Para começar, é fundamental compreender o conceito de rede de computadores. Basicamente, uma rede de computadores existe quando há a troca e/ou o processamento de informações por meio de um meio de comunicação. Isso permite que usuários acessem serviços e aplicações remotamente (como e-mail e internet banking) e se comuniquem (chat, videoconferência, troca de arquivos).
A estrutura de uma rede pode ser dividida em três categorias principais:
Estações de trabalho: Dispositivos como desktops, laptops, smartphones e tablets.
Meios de Comunicação: Cabos, ar (ondas de rádio), eletricidade.
Equipamentos de infraestrutura de rede: Dispositivos como hubs, switches e roteadores.
Ponto Importante para Concursos: Muitas vezes, a base de uma questão reside no entendimento dos princípios e fundamentos, e não apenas nos detalhes. Focar no básico ajuda a compreender conceitos mais complexos.
Antes de mergulharmos nas tecnologias específicas, é crucial entender os tipos básicos de conexão em uma rede:
É a forma mais simples de ligação entre redes, onde os terminais são conectados entre si por uma única linha de comunicação. Este tipo de conexão não é ideal para um grande número de dispositivos, pois a quantidade de conexões necessárias aumenta exponencialmente. Por exemplo, para 5 computadores, seriam necessárias 10 conexões, seguindo a fórmula C = n.(n-1) / 2. Em cenários com centenas ou milhares de computadores, isso se torna inviável.
Ao contrário da conexão ponto-a-ponto, a conexão multiponto caracteriza-se por vários pontos ligados ao mesmo meio físico, oferecendo maior escalabilidade à rede. As mensagens são trafegadas por difusão (broadcast), o que significa que a informação chega a todos os pontos conectados. Embora escalável, isso pode gerar pontos negativos, como a necessidade de controle de acesso ao meio para evitar colisões.
Agora, vamos explorar as tecnologias de conexão mais comuns, detalhando para que servem e quais suas características.
A sigla USB significa "Universal Serial Bus". Ela surgiu nos anos 90 com o objetivo de criar um padrão universal para transferência de dados e energia entre diversos equipamentos, facilitando a conexão entre eles. Com o USB, a necessidade de cabos múltiplos e complexos para diferentes periféricos foi eliminada, tornando a conexão de dispositivos como impressoras, teclados, mouses, unidades de armazenamento e smartphones muito mais prática.
Além de transferir dados, as portas USB também são amplamente utilizadas para fornecer energia e carregar dispositivos.
As conexões USB são divididas em Tipo-A, Tipo-B e Tipo-C. Os tipos A e B também têm subdivisões como mini-USB e micro-USB, embora o mini-A e o mini-B tenham sido descontinuados em favor do micro-USB, que era menor e igualmente capaz. O USB Tipo-C é mais compacto e se tornou popular em notebooks finos e smartphones atuais, permitindo encaixe reversível e unificando o tamanho das portas.
A tecnologia USB passou por diversas evoluções, principalmente em termos de velocidade de transmissão de dados e capacidade de alimentação elétrica:
USB 1.1: Taxa máxima de 12 Mbps (megabits por segundo).
USB 2.0: Oferece até 480 Mbps e fornece até 500 miliamperes a 5 volts para alimentação elétrica. Permite apenas uma atividade por vez (envio ou recebimento).
USB 3.0 (agora USB 3.2 Gen 1): Lançado em 2008 para atender à crescente demanda por alta velocidade. Sua principal característica é a velocidade de até 4,8 Gbps (5 Gbps), dez vezes mais rápida que o USB 2.0. Suporta até 900 miliamperes a 5 volts, permitindo alimentar dispositivos que consomem mais energia sem fontes externas. Possui transmissão de dados bidirecional (envio e recebimento simultâneos). Os conectores USB 3.0 são diferentes dos 2.0, com contatos adicionais na parte do fundo, mas são compatíveis de forma que dispositivos 2.0 ou 1.1 podem ser conectados em portas 3.0, operando na velocidade mais baixa. Atenção: Para usufruir da alta velocidade do USB 3.0, o cabo também precisa ser desse padrão.
USB 3.1 (agora USB 3.2 Gen 2): Anunciado em 2013, oferece taxas de transferência de até 10 Gbps (o dobro do USB 3.0). É compatível com conectores, cabos e dispositivos das especificações anteriores.
USB 3.2 (agora USB 3.2 Gen 2x2): Possui duas vias de transferência, atingindo 20 Gbps.
Exceção e Dúvida Comum para Concursos: A nomenclatura do USB 3.x pode ser bastante confusa. O USB Implementers Forum (USB-IF) alterou os nomes várias vezes: o USB 3.0 virou USB 3.2 Gen 1, o USB 3.1 virou USB 3.2 Gen 2, e o USB 3.2 original virou USB 3.2 Gen 2x2. Para evitar erros em provas e na compra de dispositivos, é importante estar ciente dessas denominações.
USB4: Anunciado em 2019, o USB4 oferece velocidades de 20 Gbps e 40 Gbps. É mais funcional, compatível com Thunderbolt 4 e permite usar a conexão USB-C para conectar monitores (DisplayPort 2.0) em resolução 8K HDR ou duas telas 4K. A implementação de novas especificações leva tempo, e tanto o dispositivo quanto o cabo e as portas precisam ser USB4 para aproveitar a velocidade máxima.
Plug and Play: Permite conectar e usar dispositivos sem necessidade de configuração manual.
Hot-swap: Capacidade de conectar e desconectar dispositivos sem desligar o equipamento.
USB Power Delivery: Oferece níveis de energia de até 100 Watts, otimizando o gerenciamento de energia para vários periféricos e permitindo novos usos de maior potência, como um monitor de vídeo que carrega um laptop enquanto exibe imagens.
Alternate Mode (Modo Alternativo): O USB Tipo-C pode ser usado em conjunto com outras tecnologias, como o DisplayPort, permitindo a transmissão de vídeo 4K ou superior por meio de uma única porta USB-C.
HDMI, que significa "High-Definition Multimedia Interface" (Interface Multimídia de Alta Definição), é um conector e tecnologia desenvolvida para compartilhar dados de vídeo e áudio entre dispositivos de forma totalmente digital e padronizada, utilizando um único cabo. Diferente de padrões mais antigos como VGA ou DVI, o HDMI preserva a qualidade da imagem, inclusive para conteúdos em 4K.
Você pode usar o HDMI para conectar notebooks a televisões para assistir filmes, consoles de videogame a monitores, aparelhos de Blu-ray, câmeras digitais e projetores.
Existem diversos tipos de conectores HDMI, adaptados para diferentes necessidades:
HDMI Tipo A: O tipo mais comum, com 19 pinos e tamanho de 13,9 x 4,45 mm.
HDMI Tipo B (HDMI Estendido): Possui 25 pinos e capacidade dual link, mas não foi amplamente adotado pela indústria.
HDMI Tipo C (Mini-HDMI): Uma versão reduzida do Tipo A, ideal para notebooks mais finos e câmeras digitais.
HDMI Tipo D (Micro-HDMI): Ainda mais compacto que o Tipo C, mas menos comercializado.
HDMI Tipo E (Automotive Connection System): Desenvolvido para veículos, com trava de segurança para evitar desconexões durante o movimento.
Assim como o USB, o HDMI também evoluiu em versões, trazendo novos recursos:
HDMI 1.0: Suporte a imagens até 1920x1200 pixels a 60 Hz e áudio de 24 bits.
HDMI 1.1: Adiciona suporte a DVD-Audio.
HDMI 1.2: Suporte a PCs e monitores, com One Bit Audio e Direct Stream Digital (DSD).
HDMI 1.3: Aumenta a resolução para 1920x1080 pixels a 120 Hz ou 2560x1440 pixels a 60 Hz.
HDMI 1.4: Introduz suporte a imagens 4K, 1080p em 3D, e as funções ARC (Audio Return Channel) e HEC (HDMI Ethernet Channel).
HDMI 2.0: Suporte a 4K a 60 Hz e 32 canais de áudio.
HDMI 2.0a e 2.0b: Adicionam suporte a HDR (High Dynamic Range) e HDR10, respectivamente.
HDMI 2.1: A versão mais recente, suportando imagens de 8K e 10K a 60 Hz, 4K a 120 Hz, HDR dinâmico e taxas de frames elevadas.
CEC (Consumer Electronics Control): Permite controlar vários dispositivos com um único controle remoto.
MHL (Mobile High Definition Link): Permite conectar celulares a TVs para expandir o conteúdo para telas maiores, embora seu uso esteja diminuindo com outras tecnologias.
Splitter HDMI: Um adaptador com uma entrada e várias saídas, para estender as entradas HDMI de um dispositivo.
Conversor HDMI: Um adaptador que permite conectar um dispositivo HDMI a outro com uma entrada diferente, como VGA.
A tecnologia Bluetooth é um protocolo de comunicação sem fio (Wireless), projetado para conectar dispositivos em curtas distâncias. Seu principal objetivo foi substituir as conexões por cabos entre dispositivos, como celulares, fones de ouvido, laptops e outros equipamentos digitais. Ele permite a transmissão de dados e voz, formando redes pessoais com alto nível de segurança.
O Bluetooth funciona como um rádio de curto alcance, conectando dispositivos diretamente, sem a necessidade de internet. É ideal para conectar teclados e mouses sem fio, fones de ouvido a celulares, controlar alto-falantes e sistemas de áudio de carros.
Alcance e Limitações: O alcance típico é de aproximadamente até 90 metros, embora outras fontes mencionem 10 metros para as versões mais antigas. É uma tecnologia de baixo custo, baixa complexidade e baixa potência. O número máximo de dispositivos conectados simultaneamente é limitado, geralmente até oito.
Emparelhamento (Pairing): O processo de conexão de dispositivos Bluetooth é chamado de "emparelhamento".
Piconets e Scatternets: Uma rede Bluetooth é denominada piconet, na qual um dispositivo atua como mestre e os outros como escravos. Piconets podem se interligar para formar uma scatternet.
Salto de Frequência (FHSS - Frequency Hopping Spread Spectrum): Para evitar interferências de outros equipamentos que operam na mesma frequência (2.4 GHz, como o Wi-Fi), o Bluetooth utiliza o FHSS. Os sinais alternam entre 79 canais diferentes a uma taxa de 1.600 vezes por segundo. Isso permite que múltiplos dispositivos Bluetooth operem simultaneamente sem interferência mútua.
Transmissão de Dados e Voz: A especificação Bluetooth foi projetada para lidar perfeitamente com ambos os tipos de sinais. Dados são transmitidos por comutação de pacote, enquanto voz utiliza comutação de circuito. A taxa de transferência total teórica é de 1 Mbps, com taxas efetivas de 432,6 Kbps (full-duplex) ou 721 Kbps (assimétrica).
A segurança é um fator importante para o Bluetooth, especialmente ao lidar com informações pessoais. Existem três modos de segurança e quatro fatores que a tecnologia deve zelar: Confiabilidade dos Dados, Autenticação e Identificação, Controle de Acesso e Integridade dos Dados. O gerenciamento de chaves envolve Código PIN, Chave de Link Particular (128 bits), e Chave de Criptografia Particular (8 a 128 bits).
Exceção e Dúvida Comum para Concursos: O Bluetooth se destaca pela eficiência energética e facilidade de emparelhamento. Apesar de ser Wireless, ele se diferencia do Wi-Fi pelo alcance menor e taxa de transferência mais lenta, mas consome menos energia, o que prolonga a vida útil da bateria dos dispositivos.
Wi-Fi é o nome comercial da tecnologia IEEE 802.11, que permite conexão sem fio entre dispositivos como notebooks, smart TVs, celulares, e outros. Sua principal função é fornecer acesso à internet e criar redes locais sem fio (WLAN) para compartilhamento de arquivos, transmissão de vídeo e espelhamento de tela, sem a necessidade de cabos de rede.
Ponto Importante para Concursos: É um erro comum confundir "Wireless" com "Wi-Fi". "Wireless" é o termo genérico para comunicação sem fio, enquanto "Wi-Fi" é uma tecnologia específica dentro do guarda-chuva do Wireless, assim como o Bluetooth.
O Wi-Fi funciona por meio de ondas de rádio nas frequências de 2,4 GHz, 5 GHz e 6 GHz. Para ter uma rede Wi-Fi, é necessário um roteador Wi-Fi, que se conecta ao modem da operadora de internet e distribui a conexão para outros dispositivos, seja sem fio ou via cabo de rede. Um ponto de acesso Wi-Fi pode ser usado para estender a cobertura em uma infraestrutura de rede existente.
SSID (Service Set Identifier): É o nome da rede sem fio, permitindo diferenciar uma rede Wi-Fi de outras no mesmo alcance.
Frequências: Roteadores Wi-Fi podem operar em 2,4 GHz (maior alcance, menor velocidade) ou 3,6 GHz/5 GHz/6 GHz (menor alcance, maior largura de banda/velocidade). O Wi-Fi 6 (802.11ax), lançado em 2019, oferece melhor desempenho em áreas densas, transferência de dados mais rápida e maior eficiência energética.
Técnicas Comuns: Beamforming (otimiza sinal), MU-MIMO (múltiplas antenas para dados simultâneos), HT (High Throughput - agregação de 2 canais), VHT (Very High Throughput - agregação de 4 canais), OFDM (modulação que divide dados em subcanais).
CSMA/CA (Collision Avoidance): Protocolo utilizado pelo padrão IEEE 802.11 (WLAN) no nível MAC para gerenciar o acesso ao meio de transmissão e evitar colisões. Ele envia um quadro informando que o meio será utilizado e por quanto tempo, fazendo com que os outros nós aguardem.
Vantagens do Wi-Fi:
Conveniência: Não exige cabos, oferece praticidade e portabilidade.
Velocidade: Pode ultrapassar 1 Gb/s (dependendo do padrão e distância) e até 9,6 Gbps com Wi-Fi 6.
Compatibilidade: Tecnologia universal presente em muitos dispositivos.
Custo-benefício: Baixos custos de implementação e equipamentos acessíveis.
Desvantagens do Wi-Fi:
Alcance de sinal: Pode ser fraco devido a obstáculos como paredes, espelhos e objetos sólidos.
Latência: Maior latência (ping) em comparação com conexões cabeadas (Ethernet).
Interferência de sinal: Suscetível a interferências de outros roteadores, micro-ondas, telefones sem fio, etc.
Segurança: Por ser sem fio, é mais suscetível a ataques (força bruta, acesso indevido), embora use protocolos como WPA, WPA2 e WPA3 para segurança. O WPS (Wi-Fi Protected Setup), apesar de facilitar a conexão, é suscetível a ataques e não é considerado seguro.
Consumo de energia: Pode gastar mais energia em comparação com Bluetooth e outros padrões de redes sem fio.
Wi-Fi Tradicional: Usa um roteador ou ponto de acesso para conectar dispositivos à internet.
Wi-Fi Direct: Permite a conexão direta entre dois dispositivos (como um celular e uma impressora) sem a necessidade de um roteador. Não é usado para acesso à internet, mas para compartilhamento de arquivos, espelhamento de tela e impressão.
Wi-Fi Mesh: Utiliza múltiplos pontos de acesso que se comunicam entre si para criar uma única rede sem fio com maior cobertura e estabilidade, ideal para ambientes grandes onde um único roteador não é suficiente.
Ponto Importante para Concursos: A diferença entre Wi-Fi e WLAN é puramente nominal; WLAN (Wireless Local Area Network) é um termo técnico para a mesma tecnologia IEEE 802.11, muitas vezes usado por fabricantes que não são membros da Wi-Fi Alliance.
Característica | Bluetooth | Wi-Fi (WLAN) |
Alcance | Curto (aprox. 10-90 metros) | Médio (depende do roteador e ambiente) |
Velocidade | Mais lenta (até 1 Mbps teórico) | Mais rápida (até 9,6 Gbps com Wi-Fi 6) |
Consumo de Energia | Baixo (maior duração da bateria) | Mais alto |
Conectividade | Conecta dispositivos diretamente (offline) | Acesso à internet e rede local (online/offline) |
Interferência | Menos vulnerável (FHSS) | Mais suscetível (outros dispositivos 2.4 GHz) |
Uso Principal | Conexão de periféricos, áudio | Acesso à internet, redes domésticas/corporativas |
Segurança | Autenticação, criptografia, PIN | WPA2/WPA3 (CSMA/CA gerencia acesso, não criptografa) |
Nomenclatura | Bluetooth | Wi-Fi (nome comercial) ou WLAN (nome técnico) |
Para Concursos Públicos: Ambos são tecnologias sem fio que se complementam. É vital entender suas diferenças e semelhanças, pois as bancas frequentemente as comparam em questões. Lembre-se que o Bluetooth busca substituir cabos entre dispositivos individuais em curta distância, enquanto o Wi-Fi foca em redes locais para acesso à internet e compartilhamento de recursos.
Após entender os tipos de conexão e tecnologias, vamos aprofundar na classificação das redes de acordo com sua abrangência geográfica e modelos de interação.
Essa classificação diz respeito à forma como os dispositivos interagem na rede.
Redes Par-a-Par (P2P): Não existe hierarquia ou exclusividade no fornecimento de informações. Todos os computadores são "iguais" e podem atuar tanto como cliente quanto como servidor de forma dinâmica. Cada usuário compartilha e coleta informações, liberando recursos de seus próprios dispositivos para outros na rede.
Muito cobrado em concursos: Questões frequentemente destacam que, neste modelo, não há servidores dedicados e os pontos interconectados trocam informações e podem compartilhar periféricos. Um exemplo histórico é o Napster, um serviço de troca de músicas.
Redes Cliente-Servidor: Nesta categoria, existe um computador responsável por fornecer informações de forma centralizada, chamado Servidor Dedicado (para um serviço) ou Servidor Compartilhado (para vários serviços). Os computadores que funcionam como clientes não fornecem recursos e serviços aos outros usuários da rede. A diversificação de servidores para serviços específicos (arquivo, impressão, e-mail) é comum para otimização.
Atenção para concursos: É importante distinguir este modelo da topologia em estrela. Enquanto a estrela descreve a conexão física, o cliente-servidor descreve o regime de recebimento e oferta de dados e serviços.
As topologias físicas descrevem a forma física como os equipamentos estão interligados. Elas influenciam a confiabilidade, redundância, segurança, velocidade e custo de manutenção da rede.
Barramento: Utiliza o método de difusão (broadcast) para conexões multiponto, onde todos os computadores veem a informação trafegada. Para evitar conflitos de acesso, é necessário controle de acesso centralizado ou descentralizado. A rede ocupa todo o meio de transmissão durante a comunicação.
Tolerância a falhas: Boa, pois a falha de um computador não afeta os demais. Atenção: Um dano no cabo principal prejudica o funcionamento de toda a rede.
Expansão: É escalável, mas limitada ao tamanho do barramento, podendo ser expandida com transceptores.
Para Concursos: Muitas questões perguntam sobre a característica de difusão. A necessidade de controle de colisão é um ponto chave.
Anel: Conexões feitas ponto-a-ponto em um circuito fechado, onde a mensagem trafega de terminal em terminal até o destino ou volta à origem. A mensagem pode trafegar em qualquer direção, mas é usualmente configurada de forma unidirecional.
Baixa tolerância a falhas: Se um computador ou cabo falhar, toda a comunicação é interrompida. Pode-se mitigar com modo bidirecional ou anel duplo.
Protocolo: O TOKEN RING é um protocolo importante associado a essa topologia, onde um token (ficha) é passado entre estações para liberar a transmissão de dados e evitar colisões.
Para Concursos: A baixa tolerância a falhas é um ponto frequentemente testado. A direção do envio das mensagens é um detalhe comum.
Estrela: Caracterizada por conexões ponto-a-ponto em torno de um nó central (como um hub ou switch) que direciona as mensagens. O nó central atua como um comutador de mensagens e permite gerenciamento da rede (ex: limitar velocidade).
Tolerância a falhas: Boa, a falha de um terminal ou link afeta apenas ele. Atenção: Se o nó central falhar, toda a rede para. Redundância do nó central pode ser usada para mitigar.
Expansão: Depende da capacidade do nó central. A interligação de várias redes em estrela de forma hierárquica é comum.
Para Concursos: É uma das topologias mais cobradas. O foco geralmente está no nó central como elemento de gerenciamento e comutação, e na resiliência para adicionar/remover dispositivos sem interrupção.
Mesh (Malha): Caracterizada pela interconexão entre quase todos os nós da rede entre si. Possui características de conexão ponto-a-ponto.
Tolerância a falhas: Excelente, pois não há nós centralizados e existem diversos caminhos para chegar ao mesmo destino.
Escalabilidade: Aumenta exponencialmente com a quantidade de terminais, tornando o custo operacional alto para grandes redes.
Para Concursos: A alta disponibilidade e rotas alternativas são pontos importantes, especialmente em WANs.
Full Mesh (Malha Completa): Interconexão de todos os pontos entre si, uma conexão ponto-a-ponto pura e completa. Amplia os pontos positivos e agrava os negativos da rede Mesh. A quantidade de conexões é dada por C = n.(n-1)/2, onde 'n' é o número de computadores.
Árvore: Possui característica de hierarquização entre os pontos. Pode-se ligar várias redes em estrela através de seus nós centrais para formar uma estrutura hierárquica. É o padrão atual de interligação entre roteadores e switches na Internet.
Tolerância a falhas e escalabilidade: Boas.
É fundamental entender a diferença:
Topologia Física: Refere-se à forma de conexão física entre os equipamentos.
Topologia Lógica: Refere-se à forma como os dados são trafegados entre os dispositivos. Uma topologia lógica funciona sobre a topologia física e é configurável sem alterar o equipamento de conexão física. Elas não são necessariamente iguais; por exemplo, pode-se ter uma topologia física em estrela com uma lógica em barramento ou anel.
Esses são protocolos que controlam como os dispositivos acessam o meio de transmissão para evitar ou gerenciar colisões.
CSMA/CD (Carrier Sense Multiple Access with Collision Detection): Utilizado em redes Ethernet. O nó verifica se o meio está livre antes de transmitir. Se estiver, transmite, mas continua monitorando (LWT - Listen While Talk) para detectar colisões. Se uma colisão ocorre, ele envia um sinal JAM e os nós aguardam um tempo aleatório para retransmitir. Não evita a colisão, apenas a detecta e reinicia a transmissão.
CSMA/CA (Carrier Sense Multiple Access with Collision Avoidance): Sucessor do CSMA/CD, utilizado principalmente em redes sem fio (como Wi-Fi - IEEE 802.11). Após verificar que o meio está ocioso, ele envia um quadro informando que o meio será utilizado por um tempo específico, evitando assim a colisão. Para concursos: Lembre-se que o CSMA/CA não faz encriptação de dados; ele gerencia o acesso ao meio.
A classificação das redes também se dá pela sua abrangência geográfica ou organizacional, introduzindo termos muito comuns em provas de concurso.
PAN (Personal Area Network - Rede de Área Pessoal): Cobertura de 1 metro (redes pessoais). Conecta dispositivos em um espaço muito pequeno, geralmente para um único usuário. O Bluetooth é um exemplo clássico de tecnologia utilizada em PANs para conectar mouses, teclados e fones de ouvido. Se sem fio, pode ser chamada de WPAN.
Para Concursos: Frequentemente cobrado em cenários de uso pessoal, como dispositivos sem fio do dia a dia.
LAN (Local Area Network - Rede Local): Cobertura de 10 metros a 1 KM (salas, prédios, campus). Interliga computadores e equipamentos em uma área limitada (residências, escritórios, salas de aula). Geralmente utiliza tecnologias como Ethernet (cabo metálico, fibra ótica) ou, se sem fio, WLAN (Wireless Local Area Network).
Características: Alta taxa de transmissão (Gbps, Mbps), baixa taxa de erros, baixo custo de cabeamento. O gerenciamento é facilitado devido ao ambiente controlado.
Exceção/Dúvida Comum: LANs e MANs são consideradas redes não comutadas (não dependem de roteadores em sua estrutura), enquanto WANs são comutadas (dependem de roteadores). Essa classificação é difusa, mas já foi cobrada em provas.
Para Concursos: Não há limitação de 1 Gbps ou 10 Mbps; redes LAN podem atingir taxas muito superiores, como 1000 Mbps ou 10.000 Mbps. A Internet atual é composta por muitas LANs e WANs interligadas.
MAN (Metropolitan Area Network - Rede Metropolitana): Cobertura de 10 KM (bairros ou cidades). Interliga várias LANs em uma região geográfica mais extensa. Se sem fio, pode ser chamada de WMAN.
Características: Alta taxa de transmissão, baixa taxa de erros, custo de cabeamento médio. Geralmente utiliza topologia em anel por ser mais econômica em regiões metropolitanas.
WAN (Wide Area Network - Rede de Longa Distância): Cobertura de 100 KM a nível de país ou continente. Permite a interligação entre LANs e MANs em uma esfera geográfica extensa. Nem todas as WANs são comutadas por pacotes, podendo usar transmissão via satélite. Se sem fio, pode ser chamada de WWAN.
Características: Taxa de transmissão variada (Gbps, Mbps, Kbps) devido a intempéries no trajeto, taxas de erros mais elevadas, alto custo de cabeamento. Usam meios físicos para longas distâncias, como fibras ópticas. Topologias em malha são adotadas para garantir disponibilidade em WANs.
Para Concursos: Frequentemente cobrado em cenários que envolvem comunicação entre cidades distantes ou países. A disponibilidade através de rotas alternativas (Mesh) é um ponto de destaque.
Tabela de Referência da Classificação das Redes Pela Distância:
Distância | Classificação | Exemplo |
1 M | PAN (Pessoal) | Mouse e teclado Bluetooth |
10 M | LAN (Local) | Rede de um departamento |
100 M | WLAN (S/Fio) | Rede corporativa com AP |
1 KM | LAN (Campus) | - |
10 KM | MAN (Cidade) | Conexão entre sedes na mesma cidade |
100 KM | WAN (País) | Conexão com matriz em outro país |
Ordem Crescente de Abrangência Geográfica: PAN, LAN, MAN, WAN.
Nesta seção, consolidaremos os pontos de atenção e as armadilhas comuns em provas, com base nas observações dos materiais de estudo.
Diferença entre Wireless, Wi-Fi e Bluetooth:
Wireless é o termo genérico para "sem fio".
Wi-Fi (WLAN) é uma tecnologia sem fio para redes locais e acesso à internet.
Bluetooth é uma tecnologia sem fio de curto alcance para conexão direta de dispositivos.
Erro Comum em Provas: Afirmar que Wi-Fi e Wireless são a mesma coisa. Ou confundir o papel de cada uma.
Tipos de Topologias e Suas Vulnerabilidades:
Anel: Queda de um nó ou rompimento de cabo desativa toda a rede.
Estrela: Falha do nó central (hub/switch) desativa toda a rede. No entanto, falha de um nó individual não afeta a comunicação dos demais.
Barramento: Falha de um nó individual não afeta os demais. Mas um dano no cabo principal prejudica o funcionamento do todo. A difusão (broadcast) é uma característica marcante.
Muito Cobrado: Questões de topologia em estrela são frequentes, focando no nó central para gerenciamento e comutação.
Colisões: Redes em barramento necessitam de controle de colisão. O CSMA/CD detecta, o CSMA/CA (Wi-Fi) evita.
Classificação de Redes (PAN, LAN, MAN, WAN):
Entender a escala geográfica de cada uma é fundamental.
LANs não são limitadas a 10 Mbps ou 1 Gbps; podem ser muito mais rápidas com fibra óptica e cabos de par trançado.
WANs: Utilizam fibras ópticas para longas distâncias e topologias em malha para garantir disponibilidade e rotas alternativas.
Nomenclatura USB: Esteja atento às múltiplas denominações das versões USB 3.0, 3.1 e 3.2, pois isso pode gerar confusão nas questões.
Objetividade e Resolução de Exercícios: O material enfatiza a importância de parágrafos curtos e objetivos, linguagem comum e, principalmente, a resolução de muitos exercícios para fixar o conteúdo e identificar pontos de dificuldade. A essência dos exercícios muitas vezes se repete.
Dominar as tecnologias de conexão como USB, HDMI, Wi-Fi e Bluetooth, juntamente com os conceitos de redes de computadores, é um diferencial significativo. Este guia completo, estruturado para ser o material de apoio mais didático e completo, foca nos aspectos mais relevantes para concursos públicos de 2025, garantindo que você esteja preparado para as perguntas mais comuns e as exceções.
Lembre-se da importância da revisão constante e da prática com exercícios para solidificar seu aprendizado. Não deixe lacunas em seu conhecimento; utilize o fórum ou recursos de apoio para esclarecer qualquer dúvida. Com dedicação e o material certo, você estará um passo à frente para conquistar sua vaga e compreender plenamente o mundo digital que nos cerca.