essencial: ele nos permite trabalhar com números gerenciáveis para quantidades de partículas que, individualmente, são inconcebíveis.


4. A Coluna Vertebral dos Cálculos Químicos: Mol e Massa Molar

A relação entre mol e massa é talvez a mais fundamental para a resolução de problemas em química. É aqui que os conceitos se tornam ferramentas práticas para calcular e prever quantidades.

4.1. O que é Massa Molar (M)?

A Massa Molar (M) é definida como a massa, em gramas, de um mol de uma substância. Sua unidade é gramas por mol (g/mol).

  • Relação com Massa Atômica/Molecular: A massa molar de uma substância é numericamente igual à sua massa atômica (para átomos) ou massa molecular (para moléculas), mas com unidades diferentes.

    • Exemplo:

      • Massa Atômica do Sódio (Na) = 22,990 u (unidades de massa atômica).

      • Massa Molar do Sódio (Na) = 22,990 g/mol.

      • Massa Atômica do Oxigênio (O) = 16 u.

      • Massa Molecular da Água (H₂O) = (2 × 1 u de H) + (1 × 16 u de O) = 18 u.

      • Massa Molar da Água (H₂O) = 18 g/mol.

4.2. Como Calcular a Massa Molar (Passo a Passo Essencial!)

O cálculo da massa molar é uma habilidade obrigatória para qualquer estudante de química. Você precisará de uma tabela periódica.

Passos:

  1. Identifique os elementos: Anote todos os elementos presentes na fórmula química do composto.

  2. Conte os átomos: Determine o número de átomos de cada elemento na fórmula. O número é geralmente um subscrito à direita do símbolo do elemento. Se houver parênteses, multiplique os subscritos internos pelo externo.

  3. Obtenha as massas atômicas: Consulte a tabela periódica para encontrar a massa atômica de cada elemento. Ela geralmente está abaixo do símbolo do elemento.

  4. Multiplique e some: Para cada elemento, multiplique o número de átomos pela sua massa atômica. Em seguida, some todos os resultados para obter a massa molecular (em u) e, consequentemente, a massa molar (em g/mol).

Exemplo Prático: Calcular a massa molar do Metano (CH₄)

  • Elementos: Carbono (C) e Hidrogênio (H).

  • Número de átomos: 1 átomo de C, 4 átomos de H.

  • Massas Atômicas (da Tabela Periódica): C ≈ 12 g/mol, H ≈ 1 g/mol.

  • Cálculo:

    • Massa de Carbono = 1 átomo × 12 g/mol = 12 g/mol

    • Massa de Hidrogênio = 4 átomos × 1 g/mol = 4 g/mol

    • Massa Molar do CH₄ = 12 + 4 = 16 g/mol.

4.3. A Fórmula Mágica: Convertendo Gramas para Mols (e Vice-Versa!)

A relação entre mols (n), massa (m) e massa molar (M) é expressa por uma fórmula simples e extremamente poderosa:

n = m / M

Onde:

  • n = número de mols (em mol)

  • m = massa da substância (em gramas)

  • M = massa molar da substância (em g/mol)

Com essa fórmula, você pode:

  • Calcular o número de mols a partir de uma massa conhecida.

  • Calcular a massa necessária para obter um certo número de mols.

Exemplo: Quantidade de matéria em uma amostra de 80 g de metano (CH₄).

  • Já calculamos M (CH₄) = 16 g/mol.

  • m = 80 g.

  • n = m / M = 80 g / 16 g/mol = 5 mol.


5. Mol e Volume Molar: A Chave para Gases

Para substâncias no estado gasoso, o mol também se relaciona a uma grandeza de volume específica: o Volume Molar.

5.1. O que é Volume Molar?

O Volume Molar é o volume ocupado por 1 mol de qualquer gás em determinadas condições de temperatura e pressão.

  • Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP):

    • Temperatura: 0 °C (273,15 K)

    • Pressão: 1 atmosfera (atm)

    • Nessas condições, 1 mol de qualquer gás ideal ocupa aproximadamente 22,4 Litros (L).

  • Condições Padrão de Temperatura e Pressão (CPTP):

    • Temperatura: 25 °C (298,15 K)

    • Pressão: 1 bar (10⁵ Pa)

    • Nessas condições, 1 mol de qualquer gás ideal ocupa aproximadamente 22,7 Litros (L).

Importante: Essa relação de volume é exclusiva para gases. Para líquidos e sólidos, o volume molar varia muito e não há um valor padrão universal como 22,4 L. Um mol de água líquida, por exemplo, ocupa cerca de 18 mL.

Conexão com Avogadro: O conceito de Volume Molar reforça a Lei de Avogadro, que afirma que o volume de um gás é diretamente proporcional ao número de suas partículas, mantendo-se temperatura e pressão constantes. Mais partículas, mais volume.


6. A Relação Fundamental (O Mapa Mental Essencial!)

Para consolidar todo o conhecimento, podemos visualizar as relações entre Mol, Massa Molar, Número de Avogadro e Volume Molar da seguinte forma:

1 MOL de QUALQUER SUBSTÂNCIA ↔ Sua Massa Molar (em gramas) ↔ 6,02 x 10²³ Entidades Elementares ↔ 22,4 Litros (se for um gás nas CNTP)

Essa "máxima" ou "linha do mol" é a base para resolver a maioria dos problemas. Se você souber qualquer uma dessas quatro grandezas, pode determinar as outras três usando a regra de três.


7. Estequiometria: A Arte de Calcular Reações Químicas (Prioridade em Concursos!)

A estequiometria é o ramo da química que estuda as proporções quantitativas entre reagentes e produtos em uma reação química. Seu nome vem do grego "stoicheon" (elemento) e "metron" (medida), significando a "medida dos elementos".

É na estequiometria que o conceito de mol realmente brilha, permitindo prever a quantidade de produtos formados ou a quantidade de reagentes necessários em um processo químico.

7.1. O Coração da Estequiometria: A Equação Química Balanceada

Para qualquer cálculo estequiométrico, o ponto de partida é sempre a equação química balanceada.

  • Coeficientes Estequiométricos: São os números que precedem as fórmulas das substâncias em uma equação. Eles indicam a proporção em mols (ou em moléculas, volumes de gases, etc.) de cada participante da reação.

  • Leis Ponderais: O balanceamento garante que as leis fundamentais da química sejam respeitadas:

    • Lei de Lavoisier (Conservação da Massa): A massa total dos reagentes é igual à massa total dos produtos. "Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".

    • Lei de Proust (Proporções Definidas): As substâncias reagem e são formadas em proporções fixas de massa.

Exemplo: Reação de formação da amônia (NH₃): 1 N₂ (g) + 3 H₂ (g) → 2 NH₃ (g)

Essa equação balanceada nos diz que:

  • 1 mol de Gás Nitrogênio (N₂) reage com 3 mols de Gás Hidrogênio (H₂) para produzir 2 mols de Amônia (NH₃).

  • Essa é uma proporção de 1:3:2 em mols. Se dobrarmos a quantidade de N₂ para 2 mols, precisaremos de 6 mols de H₂ para formar 4 mols de NH₃.

7.2. A "Linha do Mol" em Estequiometria: Resolvendo Problemas com Facilidade

Professores como Jamal e Gabriel Cabral popularizam um método para resolver problemas estequiométricos que se baseia na "Linha do Mol" ou "Técnica das Duas Linhas". Esse método simplifica a aplicação da regra de três, tornando os cálculos mais intuitivos.

Como Funciona:

  1. Linha Teórica (A "Linha do Mol" - Sempre a Mesma!): Para cada substância relevante no problema, estabeleça a relação fundamental de 1 mol com:

    • Sua Massa Molar (em gramas).

    • 6,02 x 10²³ entidades (átomos, moléculas, íons).

    • 22,4 Litros (se for um gás nas CNTP).

    • Os coeficientes estequiométricos da equação balanceada.

  2. Linha do Problema (Os Dados do Exercício): Abaixo da linha teórica, coloque os valores fornecidos pelo problema e a incógnita (o que você quer calcular), sempre alinhando as unidades.

  3. Regra de Três: Resolva a regra de três entre as duas grandezas de interesse.

Exemplo prático (baseado em): Calcular o volume ocupado por 160 g de SO₃ nas CNTP.

  • Substância: SO₃ (gás)

  • Massa Molar do SO₃: S = 32, O = 16. Então, M = 32 + (3 × 16) = 32 + 48 = 80 g/mol.

    Linha do Mol (Teoria):

    • 1 mol de SO₃ ↔ 80 g de SO₃ ↔ 22,4 L de SO₃ (CNTP)

    Linha do Problema (Dados):

    • X Litros de SO₃ ← 160 g de SO₃

    Regra de Três: 80 g SO₃ --- 22,4 L SO₃ 160 g SO₃ --- X L SO₃

    X = (160 g × 22,4 L) / 80 g = 44,8 L de SO₃.

7.3. Casos Especiais e Tópicos Avançados (Muito Cobrados!)

A estequiometria não se resume apenas a cálculos simples. Em concursos, você encontrará cenários mais complexos que exigem atenção extra:

  • Reagente Limitante e Reagente em Excesso: Em uma reação, um reagente pode ser totalmente consumido (o limitante), enquanto outro sobra (em excesso). Os cálculos devem ser baseados no reagente limitante.

  • Rendimento da Reação: Muitas reações não produzem 100% do produto esperado teoricamente. O rendimento indica a eficiência da reação e é expresso em porcentagem.

  • Pureza de Reagentes: Raramente um reagente é 100% puro. A pureza (também em porcentagem) indica a fração da amostra que realmente reage.

  • Reações Consecutivas: Quando o produto de uma reação se torna reagente na próxima, exigindo cálculos em série.

  • Estequiometria com Densidade: Problemas que envolvem densidade para converter massa em volume (ou vice-versa).


8. Analogias Didáticas: Cozinhar é Fazer Química!

Relacionar a química com o cotidiano dos alunos é uma estratégia pedagógica poderosa. Uma das analogias mais eficazes para a estequiometria é a culinária.

  • A Receita como Equação Química: Uma receita de bolo, por exemplo, é como uma equação química. Ela lista os "reagentes" (ingredientes) e o "produto" (o bolo), e o mais importante: as proporções.

    • Se você quer um bolo maior, você não pode apenas aumentar a farinha; precisa aumentar todos os ingredientes proporcionalmente. O mesmo ocorre na química: para produzir mais produto, precisa-se de mais reagentes, mantendo as proporções molares.

Exceção/Limitação da Analogia (Foco em Concursos): É importante também discutir as limitações da analogia.

  • Reagente em Excesso na Cozinha vs. na Química:

    • Na química, se um reagente está em excesso, ele não é consumido e sobra no final da reação, podendo ser separado.

    • Na cozinha, se um ingrediente (ex: farinha) é colocado em excesso, ele altera o produto final (ex: bolo seco), e não pode ser simplesmente "separado" do bolo pronto. O bolo se torna um "produto único" com propriedades alteradas. Essa nuance é um ótimo ponto para aprofundar a compreensão dos alunos sobre a natureza das reações químicas.


9. Dificuldades Comuns e Como Superá-las (Estratégias de Estudo)

O conceito de mol e a estequiometria são frequentemente apontados como fontes de dificuldade para estudantes. No entanto, com as estratégias certas, essas barreiras podem ser superadas:

  • Abstração do Conceito: A dificuldade em transitar entre o mundo macroscópico e o microscópico é um desafio.

    • Solução: Utilize analogias do dia a dia (dúzia, receitas), simulações virtuais e representações visuais (como as balanças em simuladores) para dar concretude aos conceitos.

  • Confusão entre Termos: Mol, quantidade de matéria, Constante de Avogadro, massa molar são termos interligados, mas distintos.

    • Solução: Crie mapas mentais (como a "relação fundamental" do item 6) que visualizem as conexões, mas reforcem as definições individuais de cada termo.

  • Cálculos Matemáticos: Muitos problemas envolvem regra de três, conversão de unidades (g para kg, mL para L, etc.) e notação científica.

    • Solução: Pratique intensivamente. O método da "Linha do Mol" é uma estrutura excelente para organizar o pensamento e os cálculos. Preste atenção às unidades em todas as etapas.

  • Balanceamento de Equações: Um pré-requisito crucial para a estequiometria.

    • Solução: Revise os métodos de balanceamento. Simulações (como o PhET Colorado) podem ser muito úteis para visualizar o processo e praticar.

  • Interpretação de Problemas: Muitos exercícios de concursos e do ENEM exigem não apenas o cálculo, mas a correta interpretação do enunciado.

    • Solução: Leia o problema com atenção, identifique os dados, o que está sendo pedido, e quais são as substâncias relevantes. Use uma lista de verificação ou autoquestionamento, como sugerido em algumas pesquisas, para guiar seu raciocínio.


10. Aplicações Práticas e Relevância no Mundo Atual (Motivação!)

A compreensão do mol não é apenas uma exigência curricular, mas uma habilidade valiosa com aplicações diretas em diversas áreas.

  • Indústria Farmacêutica: Calcular a quantidade exata de reagentes é vital para sintetizar medicamentos, garantindo sua eficácia e segurança. Pequenas variações podem comprometer a qualidade do produto.

  • Indústria Alimentícia: O mol é usado para medir e controlar a quantidade de conservantes, aditivos e nutrientes em produtos, assegurando a qualidade e a segurança alimentar.

  • Controle de Qualidade: Em laboratórios, o conceito de mol é usado para verificar a concentração de substâncias em amostras, garantindo que os produtos atendam aos padrões regulatórios.

  • Engenharia Química: Essencial para otimizar processos industriais, reduzir custos e maximizar a eficiência na produção de materiais como plásticos, combustíveis e outros produtos químicos.

  • Pesquisa Científica: Em qualquer laboratório de pesquisa, a manipulação precisa de quantidades de substâncias baseadas em mols é fundamental para a replicabilidade e a precisão dos experimentos.

  • Cotidiano: Desde a preparação de uma receita que requer proporções corretas até a compreensão da bula de um medicamento, o mol está presente, mesmo que de forma implícita.


Dominando o Mol, Dominando a Química!

Chegamos ao fim de nossa jornada pelo fascinante mundo do Mol e da Constante de Avogadro. Esperamos que este guia completo e didático tenha desmistificado esses conceitos, mostrando que eles são ferramentas poderosas e indispensáveis para qualquer um que se aventure pela química.

Lembre-se dos pontos-chave:

  • O Mol é a unidade de medida da quantidade de matéria, uma "dúzia" para partículas invisíveis, definida a partir do Carbono-12.

  • A Constante de Avogadro (6,02 x 10²³) nos diz quantas entidades elementares (átomos, moléculas, íons) existem em 1 mol.

  • A Massa Molar (em g/mol) é a massa de 1 mol de uma substância e é numericamente igual à massa atômica/molecular.

  • O Volume Molar (22,4 L nas CNTP) é o volume ocupado por 1 mol de qualquer gás ideal.

  • A Estequiometria, baseada em equações balanceadas e nas leis ponderais, usa o mol para calcular as proporções das reações.

  • E a "Linha do Mol" é a sua principal aliada para organizar e resolver problemas de forma eficaz.

A química é uma ciência prática e contextualizada, presente em cada aspecto de nossas vidas. Ao dominar o mol e seus conceitos relacionados, você não está apenas estudando para uma prova; está desenvolvendo uma compreensão mais profunda do mundo material e se preparando para os desafios e inovações do futuro.

Para Refletir e Exercitar (Mini Desafio Prático para você!): Escolha um produto em sua casa (um alimento, um sal de cozinha, um suplemento vitamínico) que contenha informações sobre a massa de um de seus componentes (ex: quantidade de sódio em 100g). Pesquise a massa molar desse componente e calcule quantos mols dele estão presentes na porção indicada. Registre seus cálculos e explique para alguém como o conceito de mol se aplica ali!

Continue praticando, revisitando os exemplos e resolvendo exercícios. A maestria virá com a dedicação! Bons estudos!