Para começar de forma didática, vamos à pergunta mais fundamental: o que é, afinal, computação em nuvem?
A Computação em Nuvem pode ser definida como um modelo de processamento de informação onde recursos de computação, administrados de forma centralizada, são oferecidos como serviços sob demanda, via internet, para uma variedade de aplicativos que permitem a interatividade com o usuário. Em outras palavras, é o fornecimento de serviços de computação – como servidores, armazenamento, bancos de dados, rede, software, análise e inteligência – pela Internet ("a nuvem").
Essa tecnologia representa um avanço significativo em relação à computação tradicional, permitindo que usuários e empresas acessem sistemas, ferramentas tecnológicas e softwares atualizados de qualquer local, de forma remota e via internet. Você paga apenas pelos serviços de nuvem que utiliza, o que ajuda a reduzir custos operacionais, executar sua infraestrutura com mais eficiência e dimensionar os recursos conforme as necessidades mudam.
Pense assim: em vez de comprar e manter servidores físicos, softwares caros e toda a infraestrutura de TI em sua casa ou empresa (o modelo "on-premise"), você "aluga" esses recursos de grandes provedores pela internet, pagando apenas pelo que usa. É como ter uma usina de energia que fornece eletricidade sob demanda, sem que você precise construir e manter sua própria usina.
Principais benefícios iniciais a serem compreendidos:
Otimização de recursos computacionais.
Acesso remoto de qualquer local via internet.
Minimização de custos e manutenções periódicas com estruturas de redes locais.
Flexibilidade e escalabilidade para ajustar os recursos conforme a demanda.
A Computação em Nuvem não é uma novidade, mas sim o resultado de décadas de evolução tecnológica. Sua história é um tópico relevante para entender o contexto e a importância atual da tecnologia.
Década de 1960: As Primeiras Ideias
O conceito de compartilhamento de computadores entre múltiplos usuários, conhecido como Utility Computing, foi iniciado por John McCarthy.
Joseph Carl Robnett Licklider estudou novas formas de usar o computador e ajudou a desenvolver a ARPANET, a primeira rede que permitiu o compartilhamento de informações entre computadores em locais físicos diferentes. Assim, a computação em nuvem começou a ganhar forma.
Década de 1990: A Internet Massiva
Embora a internet tenha surgido em 1960, a adesão massiva só ocorreu com o desenvolvimento do padrão WWW (World Wide Web) por Tim Berners-Lee na década de 1990. O primeiro navegador de internet foi o World Wide Web, também desenvolvido por Tim Berners-Lee.
A internet como a conhecemos hoje realmente nasceu em 22 de abril de 1993, com o lançamento do Mosaic, um navegador que revolucionou a informática ao dar um visual mais amigável à WWW.
Anos 2000: A Comercialização e a Ascensão dos Gigantes
No início dos anos 2000, a computação em nuvem começou a ser comercializada por provedores de serviços.
A Amazon surgiu oferecendo serviços de locação de computadores virtuais, permitindo aos clientes usar aplicativos alocados em seus Data Centers físicos.
Em seguida, a Google entrou no mercado com serviços em nuvem a preços mais acessíveis, com atualizações e inovações.
No ano seguinte, a Microsoft Azure criou e ofereceu sua plataforma e serviços na nuvem.
Esses marcos históricos mostram como a ideia de compartilhar recursos e acessá-los remotamente evoluiu até se tornar a poderosa ferramenta que é hoje.
A pesquisa sobre Computer Cloud evidencia que a computação em nuvem faz parte do nosso dia a dia.
Para usuários comuns:
A nuvem está presente no uso de nossos Smartphones.
Serviços como Google Drive, Samsung Cloud, iCloud e Xiaomi Cloud são exemplos claros de armazenamento em nuvem que utilizamos constantemente.
Ao configurar um e-mail para downloads na Play Store, ou salvar contatos no Gmail, você está utilizando serviços em nuvem, permitindo a sincronização com outros aparelhos sem o risco de perder dados.
Outros exemplos incluem Dropbox, Google Maps e ClassRoom. A Apple oferece o iCloud para iPhones, e aparelhos Android frequentemente utilizam o Google Drive para armazenamento. Para acessar esses arquivos salvos em nuvem e sincronizar dados, basta ter um aparelho conectado à internet.
Para empresas:
Os principais serviços corporativos são Microsoft Azure, Amazon Web Services (AWS) e Google Cloud.
A migração para a nuvem otimiza os recursos computacionais das empresas.
Em um cenário de crise econômica e busca por redução de gastos no setor de tecnologia da informação, a computação em nuvem oferece uma grande economia, pois as empresas clientes não precisam investir pesado na compra de hardware, aluguel de espaço físico e administração de sua própria infraestrutura.
Estudos mostram que 80% das empresas na América Latina tinham ou teriam um projeto baseado em computação em nuvem em 2020, e no setor público brasileiro, cerca de 30% das instituições já utilizavam a nuvem em 2018.
A pandemia de Covid-19 acelerou a transformação digital, com 89% das lideranças afirmando a necessidade de uma TI mais ágil e escalável.
As vantagens para as empresas são diversas, incluindo acessibilidade (14%), disponibilidade (13%), baixo custo (12%), mobilidade (12%), virtualização (10%), agilidade (8%), segurança (8%), escalabilidade (8%), flexibilidade (7%) e integração de dados e processos (3%).
A maioria dos serviços de computação em nuvem se enquadra em quatro categorias amplas: IaaS (Infraestrutura como serviço), PaaS (Plataforma como serviço), sem servidor e SaaS (Software como serviço). Eles são frequentemente chamados de "pilha" de computação em nuvem, pois são construídos uns sobre os outros. Compreender cada um é crucial, especialmente para provas de concurso.
A expressão "como serviço" (as-a-service) refere-se a um serviço de cloud computing fornecido por terceiros, permitindo que sua empresa se concentre em tarefas essenciais, como desenvolvimento de código e relacionamento com clientes. A adoção desses serviços reduz a infraestrutura on-premise que precisa ser gerenciada.
O que é? A IaaS é a categoria mais básica de serviços de computação em nuvem. Neste modelo, você aluga a infraestrutura de TI – que inclui servidores e máquinas virtuais (VMs), armazenamento, redes e sistemas operacionais – de um provedor de nuvem, pagando conforme o uso. Você pode criar sua própria infraestrutura ou personalizá-la de acordo com a demanda.
Responsabilidades: Como usuário, você é responsável pelo sistema operacional e por todos os dados, aplicativos, componentes de middleware e runtimes. No entanto, o provedor gerencia e concede acesso à rede, servidores e recursos de virtualização e armazenamento necessários. Isso significa que você não precisa manter ou atualizar um data center local.
Como é acessado? Geralmente via uma interface de programação de aplicações (API) ou dashboard, utilizando mensagens baseadas em SOAP ou REST.
Benefícios:
Flexibilidade: Adquirir apenas os componentes de que precisa e expandi-los ou reduzi-los em escala.
Custo-benefício: Baixos custos de manutenção e exige pouco esforço, pois você paga apenas pelos serviços utilizados.
Agilidade: Ideal para criar e desativar ambientes de desenvolvimento e teste de maneira rápida.
Desvantagens (e como mitigar): Possíveis problemas de segurança do provedor, utilização de sistemas com multitenancy (recursos compartilhados com vários clientes) e a confiabilidade do serviço. Essas desvantagens podem ser evitadas escolhendo um provedor confiável e com sólida reputação.
Exemplos: Provedores de nuvem pública como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud oferecem serviços IaaS.
O que é? A PaaS se refere aos serviços de computação em nuvem que fornecem um ambiente sob demanda para desenvolvimento, teste, fornecimento e gerenciamento de aplicativos de software. O provedor hospeda os componentes de hardware e software em sua própria infraestrutura, oferecendo uma plataforma integrada ou como um serviço conectado via internet.
Responsabilidades: É você quem escreve o código, compila e gerencia seus aplicativos. Contudo, tudo isso é feito sem a preocupação com atualizações de software ou manutenção de hardware, pois o ambiente de desenvolvimento e implantação é fornecido pelo provedor.
Benefícios:
Foco no Desenvolvimento: Muito útil para desenvolvedores e programadores, pois permite criar, executar e gerenciar apps sem o trabalho de criar e manter a infraestrutura.
Agilidade: Desenvolvedores podem criar um framework para desenvolver e personalizar aplicações web, utilizando componentes de software nativos para reduzir a quantidade de código.
Economia: O sistema funciona por meio de assinatura mensal, e você paga apenas pelo que utilizar. Manutenções e atualizações são responsabilidade do provedor.
Exemplos: AWS Elastic Beanstalk, Heroku e Red Hat OpenShift.
O que é? O SaaS, também conhecido como serviços de aplicações em nuvem, constitui a forma mais abrangente de serviços de cloud computing. Ele fornece uma aplicação inteira gerenciada por um provedor e acessada via navegador da web.
Responsabilidades: O provedor de nuvem hospeda e gerencia o aplicativo de software e a infraestrutura subjacente, realizando manutenções como atualizações de software e aplicação de patches de segurança. O usuário precisa apenas se conectar ao aplicativo pela internet, geralmente com um navegador web.
Benefícios:
Facilidade de Uso: Não é necessário instalar nenhum software em máquinas individuais.
Ideal para Pequenas Empresas: Excelente opção para empresas que não têm pessoal ou largura de banda para instalação e atualizações de software.
Acesso e Colaboração: O acesso de grupos ao programa é mais fácil e confiável. Exemplos incluem contas de e-mail baseadas na web, como Outlook ou Gmail, onde basta fazer login para ter acesso.
Desvantagens (e como mitigar): O que se economiza em tempo e esforço de manutenção pode custar em termos de controle, segurança e desempenho. Por isso, é importante escolher um provedor confiável.
Exemplos: Google Docs, Facebook, Dropbox, OneDrive, Microsoft SharePoint, Gmail, Outlook, Salesforce, Google Apps e Red Hat Insights. O Office 365, com suas atualizações online, é outro exemplo clássico de SaaS.
Além dos tipos de serviços, a nuvem pode ser diferenciada por seus modelos de implantação. Existem quatro modelos principais: nuvem privada, nuvem comunitária, nuvem pública e nuvem híbrida. Cada um é utilizado conforme o processo da empresa e o tipo de informação que possuem.
Características: O acesso é restrito a um conjunto de usuários, e toda a infraestrutura pertence à organização onde está alocada. Não possui acessibilidade pública pela internet, e seu controle é de responsabilidade interna, não de um provedor. Geralmente é estabelecida dentro do data center de uma organização para servir seus próprios usuários internos.
Benefícios:
Economia de espaço e recursos: Reduz a quantidade de equipamentos, liberando espaço e economizando energia.
Disponibilidade: Permite acesso a arquivos, softwares e sistemas a qualquer hora e de qualquer lugar, livrando a empresa de limitações físicas.
Customização de infraestrutura: Permite a construção da infraestrutura junto ao parceiro tecnológico, garantindo máxima eficiência e produtividade.
Suporte exclusivo e segurança: Contato direto para resolver dúvidas e ajustes, além de maior controle sobre a segurança.
Características: É gerenciada por um provedor de serviço em Nuvem terceirizado, como Google Cloud, Microsoft Azure e AWS. Essas plataformas oferecem ao público a possibilidade de armazenar seus serviços, sem restrição de acesso a nível de gerenciamento de rede e autenticação.
Modelo de Pagamento: É definido como "pague apenas pelo o que usar".
Vantagens: Escalabilidade ilimitada, alta disponibilidade e melhor controle sobre os custos.
Características: Parecida com a nuvem privada, mas é disponibilizada para um conjunto de empresas e organizações que possuem o mesmo objetivo.
Privacidade e Segurança: Demonstra um grande nível de privacidade, segurança e conformidade com as políticas das empresas. Pode ser gerenciada pelas organizações envolvidas ou por um terceiro.
Vantagem Econômica: Economicamente mais atrativo, pois os recursos utilizados e compartilhados representam um retorno em investimento.
Características: É uma combinação da nuvem privada e pública, onde são selecionadas as qualidades de cada uma. É ligada por uma tecnologia que permite que dados e aplicativos sejam compartilhados entre elas.
Benefícios: Ganhos relativos a custos e benefícios, com destaque para a segurança dos dados em comparação com a nuvem pública. Oferece servidores exclusivos para garantir a segurança de dados armazenados, além de alocações compartilhadas para arquivos mais simples e sem riscos.
Uso Comum: Uma empresa pode contratar nuvem híbrida para guardar arquivos importantes na nuvem privada e deixar arquivos para uso geral dos usuários na nuvem pública. Essa flexibilidade permite maior adaptabilidade e otimização da infraestrutura existente.
O armazenamento em nuvem é a ação de guardar um ou vários arquivos em um dispositivo externo à sua máquina, pela internet. Uma característica importante é que os arquivos armazenados podem não estar fisicamente no país onde o usuário reside, pois os serviços em nuvem contam com servidores que realizam a comunicação entre dispositivos pessoais e Data Centers espalhados pelo mundo.
Quando um usuário acessa um serviço de armazenamento em nuvem, ele está acessando os servidores disponibilizados pelos prestadores desse serviço. Com sua conta, ele consegue acessar, editar, compartilhar e até mesmo excluir os dados armazenados.
Para concursos, é fundamental conhecer os principais softwares e suas características:
Dropbox
Surgiu em: 2007.
Compatibilidade: Linux, Mac OS, Windows, iOS e Android.
Espaço Gratuito: Até 2 GB.
Funcionalidades: Histórico e recuperação de arquivos, funções de compartilhamento, criação de equipes e solicitação de arquivos para troca de informações e agilidade no planejamento.
Google Drive
Parte do Ecossistema Google: Todos os aplicativos são sincronizados pela nuvem, como Gmail, Google Fotos, Google Docs, Google Sheets, e sincronização de contatos do smartphone.
Espaço Gratuito: 15 GB, distribuído para uso de e-mails, fotos e documentos.
Acesso e Sincronização: Basta fazer login no software do Google Drive (computador ou celular) para ter seus dados sincronizados a qualquer momento. Permite compartilhamento de pastas, arquivos e planilhas, com gerenciamento de permissões.
OneDrive
Sistema Multitarefas da Microsoft: Inaugurado em 2014.
Integração: Acesso direto pelo Excel, Word, PowerPoint e OneDrive para criação de arquivos.
Espaço Gratuito: 5 GB.
Versões:
OneDrive: Voltado para consumidores que compram assinaturas domésticas do Office 365.
OneDrive for Business: Incluído na assinatura do Office 365 para empresas.
iCloud
Serviço da Apple, principalmente para aparelhos iPhones.
Essas ferramentas são amplamente utilizadas, especialmente em smartphones, e têm alta adesão da população, que compreendeu as vantagens desses serviços.
Com o crescimento da computação em nuvem, a questão da segurança se torna central. Muitas empresas têm receio em disponibilizar seus dados mais sigilosos a terceiros. A segurança é um processo de proteção da informação contra ameaças de invasão e hackers que podem comprometer os dados de uma empresa. O "armazenamento em nuvem" é um alvo propício para ataques de hackers.
Para concursos, você precisa dominar os três pilares que dão base para projetos de segurança: Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade (CID).
Confidencialidade:
Definição: É a garantia de que o acesso à informação disponibilizada em nuvem estará restrito apenas às pessoas autorizadas pela empresa e pelos proprietários das informações.
Importância: Garantir a confidencialidade é obrigatório, pois informações vazadas podem dar vantagem a empresas concorrentes ou prejudicar a empresa até a falência.
Riscos de Vazamento: Pode ocorrer por aparelhos eletrônicos vulneráveis, computadores com vírus na rede, ou até mesmo por funcionários devido à falta de política de sigilo.
Integridade:
Definição: Refere-se à conservação da precisão, confiabilidade e consistência das informações e sistemas pela organização ao longo dos processos ou de seu ciclo de vida.
Importância: É essencial que os arquivos sejam armazenados exatamente como foram gerados, sem interrupções externas para corrompê-los ou danificá-los. Manter a consistência dos dados é crucial para o correto funcionamento dos sistemas e para que instruções e mensagens cheguem aos destinatários do mesmo modo que foram enviadas.
Consequências de Falha: Erros na execução de atividades e desgastes entre equipes.
Disponibilidade:
Definição: Os arquivos armazenados em nuvem precisam estar seguros em um ambiente fechado por regras de segurança, mas também disponíveis para serem acessados de qualquer lugar e forma possível pelo usuário ou pela empresa.
Garantia: Envolve processos de implantação e manutenção de hardware, eliminação de conflitos de software, priorizando a implantação de aplicativos compatíveis com as plataformas fornecidas.
Estratégias: É essencial manter a infraestrutura atualizada com ferramentas de backups rodando diariamente, semanalmente e mensalmente, mantendo-os longe de uma conexão vulnerável. A maioria dos provedores de cloud computing garante 99,99% de tempo de atividade.
Consequências de Indisponibilidade: Prejuízos graves à empresa, interferindo em metas mensais, perda de vendas, afetando a produção e os lucros.
Em redes e computação em nuvem, dois protocolos são frequentemente comparados e são "ouro" em provas: TCP (Transmission Control Protocol) e UDP (User Datagram Protocol).
TCP (Protocolo de Controle de Transferência): O Confiável
Responsabilidade: Quebra a informação em vários pedaços (pacotes) e os transfere de um ponto para outro.
Característica Principal: É confiável. Ele garante que todos os pacotes cheguem ao destino e sejam remontados corretamente. Se um pacote se perde (como um "avião que explode"), o TCP percebe a falha na remontagem e solicita o reenvio do pacote perdido, garantindo que a informação chegue completa.
Pense como: Um carteiro que, se perder uma parte da sua carta, volta para buscá-la e só a entrega quando estiver completa e na ordem certa.
UDP (Protocolo de Datagrama do Usuário): O Não Confiável
Responsabilidade: Também transfere informações em pacotes, mas de forma mais rápida e com menos sobrecarga.
Característica Principal: É não confiável. Ele não garante a entrega de todos os pacotes nem a ordem de chegada. Se um pacote se perde, o UDP não solicita o reenvio.
Uso: É muito utilizado em aplicações onde a velocidade é mais importante que a garantia de entrega, como streaming de vídeo ou chamadas de voz. Nesses casos, a perda de um pequeno pedaço da informação pode causar uma pequena falha (como uma imagem "robotizada" ou um áudio "chiado"), mas o fluxo geral da transmissão não é interrompido.
Pense como: Um carteiro que, se perder uma parte da sua carta, simplesmente segue em frente e entrega o que sobrou, priorizando a agilidade.
Para uma análise completa, é crucial ponderar as vantagens e desvantagens do armazenamento em nuvem antes de sua implementação.
Redução de Custos: Elimina gastos de capital com hardware, software, configuração e execução de data centers locais (racks de servidores, energia, refrigeração, especialistas de TI). Empresas pagam apenas pelo tempo ou espaço do servidor que usam.
Acesso Remoto e Mobilidade: Permite acessar arquivos e dados de qualquer lugar, a qualquer momento, com apenas uma conexão com a internet, em qualquer dispositivo (tablet, smartphone, desktop).
Escalabilidade e Flexibilidade: A plataforma se adapta às suas necessidades de forma rápida e prática, aumentando ou diminuindo a capacidade de armazenamento/recursos sob demanda, sem grandes investimentos.
Confiabilidade: Os serviços de armazenamento em nuvem possuem infraestrutura robusta com dados divididos entre vários discos rígidos (como tecnologia RAID), garantindo que as informações estejam sempre acessíveis. Muitos provedores garantem 99,99% de tempo de atividade.
Segurança Aprimorada: Provedores de nuvem investem em protocolos avançados de segurança de dados com múltiplas camadas de proteção, criptografia, autenticação multifator e monitoramento constante para proteger dados, aplicativos e infraestrutura contra ameaças.
Agilidade e Produtividade: A maior parte dos serviços é fornecida sob demanda, provisionando recursos em minutos. Equipes de TI podem focar em metas empresariais, e funcionários acessam sistemas remotamente com rapidez, sem perder em segurança.
Atualização Automática: Softwares são atualizados automaticamente e periodicamente pelo provedor, eliminando a preocupação com manutenção manual.
Colaboração Facilitada: Múltiplos usuários podem acessar, editar e compartilhar arquivos simultaneamente em tempo real, melhorando a produtividade e o trabalho em equipe.
Recuperação de Desastres e Prevenção de Perdas: Em situações emergenciais (desastres naturais, quedas de energia), os dados podem ser facilmente recuperados. Dados em nuvem são menos vulneráveis, com controle de acesso, proteção de dados e backups periódicos.
Sustentabilidade: Contribui para a redução do uso de papel e do consumo de energia.
Integração de Dados e Processos: Facilita a análise de dados e a otimização de auditorias, evitando a criação de versões diferentes de documentos.
Virtualização: Possibilita a criação de um ambiente virtual que emula um ambiente real.
Dependência da Internet: O acesso aos dados e serviços depende de uma conexão estável de internet. Em caso de falhas, o acesso pode ser prejudicado.
Como contornar: Ter planos de internet de backup (móvel) e geradores para falta de energia.
Falta de Atenção dos Usuários: Mesmo com protocolos de segurança robustos, a segurança pode ser comprometida se os usuários não seguirem os requisitos.
Como contornar: Treinamentos sobre uso de redes confiáveis, senhas seguras, autenticação de dois fatores e cuidado com links suspeitos.
Tipo de Contrato e Custos Recorrentes: A escolha do fornecedor e do contrato é crucial para garantir opções vantajosas e personalizáveis. O modelo de assinatura pode gerar custos recorrentes significativos a longo prazo para grandes volumes de dados.
Como contornar: Estudar as possibilidades de cada provedor, buscando um que se adeque ao modelo de negócio, e considerar a contratação de consultoria para a transição.
Problemas de Segurança do Provedor: Riscos de ataques cibernéticos ou vazamentos se o provedor não for confiável, ou devido a sistemas de multitenancy onde recursos são compartilhados.
Como contornar: Escolher provedores com histórico consistente e reputação sólida.
Limitações de Funcionalidades em Planos Gratuitos: Planos gratuitos ou básicos podem restringir espaço, funcionalidades e suporte técnico.
Como contornar: Para empresas ou necessidades maiores, optar por planos pagos que garantem mais robustez e suporte.
Privacidade e Controle: Os dados ficam sob responsabilidade do provedor de nuvem, o que pode gerar preocupações quanto à privacidade e ao controle total das informações.
Como contornar: Escolher provedores que sigam normas internacionais de segurança e conformidade (ex: LGPD) e implementar políticas de acesso e auditorias regulares.
Barreiras Culturais/Linguísticas: Alguns provedores, como a AWS, podem ter grande parte dos tutoriais e pagamentos em dólar (cartão de crédito internacional), exigindo profissionais com fluência em inglês para configuração e uso da plataforma.
A computação em nuvem demonstra um crescimento constante, com uma média de 20% a cada dois anos. A migração para a nuvem é uma realidade cada vez mais frequente em empresas de grande porte e está em processo de popularização no setor público. De acordo com as previsões, o crescimento de informações mantidas em nuvem deveria multiplicar em 4,6 vezes de 2016 até 2021.
A pandemia de Covid-19 fez com que muitas empresas adotassem os serviços de nuvem como emergência, e pelos benefícios e facilidades encontradas, estão adotando essas medidas como padrão, aumentando a procura e beneficiando as empresas do setor.
Concursos públicos adoram detalhes e a capacidade de diferenciar conceitos. Aqui estão os tópicos que você deve dominar, incluindo aqueles que se misturam com redes, mas são frequentemente cobrados em informática:
Definições e Exemplos de IaaS, PaaS e SaaS:
Saiba diferenciar as responsabilidades de cada modelo (quem gerencia o quê).
Memorize pelo menos 2-3 exemplos práticos para cada um.
Dica: O Office 365 é um exemplo clássico de SaaS.
Modelos de Implantação de Nuvem:
Compreenda as características de Nuvem Pública, Privada, Comunitária e Híbrida.
Qual a principal diferença entre privada e pública? E qual a vantagem da híbrida?.
Serviços de Armazenamento em Nuvem:
Conheça Google Drive, OneDrive, Dropbox, iCloud.
Saiba o espaço gratuito oferecido por cada um e suas principais integrações.
Exceção: A questão do Dropbox não ter uma empresa específica como Google (Google Drive), Apple (iCloud) e Microsoft (OneDrive) é um detalhe que pode confundir em prova.
Pilares da Segurança da Informação (CID):
Confidencialidade, Integridade, Disponibilidade. Entenda o que cada um significa e por que são importantes.
Contexto Concurso: Questões sobre vazamento de dados (Confidencialidade), alteração de informações (Integridade) e acesso interrompido (Disponibilidade) são comuns.
Comparação TCP vs. UDP:
TCP é confiável, garante entrega e ordem.
UDP não é confiável, mas é rápido, usado em streaming.
Isso é MUITO cobrado!
Redes (PAN, LAN, MAN, WAN):
Embora não seja estritamente "Cloud Computing", questões de informática para concursos frequentemente abordam redes e podem misturá-las com a nuvem.
PAN (Personal Area Network): Redes pessoais (fones, smartphone, microfone sem fio). Distância de até 10 metros. Tecnologia: Bluetooth, Airdrop.
LAN (Local Area Network): Redes locais (casa, escritório, faculdade). Distância de até 100 metros. Tecnologia: Wi-Fi.
MAN (Metropolitan Area Network): Redes metropolitanas (bairros, cidades limítrofes). Distância de até 10 km. Tecnologia: Internet (ou tecnologias como WiMAX, não detalhado na fonte).
WAN (Wide Area Network): Redes de longa distância (mundial, entre continentes/países). Tecnologia: Internet, intranets mundiais de grandes empresas.
Dica: A banca pode considerar redes bancárias locais como MAN.
Topologias de Rede:
Estrela: Ponto central (hub/switch) que distribui as ligações. Se uma máquina falha, não afeta as outras. Boa comunicação, segurança e velocidade. Desvantagem: custo e dependência do equipamento central.
Barramento: Um cabo único interliga todas as máquinas. Baixo custo. Desvantagem: se o cabo rompe em qualquer ponto, toda a rede falha.
Anel: Máquinas interconectadas em um anel. Anel duplo permite comunicação simultânea. Desvantagem: se o anel simples rompe, a rede falha. Velocidade e praticidade podem ser um problema no anel simples.
Malha: Todas as máquinas interconectadas com todas. Alta redundância, boa conexão. Desvantagem: alto custo e complexidade de manutenção.
Dica: Foco na estrela e no barramento, as mais contrastantes e cobradas.
Protocolo IP (Internet Protocol): O Protocolo Mais Importante
Conceito: O IP nomeia sites, equipamentos e informações. Todo site e equipamento conectado à internet possui um endereço IP.
IP Dinâmico: Endereço IP atribuído temporariamente por um roteador quando um dispositivo se conecta à rede.
IP Fixo: Endereço IP configurado manualmente para ser permanente em um dispositivo específico.
Dica: O IP é como o "endereçamento" de tudo na rede, essencial para que as informações saiam de um lugar e cheguem ao destino.
Navegadores de Internet:
Saber diferenciar navegadores (Microsoft Edge, Google Chrome, Apple Safari, Opera) de serviços de armazenamento em nuvem ou redes sociais.
Contexto Concurso: Questões costumam misturar nomes para confundir o candidato, então saiba "separar o que é rede social, o que é computação na nuvem, o que são navegadores de internet".
A Computação em Nuvem não é apenas uma tendência, mas uma realidade consolidada que transforma a forma como empresas e indivíduos interagem com a tecnologia. Dominar esses conceitos não só otimizará seu dia a dia, mas também o preparará para os desafios do mercado de trabalho e, claro, para garantir sua aprovação nos concursos mais disputados de 2025.
Continue estudando, aprofunde-se nos exemplos e, como o professor Fernando Pessoa diria, "Bora ganhar 10 conto 15 conto por mês! Bora meter o louco!". Sua dedicação valerá a pena!