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23/04/2024 • 19 min de leitura
Atualizado em 21/07/2025

Tipos de Texto

Compreender as nuances entre gêneros e tipos textuais é um pilar fundamental para qualquer estudante que busca excelência na interpretação e produção de textos, além de ser um tema constantemente abordado em concursos públicos e vestibulares.


Tipos Textuais vs. Gêneros Textuais

É muito comum que haja confusão entre gêneros textuais e tipos textuais, mas é essencial entender que são conceitos distintos. As diferenças entre gêneros e tipos textuais são importantes e, ao conhecê-las, a interpretação textual se torna muito mais fácil.

Tipos Textuais (ou Tipologia Textual): A Estrutura Base

Os tipos textuais, também conhecidos como tipologia textual ou sequência textual, são caracterizados por propriedades linguísticas específicas, como o vocabulário, as relações lógicas, os tempos verbais predominantes e as construções frasais. Eles representam um conjunto limitado de estruturas que delimitam e possibilitam a construção de textos diversos.

Podemos encará-los como as "atitudes enunciativas" que ditam a maneira como os recursos linguísticos são empregados em um texto. Ao contrário dos gêneros textuais, que são infinitos e podem surgir a qualquer momento, o número de tipos textuais é curto e limitado, geralmente variando entre 5 e 9.

Existem cinco tipos textuais principais que você precisa dominar:

  • Narração

  • Descrição

  • Argumentação (ou Dissertação)

  • Injunção (ou Texto Injuntivo)

  • Exposição (ou Texto Expositivo)

A tipologia textual está diretamente relacionada à forma como um texto se apresenta e é caracterizada pela presença de certos traços linguísticos predominantes. Saber que um texto é narrativo, por exemplo, significa que o predomínio de um tipo de sequência de base é a narração, e não que o texto em si seja apenas um "tipo".

Gêneros Textuais: A Função Social no Cotidiano

Os gêneros textuais são os textos materializados que encontramos em nosso dia a dia. Eles possuem uma função comunicativa específica e estão inseridos em um determinado contexto cultural. Diferentemente dos tipos textuais, os gêneros possuem um conjunto ilimitado de características, que são determinadas pelo estilo do autor, conteúdo, composição e função.

Os gêneros textuais exercem funções sociais específicas que são percebidas e vivenciadas pelos usuários da língua. Eles se renovam ao longo do tempo e novos gêneros podem surgir a qualquer instante para atender às necessidades comunicativas da humanidade.

Exemplos de Gêneros Textuais são infinitos:

  • Receita culinária

  • Blog

  • E-mail

  • Lista de compras

  • Bula de remédios

  • Telefonema

  • Carta comercial

  • Carta argumentativa

  • Romance, novela, conto, crônica, fábula

  • Artigo de opinião, editorial, resenha crítica

  • Manual de instruções

  • Anúncio classificado

  • Cardápio

  • Currículo

  • Guia de viagem

  • Artigo científico, seminário, palestra, verbete de dicionário/enciclopédia

  • Debate, manifesto, sermão

  • Horóscopo, lei, propaganda, requerimento

  • Ata, notícia, piada, relato pessoal

  • Diário pessoal, agenda, anotações, bate-papo (Chat), Orkut, aula expositiva/virtual, entrevista

  • Apólogo, biografia, mito, regulamento

A Relação Essencial: Como Tipos e Gêneros Se Interligam

Embora distintos, tipos textuais e gêneros textuais estão intimamente relacionados. Os tipos textuais servem como a base estrutural que delimita e fornece os elementos para a criação dos gêneros. Um gênero textual pode ser composto por um ou mais tipos textuais. Por exemplo, um conto (gênero textual) é predominantemente narrativo (tipo textual), mas pode conter trechos descritivos.

Quando nos referimos a um texto como "narrativo" ou "descritivo", estamos na verdade destacando o tipo textual predominante naquele gênero. Isso mostra a heterogeneidade tipológica de muitos textos, ou seja, um mesmo gênero pode realizar dois ou mais tipos.

Os gêneros textuais se baseiam em critérios externos, sociocomunicativos e discursivos, enquanto os tipos textuais se fundamentam em critérios internos, linguísticos e formais. Os gêneros definem o contexto de produção, a intencionalidade e os recursos linguísticos a serem empregados.

Exploração Detalhada dos Tipos Textuais: Do Mais Simples ao Mais Complexo

Para facilitar seu aprendizado, vamos explorar cada tipo textual em uma ordem didática, focando em suas características, estrutura e exemplos práticos.

1. Texto Descritivo: Pintando Imagens com Palavras

O texto descritivo tem como principal objetivo descrever algo – seja um objeto, pessoa, animal, lugar, acontecimento, sensação ou sentimento. Sua intenção primordial é transmitir ao leitor as impressões e qualidades do que está sendo descrito, como uma verdadeira "fotografia revelada por meio das palavras".

Características Essenciais:

  • Retrato verbal: O texto busca criar uma imagem mental detalhada no leitor.

  • Ausência de ação e relação de anterioridade/posterioridade entre as frases: O tempo no texto descritivo é estático, não há uma sequência de eventos ou "antes" e "depois".

  • Predomínio de substantivos, adjetivos e locuções adjetivas: Essas classes de palavras são cruciais para a caracterização e qualificação.

  • Utilização da enumeração e comparação: Frequentemente, listam-se características ou comparam-se elementos para enriquecer a descrição.

  • Presença de verbos de ligação: Verbos como "ser", "estar", "ficar", "parecer", "tornar-se" são comuns, conectando o sujeito à sua característica.

  • Verbos flexionados no presente ou pretérito imperfeito (passado).

  • Emprego de orações coordenadas justapostas: Permitem listar características sem uma forte conexão temporal ou causal.

Tipos de Descrição (Muito Importante para Concursos!): Conforme a intenção do texto, as descrições são classificadas em:

  • Descrição Subjetiva: Apresenta as descrições de algo, mas evidencia as impressões e opiniões pessoais do emissor (locutor) do texto. É rica em conotação e juízos de valor.

    • Exemplos: Textos literários, como trechos de romances ou poemas, onde a visão do autor é crucial para a atmosfera.

    • Exemplo prático: "O pôr do sol desenhou no céu uma paleta de cores, tingindo o horizonte com fantásticos tons de laranja e rosa, que se mesclaram com a maior delicadeza que alguma vez tinha visto."

  • Descrição Objetiva: Descreve, de forma exata e realista, as características de algo, sem deixar transparecer as impressões pessoais do emissor. É factual e denotativa.

    • Exemplos: Retratos falados, manuais de instruções, verbetes de dicionários e enciclopédias, relatórios.

    • Exemplo prático: "A vítima, Solange dos Santos (22 anos), moradora da cidade de Marília, era magra, alta (1,75), cabelos pretos e curtos. Tinha nariz fino e rosto ligeiramente alongado."

Estrutura do Texto Descritivo: A descrição geralmente segue três passos simples:

  1. Introdução: Apresentação do que se pretende descrever.

  2. Desenvolvimento: Caracterização detalhada, seja ela subjetiva ou objetiva, do objeto da descrição.

  3. Conclusão: Finalização da apresentação e caracterização.

2. Texto Narrativo: Contando Histórias e Acontecimentos

O texto narrativo é aquele que tem como objetivo principal contar um fato, que pode ser fictício ou real, envolvendo personagens em um determinado tempo e espaço. A ação é um dos ingredientes principais da narração; não existe narração sem ação. Geralmente, é escrito em prosa e relata fatos e acontecimentos.

Características Essenciais:

  • Sequência de acontecimentos: Há uma relação de anterioridade e posterioridade, indicando a progressão do tempo.

  • Predomínio de tempos pretéritos: Perfeito ou imperfeito, marcando os eventos passados.

  • Responde às perguntas: O quê (fato), onde (espaço), quem (personagens), como (modo), quando (tempo), por quê (causa/razão).

Elementos da Narrativa (Fundamental para Entender o Texto Narrativo!): Para construir um texto narrativo eficaz, é preciso explorar seus elementos essenciais:

  1. Enredo: É a trama da história, a sequência de acontecimentos em que as ações se desenrolam. Pode ser organizado de diversas formas, mas a mais comum inclui:

    • Apresentação (ou Introdução): Início da história, onde personagens, local e tempo são apresentados. Não há conflito ainda.

    • Desenvolvimento: Grande parte da história se desenrola, focando nas ações dos personagens e no desenrolar do conflito.

    • Clímax: O momento de maior tensão ou mais emocionante da narrativa, o ponto culminante.

    • Desfecho (ou Conclusão): A parte final da narrativa, onde os conflitos são resolvidos, podendo ser feliz, trágico ou em suspense.

  2. Personagens: Aqueles que compõem a narrativa, praticando ou sofrendo as ações.

    • Principais: Protagonista (o personagem central) e Antagonista (aquele que se opõe ao protagonista).

    • Secundários: Adjuvante ou Coadjuvante (personagens que auxiliam ou acompanham os principais, mas não são o foco central).

  3. Espaço: O(s) local(is) onde a narrativa se desenvolve. A descrição do espaço pode influenciar a caracterização dos personagens. Pode ser:

    • Físico: Um lugar concreto (uma casa, uma cidade, uma floresta).

    • Psicológico: O ambiente interno dos personagens (seus pensamentos, sentimentos).

    • Social: O ambiente cultural, econômico ou político em que a história se passa.

  4. Tempo: Relacionado à marcação do tempo dentro da narrativa, à duração da ação. Pode ser:

    • Cronológico: Os fatos são apresentados na ordem sequencial dos acontecimentos, marcados por datas ou momentos específicos.

    • Psicológico: É a maneira como a passagem do tempo é vivenciada pelos personagens, baseada em suas emoções e memórias, não em uma sequência linear (medido pelas emoções, não pelo relógio).

  5. Narrador: A "voz textual" que conta a história. O ponto de vista do narrador é crucial para a forma como a história é contada. Existem três tipos principais de narrador (foco narrativo):

    • Narrador-personagem (1ª pessoa): O narrador é um dos personagens e participa diretamente das ações que conta.

    • Narrador-observador (3ª pessoa): O narrador conhece os fatos, mas não participa da ação. Ele relata o que observa de forma neutra.

    • Narrador-onisciente (3ª, mas também 1ª pessoa): Esse narrador tem conhecimento total da história e de todos os personagens, incluindo seus pensamentos e sentimentos. Geralmente, narra em 3ª pessoa, mas pode usar a 1ª pessoa ao apresentar o fluxo de pensamentos dos personagens. Também conhecido como narrador-intruso, pois pode fazer intervenções com comentários e opiniões.

Tipos de Discurso Narrativo: A forma como as falas dos personagens são apresentadas na narrativa também é um aspecto importante:

  • Discurso Direto: A fala da personagem é reproduzida ipsis litteris, ou seja, exatamente como ela foi dita, geralmente introduzida por verbos de elocução (dizer, perguntar, responder) e marcada por travessão ou aspas.

  • Discurso Indireto: O narrador interfere na fala da personagem, contando-a com suas próprias palavras, sem reproduzi-la diretamente. A fala da personagem não aparece explicitamente.

  • Discurso Indireto Livre: Funde o discurso direto com o indireto, havendo intervenções do narrador e das falas dos personagens de forma mais sutil, sem marcas claras de transição.

Exemplos de Gêneros Narrativos: Romance, novela, conto, crônica, fábula, apólogo, notícia, biografia, mito, relato pessoal, ata, piada.

3. Texto Injuntivo: Instruções para Ação

O texto injuntivo é um tipo textual que tem como característica principal explicar algo, descrever um método ou oferecer instruções e recomendações para a realização de alguma atividade. Seu objetivo é que o receptor do texto realize uma ação ou adote uma atitude.

Características Essenciais:

  • Finalidade instrucional: Visa instruir, educar, incentivar ou induzir o leitor a agir da forma recomendada.

  • Linguagem simples e objetiva: Facilita a compreensão do leitor.

  • Verbos predominantemente no imperativo: Expressam ordens ou sugestões, mas também podem aparecer no infinitivo ou no presente do indicativo com sujeito indeterminado.

  • Estrutura em tópicos: Geralmente apresentada em forma de "passo a passo", o que a torna mais didática.

  • Variedade composicional: A estrutura pode variar dependendo do gênero (ex: receita de cozinha vs. livro de autoajuda). No entanto, deve sempre apresentar uma sequência lógica e simples.

Diferença Crucial: Texto Injuntivo (Instrucional) vs. Texto Prescritivo (Muito Cobrado!): Esta é uma distinção fundamental em concursos!

  • Texto Injuntivo (Instrucional): Funciona de maneira recomendativa, oferecendo liberdade ao leitor para cumprir ou não o que está escrito. Age mais como um conselho ou sugestão.

    • Exemplos: Receitas culinárias, manuais de instrução de eletroeletrônicos, livros de autoajuda, guias de viagem.

    • Exemplo prático: Uma receita de brigadeiro, onde você pode alterar a quantidade de ingredientes sem impedimentos.

  • Texto Prescritivo: Tem como pré-requisito o cumprimento das instruções, estabelecendo uma imposição ou ordem baseada em condições sine qua non. Não seguir as instruções pode acarretar consequências ou impedir o objetivo.

    • Exemplos: Editais de concursos públicos, leis, códigos de trânsito, bulas de remédio, contratos, regulamentos, receitas médicas (quando a finalidade é curar uma doença).

    • Exemplo prático: Um edital de concurso, onde o indivíduo precisa cumprir as exigências para concorrer à vaga.

Exemplos de Gêneros Injuntivos: Receita culinária, anúncio publicitário, bula de remédio, manual de instruções, regulamento, horóscopo, lei, requerimento, textos de orientações comportamentais/religiosas, guias de viagens.

4. Texto Expositivo: Informar e Explicar

O texto expositivo tem como finalidade central apresentar, expor e explicar ideias ou conceitos de maneira aprofundada sobre um tema em particular. Sua função é informativa, buscando ampliar o conhecimento do público leitor ou ouvinte. Ele se caracteriza por não apresentar juízos de valor ou posicionamento do autor, mantendo uma abordagem neutra e objetiva.

Características Essenciais:

  • Objetividade: Busca expor informações sem qualquer juízo de valor ou subjetividade.

  • Fins didáticos, científicos e educacionais: Predominantemente utilizado para transmitir conhecimento.

  • Utilização de recursos específicos: Descrição, conceituação, definição, enumeração e comparação são frequentemente empregados para explicar o tema.

  • Presença de conectivos explicativos ou conclusivos: De maneira explícita ou implícita, para organizar a apresentação das ideias.

Exemplos de Gêneros Expositivos: Artigo de enciclopédia, aula, glossário, material didático, palestra, seminário, verbete de dicionário, dissertação expositiva, resumo expositivo, entrevista, conferência, reportagem, fichamento.

5. Texto Dissertativo (ou Argumentativo): Convencer e Debater

O texto dissertativo é aquele em que há o posicionamento do autor em defesa de um tema ou assunto, buscando persuadir o leitor a aceitar uma ideia ou ponto de vista. É um tipo textual que inclui a negociação de argumentos favoráveis e contrários a um ponto de vista, objetivando chegar a uma conclusão por meio do convencimento.

Características Essenciais:

  • Defesa de uma tese: O autor apresenta e defende seu ponto de vista sobre um tema.

  • Argumentação: Depende da apresentação de argumentos, justificativas, conceitos, exemplos, dados, análises, comparações e outras estratégias argumentativas.

  • Objetividade e clareza: A linguagem é geralmente objetiva e direta, embora possa incorporar a subjetividade na escolha dos argumentos.

  • Geralmente verbos na terceira pessoa do singular.

  • Presença de operadores argumentativos: Que garantem a coerência das ideias e a progressão da argumentação.

Estrutura Padrão de uma Dissertação (Muito Cobrada em ENEM e Concursos!): A estrutura clássica de um texto dissertativo, especialmente o dissertativo-argumentativo, divide-se em três partes essenciais:

  1. Introdução: É o início do texto, onde o tema é apresentado e contextualizado.

    • Contextualização: Pode ser histórica, social, filosófica, cultural, etc., para situar o leitor no tema.

    • Tese: É o ponto de vista do autor, a ideia central que será defendida ao longo do texto. A tese deve ser clara e o autor deve se posicionar, não "ficar em cima do muro".

    • O que evitar na Introdução: Períodos muito longos, excesso de ideias, contextualização exagerada e abordar mais de um tema.

  2. Desenvolvimento: É a parte mais extensa, onde a tese é comprovada e os argumentos são apresentados e desenvolvidos.

    • Argumentos Sólidos: Devem ser construídos com base em causas e consequências do assunto em diversos contextos.

    • Fundamentação: Apresente fatos, dados estatísticos, citações, exemplos práticos (inclusive suas vivências, se apropriado e bem fundamentado), análises e comparações.

    • Tipos de Argumentação (Essenciais!):

      • Argumento de Raciocínio Lógico: Conexões de sentido (razão/consequência, analogia/comparação, causa/efeito, contraste, contra-argumentação, dedução, indução).

      • Argumento de Provas Concretas: Dados, estatísticas, gráficos, exemplos, fatos reais, leis, percentuais de pesquisas científicas ou fontes confiáveis.

      • Argumento de Autoridade: Citação de especialistas, filósofos, sociólogos ou outras autoridades na área (ex: Michel Foucault, Émile Durkheim, Jean Paul Sartre, John Donne, Pierre Bourdieu).

    • Dialética: Pode-se apresentar opiniões contrárias (contra-argumentos) para depois reafirmar e fortalecer o seu próprio ponto de vista.

    • O que evitar no Desenvolvimento: Repetição de informações, argumentos incoerentes, "encheção de linguiça" (conteúdo supérfluo).

  3. Conclusão: É o fechamento do texto, onde os argumentos são retomados e os resultados são apresentados.

    • Retomada e Reafirmação: Resumir o que foi apresentado e reafirmar a tese com base nos argumentos desenvolvidos.

    • Proposta de Intervenção (Crucial para ENEM!): Em muitos exames, especialmente o ENEM, a conclusão exige uma proposta de intervenção para o problema analisado. Esta proposta deve ser específica e exequível, mostrando seu conhecimento sobre como as esferas públicas atuam. É importante que ela respeite os Direitos Humanos.

    • O que evitar na Conclusão: Acrescentar novas informações ou novos argumentos que não foram desenvolvidos anteriormente.

Exemplos de Gêneros Dissertativos: Artigo de opinião, editorial, resenha crítica, dissertação argumentativa, crônica argumentativa, tese acadêmica, dissertação acadêmica, monografia, artigo de divulgação científica.


Por Que Dominar Tipos e Gêneros Textuais Faz a Diferença?

Conhecer as diferenças e particularidades de cada tipo e gênero textual é fundamental para a correta distinção entre eles e, consequentemente, para uma interpretação textual muito mais fácil e profunda. A interpretação não se resume à construção de sentidos, mas também está ligada aos diversos fatores inerentes à estruturação textual.

Para além da interpretação, a capacidade de produzir textos adequados a diferentes situações comunicativas e com as características tipológicas e genéricas corretas é uma habilidade altamente valorizada, especialmente em redações de vestibulares e concursos públicos.


Estratégias Avançadas de Leitura e Interpretação: Indo Além do Óbvio

Para se tornar um leitor e escritor proficiente, especialmente com textos acadêmicos e complexos (conteúdo muito cobrado em universidades e concursos de alto nível), é preciso ir além da identificação dos tipos e gêneros, mobilizando estratégias de leitura e interpretação.

A leitura, principalmente em contextos de estudo e formação profissional, deve ser guiada por um propósito claro e objetivos definidos.

Tipos de Leitura para Eficiência (Estratégias de SEO na Prática!): Duas técnicas de leitura são essenciais para otimizar seu tempo e compreensão:

  • Skimming (Leitura Rápida/Geral): Permite construir a ideia geral do texto, sem se prender a detalhes ou especificações. É útil para identificar a tendência principal de um texto ou para selecionar materiais relevantes rapidamente.

    • Como fazer: Leia títulos, subtítulos, introdução, conclusão, olhe ilustrações e a primeira frase de cada parágrafo.

    • Exemplo de uso: Ao pesquisar na internet, você "dá uma olhada" rápida nos resultados para decidir quais links abrir.

  • Scanning (Leitura de Varredura/Específica): É uma leitura detalhada que permite encontrar informações específicas dentro de um texto.

    • Como fazer: Procure por palavras-chave, frases ou tópicos específicos, utilizando índices ou a leitura pontual de algumas linhas e parágrafos.

    • Exemplo de uso: Procurar uma data, um nome ou uma definição específica em um documento longo.

Estratégias de Leitura Metacognitivas: Monitorando Seu Entendimento As estratégias metacognitivas envolvem o monitoramento consciente da sua própria compreensão durante a leitura. Isso significa saber quando você está entendendo bem e quando há falhas, e tomar medidas corretivas.

  • Perguntas Antes da Leitura: Ativam o conhecimento prévio e criam hipóteses sobre o conteúdo.

    • Exemplos: Qual o título? Do que ele trata? Quais são os subtítulos? Que relação estabelecem com o tema?

  • Perguntas Durante a Leitura: Servem para checar as hipóteses e garantir a compreensão. Se as hipóteses não se confirmarem, novas devem ser elaboradas.

    • Exemplos: "Estou entendendo o que o autor diz?", "Esta parte está mais difícil, preciso reler?".

  • Perguntas Depois da Leitura: Avaliam a compreensão global do texto.

    • Exemplos: "Compreendi os resultados?", "Consigo sintetizar as ideias principais?".

Fases da Leitura de Textos Acadêmicos (Ordem Didática e Importante!):

  1. Exploração Geral do Texto: Contato inicial para obter informações gerais (título, autor, data, estrutura, gráficos/tabelas) e ativar conhecimento prévio. É o momento de ter uma visão do todo.

  2. Identificação dos Objetivos: Focar no resumo e nas considerações finais (em artigos científicos) ou na introdução (em capítulos de livro) para identificar o propósito e o ponto de vista do autor.

  3. Leitura Completa do Texto: Após as fases anteriores, leia o texto na íntegra para identificar conceitos e argumentos detalhados, prestando atenção em como as ideias são estruturadas semanticamente, utilizando conectivos, operadores argumentativos e reformuladores ("ou seja", "por exemplo").

A Interpretação Profunda: Conectando Ideias A interpretação é a fase onde você relaciona as ideias, as avalia e vai além da superfície do texto, tirando conclusões com base em pistas dadas. É onde seu conhecimento de mundo (experiências, conhecimentos prévios) se integra com o texto para construir um sentido global e coerente.

Elementos Chave para a Interpretação:

  • Conhecimento de Mundo: Todo o repertório de experiências e informações que você possui é ativado para dar sentido ao que você lê. Quanto maior seu conhecimento, maiores as possibilidades de construir sentidos complexos e profundos.

  • Intertextualidade: É a relação que um texto estabelece com outros textos ao seu redor. Nenhum texto existe isoladamente; todos dialogam com experiências e produções anteriores.

    • Explícita: Quando o texto retoma outro diretamente, usando citações diretas, indiretas ou comentários sobre declarações de outros autores. Essencial em textos acadêmicos.

    • Implícita: Quando o leitor, a partir do seu conhecimento de mundo, consegue identificar as retomadas de outros textos, mesmo que não estejam explicitamente citados.

  • Inferências: É o processo de "ler nas entrelinhas", de construir um novo sentido a partir de informações explícitas no texto e de seu próprio conhecimento. As inferências não são aleatórias; baseiam-se em pistas linguísticas, contexto e conhecimentos externos.

    • Pressupostos: São ideias implícitas que são recuperadas por meio de marcas linguísticas específicas no texto. Se um relógio "parou de funcionar", pressupõe-se que ele "funcionava antes". Os pressupostos devem ser considerados verdadeiros pelos interlocutores para que o debate faça sentido. Marcadores de pressupostos incluem certos adjetivos, verbos de mudança/permanência de estado, verbos que indicam ponto de vista, advérbios, orações adjetivas restritivas e certas conjunções (mas, no entanto, embora).

    • Subentendidos: São insinuações ou ideias implícitas que são deduzidas pelo leitor de forma subjetiva, sem a presença de marcas linguísticas explícitas. A interpretação depende unicamente do conhecimento de mundo e da experiência do leitor. A responsabilidade da inferência do subentendido é do leitor, pois o emissor pode negar a intenção.

      • Exemplo: Se alguém diz "Que sede!", a inferência de que a pessoa quer água é um subentendido, baseada em convenções culturais e sociais, não em uma ordem explícita na frase.


Sua Jornada para a Proficiência Textual

Dominar os tipos e gêneros textuais é mais do que uma habilidade para provas; é uma competência comunicativa essencial que impacta sua capacidade de compreender o mundo e se expressar de forma eficaz. O caminho é desafiador, mas perfeitamente possível com dedicação e prática. Lembre-se que a leitura e a escrita são atividades interligadas que constroem conhecimento e aprimoram suas habilidades. Ao aplicar as estratégias aqui apresentadas, você não apenas se destacará em seus estudos e concursos, mas também se tornará um comunicador mais consciente e estratégico.

Este material foi pensado para ser a sua referência definitiva sobre o tema, com linguagem clara, exemplos práticos e aprofundamento nos tópicos mais relevantes para o seu sucesso. Continue lendo, praticando e aprimorando sua compreensão para alcançar a excelência em redação e interpretação textual.

 Questões multipla escolha:

  1. Qual é o propósito de um texto narrativo?
    A) Descrever um lugar, pessoa ou objeto de forma detalhada
    B) Apresentar uma tese ou argumento sobre um determinado assunto
    C) Contar uma história com um começo, meio e fim
    D) Transmitir emoções e impressões de forma artística
    E) Apresentar informações sobre um determinado assunto de forma objetiva

  2. Qual é a característica principal de um texto descritivo?
    A) Apresentar uma tese ou argumento sobre um determinado assunto
    B) Descrever um lugar, pessoa, objeto ou fato de forma detalhada
    C) Contar uma história com um começo, meio e fim
    D) Transmitir emoções e impressões de forma artística
    E) Apresentar informações sobre um determinado assunto de forma objetiva

  3. Qual é o objetivo de um texto dissertativo?
    A) Descrever um lugar, pessoa, objeto ou fato de forma detalhada
    B) Apresentar uma tese ou argumento sobre um determinado assunto
    C) Contar uma história com um começo, meio e fim
    D) Transmitir emoções e impressões de forma artística
    E) Apresentar informações sobre um determinado assunto de forma objetiva

Respostsas:

  1. C) Contar uma história com um começo, meio e fim

  2. B) Descrever um lugar, pessoa, objeto ou fato de forma detalhada

  3. B) Apresentar uma tese ou argumento sobre um determinado assunto