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02/03/2024 • 16 min de leitura
Atualizado em 11/07/2025

Sistemas do corpo humano: Digestório

Sistema Digestório: Seu Guia Completo para Entender a Digestão e Manter a Saúde

Bem-vindo(a) ao seu material de apoio definitivo sobre o Sistema Digestório! Se você busca compreender de forma clara e aprofundada como seu corpo processa os alimentos, absorve nutrientes essenciais e elimina resíduos, você está no lugar certo. Este guia foi elaborado para ser o mais didático e completo possível, abordando desde os conceitos mais básicos até as complexidades e doenças frequentemente cobradas em provas e concursos, com foco total na sua compreensão e no seu bem-estar.

Popularmente conhecido como "aparelho digestivo", a terminologia mais recente e academicamente adotada no Brasil pela Comissão de Terminologia Anatômica da Sociedade Brasileira de Anatomia é "Sistema Digestório". Ambas as formas referem-se ao mesmo conjunto de órgãos e processos vitais para a nossa existência.

O Que É e Por Que É Tão Importante?

O Sistema Digestório é um complexo conjunto de órgãos e glândulas que trabalham em conjunto para converter os alimentos que ingerimos em substâncias menores e assimiláveis. Essas substâncias, chamadas nutrientes, são cruciais para todas as funções do nosso organismo, desde o crescimento e a reprodução até a locomoção e a manutenção da energia vital (homeostase). Sem ele, nosso corpo não conseguiria a matéria-prima e a energia necessárias para funcionar.

Para que você consiga absorver o máximo de nutrientes, o sistema digestório executa quatro etapas fundamentais e coordenadas:

  1. Ingestão: O ato de colocar o alimento para dentro do corpo, começando pela boca.

  2. Digestão: A quebra das moléculas grandes dos alimentos em partículas menores.

  3. Absorção: O transporte dos nutrientes, água e eletrólitos do trato digestório para a corrente sanguínea ou linfática, para serem distribuídos às células.

  4. Eliminação: A remoção dos resíduos não digeridos ou não absorvidos na forma de fezes.

A similaridade entre os sintomas pode confundir o que é e o que não é um problema digestivo. Cerca de quatro em cada dez adultos no mundo sofrem de distúrbios gastrointestinais funcionais de gravidade variável. Por isso, entender como ele funciona é o primeiro passo para cuidar da sua saúde digestiva.

A Jornada do Alimento: Órgãos do Sistema Digestório

O sistema digestório é composto por um longo tubo muscular, que pode medir de 6 a 9 metros em um adulto, começando na boca e terminando no ânus. Além do trato gastrointestinal, diversas glândulas acessórias atuam no processo, liberando substâncias essenciais.

Vamos acompanhar o alimento em sua jornada, etapa por etapa:

1. Boca (Cavidade Oral): O Início da Transformação

A digestão começa na boca, onde o alimento passa pelas primeiras transformações.

  • Mastigação (Digestão Mecânica): Seus dentes e língua trabalham em conjunto para cortar, triturar e amassar o alimento, reduzindo-o a pedaços menores. Essa ação mecânica é crucial, pois quanto menor o alimento, maior a superfície exposta para a ação das enzimas, tornando a digestão mais eficiente.

    • Dúvida Comum: "Por que minha mãe sempre dizia para mastigar bem a comida?" - Porque a mastigação eficiente facilita todo o processo digestivo, aliviando o trabalho dos órgãos seguintes.

  • Salivação (Digestão Química): As glândulas salivares (parótida, submandibular e sublingual) secretam a saliva, que se mistura ao alimento mastigado. A saliva é composta por água, muco, íons e, principalmente, a enzima amilase salivar (ou ptialina).

    • A amilase salivar inicia a digestão dos carboidratos complexos, como o amido, quebrando-os em açúcares menores (maltose).

    • O muco presente na saliva ajuda a lubrificar o alimento, facilitando a deglutição.

    • Os sais na saliva, como o bicarbonato, ajudam a manter um pH neutro na boca, ideal para a ação da ptialina e importante para proteger os dentes contra a desmineralização.

  • Formação do Bolo Alimentar: Após a mastigação e a mistura com a saliva, o alimento é transformado em uma massa macia e úmida, pronta para ser engolida, chamada bolo alimentar.

  • Deglutição: A língua empurra o bolo alimentar para a faringe. Durante o ato de engolir, a epiglote (uma "tampa" na garganta) se fecha para impedir que o alimento vá para a traqueia (o tubo respiratório) e o encaminha para o esôfago.

    • Dúvida Comum: "Por que nos engasgamos?" - O engasgo ocorre quando a epiglote falha em seu fechamento, permitindo que o bolo alimentar entre no lugar errado (a traqueia).

2. Faringe: A Passagem Compartilhada

A faringe é uma estrutura que pertence tanto ao sistema respiratório quanto ao digestório. Ela funciona como uma área de transição, direcionando o bolo alimentar para o esôfago e o ar para a traqueia, com o auxílio crucial da epiglote.

3. Esôfago: O Condutor Musculoso

O esôfago é um tubo muscular que conecta a faringe ao estômago.

  • Peristaltismo: No esôfago, o bolo alimentar é empurrado por meio de contrações musculares involuntárias, chamadas movimentos peristálticos ou peristaltismo. Essa onda de contração garante que o alimento se mova em direção ao estômago, independentemente da gravidade.

  • Esfíncteres: O esôfago possui um esfíncter esofágico superior (EES) e um esfíncter esofágico inferior (EEI), que abrem e fecham para controlar a passagem do alimento e evitar o refluxo.

    • O terço inicial do esôfago é composto por músculo esquelético (controle voluntário), enquanto os dois terços finais são de músculo liso (controle involuntário).

  • Função Não-Digestiva/Absortiva: O esôfago não realiza digestão química nem absorção de nutrientes. Suas glândulas secretam muco para manter as paredes úmidas e lubrificadas, protegendo-as contra a abrasão do alimento e o possível refluxo ácido do estômago.

4. Estômago: Onde as Proteínas Começam a Ser Quebradas

O estômago é uma porção dilatada e em formato de bolsa do trato digestivo, localizada abaixo do diafragma. Ele pode se expandir significativamente para armazenar cerca de 2 litros de alimento e líquido.

  • Digestão Mecânica: As paredes musculares do estômago realizam fortes contrações e relaxamentos, misturando vigorosamente o bolo alimentar com as secreções gástricas, como se fosse uma batedeira. Isso ajuda a quebrar fisicamente o alimento em pedaços ainda menores. Os esfíncteres (esofágico na entrada e pilórico na saída) são cruciais para "fechar" o estômago durante essa ação, evitando o extravasamento.

  • Digestão Química: A principal função do estômago é iniciar a digestão química das proteínas. Ele secreta o suco gástrico, um líquido altamente ácido.

    • Ácido Clorídrico (HCl): Componente principal do suco gástrico, responsável por manter o pH extremamente ácido (entre 0,9 e 2,0). Essa acidez tem múltiplas funções:

      • Ajuda a desdobrar proteínas, facilitando a ação enzimática.

      • Atua como ação bactericida, destruindo boa parte das bactérias ingeridas com os alimentos.

      • Converte o pepsinogênio (forma inativa da enzima) em pepsina (forma ativa).

    • Pepsina: A principal enzima do estômago. Ela atua em ambientes ácidos, rompendo as ligações peptídicas das proteínas e transformando-as em polipeptídeos menores. A digestão completa em aminoácidos ocorrerá no intestino delgado.

    • Muco: A mucosa gástrica produz uma densa camada de muco que a protege da agressão do próprio ácido clorídrico e da pepsina. Essa mucosa é constantemente regenerada, sendo substituída a cada três dias.

    • Hormônios: O estômago também produz hormônios, como a gastrina, que estimula a secreção de ácido gástrico e o crescimento da mucosa.

  • Formação do Quimo: Após a intensa mistura com o suco gástrico, o bolo alimentar se transforma em uma massa viscosa e ácida chamada quimo.

  • Esvaziamento Gástrico: O quimo é liberado lentamente para o intestino delgado através do piloro (uma região estreitada com um esfíncter muscular). Esse controle é vital para que o intestino delgado tenha tempo de neutralizar a acidez e digerir os nutrientes adequadamente.

    • Dúvida Comum: "É verdade que mascar chiclete sem comer pode causar dor de estômago?" Sim, o cheiro, sabor e mastigação (fase cefálica) podem estimular a produção de suco gástrico. Se não há alimento para ser digerido, o ácido pode irritar a mucosa, potencialmente levando a desconforto ou gastrite.

5. Intestino Delgado: O Grande Centro de Digestão e Absorção

O intestino delgado é um tubo longo, com mais de seis metros de comprimento, onde ocorre a maior parte da digestão e a assimilação dos nutrientes. Ele se divide em três partes:

  • Duodeno: É a primeira porção, com cerca de 25 cm. No duodeno, o quimo (ainda ácido) recebe uma série de secreções cruciais de glândulas acessórias:

    • Suco Pancreático: Produzido pelo pâncreas (uma glândula anexa). É uma solução alcalina, rica em bicarbonato (que neutraliza a acidez do quimo, transformando-o em quilo) e em diversas enzimas:

      • Amilase Pancreática: Continua a digestão de amidos e polissacarídeos em maltose e polímeros menores de glicose.

      • Tripsina e Quimiotripsina: Atuam na digestão de proteínas e polipeptídeos.

      • Lipase Pancreática: Essencial para a digestão de gorduras (triglicerídeos) em ácidos graxos e monoglicerídeos, após a emulsificação pela bile.

      • Nucleases Pancreáticas: Atuam nos ácidos nucleicos.

      • Colesterol Esterase: Digere ésteres de colesterol.

    • Bile: Produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar. A bile não contém enzimas digestivas. Sua principal função é atuar como um emulsificante de gorduras, ou seja, ela "quebra" as grandes gotas de gordura em partículas microscópicas (como um detergente), facilitando a ação da lipase pancreática. Além disso, o pH alcalino da bile ajuda a neutralizar o ácido do quimo. Os sais biliares também formam micelas, pequenos glóbulos esféricos que solubilizam os produtos da digestão da gordura para transporte e absorção.

      • Prioridade para Concursos: O fígado tem inúmeras funções vitais que vão além da digestão, tornando-o um órgão muito cobrado. Ele também:

        • Armazena e libera glicose na forma de glicogênio, funcionando como um reservatório de energia.

        • Elimina toxinas do sangue, enviando-as aos rins para excreção.

        • Armazena vitaminas (A, D, B12, K) e minerais (ferro, cobre).

        • Produz colesterol, essencial para a formação de células.

        • Produz a maioria das proteínas plasmáticas, como a albumina (importante para manter a água na circulação) e fatores de coagulação.

        • Destrói hemácias velhas e microrganismos.

        • Metaboliza medicamentos.

        • Transforma amônia em ureia.

    • Suco Intestinal (ou Entérico): Produzido pelas glândulas da própria mucosa intestinal. Contém enzimas que completam a digestão de lipídios, carboidratos e proteínas (peptidases, maltase, sacarase, lactase). Também possui pH básico para neutralizar completamente qualquer resquício de ácido gástrico.

  • Jejuno e Íleo: Após a digestão principal no duodeno, o quilo (agora mais líquido) segue para o jejuno (cerca de 2,5m) e depois para o íleo (cerca de 3,5m). Essas são as principais regiões de absorção de nutrientes.

    • Adaptações para Absorção (Muito cobrado!): O intestino delgado possui características que maximizam sua superfície de contato e, consequentemente, a absorção:

      • Longo Comprimento: Cerca de 6 metros.

      • Vilosidades: Dobras em seu revestimento interno, que aumentam significativamente a área.

      • Microvilosidades: Dobramentos microscópicos na superfície das células das vilosidades, formando a "borda em escova". Se todas as dobras fossem esticadas, o tecido intestinal poderia cobrir uma área de 300 metros quadrados, garantindo uma absorção de cerca de 95% dos nutrientes.

    • Absorção de Macronutrientes:

      • Carboidratos: São absorvidos principalmente como monossacarídeos (glicose, frutose, galactose). A glicose e galactose são absorvidas por transporte ativo secundário dependente de sódio, enquanto a frutose por difusão facilitada.

      • Proteínas: São absorvidas como aminoácidos, dipeptídeos e tripeptídeos. Os di e tripeptídeos são absorvidos por co-transporte com sódio, e os aminoácidos por transportadores dependentes ou não de sódio.

      • Gorduras: Após a emulsificação pela bile e digestão pela lipase, os ácidos graxos e monoglicerídeos são absorvidos. Dentro das células intestinais, eles são reesterificados e formam os quilomícrons, que são absorvidos pelos vasos linfáticos e, posteriormente, entram na corrente sanguínea.

    • Absorção de Água, Vitaminas e Minerais: Parte da água, eletrólitos, vitaminas e minerais também são absorvidos no intestino delgado.

6. Intestino Grosso: Água, Resíduos e Eliminação

O intestino grosso é a porção final do sistema digestório, muito menor que o delgado (cerca de 1,5 metro). É dividido em ceco (onde está o apêndice), cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, sigmoide e reto.

  • Funções Principais:

    • Reabsorção de Água e Sais Minerais: A principal função do intestino grosso é absorver a água (tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas) e os sais minerais que o intestino delgado não assimilou. Se muita água for absorvida, pode ocorrer constipação (intestino preso). Se pouca água for absorvida (devido a irritações, por exemplo), pode ocorrer diarreia.

    • Formação das Fezes: O material não digerido e não absorvido (principalmente fibras) se condensa e forma as fezes. As fibras alimentares são essenciais para a formação adequada das fezes e o bom funcionamento intestinal.

    • Produção de Muco: Glândulas na mucosa do intestino grosso secretam muco para lubrificar as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação.

    • Microbiota Intestinal: Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Elas dissolvem restos alimentares não absorvíveis, reforçam o movimento intestinal e protegem contra bactérias estranhas.

      • Dúvida Comum: "De onde vêm os gases?" A maioria dos gases (dióxido de carbono, nitrogênio, hidrogênio, metano) é produzida por essas bactérias. Gases que contêm enxofre produzem odores desagradáveis.

  • Reto e Ânus: O reto é a parte final do intestino grosso onde as fezes são armazenadas temporariamente. O ânus é a abertura final que controla a saída das fezes.

    • Defecação: A eliminação das fezes ocorre por um reflexo que envolve a contração do reto e o relaxamento de dois esfíncteres anais (um involuntário e outro voluntário). O esfíncter anal externo, por ser voluntário, nos permite controlar o momento da defecação.

Principais Problemas Digestivos e Doenças Relacionadas

Problemas digestivos são comuns e podem impactar significativamente a qualidade de vida. É fundamental observar sintomas persistentes e procurar um gastroenterologista para diagnóstico e tratamento adequados.

Alguns dos distúrbios digestivos mais comuns incluem:

  1. Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE): Caracteriza-se pelo retorno crônico do conteúdo do estômago para o esôfago, causando sintomas como azia (sensação de queimação e amargor na boca) e regurgitação. Pode também gerar dor de garganta, tosse e danos à mucosa esofágica. Uma das causas é a falha no esfíncter esofágico. O diagnóstico pode envolver a frequência dos sintomas, endoscopia ou pHmetria.

  2. Infecção por Helicobacter pylori (H. pylori): Uma bactéria comum que causa inflamação da mucosa gástrica, conhecida como gastrite. A maioria (80%) das pessoas infectadas é assintomática. A contaminação ocorre principalmente por água e alimentos infectados em locais de baixa higiene. A gastrite é uma inflamação da mucosa do estômago que também pode ser causada por uso de medicamentos, álcool e cigarro.

  3. Dispepsia Funcional (Indigestão): Problema digestivo que causa sensação incômoda de plenitude pós-prandial (alimentos persistindo no estômago), saciedade precoce, dor epigástrica e queimação. É considerada funcional quando esses sintomas são frequentes por pelo menos 3 meses, sem evidência de doença orgânica estrutural.

  4. Constipação Funcional (Intestino Preso): Caracterizada pela ausência, dificuldade ou diminuição das idas ao banheiro e sensação de evacuação incompleta. A constipação crônica pode levar a complicações como hemorroidas. Mudanças na alimentação, atividade física e equilíbrio do peso corporal são estratégias importantes.

  5. Síndrome do Intestino Irritável (SII): Identificada pela dor ou desconforto abdominal recorrente associado a alterações na frequência ou aparência das fezes. A origem é desconhecida, mas está ligada a disfunções motoras, hipersensibilidade visceral e alterações psicológicas.

Outros problemas comuns incluem:

  • Úlceras Gástricas: Feridas na mucosa estomacal, também causadas por H. pylori e alguns medicamentos.

  • Causas Emocionais: Ansiedade e estresse podem influenciar e até causar problemas digestivos como a SII e gastrite nervosa, devido à conexão entre o intestino e o cérebro (eixo cérebro-intestino).

  • Sintomas Gerais de Problemas Digestivos: Inchaço, constipação, diarreia, azia, náusea e vômito, dor na barriga, problemas de deglutição e ganho ou perda de peso.

Para dores, cólicas e espasmos na barriga, medicamentos antiespasmódicos, como o Buscopan, podem ser indicados, pois relaxam os músculos do trato digestivo e aliviam a dor.

Desequilíbrio Nutricional e Doenças Crônicas (Foco em Concursos!)

A nutrição não se trata apenas de comer, mas de obter os nutrientes necessários para a homeostase do corpo.

  • Nutrientes Essenciais: São minerais, vitaminas, ácidos graxos e aminoácidos que o corpo não consegue produzir e, portanto, precisam ser obtidos por uma dieta balanceada.

    • Desnutrição: Relacionada à qualidade da dieta, ou seja, ausência de um ou mais componentes essenciais. Exemplo: vegetarianos que não buscam fontes alternativas de aminoácidos essenciais.

    • Subnutrição: Relacionada à quantidade da dieta, ou seja, ingestão de menos calorias do que o corpo precisa. O corpo passa a digerir seus estoques de gordura e, em casos mais graves, suas próprias proteínas para obter energia.

  • Obesidade: Advém da ingestão de mais quilocalorias (energia) do que o corpo necessita, resultando no armazenamento do excedente como gordura. A obesidade é uma doença crônica não transmissível e está fortemente associada a outras patologias graves, como a hipertensão e o diabetes.

  • Diabetes (Muito Relevante!): Caracteriza-se pela alta concentração de açúcar (glicose) no sangue. A glicose precisa entrar nas células para ser usada como energia, e esse processo é regulado pelo hormônio insulina, produzido pelo pâncreas.

    • Diabetes Tipo I (Insulino-dependente): O pâncreas não produz insulina (ou não a produz corretamente/em quantidade suficiente). As células não "percebem" o açúcar no sangue. Não há prevenção, e o tratamento envolve a injeção de insulina.

    • Diabetes Tipo II (Insulino-independente): Geralmente, ocorre em pessoas obesas que ingerem muito açúcar ao longo da vida, levando as células a perderem a sensibilidade à insulina (resistência à insulina). Isso impede que as concentrações de açúcar no sangue diminuam. Pode ser evitado com hábitos alimentares saudáveis.

    • Consequências: Altas concentrações de açúcar aumentam a viscosidade do sangue, dificultando a circulação em vasos menores e podendo causar necrose (morte de tecidos) por falta de oxigenação.

Doenças Parasitárias: Um Problema de Saúde Pública (Sempre Presente em Provas!)

Diversos seres vivos podem infectar o sistema digestório humano, causando danos. Essas parasitoses são mais comuns em locais com déficit de saneamento básico.

  • Principais Parasitas Intestinais:

    • Nematódeos (vermes redondos): Ascaris lumbricoides (lombriga), Trichuris trichiura, Ancylostoma duodenale.

    • Platelmintos (vermes chatos): Taenia solium e Taenia saginata (tênias ou solitárias).

  • Transmissão: A infecção humana geralmente ocorre pela ingestão de água contaminada ou alimentos mal lavados contendo ovos ou larvas dos parasitas. As fezes de pessoas infectadas, se não tratadas em sistemas de esgoto adequados, podem contaminar água e solo, perpetuando o ciclo.

  • Saneamento Básico e Higiene: A falta de saneamento básico (disponibilidade de água potável, coleta e tratamento de esgoto, controle de pragas) é o principal fator que contribui para a disseminação dessas doenças.

    • Estima-se que para cada R$ 1,00 investido em saneamento básico, R$ 10,00 seriam economizados no tratamento de saúde da população.

    • Boas Práticas de Higiene Pessoal:

      • Lavar as mãos antes de se alimentar.

      • Não colocar as mãos sujas na boca.

      • Beber somente água filtrada ou fervida.

      • Lavar bem frutas e vegetais.

      • Evitar o consumo de carnes mal cozidas ou cruas, especialmente de porco.

Dicas Essenciais para Prevenir Problemas Digestivos e Cuidar do Seu Fígado

Manter uma boa saúde digestiva é fundamental para o bem-estar e a qualidade de vida. Siga estas dicas de prevenção:

  • Tenha uma dieta saudável e balanceada: Rica em fibras (mínimo de 25g por dia, até 30-40g). Inclua variedade de vegetais e fontes de proteína.

  • Faça refeições regularmente e com moderação: Coma porções adequadas e mastigue os alimentos devagar.

  • Mantenha-se hidratado: Beber bastante água ajuda na digestão das fibras e na manutenção do equilíbrio hídrico.

  • Pratique exercícios físicos regularmente: Pelo menos 30 minutos todos os dias.

  • Reduza e gerencie o estresse: O estresse afeta os nervos do sistema digestivo e pode alterar as funções digestivas.

  • Cuide do seu fígado: Evite sobrecarregá-lo com excesso de álcool, drogas e gorduras. Use medicamentos apenas com indicação médica para evitar hepatite medicamentosa.

  • Prevenção de parasitoses: Lave bem as mãos, beba água tratada, lave frutas e vegetais e evite carnes mal cozidas.

  • Consulte um profissional de saúde: Ao identificar sintomas digestivos persistentes, procure um gastroenterologista para avaliação e exames. O fígado, por exemplo, é um órgão "silencioso", e muitas doenças hepáticas não apresentam sintomas nas fases iniciais.

Com essas informações e práticas, você estará mais preparado(a) para cuidar da saúde do seu trato digestório e garantir que seu corpo receba toda a energia e os nutrientes de que precisa para uma vida plena!

Lista de Exercícios:

  1. Qual é a primeira etapa do sistema digestório?

    A) Intestino grosso
    B) Estômago
    C) Boca
    D) Intestino delgado

  2. Onde ocorre a absorção dos nutrientes no sistema digestório?

    A) Estômago
    B) Intestino grosso
    C) Boca
    D) Intestino delgado

  3. Qual órgão armazena as fezes antes de serem eliminadas do corpo?

    A) Fígado
    B) Pâncreas
    C) Intestino delgado
    D) Reto

Gabarito:

  1. C) Boca

  2. D) Intestino delgado

  3. D) Reto