Um fluxograma é fundamentalmente uma representação visual e descomplicada de processos complexos, muitas vezes difíceis de serem entendidos apenas com texto. Imagine-o como um mapa que ilustra graficamente a progressão de um procedimento ou sistema, detalhando cada passo com guias visuais. Ele mapeia a sequência de informações, atores e etapas dentro de um processo ou sistema.
A beleza de um fluxograma reside em sua capacidade de transformar a complexidade em clareza. Ao utilizar um conjunto de símbolos e formas padronizadas — como retângulos, losangos e setas — ele facilita a compreensão do fluxo de trabalho necessário para completar uma tarefa ou um conjunto de tarefas.
Esses diagramas são ferramentas extremamente úteis para demonstrar como determinadas coisas progridem, explicar um assunto ou até dar instruções sobre como um procedimento deve ser feito.
Embora popularmente conhecidos por sua aplicação em projetos de software para representar a lógica interna dos programas, os fluxogramas têm uma aplicabilidade universal. Você provavelmente já viu vários exemplos em diversas áreas, desde os mais humorísticos até os utilizados em campos técnicos como a programação de computadores e processos de engenharia.
Eles são excelentes ferramentas para quebrar informações complexas e torná-las fáceis de entender e seguir, sendo empregados em vendas, marketing, gestão de projetos, RH, programação de computadores, processos administrativos e de serviços, ajudando a explicar processos em todos os setores.
O primeiro método estruturado para mapear o fluxo de um processo, o fluxograma, foi introduzido por Frank Gilberth em 1921 à American Society of Mechanical Engineers (ASME). Sua apresentação, "Process Charts – First Steps in Finding the One Best Way", levou a ferramenta a ser incorporada ao currículo de engenharia industrial.
Nos anos 30, Allan H. Mogensen expandiu seu uso, capacitando homens de negócio. Mais tarde, em 1944, Art Spinager o levou para a Procter Gamble, difundindo seu uso em programas de melhoria. Em 1947, Bem S. Graham adaptou o fluxograma para incluir o fluxo de informações, desenvolvendo o fluxograma multi-fluxo, que mostrava diversos documentos e suas interações. A ASME, no mesmo ano, adotou um conjunto de símbolos derivados do trabalho de Gilberth.
Os fluxogramas ganharam grande notoriedade no universo dos programas de computadores, começando em 1947, quando Goldstine e von Neumann os utilizaram em seu trabalho "Planning and coding of problems for an electronic computing instrument, Part II, Volume 1". Foi no campo dos algoritmos de computadores que os fluxogramas atingiram seu auge.
Apesar de uma perda de popularidade no campo da computação na década de 70 com o surgimento de terminais interativos e linguagens de programação de terceira geração (que podiam expressar algoritmos de forma mais clara e concisa diretamente no código-fonte), o fluxograma continua sendo uma das melhores ferramentas para mapear e medir um processo. Com a popularização de técnicas de melhoria de processos como TQM, Lean e Six Sigma, e a difusão das normas ISO de padronização, o fluxograma permanece mais atual do que nunca.
A importância de um fluxograma reside em sua capacidade de representar processos de forma clara e visual. Ele facilita a compreensão das etapas de um procedimento, tornando mais simples identificar como as atividades se interconectam e qual é a sequência correta a ser seguida. Mas seus benefícios vão muito além da simples clareza.
Melhora a Compreensão e a Comunicação: Um fluxograma bem feito oferece uma visão abrangente e detalhada de um procedimento. Ele se torna uma linguagem universal para negócios eficientes, permitindo que todas as partes interessadas, independentemente do nível de expertise, compreendam o fluxo completo de um processo. Isso é incrivelmente útil para situações de treinamento de novos funcionários, auditoria e comunicação entre equipes, pois todos podem entender o fluxo de trabalho rapidamente sem explicações complexas.
Otimização e Identificação de Problemas: Um dos papéis mais cruciais dos fluxogramas é a capacidade de identificar gargalos, ineficiências, redundâncias ou passos desnecessários. Com o mapeamento visual, é possível analisar a eficácia do sistema, permitindo que ajustes sejam feitos para melhorar o desempenho e a qualidade e reduzir trabalho e custos desnecessários.
Padronização e Documentação: Fluxogramas servem como ferramentas de documentação valiosas, garantindo que os processos sejam bem descritos e possam ser facilmente seguidos ou auditados no futuro. Eles ajudam a formalizar a marca e a garantir a conformidade com normas e padrões de qualidade. A existência de fluxogramas é fundamental para a simplificação e racionalização do trabalho dentro de uma organização.
Tomada de Decisão Aprimorada: Ao apresentar informações complexas de forma clara, os fluxogramas auxiliam na tomada de decisões. Eles fornecem um mapa visual para gestores e equipes entenderem o escopo completo de projetos e suas dependências, orientando escolhas conscientes.
Redução de Custos e Re-trabalho: Ao alinhar e otimizar processos, como no caso da John Deere com peças de reposição, os fluxogramas podem reduzir significativamente os custos operacionais (por exemplo, eliminando pedidos urgentes e transporte aéreo caro) e o retrabalho.
Flexibilidade e Adaptabilidade: Podem ser tão simples ou complexos quanto o sistema que representam, atendendo a diversas necessidades de comunicação.
Para ler e criar um fluxograma eficaz, é essencial familiarizar-se com os símbolos padronizados que compõem sua linguagem visual. O uso dessas notações consistentes facilita a leitura e a compreensão de seu diagrama para todos os membros de sua equipe, evitando confusões.
A leitura padrão no ocidente para fluxogramas começa de cima para baixo e da esquerda para a direita. A Organização Internacional para Padronização (ISO) adotou um conjunto de padrões para a definição dos elementos de um fluxograma desde a década de 1970, com revisões periódicas que mantêm os elementos principais estáveis.
Aqui estão os símbolos básicos mais comuns e seus significados, que você definitivamente verá em concursos públicos e na prática profissional:
Oval (Terminator): Também chamada de "terminator" ou "pílula".
Significado: Simboliza o início ou o fim de um processo. É sempre usado nos dois pontos finais de um fluxograma, mas também pode aparecer durante o fluxo caso atividades específicas tenham finais por si só.
Flecha (Linha de Fluxo):
Significado: Mostra a direção do fluxo do processo. Indica a conexão entre dois elementos e a sequência das atividades. Podem ser usadas setas simples (uma direção) ou duplas (ambas as direções).
Retângulo (Processo/Operação):
Significado: Geralmente retrata uma tarefa, operação ou processo. É a forma mais utilizada na maior parte do fluxograma quando se exibe um processo com várias tarefas.
Diamante (Decisão):
Significado: Representa uma decisão a ser tomada ou um ponto onde o processo se bifurca. É usado principalmente em fluxogramas de "sim/não" ou chaves dicotômicas.
Paralelogramo (Entrada/Saída de Dados):
Significado: Esta forma representa a entrada ou saída de dados ou informações em um fluxograma. É usado principalmente em fluxogramas de dados.
Chave (Comentário/Anotação):
Significado: Usada para inserir comentários ou anotações adicionais ao longo do fluxograma. (Nota: Embora não explicitamente no Visme fonte 9, é um símbolo padrão comum em outras fontes como 151 e crucial para clareza).
É importante notar que existem muitos outros símbolos, dependendo do objetivo e da aplicação do fluxograma. No entanto, os listados acima são os mais básicos e comumente utilizados.
A escolha do tipo de fluxograma ideal depende do objetivo, do público-alvo e da complexidade do processo que você deseja mapear. Ao dominar os diferentes tipos, você poderá aplicar a ferramenta mais adequada para cada situação, seja para análise, comunicação ou otimização.
Vamos explorar os principais tipos de fluxogramas, organizados didaticamente do mais fácil de entender para os mais complexos e específicos, com foco em sua aplicação e relevância, incluindo aqueles frequentemente cobrados em concursos públicos.
O que é: O Fluxograma de Blocos é a versão mais simplificada de um fluxograma. Ele possui um design não tabulado, utilizando blocos encadeados por setas para representar a sequência de atividades de forma macro.
Quando usar: É ideal para representar o processo de forma geral, focando nas etapas principais. É útil para estudos analíticos de processos em um nível conceitual, como estratégias de marketing, ou para fornecer uma visão de alto nível para gestores e executivos.
Didática e Relevância em Concursos: Este é o ponto de partida para entender fluxogramas. Em concursos, pode ser cobrado em questões sobre "representação de alto nível" ou "visão geral de processos". Sua simplicidade é sua principal característica e vantagem.
O que é: Um Fluxograma de Processo ilustra o fluxo geral de um processo e as relações entre seus principais componentes. Ele mapeia cada etapa e decisão de forma clara e sequencial, proporcionando uma visão abrangente e detalhada de um procedimento.
Quando usar: É a escolha indicada para analisar cada etapa em detalhes. Excelente para identificar pontos críticos e interações entre as etapas em uma linha de produção, por exemplo, onde se busca otimização como redução de tempos de espera ou eliminação de redundâncias. Pode ser usado para mapear desde a identificação de uma necessidade de compra até o recebimento do item.
Didática e Relevância em Concursos: Este é o tipo mais fundamental e frequentemente utilizado, sendo muito presente em provas que pedem a representação de "fluxo de trabalho sequencial" ou "otimização de operações". É crucial para entender a sinfonia de ações sequenciais de uma organização.
O que é: O Fluxograma de Trabalho é uma variação do fluxograma de processo que se aprofunda para identificar como uma operação ou projeto deve seguir em relação às diferentes etapas das atividades e, em conjunto, às barreiras, aprovações, solicitações e desafios que podem surgir ao longo do percurso.
Quando usar: Fornece uma espécie de manual gráfico de como proceder em diferentes etapas do trabalho, caso seja necessária uma solicitação de atividade para outra área ou uma mudança de priorização. É o "maestro" que harmoniza cada passo desde a concepção até a execução, sendo útil em departamentos com muitas especialidades distintas ou articulações com outros departamentos.
Didática e Relevância em Concursos: Foca na dinâmica da execução do trabalho e suas particularidades. Em concursos, pode aparecer em questões sobre "fluxo de execução de projetos", "gerenciamento de tarefas" ou "coordenação entre equipes".
O que é: O Fluxograma Vertical, também conhecido como Padrão ASME (American Society of Mechanical Engineers) ou diagrama de processo. As etapas são representadas de cima para baixo, destacando hierarquias ou fluxos sequenciais.
Quando usar: Ideal para representar rotinas simples de uma unidade organizacional. É eficiente para processos lineares e mais simples, pois organiza as etapas de maneira clara e sequencial.
Didática e Relevância em Concursos: Por ser um dos primeiros métodos estruturados, sua simplicidade é a chave. Pode ser cobrado em contraste com o horizontal, ou em questões que pedem a "representação de rotinas simples e diretas".
O que é: O Fluxograma Horizontal, também conhecido como Padrão ANSI (American National Standards Institute), Fluxograma Funcional, diagrama Rummler-Brache ou "Swimlane diagram" (diagrama de raias). Este é um dos mais conhecidos e visualmente poderosos. Ele utiliza uma matriz onde as etapas são apresentadas no eixo horizontal, divididas em "raias" (swimlanes) que representam diferentes atores, grupos de trabalho ou departamentos.
Quando usar: Extremamente útil para empresas com diversos grupos de trabalho ou departamentos, pois oferece maior clareza sobre "quem faz o quê". Destaca quais etapas do processo ou subprocessos são atribuídos a um determinado ator na organização. É ideal para processos que envolvem diferentes departamentos ou fluxos paralelos, pois destacam as interações entre áreas e etapas. Ajuda a apontar redundâncias entre raias diferentes e identificar gargalos e ineficiências entre departamentos.
Didática e Relevância em Concursos: Este é um tipo de fluxograma EXTREMAMENTE IMPORTANTE e frequentemente cobrado em concursos públicos. A capacidade de visualizar responsabilidades, interações interdepartamentais e gargalos em processos complexos o torna um tópico fundamental. Questões sobre "divisão de responsabilidades", "processos multifuncionais" ou "análise de ineficiências entre setores" geralmente remetem ao uso do Swimlane.
O que é: Um Diagrama de Fluxo de Dados (DFD) é uma representação visual de como os dados são processados dentro de um sistema, desde a entrada (inputs) até a saída (outputs). Ele usa um conjunto de símbolos padronizados para ilustrar os componentes de um diagrama de fluxo de dados, como entidades externas (atores que enviam/recebem dados), processos e armazenamentos de dados.
Quando usar: Embora originalmente usado para sistemas de computador, hoje é aplicado em diversos setores, especialmente aqueles que dependem muito de dados e informações. É crucial para o desenvolvimento de softwares (projetar bases e arquitetura, análise contínua do sistema), gestão empresarial (projetar processos mais ágeis, racionalizar sistemas), e desenvolvimento de bancos de dados (mapear movimento e armazenamento de dados).
Níveis de Detalhamento do DFD:
Nível 0 (Diagrama de Contexto): Oferece uma visão geral básica do sistema, mostrando processos mais simples e fáceis de entender por stakeholders. Deve ser compreensível com uma rápida olhada.
Nível 1: Começa a se tornar mais detalhado, destacando as principais funções dentro do processo ou sistema. Descreve informações com mais detalhes de áreas específicas do DFD nível 0.
Nível 2: Aprofunda-se ainda mais, mapeando e analisando seções específicas do diagrama de Nível 1. Quanto mais profundo, mais baseado em texto o diagrama se torna.
Didática e Relevância em Concursos: Frequentemente confundido com diagramas UML (Linguagem de Modelagem Unificada), é um ponto chave de distinção em concursos. DFDs mostram como os dados fluem através de um sistema, enquanto UML (como diagramas de atividade) são mais focados na lógica e detalhes do software. É vital para áreas de TI e sistemas de informação.
O que é: Também conhecidos como chaves dicotômicas, os Fluxogramas de Sim/Não facilitam a exibição de diferentes caminhos com base em decisões de "sim" ou "não". Utilizam o símbolo de diamante para representar as decisões.
Quando usar: São ferramentas perfeitas para guiar a tomada de decisões complexas. Exemplos incluem questionários interativos ("você tem síndrome do impostor?") ou para ajudar a decidir sobre a implementação de estratégias de marketing ("você precisa trabalhar com display ads?").
Didática e Relevância em Concursos: Simples, mas eficaz. Em provas, pode ser usado para ilustrar "árvores de decisão" ou "processos de diagnóstico".
O que é: O Fluxograma de Documentação foca na criação de um registro detalhado de processos, destacando as interações entre documentos e etapas específicas.
Quando usar: Ideal para auditorias ou normatizações, como o processo de emissão e arquivamento de notas fiscais. É útil para garantir a conformidade e a rastreabilidade de informações.
Didática e Relevância em Concursos: Prioriza o aspecto de "registro histórico" e "conformidade". Pode aparecer em questões sobre "auditoria de processos" ou "documentação de procedimentos".
Para um domínio completo do assunto, especialmente em concursos públicos e na gestão avançada de processos, é importante conhecer conceitos relacionados e exceções:
Diferença Crucial: Embora pareçam semelhantes, DFDs e diagramas UML têm propósitos distintos.
DFD: Mostra como os dados fluem através de um sistema. Foca na movimentação e transformação de dados.
UML: É uma linguagem de modelagem usada no desenvolvimento de software orientado a objetos. Diagramas UML (como o diagrama de atividades) oferecem uma visão mais detalhada da lógica de um processo e explicam como a engenharia de software é feita, não apenas o fluxo de dados.
Relevância em Concursos: Esta distinção é MUITO cobrada em provas de TI e gestão. Saber quando usar cada um é fundamental.
O que é: BPMN é uma notação e modelo de processos de negócios usado para criar fluxogramas de modelos de processos de negócios fáceis de entender e que podem ser compartilhados em todos os setores e organizações. Assim como os fluxogramas, os diagramas BPMN usam um conjunto de símbolos padrões, categorizados em objetos de fluxo, objetos de conexão, raias (swimlanes) e artefatos.
Recursos Notáveis: Inclui elementos como "piscinas" (pools) que representam os principais participantes em um processo (podendo ser empresas ou áreas diferentes) e "raias" (lanes) dentro de uma piscina que mostram atividades e fluxos para um determinado papel ou participante, definindo responsabilidades. Possui símbolos específicos para transações, chamadas, e diferentes tipos de "portais" (gateways) que separam e reconectam fluxos com base em condições lógicas (ex: exclusivo).
Relevância em Concursos e Carreira: BPMN é uma evolução mais formal e robusta dos fluxogramas tradicionais, especialmente no contexto de gestão de processos de negócio (BPM - Business Process Management). É o padrão de facto para modelagem de processos em ferramentas de automação e gerenciamento. É uma área de conhecimento avançado valorizada no mercado e em provas.
Excesso de Informação: Um dos maiores erros é adicionar informação demais, o que pode abarrotar o design e torná-lo confuso. A solução é incluir "Notas Importantes" ou informações detalhadas ao final do fluxograma.
Caminhos Difíceis de Seguir: Caminhos confusos ou entrelaçados podem levar à perda do público. A criatividade no design deve sempre priorizar a clareza e a facilidade de guia visual.
Nível de Detalhes: Decidir o nível de detalhes a serem alocados em um fluxograma pode ser difícil. É preciso equilibrar a necessidade de clareza com a profundidade da informação.
Escolher o tipo certo de fluxograma para uma situação específica é uma decisão estratégica que pode impactar significativamente a eficácia do processo. Siga estas orientações práticas:
Defina Claramente o Objetivo:
Para que serve o fluxograma? Se a necessidade é analisar cada etapa em detalhes, o Fluxograma de Processo é a melhor escolha.
Para representar responsabilidades entre departamentos, opte pelo Fluxograma Funcional (Swimlane).
Para um panorama mais simples e geral, o Diagrama de Blocos atende bem.
Se o foco é o fluxo de dados em um sistema, escolha o DFD.
Considere o Público-Alvo:
Quem irá usar o fluxograma? Adapte o nível de detalhe.
Profissionais técnicos podem preferir Fluxogramas de Documentação, que são detalhados e abrangem todas as interações do processo.
Gestores e executivos se beneficiam de representações mais simplificadas, como os Diagramas de Blocos, que facilitam a compreensão rápida.
Fluxogramas com humor podem engajar o público e aumentar a notoriedade, desde que relevante ao negócio.
Avalie a Complexidade do Processo:
Processos lineares e simples: O Fluxograma Vertical é eficiente, pois organiza as etapas de maneira clara e sequencial.
Processos que envolvem diferentes departamentos ou fluxos paralelos: O Fluxograma Horizontal (Swimlane) ou o Funcional são ideais, pois destacam as interações entre áreas e etapas.
Priorize a Clareza e a Coerência Visual:
Use um esquema de cores coerente para tornar o fluxograma mais compreensível e eficiente. A cor pode transmitir mensagens; por exemplo, azul para calma e profissionalismo.
Experimente diferentes tipos de caminho, desde um estilo de fluxo livre até o uso de itens que não sejam as setas e linhas tradicionais, mas sempre garantindo que ajudem a guiar o leitor.
Inclua notas para informações adicionais sem sobrecarregar o design.
Criar um fluxograma eficaz vai além de apenas conhecer os símbolos e tipos. Aqui estão algumas dicas para garantir que seu diagrama seja claro, útil e impactante:
Comece com Entradas e Saídas Claras: Cada processo que você pretende mapear deve ter pelo menos uma entrada (input) e uma saída (output). Isso garante que seu diagrama de fluxo de dados fique completo e sem "pontas soltas".
Inicie com uma Visão Geral (Nível 0): Ao criar um DFD, comece no Nível 0 para obter uma compreensão básica do sistema e seu contexto. Essa visão geral é útil para decidir se é necessário aprofundar nos níveis seguintes.
Aprofunde-se Gradualmente (Nível 1, 2): Vá para o Nível 1 para adicionar mais detalhes e processos específicos. Se necessário, continue para o Nível 2 ou mais, mas lembre-se que diagramas muito profundos podem se tornar complexos.
Utilize Ferramentas de Design: Softwares especializados podem facilitar muito a criação de fluxogramas profissionais. As fontes mencionam ferramentas como Visme, Miro, Lucidchart, e Microsoft Visio. Essas plataformas oferecem modelos, ícones e recursos que simplificam o processo de design.
Confirme com os Envolvidos: Sempre valide seu diagrama com os participantes do processo. Peça-lhes que comentem, façam perguntas e sugestões. A colaboração é fundamental para garantir a acurácia e a compreensão compartilhada.
Reaproveite Modelos: Não precisa começar do zero. Muitos exemplos e modelos estão disponíveis para inspiração ou como ponto de partida. Personalize-os com suas próprias informações e cores da marca.
Para solidificar seu conhecimento e se preparar para concursos públicos, é essencial esclarecer dúvidas comuns e entender os pontos mais cobrados.
1. Qual a principal diferença entre um Fluxograma e um Diagrama de Fluxo de Dados (DFD)?
Fluxograma: É um termo mais amplo para representar a sequência de atividades em qualquer tipo de processo. Pode focar em tarefas, decisões, ou fluxo de trabalho.
DFD: É um tipo específico de diagrama que foca exclusivamente em como os dados fluem e são processados dentro de um sistema. Não se preocupa com o controle do processo ou a lógica interna da execução, mas sim com o movimento da informação.
Relevância em Concursos: Essa distinção é fundamental em questões de TI e gestão de sistemas.
2. Quando é mais apropriado usar um Fluxograma Funcional (Swimlane)?
Um Fluxograma Funcional é ideal quando o processo envolve múltiplos departamentos, equipes ou atores diferentes, e você precisa visualizar claramente as responsabilidades de cada um. Ele ajuda a identificar gargalos e redundâncias entre as áreas.
Exemplo Prático (John Deere): Na John Deere, o fluxograma de desenvolvimento de peças de reposição (um modelo de processo horizontal com colunas para fases de desenvolvimento e linhas para os programas usados) é um exemplo prático de como um diagrama de "raias" ou funcional ajuda a alinhar os departamentos envolvidos (Study, Design, Develop, Verify, Implement, Completed; SAP, PDM-Link, cProject, ISO-Project) e definir responsáveis.
Relevância em Concursos: Questões sobre "processos multifuncionais", "responsabilidade interdepartamental" ou "análise de desempenho de equipes" frequentemente direcionam para este tipo.
3. Quais são as desvantagens potenciais de se usar fluxogramas?
Dificuldade no Desenho e Alterações: Dependendo da complexidade da atividade, desenhar e alterar fluxogramas pode ser difícil.
Dificuldade em Depuração e Testes: Em geral, a depuração e os testes não são fáceis.
Nível de Detalhes: Grande dificuldade em decidir o nível ideal de detalhes a serem alocados. Adicionar informação demais pode causar confusão.
Relevância em Concursos: Entender as limitações de uma ferramenta demonstra uma compreensão completa, um ponto que pode ser avaliado.
4. Como os fluxogramas podem resolver problemas de negócios reais? (Estudo de Caso John Deere)
A implementação de um fluxograma de desenvolvimento das atividades do processo de itens de reposição na John Deere Brasil resolveu problemas de não conformidade e falta de um procedimento registrado.
Resultados Alcançados:
Eliminou o desalinhamento de informações.
Reduziu o custo elevado no atendimento de pedidos de peças urgentes (diminuindo o uso de transporte aéreo).
Forneceu um documento registrado na rede da empresa para treinamento de novos funcionários.
Ajudou a definir o passo a passo das atividades e seus responsáveis, garantindo planejamento, operação e controle eficazes.
Relevância em Concursos: Este é um excelente exemplo prático para questões que pedem a aplicação de fluxogramas na melhoria de processos, redução de custos, otimização da comunicação interna e gestão do conhecimento.
5. Qual a relação entre fluxogramas e BPMN (Business Process Model and Notation)?
BPMN é uma notação mais avançada e padronizada para modelagem de processos de negócio, que incorpora e expande muitos conceitos dos fluxogramas tradicionais.
Ela utiliza "piscinas" e "raias" (similares aos swimlanes) para definir os participantes e suas responsabilidades.
Enquanto um fluxograma pode ser mais informal e flexível, o BPMN é mais estruturado e detalhado, sendo a linguagem preferida para ferramentas de automação de processos (BPMS).
Relevância em Concursos: Em provas de gestão e tecnologia, BPMN representa um nível mais alto de padronização e detalhe para processos.
Em um cenário empresarial e acadêmico onde a eficiência e a clareza são chaves para o sucesso, a escolha estratégica e a aplicação correta dos fluxogramas são fundamentais. Eles são mais do que simples desenhos; são ferramentas poderosas de pensamento visual que capacitam qualquer pessoa a se comunicar visualmente de forma eficaz.
A capacidade de adaptar-se e escolher a representação visual adequada para cada situação – seja para análise de processos, tomada de decisões complexas, treinamento de equipes ou documentação de procedimentos – não apenas aprimora a gestão interna, mas também promove a padronização e a coerência na comunicação.
Esse domínio dos fluxogramas, seus tipos e símbolos, oferece uma vantagem competitiva significativa, tornando você um profissional mais completo e preparado para os desafios de 2025 e além, seja em um concurso público ou no dia a dia corporativo.
Seja para manter seu público engajado em apresentações, formalizar a marca em documentos, trazer vida aos dados em tabelas e gráficos, ou criar conteúdo criativo para mídias sociais, os fluxogramas são ferramentas versáteis disponíveis para você.
A tecnologia atual oferece diversas ferramentas intuitivas para criar fluxogramas, como Visme, Miro e Lucidchart, tornando o processo acessível mesmo para quem tem pouca experiência em design.
Fale visualmente, simplifique o complexo e otimize seus processos com o poder dos fluxogramas!
O que é um fluxograma de bloco?
a) Um diagrama que mostra a localização física de atividades.
b) Um gráfico que representa etapas de um processo usando blocos. (correta)
c) Um diagrama que integra informações de tempo.
d) Um fluxograma que divide o processo em diferentes funções.
e) Um diagrama que usa símbolos específicos para diferentes ações.
Qual símbolo é usado para representar uma decisão em um fluxograma padrão?
a) Retângulo.
b) Elipse.
c) Losango. (correta)
d) Círculo.
e) Setas.
Como a responsabilidade pela execução de tarefas pode ser representada em um fluxograma?
a) Usando apenas setas.
b) Inserindo o nome/cargo/setor responsável diretamente no texto ou utilizando colunas. (correta)
c) Apenas usando colunas.
d) Usando cores diferentes.
e) Inserindo números de referência.
b
c
b