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24/09/2024 • 21 min de leitura
Atualizado em 12/07/2025

Oração


1. O Que É Oração? O Conceito Essencial da Língua Portuguesa

Para começar a desmistificar o tema, vamos à definição fundamental. A oração é um enunciado linguístico que se estrutura obrigatoriamente em torno de um verbo ou uma locução verbal. Isso significa que, sem a presença de um verbo ou de uma locução verbal, não há oração.

A principal característica sintática da oração é a presença obrigatória de um predicado. Como o predicado é sempre introduzido por um verbo, dizemos que a oração possui um verbo ou uma locução verbal. O sujeito, por sua vez, pode ser opcional ou inexistente em algumas orações, mas o predicado é sempre presente.

Diferente da frase, a oração não precisa apresentar um sentido completo para ser considerada uma oração. Por exemplo, na oração "...que ele seja convidado para a festa", não há um sentido completo isoladamente, mas ainda é uma oração porque contém uma locução verbal ("seja convidado").

Exemplos de Orações:

  • "Não chegamos atrasados". (Contém o verbo "chegar").

  • "...que ele seja convidado para a festa". (Contém a locução verbal "seja convidado").

  • "Temo pela sua saúde". (Contém o verbo "temer").

  • "Não sei se ele vem aqui em casa". (Contém os verbos "saber" e "vir").

  • "Tinha dito para você ter cuidado". (Contém a locução verbal "tinha dito" e o verbo "ter").

  • "Ele dormiu".

  • "Nós comemos pão e leite".

Locução Verbal: Entendendo seu Papel na Oração

É importante relembrar que uma locução verbal desempenha o papel de um único verbo. Portanto, para cada locução verbal, contamos uma única oração. Se você se aprofundar, verá que a locução verbal é a combinação de dois ou mais verbos que funcionam como um só, geralmente um verbo auxiliar (como "ter", "haver", "ser", "estar") e um verbo principal (no infinitivo, gerúndio ou particípio).


2. Oração, Frase e Período: Entenda as Diferenças de Uma Vez por Todas

Um dos pontos mais importantes e que mais gera confusão é a distinção entre esses três conceitos. Embora pareçam sinônimos, eles possuem definições distintas e cruciais para a análise sintática. A professora Carla Holz enfatiza que, ao longo da aula, o mesmo enunciado pode ser classificado como frase, oração e período, mas as características definidoras são diferentes.

2.1. Frase: O Enunciado com Sentido Completo

A frase é todo enunciado linguístico que apresenta um sentido completo no contexto em que é produzido. Para ser uma frase, a extensão é irrelevante; o que importa é o sentido completo.

Características da Frase:

  • Sentido Completo: É a característica essencial.

  • Não exige Verbo: Uma frase pode ser constituída por uma ou várias palavras, e pode ou não apresentar um verbo em sua composição.

Exemplos de Frases:

  • "Silêncio!". (Frase nominal, sem verbo, mas com sentido completo no contexto de uma biblioteca).

  • "Hoje está um dia frio.". (Frase verbal, com verbo "estar", e sentido perfeitamente compreensível).

  • "Que festa animada!". (Frase nominal, sem verbo, expressa emoção).

  • "E agora, José?".

  • "Não sei o que dizer...".

As frases são marcadas por uma entonação específica na fala e, na escrita, por sinais de pontuação que delimitam sua extensão.

Tipos de Frases (de acordo com a intenção do discurso): As frases são classificadas em cinco tipos, caracterizados pela intenção e entonação específica:

  1. Frases Exclamativas: Expressam emoção, surpresa, desejo, e são sinalizadas com o ponto de exclamação.

    • Exemplos: "Que lindo!"; "Puxa vida!"; "Que Deus te acompanhe!"; "Muitas felicidades nessa nova fase!"; "Que tarde azul!".

  2. Frases Interrogativas: Usadas em perguntas diretas ou indiretas. As diretas devem ser sinalizadas com ponto de interrogação.

    • Exemplos: "Você quer comer?"; "Gostaria de saber se você quer comer"; "Que dia é hoje?".

  3. Frases Declarativas: Usadas para afirmar ou negar algo, sinalizadas com o ponto final.

    • Exemplos: "O curso termina esse ano" (afirmativa); "O curso não termina esse ano" (negativa); "Amanheceu".

  4. Frases Imperativas: Expressam ordens, pedidos ou conselhos, podendo ser sinalizadas com ponto final ou ponto de exclamação.

    • Exemplos: "Silêncio!"; "Faça o almoço"; "Não faça o almoço"; "Corra!".

  5. Frases Optativas: Expressam um desejo, geralmente sinalizadas com ponto de exclamação.

    • Exemplo: "Que Deus te acompanhe!".

2.2. Período: A Frase Estruturada em Orações

O período é um enunciado de sentido completo que apresenta uma ou mais orações. Na fala, os períodos têm o início e o fim marcados pela entonação. Na escrita, o início é marcado pela letra inicial maiúscula e a pontuação específica (ponto final, interrogação, exclamação ou reticências) delimita sua extensão.

Tipos de Período:

  1. Período Simples: Apresenta somente uma oração, ou seja, um único verbo ou locução verbal. Nesses casos, a oração é chamada de oração absoluta.

    • Exemplos: "O passeio foi maravilhoso!". (Apresenta apenas o verbo "ser"). "Estamos felizes com os resultados". "Ele dormiu". "Muitos garotos jogam futebol no campo".

  2. Período Composto: Apresenta mais de uma oração, o que significa que contém mais de um verbo ou locução verbal. A quantidade de orações em um período composto é determinada pelo número de verbos ou locuções verbais presentes.

    • Exemplos: "Estava perdida e não sabia o que fazer.". (Contém três verbos, logo três orações). "A festa está animada, mas poderia estar mais.". (Duas orações). "Faça como eu pedi.". "As notas foram excelentes, mas não ficamos satisfeitos.".

2.3. Resumo Comparativo: Frase, Oração e Período

Para facilitar a compreensão e fixar as diferenças, observe a tabela a seguir, que resume os conceitos:

Característica Essencial

Frase

Oração

Período

Sentido Completo

SIM

Pode ou não ter

SIM

Presença de Verbo

Pode ou não ter

SIM, sempre (verbo ou locução verbal)

SIM, sempre (um ou mais verbos/locuções verbais)

Estrutura Sintática

Não necessariamente (pode ser nominal)

Sim (sujeito e predicado, ou apenas predicado)

Formado por uma ou mais orações

Exemplo

"Que festa animada!"

"A festa está animada!"

"A festa está animada, mas poderia estar mais."

Ponto Chave para Concursos: O mesmo enunciado pode ser classificado de diferentes formas dependendo da análise. Lembre-se: frases e períodos precisam ter sentido completo, mas orações podem ou não ter.


3. Como Identificar uma Oração na Prática?

Uma das perguntas mais "óvias" e importantes é: como eu realmente identifico uma oração em um texto? A resposta é simples e direta, mas requer atenção:

A identificação de uma oração é feita principalmente pela presença de um verbo ou uma locução verbal. Para cada verbo ou locução verbal que você encontrar em um enunciado, você conta uma oração.

Além disso, a presença de conectivos como conjunções e locuções conjuntivas pode indicar o início de uma nova oração, especialmente em períodos compostos. Eles são a "cola" que liga as orações, como veremos adiante.

Exercício Prático (resolvido por mim, com base nas fontes): Analise a frase: "Ele joga futebol e basquete."

  • Neste caso, a conjunção "e" está ligando duas palavras ("futebol" e "basquete"), e há apenas um verbo ("joga"). Portanto, temos apenas uma oração.

Analise a frase: "Eu iria ao jogo, mas estou sem companhia."

  • Aqui, a conjunção "mas" está ligando a oração "Eu iria ao jogo" (verbo "iria") com a oração "estou sem companhia" (verbo "estou"). Portanto, temos duas orações.


4. Os Tipos de Oração: Um Guia Detalhado para Concursos

As orações são classificadas principalmente em orações absolutas, coordenadas e subordinadas. Entender essa classificação é fundamental para a análise sintática de períodos e para resolver questões de provas.

4.1. Orações Absolutas

Como já vimos, a oração absoluta é aquela que constitui um período simples, ou seja, é uma oração formada por um único verbo ou uma única locução verbal e que, por si só, já tem sentido completo.

  • Exemplos:

    • "Contemple a beleza das flores."

    • "Está muito calor!"

    • "Cheguei há alguns minutos."

    • "Ele dormiu."

4.2. Orações Coordenadas

As orações coordenadas são aquelas que ligam duas orações independentes, ou seja, orações que não estabelecem uma relação de dependência sintática entre si. Isso significa que, mesmo que se separem, elas mantêm seu sentido completo. No entanto, dentro de um período composto, elas dependem uma da outra para evidenciar uma mensagem completa.

Exemplo: "Cheguei, tirei os sapatos, respirei fundo e me joguei no sofá." Neste período composto, temos quatro orações, e cada uma delas é independente das outras:

  1. "Cheguei"

  2. "tirei os sapatos"

  3. "respirei fundo"

  4. "e me joguei no sofá"

As orações coordenadas podem ser classificadas em dois tipos principais: assindéticas e sindéticas.

4.2.1. Orações Coordenadas Assindéticas

São orações coordenadas que não são ligadas por síndeto (conectivo/conjunção). Elas são justapostas, separadas geralmente por vírgulas.

  • Exemplos:

    • "Chegamos à escola, conversamos, estudamos, rimos."

    • "Ela lavou a louça, varreu a casa, abriu as janelas."

    • "Saímos, jantamos, dançamos, rimos."

    • "Aproximou-se da janela, respirou fundo, sorriu."

4.2.2. Orações Coordenadas Sindéticas

São orações coordenadas que são ligadas por uma conjunção coordenativa. Existem cinco tipos de conjunções coordenativas, que estabelecem diferentes relações de sentido.

  1. Coordenadas Aditivas: Exprimem soma ou adição de pensamentos.

    • Conjunções comuns: e, nem, não só... mas também, não só... como também.

    • Exemplos:

      • "Ana não fala nem ouve."

      • "Na festa, comeu e bebeu à vontade."

      • "Trabalha muito, mas também se diverte."

      • "Chegamos à escola e estudamos."

      • "Ele lê e fala muito bem em inglês."

  2. Coordenadas Adversativas: Exprimem oposição, contraste ou compensação de pensamentos.

    • Conjunções comuns: mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia, não obstante.

    • Exemplos:

      • "Não fomos campeões, todavia exibimos o melhor futebol."

      • "Telefonei, mas ninguém atendeu."

      • "Trabalha, mas não economiza dinheiro."

      • "Eles cantaram bem, mas o público não aplaudiu."

  3. Coordenadas Alternativas: Exprimem escolha ou alternância de pensamentos.

    • Conjunções comuns: ou, ou... ou, já... já, ora... ora, quer... quer, seja... seja.

    • Exemplos:

      • "Ou você vem conosco ou você não vai."

      • "Não viu ou fingiu que não viu."

      • "Ora ria, ora chorava."

      • "Viajarei na próxima semana ou no próximo mês."

  4. Coordenadas Conclusivas: Exprimem conclusão de pensamento.

    • Conjunções comuns: logo, por isso, pois (quando vem depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.

    • Exemplos:

      • "Chove bastante, portanto a colheita está garantida."

      • "Almoçarei antes de sair, logo não ficarei com fome."

      • "Acabou de tirar a torta do forno, então não pode comê-la agora."

      • "Não fui convidado, portanto, não vou."

  5. Coordenadas Explicativas: Exprimem razão ou motivo.

    • Conjunções comuns: que, porque, assim, pois (quando vem antes do verbo), porquanto.

    • Exemplos:

      • "Não choveu, porque nada está molhado."

      • "Vem aqui, pois preciso falar com você."

      • "A avó disse para não comer bolo quente, que dava dor de barriga."

      • "Ela não foi à escola, pois estava doente."

4.3. Orações Subordinadas

As orações subordinadas pressupõem a existência de dependência entre orações. Isso significa que uma oração está sintaticamente ligada a outra e, isoladamente, não possui um sentido completo. Elas servem para ligar orações que são dependentes uma da outra.

Exemplo: "Se precisar de ajuda, chame." Neste caso, a oração "Se precisar de ajuda" é dependente da oração "chame".

As orações subordinadas são divididas em três tipos principais, dependendo da função sintática que exercem:

4.3.1. Orações Subordinadas Substantivas

As orações subordinadas substantivas exercem as funções próprias de um substantivo dentro da oração principal. Podem atuar como sujeito, predicativo, complemento nominal, objeto direto, objeto indireto e aposto. Geralmente, são introduzidas pelas conjunções integrantes "que" ou "se".

  1. Subjetiva: Exerce a função de sujeito da oração principal.

    • Exemplo: "É provável que ela venha jantar."

    • Pode ser substituída por "Isso": "É provável isso."

    • Outro exemplo: "É fundamental que você venha."

  2. Predicativa: Exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal.

    • Exemplo: "Meu desejo era que me dessem um presente."

    • Geralmente vem depois de um verbo de ligação (ser, estar, parecer etc.).

  3. Completiva Nominal: Exerce a função de complemento nominal de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) na oração principal.

    • Exemplo: "Temos necessidade de que nos apoiem."

    • Outro exemplo: "Tenho fé de que irão conseguir."

  4. Objetiva Direta: Exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal.

    • Exemplo: "Nós desejamos que sua vida seja boa."

    • Responde à pergunta "o quê?" sem preposição.

    • Outro exemplo: "Quero que você volte já."

    • "Alguém disse que o professor não viria?" (completa o sentido do verbo "disse" sem preposição).

  5. Objetiva Indireta: Exerce a função de objeto indireto do verbo da oração principal.

    • Exemplo: "Recordo-me de que tu me amavas."

    • Responde à pergunta "de quê?", "a quê?", "em quê?" etc., com preposição.

    • Outro exemplo: "Não sei se devo voltar lá."

  6. Apositiva: Exerce a função de aposto de um termo da oração principal.

    • Exemplo: "Desejo-te uma coisa: que tenhas muita sorte."

    • Geralmente vem depois de dois pontos.

4.3.2. Orações Subordinadas Adjetivas

As orações subordinadas adjetivas exercem a função de um adjetivo (ou de um adjunto adnominal) do termo antecedente na oração principal. São introduzidas por pronomes relativos (que, quem, cujo, onde, etc.) e são classificadas em explicativas ou restritivas.

  1. Explicativa: Explica ou generaliza o termo antecedente. Vem separada por vírgulas e adiciona uma informação que já é conhecida ou óbvia.

    • Exemplo: "A África, que é o terceiro maior continente, tem um alto índice de pobreza."

    • Outro exemplo: "Os turistas, que estavam perdidos, já estão em casa."

    • "Ele, que ajudou tanto, não foi recompensado."

  2. Restritiva: Restringe ou especifica o significado do seu antecedente. Não vem separada por vírgulas e é essencial para o sentido da oração.

    • Exemplo: "As pessoas que são alegres vivem melhor." (Somente as pessoas alegres, não todas).

    • Outro exemplo: "Os vizinhos que fazem barulho já chegaram." (Apenas os vizinhos que fazem barulho, não todos os vizinhos).

    • "Falei com a Ana que tem os olhos azuis." (especifica qual Ana).

Dica para Concursos: A presença ou ausência da vírgula é crucial para diferenciar as adjetivas explicativas das restritivas. Este é um ponto muito cobrado em questões de pontuação e interpretação!

4.3.3. Orações Subordinadas Adverbiais

As orações subordinadas adverbiais exercem a função de um advérbio (ou de um adjunto adverbial) em relação à oração principal, expressando diversas circunstâncias (tempo, causa, condição, finalidade, etc.). São introduzidas por conjunções subordinativas específicas.

Existem dez tipos de orações subordinadas adverbiais:

  1. Causais: Exprimem a causa do que se declara na oração principal.

    • Conjunções: que, porque, como (no início da oração), pois, visto que, já que, uma vez que.

    • Exemplos:

      • "Não fui à aula, porque choveu."

      • "Como fiquei doente, não pude ir à aula."

      • "Já que está nevando, ficaremos em casa."

      • "Não vou à escola hoje porque estou doente."

  2. Comparativas: Estabelecem uma comparação entre as orações.

    • Conjunções: que, do que, como.

    • Exemplos:

      • "Meu professor é mais inteligente do que o seu."

      • "Agiam como anjinhos."

      • "Ele canta como um rouxinol canta."

      • "Maria era mais estudiosa que sua irmã."

      • ATENÇÃO: A partícula "como" pode expressar comparação, como no exemplo "ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas", onde os bocejos são comparados ao marulhar.

  3. Concessivas: Indicam um fato contrário ao da oração principal, mas que não impede a sua realização (quebra de expectativa).

    • Conjunções: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais que, por melhor que, nem que.

    • Exemplos:

      • "Vou à praia, embora esteja chovendo."

      • "Não vou nem que me paguem."

      • "Por mais que lia, menos entendia."

      • "Alguns se retiraram da reunião, apesar de não terem terminado a exposição."

      • ATENÇÃO: A conjunção "embora" é um clássico de questões de concursos para indicar concessão.

  4. Condicionais: Exprimem uma hipótese ou condição para que o fato da oração principal se realize ou não.

    • Conjunções: se, caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que.

    • Exemplos:

      • "Se não chover, irei à praia."

      • "Caso decida ir, estarei à espera."

      • "Desde que ele explique, ouvirei com atenção."

      • "Você fará uma boa prova desde que se esforce."

      • "Se você for, avise."

  5. Conformativas: Exprimem acordo ou concordância de um fato com outro.

    • Conjunções: segundo, como, conforme, consoante.

    • Exemplos:

      • "Cada um colhe conforme semeia."

      • "Fiz como disseram para fazer."

      • "Sairei mais cedo consoante o trabalho."

      • "Realizamos nosso projeto conforme as especificações da biblioteca."

  6. Consecutivas: Exprimem a consequência ou o efeito do que se declara na oração principal.

    • Conjunções: que (antecedido por "tão", "tanto", "tamanho"), de forma que, de modo que, de maneira que.

    • Exemplos:

      • "Foi tamanho o susto que ela desmaiou."

      • "Adiantou os estudos, de modo que ficou com a tarde livre."

      • "Perdeu a hora, de maneira que perdeu a consulta."

      • "Gritei tanto, que fiquei sem voz."

  7. Finais: Exprimem uma finalidade ou propósito.

    • Conjunções: a fim de que, para que.

    • Exemplos:

      • "Estamos aqui para que ele fique tranquilo."

      • "Tirou fotos a fim de que acreditassem no que havia acontecido."

      • "Manteremos segredo para que ela não descubra a surpresa."

      • "Todos trabalham para que possam vencer."

  8. Temporais: Indicam uma circunstância de tempo.

    • Conjunções: logo que, antes que, quando, assim que, sempre que, enquanto.

    • Exemplos:

      • "Quando as férias chegarem, viajaremos."

      • "Sempre que posso, vou à biblioteca."

      • "Dou o recado logo que ele chegue."

      • "Fico feliz sempre que vou visitar minha mãe."

  9. Proporcionais: Exprimem concomitância ou simultaneidade, ou seja, fatos que ocorrem em proporção.

    • Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto menor, quanto melhor.

    • Exemplos:

      • "Quanto mais trabalho, menos recebo."

      • "À medida que andava, mais se encantava com a paisagem."

      • "Quanto menos eu souber dessa história, melhor será para mim."

      • "À medida que o tempo passa, a chuva aumenta."


5. Conjunções: A "Cola" Essencial das Orações no Período Composto

As conjunções são termos invariáveis que servem para ligar duas orações ou duas palavras de mesmo valor gramatical, estabelecendo uma relação de sentido entre elas. Elas são cruciais para a construção do período composto, seja ele por coordenação ou subordinação.

Como vimos nas classificações acima, as conjunções são classificadas em dois grandes grupos: coordenativas e subordinativas.

5.1. Conjunções Coordenativas

São as que ligam orações independentes, ou seja, orações coordenadas. Já as listamos e exemplificamos na seção "Orações Coordenadas Sindéticas", mas vale reforçar seus tipos principais para memorização:

  • Aditivas: e, nem, não só... mas também.

  • Adversativas: mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia, não obstante.

  • Alternativas: ou, ou... ou, já... já, ora... ora, quer... quer, seja... seja.

  • Conclusivas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.

  • Explicativas: que, porque, assim, pois (antes do verbo), porquanto.

5.2. Conjunções Subordinativas

São as que ligam orações dependentes uma da outra, ou seja, orações subordinadas. Elas introduzem a oração subordinada, que completa ou modifica o sentido da oração principal. Também já as detalhamos na seção "Orações Subordinadas", mas aqui está um resumo das conjunções mais comuns para cada tipo:

  • Integrantes: que, se (introduzem orações substantivas).

  • Causais: que, porque, como, pois, visto que, já que, uma vez que.

  • Comparativas: que, do que, como.

  • Concessivas: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais que, nem que.

  • Condicionais: caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que.

  • Conformativas: segundo, como, conforme, consoante.

  • Consecutivas: que, de forma que, de modo que, de maneira que.

  • Temporais: logo que, antes que, quando, assim que, sempre que, enquanto.

  • Finais: a fim de que, para que.

  • Proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto menor, quanto melhor.

Dica de Estudo para Concursos: As conjunções são a chave para identificar o tipo de oração subordinada! Memorizar as principais conjunções e as relações de sentido que elas estabelecem é um atalho poderoso para resolver questões de gramática em qualquer prova.


6. Termos da Oração: Entendendo a Estrutura Interna para Análise Sintática

Compreender os termos da oração é fundamental para a análise sintática e para ir além da simples identificação de verbos. Os termos da oração são os elementos gramaticais que a integram. Eles são classificados em: termos essenciais, termos integrantes e termos acessórios.

6.1. Termos Essenciais da Oração

São os elementos que formam a estrutura básica e obrigatória para a existência da oração.

  • Sujeito: É o elemento da oração sobre o qual se declara algo. Embora essencial para a estrutura da oração na maioria dos casos, o sujeito pode ser indeterminado ou até mesmo inexistente (como em orações com verbos impessoais como "chover" ou "haver" no sentido de existir).

    • Exemplos:

      • "Os alunos estudaram para a prova." (Sujeito: Os alunos)

      • "Bateram à porta." (Sujeito indeterminado)

      • "Chove muito no inverno." (Sujeito inexistente)

      • "Os alunos homenagearam o professor." (Sujeito: Os alunos)

  • Predicado: É a declaração feita sobre o sujeito. Ele é o termo obrigatoriamente presente em uma oração e é sempre introduzido por um verbo ou locução verbal.

    • Exemplos:

      • "Os alunos estudaram para a prova." (Predicado: estudaram para a prova)

      • "Bateram à porta." (Predicado: Bateram à porta)

      • "Chove muito no inverno." (Predicado: Chove muito no inverno)

      • "Os alunos homenagearam o professor." (Predicado: homenagearam o professor)

6.2. Termos Integrantes da Oração

São elementos que complementam (ou integram) o significado dos termos essenciais da oração, pois estes não possuem sentido completo por si mesmos.

  • Complemento Verbal (Objeto Direto e Indireto): Complementam o sentido de um verbo transitivo.

    • Objeto Direto: Completa o sentido de um verbo transitivo direto (VTD), sem a necessidade de preposição.

      • Exemplo: "Os funcionários ganharam prêmios." ("prêmios" é objeto direto de "ganharam").

    • Objeto Indireto: Completa o sentido de um verbo transitivo indireto (VTI), e necessita de uma preposição para se ligar ao verbo.

      • Exemplo: "Os professores precisam de reconhecimento." ("de reconhecimento" é objeto indireto de "precisam").

    • Objeto Direto e Indireto: Quando um verbo é transitivo direto e indireto (VTDI), ele possui ambos os complementos.

      • Exemplo: "Pedro comprou um presente para Juliana." ("um presente" é objeto direto; "para Juliana" é objeto indireto).

  • Complemento Nominal: Completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio (nomes), e precisa necessariamente de uma preposição para se ligar a ele. Pode coexistir com um complemento verbal na mesma oração.

    • Exemplos:

      • "As crianças têm medo de escuro." ("de escuro" é complemento nominal do substantivo "medo").

      • "O gerente agiu favoravelmente aos funcionários." ("aos funcionários" é complemento nominal do advérbio "favoravelmente").

      • "Maria estava preocupada com a filha." ("com a filha" é complemento nominal do adjetivo "preocupada").

  • Agente da Passiva: É o termo que pratica a ação em uma oração na voz passiva. É sempre precedido pela preposição "por" ou "de".

    • Exemplo: "As crianças foram criadas por Joana." ("por Joana" é o agente da passiva).

6.3. Termos Acessórios da Oração

São termos considerados "dispensáveis" em alguns contextos, por isso o nome "acessório", mas que podem ser muito importantes para o entendimento do enunciado. Eles são responsáveis por caracterizar um ser, determinar substantivos ou exprimir alguma circunstância.

  • Adjunto Adnominal: Termo que caracteriza ou determina um substantivo. Pode ser um artigo, adjetivo, pronome adjetivo, numeral adjetivo, ou uma locução adjetiva.

    • Exemplo: "A casa verde está sendo alugada." ("verde" é adjunto adnominal de "casa").

  • Adjunto Adverbial: Termo que exprime uma circunstância (lugar, tempo, modo, intensidade, causa, finalidade, etc.) em relação ao verbo, a um adjetivo ou a um advérbio.

    • Exemplo: "Mariana morava a três quilômetros da escola." ("a três quilômetros da escola" é adjunto adverbial de lugar de "morava").

  • Aposto: Termo que explica, especifica, desenvolve ou resume outro termo da oração, que geralmente é um substantivo. Pode vir separado por vírgulas, parênteses ou dois pontos.

    • Exemplo: "Mariana, a melhor aluna da turma, morava a três quilômetros da escola." ("a melhor aluna da turma" é aposto de "Mariana").

  • Vocativo: Termo que interpela o interlocutor, chamando-o ou invocando-o. Não possui relação sintática com os outros termos da oração e vem sempre isolado por vírgulas.

    • Exemplo: "Mariana, venha estudar para a prova." ("Mariana" é o vocativo).


7. Dicas Essenciais para Concursos Públicos e Vestibulares

Para se destacar em provas de Língua Portuguesa, especialmente na análise de orações, considere estas estratégias:

  1. Priorize a Identificação do Verbo: A base de tudo é o verbo ou a locução verbal. Para cada um, conte uma oração. Isso é o primeiro passo para diferenciar frases nominais de orações e períodos simples de compostos.

  2. Atenção aos Conectivos: Conjunções e locuções conjuntivas são os "mapas" que te guiam entre as orações em um período composto. Saiba identificar se a conjunção é coordenativa ou subordinativa e qual a relação de sentido que ela estabelece. Isso é crucial para classificar as orações corretamente.

  3. Domine a Pontuação: A pontuação é uma ferramenta sintática. A vírgula, por exemplo, é vital para diferenciar orações adjetivas explicativas de restritivas – um erro comum em provas que pode custar pontos preciosos. O ponto final, interrogação e exclamação delimitam os períodos.

  4. Pratique com Exercícios de Provas Anteriores: Os seus materiais incluem exemplos de questões da PUC-SP e Funrio. Resolver esses exercícios ajuda a entender como o conteúdo é cobrado e a identificar as "pegadinhas" comuns. Questões que pedem para substituir termos ou identificar a ideia expressa por uma conjunção são frequentes.

  5. Entenda o Sentido Completo (ou a falta dele): Lembre-se que frases e períodos sempre têm sentido completo, mas orações nem sempre. Essa distinção é frequentemente explorada em questões que pedem para diferenciar os três conceitos.

  6. Esquemas e Mapas Mentais: Para os tipos de orações subordinadas (principalmente as adverbiais com seus 10 tipos!) e os termos da oração, criar tabelas e resumos visuais pode facilitar a memorização e o entendimento das relações.


Dominar o conceito de Oração e suas ramificações (tipos, termos, relação com frase e período) é mais do que apenas uma regra gramatical; é a chave para a compreensão profunda da Língua Portuguesa e para o sucesso em avaliações.

Começando pela simples presença do verbo, e avançando para as complexas relações de dependência e os termos internos, você constrói uma base sólida para qualquer desafio gramatical.


Recursos Adicionais para Seus Estudos (presentes nos materiais):

  • Vídeos Explicativos: O YouTube da Professora Carla Holz e os vídeos do Toda Matéria são excelentes complementos visuais.

  • Exercícios Online: Várias fontes oferecem exercícios com gabarito para você praticar e testar seus conhecimentos.

Questões de Múltipla Escolha

  1. O que caracteriza uma oração simples?
    a) Contém mais de um verbo
    b) Tem somente um verbo
    c) Possui duas orações
    d) É composta apenas de advérbios
    e) Inclui apenas substantivos

  2. O que é uma oração subordinada?
    a) Uma oração que não precisa de outra
    b) Uma oração que completa o sentido da principal
    c) Uma oração que é apenas uma frase
    d) Uma frase verbalizada sem sujeito
    e) Não existe uma oração subordinada

  3. Qual é o papel do predicado na oração?
    a) Indicar o sujeito
    b) Completar o sentido da oração
    c) Ser a parte invariável da frase
    d) Apresentar apenas um verbo
    e) Nenhuma das alternativas

Gabarito

  1. b) Tem somente um verbo

  2. b) Uma oração que completa o sentido da principal

  3. b) Completar o sentido da oração