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18/08/2025 • 18 min de leitura
Atualizado em 18/08/2025

Princípio aditivo da contagem

1. Análise Combinatória: A Arte de Contar Sem Contar Tudo

A Análise Combinatória, também conhecida como Combinatória, é o estudo de métodos e técnicas que nos permitem contar elementos em conjuntos finitos sem precisar listar um por um. Imagine que você tem um grande número de opções e precisa saber quantas combinações diferentes são possíveis. Contar individualmente seria inviável e propenso a erros. É aí que a Combinatória entra em ação, oferecendo ferramentas para realizar contagens com eficiência, brevidade e precisão.

Este campo é a base para a Teoria da Probabilidade, fundamental em diversas áreas como estatísticas, ciências da computação e economia. Para ter sucesso em Combinatória, a prática constante e a capacidade de identificar semelhanças entre problemas distintos são cruciais.

2. Princípios Fundamentais da Contagem: A Regra do "E" e do "OU"

Antes de mergulharmos no Princípio Aditivo, é fundamental entender que a Análise Combinatória se sustenta sobre dois pilares básicos: o Princípio Aditivo e o Princípio Multiplicativo. A grande sacada para diferenciá-los está na interpretação dos conectivos lógicos: "OU" e "E".

  • Se a escolha envolve uma ação OU outra, onde as ações são mutuamente exclusivas (não podem ocorrer ao mesmo tempo), utilizamos a soma das possibilidades (Princípio Aditivo).

  • Se a escolha envolve uma ação E outra, onde as ações são sucessivas e independentes (ocorrem uma após a outra ou simultaneamente), utilizamos a multiplicação das possibilidades (Princípio Multiplicativo).

Essa distinção é a chave para resolver a maioria dos problemas de contagem.

3. Princípio Aditivo da Contagem: O Poder da Soma (Quando Escolher "OU")

O Princípio Aditivo é aplicado quando temos eventos mutuamente exclusivos, ou seja, a ocorrência de um evento impede a ocorrência do outro. Se um evento A pode ocorrer de 'm' maneiras diferentes e um evento B pode ocorrer de 'n' maneiras diferentes, e se A e B não têm elementos em comum (são disjuntos), então o número total de maneiras de ocorrer um OU outro desses eventos é a soma de suas possibilidades: m + n.

Em termos de Teoria dos Conjuntos: Considerando A e B como conjuntos finitos disjuntos (sem interseção), a união do número de elementos é dada por: n(A U B) = n(A) + n(B) Onde:

  • n(A U B) representa a união do número de elementos que pertencem ao conjunto A OU ao conjunto B.

  • n(A) é o número de elementos do conjunto A.

  • n(B) é o número de elementos do conjunto B.

Mas e se os conjuntos não forem disjuntos? Se houver elementos que pertencem a ambos os conjuntos (uma interseção), a fórmula é ajustada para evitar contagem duplicada: n(A U B) = n(A) + n(B) - n(A ∩ B) Onde n(A ∩ B) é o número de elementos que pertencem ao conjunto A E ao conjunto B.

3.1. Exemplos Simples do Princípio Aditivo

Exemplo 1: Escolhas de Lazer Adriana tem dinheiro para ir ao parque de diversões e brincar em apenas um dos 7 brinquedos disponíveis OU ir ao cinema e assistir apenas um dos 5 filmes disponíveis. De quantas maneiras diferentes Adriana pode se divertir?

  • Opções para o parque (Evento A): 7 maneiras.

  • Opções para o cinema (Evento B): 5 maneiras.

  • Como ela escolhe OU um OU outro, os eventos são mutuamente exclusivos.

  • Total de maneiras: 7 (parque) + 5 (cinema) = 12 maneiras distintas de se divertir.

Exemplo 2: Escolhendo Calçados João precisa se calçar e possui 3 opções de tênis OU 2 opções de sapatos. De quantas maneiras João pode se calçar?

  • Opções de tênis (Evento A): 3 possibilidades.

  • Opções de sapatos (Evento B): 2 possibilidades.

  • Ele calçará um tênis OU um sapato; não pode calçar os dois ao mesmo tempo, então são mutuamente exclusivos.

  • Total de maneiras: 3 (tênis) + 2 (sapatos) = 5 maneiras.

Exemplo 3: Escolhas em uma Cafeteria Você está em uma cafeteria com 3 tipos de café, 4 tipos de acompanhamentos salgados e 2 tipos de acompanhamento doce. Você só tem dinheiro para apenas uma dessas opções. Quantas são as maneiras que você pode escolher?

  • Opções de café: 3.

  • Opções de salgados: 4.

  • Opções de doces: 2.

  • Você escolhe café OU salgado OU doce.

  • Total de opções: 3 + 4 + 2 = 9 opções.

3.2. Generalização do Princípio Aditivo

O Princípio Aditivo pode ser estendido para qualquer número de eventos mutuamente exclusivos. Se houver 'n' eventos, com p1 possibilidades para o primeiro, p2 para o segundo, e assim por diante, até pn possibilidades para o n-ésimo evento, então o número total de maneiras de ocorrer um desses 'n' eventos é: p1 + p2 + ... + pn

4. Princípio Multiplicativo da Contagem: A Lógica do "E"

O Princípio Multiplicativo, também conhecido como Princípio Fundamental da Contagem, é utilizado quando um evento ocorre em etapas sucessivas e independentes. Se um evento A pode ocorrer de 'm' maneiras e, para cada uma dessas maneiras, um outro evento B pode ocorrer de 'n' maneiras, então o número total de maneiras para ambos os eventos (A E B) ocorrerem é m x n.

4.1. Exemplos Simples do Princípio Multiplicativo

Exemplo 1: Montando um Look João precisa se vestir com uma calça E uma blusa. Ele tem 3 calças E 4 blusas. Quantas combinações distintas de roupas ele pode formar?

  • Escolha da calça (Evento A): 3 possibilidades.

  • Escolha da blusa (Evento B): 4 possibilidades.

  • Para cada calça, há 4 opções de blusas.

  • Total de maneiras: 3 (calças) x 4 (blusas) = 12 maneiras distintas.

Exemplo 2: Rotas de Viagem Um motorista deseja viajar da cidade A para a cidade C, mas para chegar a C, deve passar necessariamente pela cidade B. Existem 3 estradas de A para B E 2 estradas de B para C. Quantos trajetos diferentes podem ser utilizados?

  • Escolha da estrada A-B (Evento 1): 3 opções.

  • Escolha da estrada B-C (Evento 2): 2 opções.

  • Ele deve escolher uma estrada A-B E uma estrada B-C.

  • Total de trajetos: 3 (A-B) x 2 (B-C) = 6 trajetos diferentes.

Exemplo 3: Senhas com Repetição Uma senha possui 4 dígitos, podendo ser formada pelos algarismos {0, 2, 4, 6, 8}. Quantas senhas de 4 dígitos podem ser formadas, considerando que os algarismos podem se repetir?

  • Para cada uma das 4 posições, há 5 opções de dígitos (0, 2, 4, 6, 8).

  • 1ª posição: 5 opções.

  • 2ª posição: 5 opções.

  • 3ª posição: 5 opções.

  • 4ª posição: 5 opções.

  • Total de senhas: 5 x 5 x 5 x 5 = 5^4 = 625 senhas.

5. Combinando os Princípios: A Estratégia dos Concursos Públicos

Em problemas de concursos, raramente você usará apenas um princípio. A maioria das questões mais elaboradas exige a combinação do Princípio Aditivo e do Princípio Multiplicativo. A abordagem mais eficaz é dividir o problema em casos mutuamente exclusivos (usando o Princípio Aditivo) e, dentro de cada caso, aplicar o Princípio Multiplicativo para as etapas sucessivas.

5.1. Dúvidas Comuns e Exceções Prioritárias em Concursos

Dúvida Comum 1: A Palavra "MAS" Às vezes, o conectivo "mas" em uma frase pode, na realidade, implicar "ou". É crucial entender o contexto da questão para saber se os eventos são concomitantes (E) ou mutuamente exclusivos (OU).

Exceção Prioritária 1: Números Pares/Ímpares com Restrições (e o problema do Zero) Formar números com algarismos é um tópico altamente cobrado e cheio de "pegadinhas". A principal delas é a presença do algarismo zero, que não pode iniciar um número. Se a restrição (ser par/ímpar, terminar em zero) afeta a primeira casa e a última, é quase certo que você precisará dividir o problema em casos.

Exemplo: Números Pares com Algarismos Distintos (e o Zero) Quantos números pares de quatro algarismos distintos podem ser formados com {0, 1, 2, 5, 6, 8, 9}?

  • Os algarismos disponíveis são 7.

  • O número deve ser par (terminar em 0, 2, 6, 8).

  • Os algarismos devem ser distintos.

  • O zero não pode estar na primeira posição.

Estratégia: Dividir em casos onde o zero é a restrição principal.

Caso 1: Números terminados em zero (garante que o zero não está na primeira posição)

  • 4ª posição (unidade): 1 opção (o algarismo 0).

  • 1ª posição (milhar): Sobram 6 algarismos para escolher (todos, menos o 0 que já foi usado).

  • 2ª posição (centena): Sobram 5 algarismos (todos, menos os 2 já usados).

  • 3ª posição (dezena): Sobram 4 algarismos (todos, menos os 3 já usados).

  • Total de números no Caso 1: 6 x 5 x 4 x 1 = 120 números.

Caso 2: Números pares que NÃO terminam em zero

  • 4ª posição (unidade): 3 opções (algarismos pares sem o 0: 2, 6, 8).

  • 1ª posição (milhar): 5 opções. Aqui, devemos ter cuidado! Temos 7 algarismos no total. Se um dos (2, 6, 8) foi para a unidade, sobram 6. Mas o zero NÃO pode vir na primeira casa. Então, 6 - 1 (o zero) = 5 opções.

  • 2ª posição (centena): 5 opções (um dos 7 já foi para a unidade, um dos 5 já foi para a milhar, mas o zero agora pode ser usado). Ex: se usamos 2 na unidade e 1 na milhar, sobram 0, 5, 6, 8, 9. Ou seja, 10 (total de algarismos do 0-9) - 2 (usados) = 8 opções. Isso está errado! A questão usa o conjunto {0, 1, 2, 5, 6, 8, 9} que tem 7 algarismos.

    • Correção do raciocínio com base na fonte:

      • 4ª posição (unidade): 3 opções (2, 6, 8).

      • 1ª posição (milhar): Não pode ser o 0 nem o algarismo usado na unidade. Dos 7 algarismos, 1 está na unidade e o 0 não pode ir para a milhar. Então, 7 - 2 = 5 opções.

      • 2ª posição (centena): Temos 7 algarismos. 2 já foram usados (um na unidade, um na milhar). Sobram 5 opções. (O zero, se não foi usado na unidade ou na milhar, pode ir aqui).

      • 3ª posição (dezena): Temos 7 algarismos. 3 já foram usados. Sobram 4 opções.

  • Total de números no Caso 2: 5 x 5 x 4 x 3 = 300 números.

Aplicar Princípio Aditivo entre os Casos: Como os casos são mutuamente exclusivos (um número termina em zero OU não termina em zero), somamos os resultados: Total = 120 (Caso 1) + 300 (Caso 2) = 420 números pares distintos.

Exemplo: Escolhas Mistas (Vestido OU Saia+Blusa) E Sapato Maria precisa se vestir e se calçar. Ela tem 4 vestidos, 2 saias, 3 blusas e 5 sapatos.

  1. Escolha de Vestuário (Evento Excludente):

    • Opção 1: Vestido (Evento A): 4 possibilidades.

    • Opção 2: Conjunto Saia E Blusa (Eventos B e C - Concomitantes): 2 (saias) x 3 (blusas) = 6 possibilidades.

    • Como ela escolhe Vestido OU Conjunto de Saia e Blusa, aplicamos o Princípio Aditivo para o vestuário: 4 + 6 = 10 possibilidades de vestuário.

  2. Escolha de Calçado (Evento Concomitante):

    • Para cada uma das 10 possibilidades de vestuário, ela deve escolher um sapato.

    • Opções de sapatos (Evento D): 5 possibilidades.

    • Aplicamos o Princípio Multiplicativo: 10 (vestuário) x 5 (sapatos) = 50 possibilidades totais.

5.2. O Uso Estratégico do "Contrário" (Para "Não")

Em alguns problemas, especialmente aqueles que incluem a palavra "não" ou "pelo menos", pode ser mais fácil calcular o total de possibilidades e subtrair as que não satisfazem a condição.

Exemplo: Anagramas Sem Vogais Juntas Quantos anagramas da palavra BRASIL não têm vogais juntas?

  1. Total de Anagramas (sem restrições):

    • A palavra BRASIL tem 6 letras distintas.

    • O número total de anagramas é 6! (6 fatorial) = 6 x 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 720.

  2. Anagramas COM vogais juntas:

    • Vogais na palavra BRASIL: A, I.

    • Trate as vogais (A e I) como um único bloco (AI).

    • Agora temos 5 "elementos" para permutar: {B, R, S, L, (AI)}. O número de permutações desses 5 elementos é 5! = 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 120.

    • Dentro do bloco (AI), as vogais podem trocar de lugar (AI ou IA). Isso é 2! = 2 x 1 = 2 possibilidades.

    • Pelo Princípio Multiplicativo, o número de anagramas com vogais juntas é 120 x 2 = 240.

  3. Anagramas que NÃO têm vogais juntas:

    • Subtraia os anagramas com vogais juntas do total de anagramas: 720 - 240 = 480.

6. Ferramentas Essenciais da Análise Combinatória (Avançando na Didática)

Para ir além dos princípios fundamentais, precisamos entender outras ferramentas essenciais.

6.1. Fatorial (!): O Produto em Sequência

O fatorial de um número natural 'n', representado por n!, é o produto de todos os números naturais inteiros e positivos menores ou iguais a 'n', até o número 1. n! = n × (n - 1) × (n - 2) × … × 2 × 1

Exemplos:

  • 2! = 2 × 1 = 2

  • 3! = 3 × 2 × 1 = 6

  • 5! = 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 120

  • 10! = 10 × 9 × 8 × 7 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 3.628.800

Casos Especiais (Importante para Concursos!):

  • 1! = 1

  • 0! = 1 (Esta é uma convenção matemática, mas combinatoriamente pode ser interpretada como uma única maneira de "não construir uma fila" com zero objetos.)

Simplificação de Fatoriais: É comum em problemas de combinatória simplificar divisões de fatoriais. Exemplo: 200! / 198! Podemos reescrever 200! como 200 × 199 × 198!. Assim, 200! / 198! = (200 × 199 × 198!) / 198! = 200 × 199 = 39.800.

6.2. Permutação Simples: Ordenar Elementos Distintos (Ordem Importa, Todos Usados)

A Permutação Simples é usada para calcular o número de maneiras distintas de ordenar todos os elementos de um conjunto, onde a ordem dos elementos é relevante e todos os elementos são distintos. Fórmula: Pn = n!

Exemplo: Ranqueamento de Alunos De quantas formas 3 alunos (Ana, Beto e Caio) podem ser ranqueados do 1º ao 3º lugar, sem empates?

  • 1º lugar: 3 possibilidades (Ana, Beto ou Caio).

  • 2º lugar: 2 possibilidades (restam 2 alunos).

  • 3º lugar: 1 possibilidade (resta 1 aluno).

  • Total de maneiras: 3 x 2 x 1 = 3! = 6 formas.

Aplicações Comuns (Anagramas!): A permutação simples é muito usada para calcular anagramas de palavras que não possuem letras repetidas. Um anagrama é qualquer reordenação das letras de uma palavra, com ou sem sentido.

  • Anagramas da palavra PMS: 3 letras distintas. P3 = 3! = 6 anagramas.

  • Anagramas da palavra VESTIBULAR: 10 letras distintas. P10 = 10! = 3.628.800 anagramas.

6.3. Permutação Simples com Restrição: Cenários Específicos (Muito Cobrado!)

Questões de permutação com restrições são frequentes em concursos. As restrições podem ser:

  • Elementos Fixos em Posições Específicas: Se alguns elementos têm posições pré-determinadas, permute apenas os elementos restantes nas posições disponíveis.

    • Exemplo: Quantas maneiras de organizar 10 animais em fila se o camelo (C) está na 1ª posição e o elefante (E) na 6ª?

      • Fixamos C na 1ª e E na 6ª. Restam 8 animais para 8 posições.

      • Permutação dos 8 elementos restantes: P8 = 8! = 40.320 maneiras.

  • Elementos Juntos em Ordem Determinada: Trate o grupo de elementos que devem ficar juntos como uma única entidade.

    • Exemplo: Quantos anagramas da palavra NÚMEROS (7 letras) têm "nu" juntos e nessa ordem?

      • Considere "nu" como um bloco (NU). Agora temos 6 "elementos" (NÚMEROS vira {NU, M, E, R, O, S}).

      • Permute esses 6 elementos: P6 = 6! = 720 anagramas.

  • Elementos Juntos em Qualquer Ordem: Trate o grupo como uma única entidade, mas multiplique pela permutação dos elementos dentro do grupo.

    • Exemplo: Quantos anagramas da palavra NÚMEROS (7 letras) têm "nu" juntos em qualquer ordem?

      • Trate "nu" como um bloco (NU). Permute os 6 elementos: 6! = 720.

      • As letras "n" e "u" podem trocar de posição dentro do bloco (nu ou un): 2! = 2.

      • Pelo Princípio Multiplicativo: 6! x 2! = 720 x 2 = 1440 anagramas.

  • Elementos em Posições Alternadas ou Separadas: Muitas vezes, é mais fácil calcular o total e subtrair os casos indesejados (como no exemplo do BRASIL) ou permutar grupos separadamente.

6.4. Permutação com Repetição: Quando Há Elementos Idênticos (Nível Avançado)

Quando há elementos repetidos em um conjunto, o número de permutações distintas é menor, pois a troca de elementos idênticos não cria uma nova ordenação. Fórmula: P_n^(m1, m2, ..., mk) = n! / (m1! × m2! × ... × mk!) Onde:

  • n = número total de elementos.

  • m1, m2, ..., mk = número de vezes que cada elemento se repete.

Exemplo: Anagramas da palavra SUSSURRO A palavra SUSSURRO tem 8 letras.

  • Letra S se repete 3 vezes.

  • Letra U se repete 2 vezes.

  • Letra R se repete 2 vezes.

  • P_8^(3,2,2) = 8! / (3! × 2! × 2!) = (8 × 7 × 6 × 5 × 4 × 3!) / ((3 × 2 × 1) × (2 × 1) × (2 × 1)) = (8 × 7 × 6 × 5 × 4) / (2 × 2) = 1680 anagramas.

6.5. Permutação Circular: Arranjos em Círculo (Nível Avançado)

Em Permutação Circular, os elementos são dispostos em um círculo, e rotações da mesma disposição são consideradas idênticas. Para evitar contagens duplicadas devido à rotação, fixamos um elemento e permutamos os restantes. Fórmula: PCn = (n - 1)!

Exemplo: Crianças em uma Ciranda De quantas maneiras 5 amigos podem se sentar ao redor de uma mesa circular?

  • PC5 = (5 - 1)! = 4! = 4 × 3 × 2 × 1 = 24 maneiras.

6.6. Arranjos Simples: Escolha e Ordem Importam (Nem Todos Usados)

Os Arranjos Simples são utilizados quando selecionamos 'p' elementos de um grupo de 'm' elementos distintos (p ≤ m) e a ordem desses 'p' elementos importa. Diferente da permutação simples, aqui nem todos os elementos são necessariamente usados. Fórmula: A_m,p = m! / (m - p)!

Exemplo: Formando Pódios Dez times participam de um campeonato. De quantas formas se podem ter os três primeiros colocados?

  • Temos 10 times e vamos escolher 3 (1º, 2º, 3º). A ordem importa.

  • A_10,3 = 10! / (10 - 3)! = 10! / 7! = 10 × 9 × 8 = 720 formas.

Exemplo: Números de Dígitos Distintos Quantos números de três dígitos distintos podem ser formados com os algarismos {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}?

  • Temos 7 algarismos e queremos formar números de 3 dígitos distintos. A ordem importa.

  • A_7,3 = 7! / (7 - 3)! = 7! / 4! = 7 × 6 × 5 = 210 números.

6.7. Combinações Simples: Escolha, Ordem Não Importa

As Combinações Simples são aplicadas quando queremos formar um subgrupo (ou subconjunto) de 'p' elementos a partir de um grupo de 'n' elementos distintos, e a ordem dos elementos NÃO importa. Fórmula: C_n,p = n! / (p! × (n - p)!) Esta fórmula também é conhecida como o coeficiente binomial.

Exemplo: Formando Comissões Quantas comissões de 3 pessoas podem ser formadas com 8 pessoas?

  • Temos 8 pessoas e queremos formar grupos de 3. A ordem dentro da comissão não importa.

  • C_8,3 = 8! / (3! × (8 - 3)!) = 8! / (3! × 5!) = (8 × 7 × 6 × 5!) / ((3 × 2 × 1) × 5!) = (8 × 7 × 6) / 6 = 56.

  • C_8,3 = 56 comissões.

Como Diferenciar Arranjos e Combinações? A grande diferença é a importância da ordem.

  • Se a troca de posição entre os elementos selecionados muda o resultado (e.g., 1º lugar vs. 2º lugar), é Arranjo.

  • Se a troca de posição não muda o resultado (e.g., membro A em uma comissão é o mesmo que membro B na mesma comissão), é Combinação.

7. Dicas Finais para Dominar a Análise Combinatória

  • Leitura Atenta: O maior segredo é ler e interpretar o problema com extrema atenção. Procure por palavras-chave como "e", "ou", "distinto", "repetição", "ordem", "juntos", "separados", "pelo menos", "no máximo". Elas são o guia para escolher o princípio ou a técnica correta.

  • Divida e Conquiste: Problemas complexos devem ser quebrados em partes menores e mais simples. Use o Princípio Aditivo para somar as possibilidades de casos mutuamente exclusivos e o Princípio Multiplicativo dentro de cada caso.

  • Visualize: Desenhar diagramas de árvore ou caixas para as posições pode ajudar a visualizar as opções e restrições.

  • Coloque-se no Lugar: Imagine-se executando a tarefa. Pergunte-se: "Quantas opções eu tenho para esta primeira escolha?", "E para a próxima, depois que eu fiz a primeira?".

  • Cuidado com o Zero: Sempre que o algarismo zero estiver envolvido na formação de números e houver restrições de posição (como não poder iniciar um número), divida o problema em casos.

  • Não Decore Fórmulas: Entenda a lógica por trás de cada fórmula. Isso permite adaptar-se a diferentes cenários e "pegadinhas".

  • PRATIQUE SEMPRE: A Análise Combinatória é uma habilidade que se aprimora com a prática constante. Resolva o maior número possível de problemas para desenvolver o "feeling" e o reconhecimento de padrões. Muitos professores de matemática dedicam tempo semanalmente para resolver esse tipo de problema, justamente para manter o cérebro "aguçado".

Seu Caminho para o Sucesso em Contagem

A Análise Combinatória, com o Princípio Aditivo e suas demais ferramentas, é um tópico que pode parecer intimidador à primeira vista. No entanto, com uma compreensão clara dos conceitos fundamentais, uma abordagem didática e muita prática, você estará apto a desvendar os desafios de contagem mais complexos.

Lembre-se: o segredo está em entender a diferença entre "E" e "OU", saber quando a ordem importa e quando não, e aplicar a estratégia de dividir problemas em casos menores. Com este guia completo, você tem um ponto de partida sólido para sua jornada no domínio da Análise Combinatória. Continue praticando, questionando e explorando, e o sucesso em suas provas e no desenvolvimento do seu raciocínio estará ao seu alcance.