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03/03/2024 • 17 min de leitura
Atualizado em 31/07/2025

Sistema Cardiovascular: Circulação, pequena circulação e grande circulação.

Sistema Cardiovascular: Desvendando a Circulação Sanguínea Essencial para a Vida

O sistema cardiovascular é uma das redes mais fascinantes e cruciais do corpo humano, atuando como o pilar da nossa saúde e bem-estar. Ele garante que cada célula receba o que precisa para funcionar e descarte o que não serve mais. Este guia completo foi elaborado para estudantes e entusiastas da biologia e saúde, com o objetivo de desmistificar a circulação sanguínea, a pequena circulação e a grande circulação, apresentando o conteúdo de forma didática, do mais simples ao mais complexo, e abordando conceitos fundamentais frequentemente cobrados em exames e concursos públicos.

1. O Que É o Sistema Cardiovascular e Por Que Ele É Tão Vital?

O sistema circulatório é o conjunto de órgãos responsável pela distribuição de nutrientes para as células e coleta de suas excretas metabólicas para serem eliminadas por órgãos excretores. Ele é fundamental para a vida, desempenhando papéis importantíssimos e vitais para o funcionamento do organismo animal.

Estritamente, o sistema circulatório pode ser visto como uma rede de distribuição do sangue. No entanto, de forma mais abrangente, ele é composto pelo sistema cardiovascular, que transporta o sangue, e pelo sistema linfático, que distribui a linfa. Em humanos e outros vertebrados, o sistema cardiovascular é fechado, o que significa que o sangue nunca deixa a rede de artérias, veias e capilares em condições fisiológicas.

Principais Componentes do Sistema Circulatório Humano:

  • Coração: O principal órgão propulsor, funcionando como uma bomba que impulsiona o sangue por todo o corpo. Localizado na cavidade torácica, entre os pulmões, com a parte maior voltada mais à esquerda do plano mediano.

  • Vasos Sanguíneos: As vias de transporte por onde o sangue circula. Dividem-se em:

    • Artérias: Vasos que levam o sangue para fora do coração, distribuindo-o para todo o corpo. Suas paredes são mais espessas devido à maior pressão sanguínea.

    • Veias: Vasos que trazem o sangue de volta dos tecidos para o coração. Possuem válvulas internas que impedem o refluxo sanguíneo.

    • Capilares: Vasos sanguíneos microscópicos, com apenas uma camada de células, responsáveis pelas trocas de gases e nutrientes entre o sangue e o meio interno.

  • Sangue: O material líquido que transporta nutrientes, oxigênio, hormônios e recolhe resíduos do corpo.

  • Linfa: Um fluido produzido quando o sangue passa pelos capilares e vaza para os espaços entre as células.

  • Vasos Linfáticos: As vias de transporte da linfa, que a drenam do espaço entre as células (intersticial) para as veias subclávias.

Funções Essenciais do Sistema Circulatório:

  • Transporte de Elementos Essenciais: Conduz oxigênio para as células, hormônios liberados pelas glândulas endócrinas para os tecidos, e nutrientes dos locais de absorção para as células.

  • Remoção de Resíduos: Coleta dióxido de carbono para sua eliminação nos pulmões e excretas metabólicos e celulares para os órgãos excretores, como os rins.

  • Defesa Imunológica: Atua no sistema imunológico contra infecções.

  • Termorregulação: Ajuda a regular a temperatura corporal. Em altas temperaturas, promove a vasodilatação dos vasos periféricos; em baixas temperaturas, provoca vasoconstrição periférica.

  • Manutenção da Homeostase: De modo geral, o sistema circulatório mantém as células em condições adequadas para que consigam sobreviver e desempenhar suas funções individuais da melhor maneira, permitindo a manutenção do equilíbrio interno do organismo.

2. O Coração: A Bomba Perfeita

O coração é o motor do sistema circulatório, uma bomba muscular e oca, dividida em quatro espaços internos chamados câmaras cardíacas.

  • Câmaras Superiores: Os átrios (átrio direito e átrio esquerdo).

  • Câmaras Inferiores: Os ventrículos (ventrículo direito e ventrículo esquerdo).

É importante notar a distinção do sangue nos lados do coração:

  • O lado direito do coração carrega sangue pobre em oxigênio (venoso), geralmente representado pela cor azul em diagramas didáticos.

  • O lado esquerdo do coração carrega sangue rico em oxigênio (arterial), representado pela cor vermelha.

O Ciclo Cardíaco: Ritmo da Vida O sangue se mantém em movimento graças às contrações cardíacas, conhecidas como sístole, e ao relaxamento do músculo cardíaco, chamado diástole. Esse processo é chamado de ciclo cardíaco, que ocorre a cada batimento cardíaco e permite o fluxo adequado de sangue por todo o sistema cardiovascular.

De forma simplificada:

  • Primeiro, ocorre a contração dos átrios (sístole atrial), impulsionando o sangue para os ventrículos.

  • Logo após, acontece a contração dos ventrículos (sístole ventricular), empurrando o sangue para as artérias (pulmonares ou aorta).

As válvulas cardíacas são cruciais para garantir o fluxo adequado e unidirecional do sangue, impedindo o refluxo. As principais válvulas mencionadas nas fontes são a válvula aórtica (semilunar), a válvula pulmonar, a valva tricúspide e a válvula mitral (bicúspide).

O ciclo cardíaco é controlado pelo sistema de condução elétrica do coração, que sincroniza as contrações dos átrios e ventrículos, e também sofre influência do sistema nervoso autônomo.

3. A Dupla Jornada do Sangue: Pequena e Grande Circulação

No sistema circulatório humano, o sangue segue um caminho contínuo, passando duas vezes pelo coração antes de completar um ciclo. Por isso, o sistema pode ser dividido em dois segmentos principais, que juntos formam a circulação dupla: a circulação pulmonar (ou pequena circulação) e a circulação sistêmica (ou grande circulação).

3.1. Pequena Circulação (Circulação Pulmonar)

A Pequena Circulação, também chamada de Circulação Pulmonar, é a parte da circulação sanguínea na qual o sangue é bombeado para os pulmões e retorna rico em oxigênio de volta ao coração. Em síntese, é uma circulação coração-pulmão-coração.

Caminho do Sangue na Pequena Circulação:

  1. Início no Ventrículo Direito: O sangue, pobre em oxigênio (venoso), entra no ventrículo direito.

  2. Saída para os Pulmões: É bombeado para o tronco da artéria pulmonar, que se divide nas artérias pulmonares (direcionando-se para os pulmões).

    • Atenção para concursos! Uma das pegadinhas mais comuns é sobre o tipo de sangue transportado. Ao contrário da regra geral, as artérias pulmonares carregam sangue venoso (pobre em oxigênio).

  3. Chegada aos Pulmões: Nos pulmões, o sangue percorre as arteríolas pulmonares e capilares pulmonares.

  4. Trocas Gasosas (Hematose): Nos capilares pulmonares, que envolvem os alvéolos, ocorre a hematose. Nesse processo, o gás carbônico do sangue é eliminado para os alvéolos, e o oxigênio presente nos alvéolos é absorvido, enriquecendo o sangue. A partir daqui, o sangue se torna arterial (rico em oxigênio).

  5. Retorno ao Coração: O sangue, agora rico em oxigênio (arterial), passa pelas vênulas pulmonares e, em seguida, pelas veias pulmonares.

    • Atenção para concursos! Outra pegadinha: as veias pulmonares carregam sangue arterial (rico em oxigênio), o oposto das veias na grande circulação.

  6. Término no Átrio Esquerdo: As veias pulmonares desaguam no átrio esquerdo do coração.

Em resumo, a pequena circulação começa no ventrículo direito e termina no átrio esquerdo. O sangue venoso (pobre em oxigênio) sai do coração e vai para os pulmões pelas artérias pulmonares; uma vez oxigenado, ele retorna ao coração através das veias pulmonares (com sangue rico em oxigênio).

3.2. Grande Circulação (Circulação Sistêmica ou Geral)

A Grande Circulação, também conhecida como Circulação Sistêmica ou Circulação Geral, é o circuito da circulação sanguínea dupla que transporta o sangue oxigenado do coração para todo o resto do corpo, e retorna o sangue pobre em oxigênio de volta para o coração. É, em termos de distância, muito mais longa que a circulação pulmonar.

Caminho do Sangue na Grande Circulação:

  1. Início no Ventrículo Esquerdo: A circulação sistêmica começa no ventrículo esquerdo do coração, que bombeia o sangue arterial (rico em oxigênio).

  2. Saída para a Aorta: O sangue é ejetado para a artéria aorta, a maior artéria do corpo. A abertura da válvula aórtica (semilunar) permite a passagem do sangue, e seu fechamento produz a segunda bulha cardíaca.

  3. Distribuição pelo Corpo: Da aorta, derivam numerosos ramos que levam o sangue para diversas regiões do organismo. Estes incluem:

    • Artérias Carótidas: Levam sangue ao cérebro.

    • Artérias Subclávias: Vão para os membros superiores.

    • Artérias Bronquiais: Para brônquios e pulmões (no contexto da nutrição pulmonar).

    • Artérias do Esôfago e Intercostais: Para as respectivas regiões.

    • Artérias Ilíacas: Para os membros inferiores (ramificação final da aorta).

  4. Trocas nos Tecidos: Nos capilares sanguíneos dos tecidos e órgãos, ocorrem as trocas de substâncias, onde o oxigênio e nutrientes são entregues às células, e o gás carbônico e outros resíduos são coletados. Após essas trocas, o sangue se torna pobre em oxigênio (venoso).

  5. Retorno ao Coração: O sangue venoso retorna ao coração pelas vênulas e, em seguida, pelas veias cavas (veia cava superior e veia cava inferior).

  6. Término no Átrio Direito: As veias cavas introduzem o sangue no átrio direito do coração.

Em síntese, a grande circulação é um circuito que vai do ventrículo esquerdo até o átrio direito do coração.

3.3. Circulação Coronária

Embora seja uma parte da circulação sistêmica, a circulação coronária merece destaque. Ela é o sistema circulatório que fornece sangue oxigenado e nutrientes ao próprio músculo cardíaco (miocárdio). É considerada separadamente por sua importância médica e porque sua fisiologia apresenta aspectos particulares. Problemas nesta circulação podem levar a condições graves como ataques cardíacos.

4. Controle Cardiovascular: Uma Orquestra Complexa

A manutenção dos níveis pressóricos dentro de uma faixa de normalidade e o ajuste apropriado da frequência e contratilidade cardíacas, além do estado contrátil dos vasos, dependem de diferentes sistemas controladores. Essa modulação envolve uma interação complexa de mecanismos neuro-humorais.

4.1. Regulação Reflexa e Hormonal: Sensores e Respostas

Entre os sensores periféricos mais importantes na modulação cardiovascular, destacam-se:

  • Pressorreceptores Arteriais (Barorreceptores):

    • São o mecanismo mais importante de controle reflexo da pressão arterial (PA) momento a momento.

    • Localizam-se na adventícia de grandes vasos, como a aorta e as carótidas.

    • São estimulados por deformações nas paredes desses vasos, provocadas pela onda de pressão.

    • Quando a PA se eleva, os pressorreceptores são ativados, gerando potenciais de ação que são conduzidos ao sistema nervoso central (SNC), especificamente ao núcleo do trato solitário (NTS).

    • Isso leva a um aumento da atividade vagal (parassimpática) no coração, resultando em queda da frequência cardíaca (FC) e redução da contratilidade cardíaca (bradicardia).

    • Simultaneamente, o tônus simpático para o coração e vasos é reduzido, levando à queda da resistência vascular periférica e, consequentemente, à redução da PA.

    • Adaptação dos Pressorreceptores (muito cobrado!): Uma característica importante é a adaptação. Alterações sustentadas na PA (para mais ou para menos) deslocam a faixa de funcionamento dos pressorreceptores para o novo nível de PA, que passa a ser reconhecido como "normal". Isso significa que, em indivíduos hipertensos, os pressorreceptores se adaptam à PA elevada, colaborando para manter o nível anormal de PA, embora ainda ajudem a controlar as variações momento a momento. A adaptação na hipertensão se acompanha de queda de sensibilidade dos pressorreceptores, o que implica que, para uma mesma variação de PA, os hipertensos têm menos informações e, consequentemente, uma deficiência na regulação reflexa da PA. A redução da variabilidade da PA promovida por esse reflexo é crucial, e a atenuação do barorreflexo é um fator de risco independente para morte súbita após infarto do miocárdio.

  • Quimiorreceptores Arteriais:

    • Estrategicamente localizados nos corpúsculos aórticos e carotídeos no circuito arterial.

    • Detectam alterações nos valores de pressão parcial de oxigênio (PO2), pressão parcial de gás carbônico (PCO2) e/ou pH.

    • Desencadeiam respostas homeostáticas para corrigir essas variações.

    • Por exemplo, quedas na PO2 e no pH, ou elevações na PCO2, alteram a frequência dos potenciais das aferências quimiossensíveis que se projetam no NTS, no SNC, determinando alterações na PA.

    • Sua estimulação também aumenta a frequência e amplitude da respiração, promovendo aumento da ventilação para restaurar os gases sanguíneos e o pH.

    • A ativação dos quimiorreceptores leva ao aumento da pressão arterial por constrição dos vasos de resistência nos músculos esqueléticos e nos leitos esplâncnico e renal, determinada pela ativação simpática.

  • Receptores Cardiopulmonares:

    • Ativados por mudanças na pressão nas câmaras cardíacas e distribuídos em três grupos:

      1. Receptores no endocárdio nas junções das veias cavas e pulmonares com os átrios. Conectados ao SNC por fibras vagais mielinizadas. Ativados pelo enchimento e contração atriais, provocam aumento da FC por elevação da atividade simpática para o nó sino-atrial, ajudando a manter o volume cardíaco constante durante aumentos no retorno venoso. Também causam aumento do débito urinário por inibição do hormônio antidiurético e redução da atividade simpática renal.

      2. Receptores difusamente distribuídos por todas as câmaras cardíacas, conectados ao SNC por fibras vagais não-mielinizadas. Quando ativados, comportam-se como os mecanorreceptores carotídeos e aórticos, reduzindo a atividade simpática e aumentando a atividade do vago para o coração.

      3. Receptores difusamente distribuídos por todas as câmaras cardíacas, conectados à medula espinhal por fibras mielinizadas e não-mielinizadas que trafegam com os nervos simpáticos. Ativados por estímulos mecânicos ou químicos, parecem ser importantes em áreas isquêmicas do miocárdio, onde também ocorre dor.

    • A disfunção do reflexo cardiopulmonar tem sido observada em condições como hipertensão arterial com hipertrofia ventricular e na doença de Chagas.

  • Sistema Renina-Angiotensina (SRA):

    • Um sistema hormonal crucial na regulação da pressão arterial e do equilíbrio eletrolítico.

    • Sua definição clássica envolve uma cascata enzimática na circulação:

      • Renina (secretada pelas células justaglomerulares do rim) cliva o angiotensinogênio (produzido no fígado).

      • Isso gera o decapeptídeo inativo Angiotensina I.

      • A Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) transforma a Angiotensina I em Angiotensina II.

    • A Angiotensina II é a substância ativa mais importante, exercendo funções em órgãos-alvo distantes. No entanto, sabe-se hoje que o SRA também pode agir localmente em tecidos (funções intrácrina, autócrina, parácrina).

    • A Angiotensina II atua diretamente sobre o músculo liso vascular (causando vasoconstrição), regula o volume por meio da aldosterona, e tem ações centrais e periféricas no controle da atividade simpática, contribuindo decisivamente para o processo hipertensivo.

    • Importância Clínica (muito cobrado!): A relevância do SRA na hipertensão é demonstrada pelo valor terapêutico de drogas como os bloqueadores da ECA, antagonistas dos receptores da Angiotensina II e inibidores da renina. Além disso, a Angiotensina II atua como fator de crescimento, contribuindo para alterações estruturais vasculares (hipertrofia e hiperplasia) e cardíacas (hipertrofia), que acompanham diversas doenças cardiovasculares.

4.2. O Papel Central do Sistema Nervoso Autônomo (SNA) e Simpático

O sistema nervoso autônomo e, mais especificamente, o sistema nervoso simpático, é a principal via eferente na regulação do calibre e reatividade vascular, do débito cardíaco e do volume.

  • Sistema Nervoso Simpático e a Gênese da Hipertensão Arterial:

    • Muitas evidências apontam fortemente para a participação do aumento da atividade do sistema nervoso simpático na patogênese da hipertensão arterial.

    • Em fases iniciais da hipertensão primária, detecta-se um aumento do tônus simpático. Isso é evidenciado por:

      • Efeito mais intenso de agentes simpatolíticos ou bloqueadores adrenérgicos na redução da PA.

      • Níveis elevados de noradrenalina plasmática.

      • Aumento da atividade simpática com registro direto (microneuronografia).

      • Maior sensibilidade à noradrenalina (maiores aumentos de PA durante a infusão).

    • Estudos com jovens filhos de hipertensos (conteúdo prioritário para concursos) mostram níveis mais elevados de PA, catecolaminas séricas e maior atividade simpática periférica, sugerindo um determinante genético para o aumento do tônus simpático e seu envolvimento precoce na gênese da hipertensão arterial.

    • Apesar dessas fortes evidências, a hiperatividade simpática isolada nem sempre é capaz de provocar hipertensão arterial sozinha, sendo que a hipertensão é multifatorial e a atividade simpática aumentada pode interagir com outros fatores. As catecolaminas liberadas pelos nervos simpáticos também podem estimular mecanismos tróficos nos vasos, induzindo hipertrofia vascular e mantendo a hipertensão.

    • A ligação entre estresse emocional e hipertensão arterial e o papel do estresse na gênese da doença são áreas de grande interesse. Observa-se que hipertensos e indivíduos com predisposição podem apresentar maior estresse e responder de forma diferente a ele.

  • Sistema Nervoso Simpático como Mantenedor da Hipertensão Arterial:

    • Em pacientes com hipertensão estabelecida de meia-idade, a hiperatividade simpática sustentada pode não ser tão sistematicamente documentada, com níveis elevados de catecolaminas sendo detectados em uma pequena proporção de pacientes, possivelmente devido a alterações na depuração de noradrenalina. No entanto, a atividade simpática regional é diretamente proporcional ao nível de hipertensão arterial.

    • Uma alteração importante no SNA que influencia diretamente o tônus simpático é a alteração no controle reflexo dos barorreceptores, detectada em qualquer forma de hipertensão estabelecida. A menor sensibilidade do barorreflexo em hipertensos pode ser a principal determinante da maior variabilidade da PA que eles apresentam. Postula-se que a menor inibição dos centros vasomotores, resultante da adaptação dos barorreceptores, pode ser responsável pelo aumento da atividade simpática e pela perpetuação da hipertensão.

    • O aumento da morbidade e mortalidade cardiovasculares que acometem pacientes nas primeiras horas da manhã é associado ao sistema simpático. Nesse período, ocorre um aumento abrupto da atividade α-simpática, levando a vasoconstrição arterial e elevação súbita da pressão arterial. Este aumento é parcialmente responsável pela maior ocorrência de morte súbita, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio nas primeiras horas do dia.

5. Problemas Comuns na Circulação e Suas Consequências

Quando o sistema circulatório apresenta falhas, diversas doenças podem ser desenvolvidas, muitas vezes com consequências graves se negligenciadas. Sentir dores nas pernas pode ser um sinal de preocupação, pois os membros inferiores são frequentemente afetados.

Problemas de Circulação Mais Comuns:

  • Varizes:

    • Ocorrem quando as veias sob a pele se dilatam, causando inchaço e dor.

    • Mais frequentes em pessoas com predisposição genética ou durante a gravidez.

    • As válvulas nas veias das pernas (que evitam o retorno do sangue para os pés) falham, causando acúmulo de sangue nos vasos, deformação das veias e, em casos graves, feridas.

    • O tratamento geralmente envolve cirurgia para remover os vasos doentes.

  • Trombose Venosa:

    • Condição perigosa onde uma veia entope devido à formação de um coágulo de sangue.

    • O coágulo impede a circulação normal e pode se fragmentar, afetando outros órgãos (como os pulmões, no caso de embolia pulmonar), podendo ser fatal.

    • Mais comum em pacientes que precisam ficar deitados por muito tempo.

    • Tratada com anticoagulantes ou, em casos graves, cirurgia.

  • Hipertensão Arterial (Pressão Alta):

    • Uma doença crônica (sem cura, mas controlável) que danifica os vasos sanguíneos e pode impactar o funcionamento dos rins, coração, cérebro e olhos.

    • Fatores desencadeantes: tendência hereditária, consumo excessivo de sal, maus hábitos alimentares, tabaco, obesidade e consumo de álcool.

    • Controlada com medicamentos anti-hipertensivos, dieta saudável e exercícios físicos.

  • Acidente Vascular Cerebral (AVC):

    • Prejudica o fluxo sanguíneo do cérebro, podendo causar sequelas ou morte.

    • Pode ser:

      • Isquêmico: Entupimento de vasos cerebrais por placas de gordura.

      • Hemorrágico: Ruptura de uma artéria cerebral, causando sangramentos intracranianos ("derrame").

    • Principais causas: hipertensão arterial descontrolada, tabagismo, excesso de álcool, maus hábitos alimentares, colesterol elevado e estresse.

    • Considerado uma emergência médica, requer encaminhamento imediato ao hospital.

  • Aneurisma:

    • Dilatação da parede de uma artéria que pode se romper, causando sangramentos e hemorragia interna.

    • Muitas vezes, a dilatação ocorre sem ruptura por anos.

    • Causas: pressão arterial descontrolada e hábitos prejudiciais.

    • Mais frequente no cérebro, mas também pode ocorrer em artérias do abdômen, rins e coração. Mais perigoso quando em artérias cerebrais ou na aorta abdominal/torácica.

Sinais que Indicam Problemas na Circulação: É fundamental estar atento às alterações no corpo. Sinais comuns incluem:

  • Dores nas Pernas: Especialmente sem esforço incomum, pois as veias não conseguem fazer o sangue retornar ao coração eficientemente, causando acúmulo e inflamação. Cansaço inexplicável nas pernas que obriga a paradas frequentes.

  • Inchaço: Acúmulo de líquidos, principalmente nos pés, devido ao sangue não retornar ao coração em quantidade suficiente.

  • Cãibras: Nas pernas e extremidades, áreas distantes do coração.

  • Alteração na Coloração da Pele: Tons mais arroxeados, especialmente nos membros inferiores, mais evidentes após longos períodos em pé ou sentado.

Ao notar qualquer alteração que possa estar relacionada ao sistema circulatório, procure ajuda médica para investigar as causas e iniciar o tratamento adequado.

6. Como Manter a Circulação Sanguínea Saudável: Dicas Essenciais

A prevenção é a melhor forma de cuidar da sua saúde circulatória. Muitos problemas de circulação decorrem de maus hábitos, tornando a mudança de estilo de vida crucial.

Medidas para uma Circulação Saudável:

  • Dieta Equilibrada: Rica em verduras, frutas e legumes, que fornecem nutrientes que ativam a circulação e fortalecem os vasos sanguíneos.

  • Atividade Física Regular: Ao movimentar o corpo, os tecidos consomem mais oxigênio e glicose, aumentando o fluxo sanguíneo para suprir a demanda e melhorar a disponibilidade de oxigênio e nutrientes.

    • Exercícios Dinâmicos (Isotônicos): Como a dança, envolvem contração muscular e movimento articular. Levam ao aumento da frequência cardíaca proporcional à massa muscular.

    • Exercícios Estáticos (Isométricos) / Resistidos (Musculação): Envolvem contração muscular sem movimento articular significativo, ou com resistência. Podem levar a um aumento da pressão arterial devido à compressão dos vasos sanguíneos. É importante que sejam monitorados para pessoas com predisposição a problemas cardiovasculares.

  • Check-ups Anuais: Permitem verificar o funcionamento do sistema circulatório e identificar precocemente quaisquer problemas.

Negligenciar um problema de circulação pode agravar a situação e levar a danos irreversíveis. Adotar hábitos saudáveis e realizar acompanhamento médico são passos fundamentais para garantir a saúde do seu sistema cardiovascular.

Lista de Exercícios:

Questão 1: Qual é o nome dado à etapa da circulação sanguínea em que o sangue é oxigenado nos pulmões?

a) Circulação cardíaca
b) Circulação sistêmica
c) Pequena circulação
d) Grande circulação

Questão 2: Onde ocorre a troca gasosa durante a pequena circulação?

a) Nos rins
b) No coração
c) Nos pulmões
d) No fígado

Questão 3: O que acontece na grande circulação após o sangue ser bombeado pelo ventrículo esquerdo?

a) O sangue é bombeado para os pulmões
b) O sangue retorna ao coração através das veias pulmonares
c) O sangue é distribuído para os órgãos e tecidos do corpo
d) O sangue é oxigenado

Gabarito:

  1. c) Pequena circulação

  2. c) Nos pulmões

  3. c) O sangue é distribuído para os órgãos e tecidos do corpo