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12/07/2024 • 15 min de leitura
Atualizado em 21/07/2025

Uso do Apóstrofo na Língua Portuguesa

Compreender o uso correto do apóstrofo na Língua Portuguesa é fundamental para qualquer estudante que busca clareza na escrita, precisão gramatical e, especialmente, sucesso em concursos públicos e exames formais.

1. Desvendando o Apóstrofo: O que é e qual sua função essencial?

Para iniciar nossa jornada didática, é crucial entender o que o apóstrofo representa. O apóstrofo ( ’ ) é um sinal de pontuação que tem como função principal indicar a supressão de letras numa palavra, processo conhecido como elisão. Ou seja, ele marca que uma vogal (ou, em certos casos, uma parte de uma palavra) foi omitida para facilitar a pronúncia ou para fins estilísticos.

É de suma importância, e frequentemente causa de erros, não confundir apóstrofo com apóstrofe. Embora sejam palavras parônimas, ou seja, termos que se assemelham na grafia e na pronúncia, eles diferem completamente no sentido.

  • O apóstrofo ( ’ ) é um sinal gráfico, como o que vemos em copo-d’água. Ele é um sinal ortográfico.

  • A apóstrofe é uma figura de linguagem, classificada como figura de pensamento. É caracterizada por invocações, chamamentos e interpelações a um interlocutor (que pode ser um ser real, imaginário, presente ou ausente). A apóstrofe exerce a função sintática de vocativo, interrompendo a narração para invocar alguém ou algo. É muito utilizada na linguagem informal, religiosa, política e poética.

    • Exemplos de Apóstrofe (figura de linguagem):

      • “Ó Deus! Ó Céus! Por que não me ligou?”

      • “Senhor, tende piedade de nós.”

      • “Ó mar salgado, quanto do teu sal/São lágrimas de Portugal.” (Fernando Pessoa)

      • “Deus, ó Deus! Onde estás, que não me respondes?” (Castro Alves)

Essa distinção é um ponto chave e muito cobrado em provas de Língua Portuguesa que abordam tanto gramática quanto figuras de linguagem.

2. Os Casos de Emprego do Apóstrofo: Regras Oficiais do Acordo Ortográfico

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, um repositório organizado de recursos linguísticos, estabelece claramente as situações em que o apóstrofo deve ser empregado na norma culta. Vamos analisar cada um deles em detalhes, seguindo a Base XVIII: Do Apóstrofo.

2.1. Cisão Gráfica de Contrações ou Aglutinações Vocabulares

O apóstrofo é usado para separar graficamente uma contração ou aglutinação vocabular. Isso ocorre quando um dos elementos (ou parte dele) pertence a um conjunto vocabular distinto. Geralmente, aplica-se a títulos de obras, nomes próprios que começam com artigo, ou expressões que, se contraídas, poderiam gerar ambiguidade ou perda de sentido.

  • Exemplos:

    • d'Os Lusíadas (em vez de "dos Lusíadas", para manter "Os Lusíadas" como um título distinto).

    • d'Os Sertões.

    • n'Os Lusíadas.

    • n'Os Sertões.

    • pel'Os Lusíadas.

    • pel'Os Sertões.

    • Li n’O Globo.

    • Encenação d’A Moratória.

É importante notar que, nestes casos, nada impede que essas escritas sejam substituídas por empregos de preposições íntegras. Isso pode ser feito se a clareza, a expressividade ou a ênfase o exigir.

  • Exemplos com preposições íntegras:

    • de Os Lusíadas.

    • em Os Lusíadas.

    • por Os Lusíadas.

Analogias sem Apóstrofo: As cisões acima são análogas a dissoluções gráficas que ocorrem, sem o uso do apóstrofo, em combinações da preposição "a" com palavras que pertencem a conjuntos vocabulares imediatos. Embora a escrita seja separada, a combinação fonética na leitura nunca é impedida.

  • Exemplos:

    • a A Relíquia (na leitura: à Relíquia).

    • a Os Lusíadas (na leitura: aos Lusíadas).

    • Importância atribuída a A Relíquia.

    • Recorro a Os Lusíadas.

2.2. Cisão com Formas Pronominais para Realce com Maiúscula

O apóstrofo também pode ser empregado para cindir uma contração ou aglutinação vocabular quando um elemento ou fração respectiva é uma forma pronominal e se deseja dar-lhe realce com o uso de maiúscula. Isso é comum quando a referência é a entidades divinas ou conceitos personificados.

  • Formas Masculinas (aplicáveis a Deus, Jesus, etc.):

    • d'Ele

    • n'Ele

    • d'Aquele

    • n'Aquele

    • d'O

    • n'O

    • pel'O

    • m'O

    • t'O

    • lh'O

  • Formas Femininas (aplicáveis à mãe de Jesus, à Providência, etc.):

    • d'Ela

    • n'Ela

    • d'Aquela

    • n'Aquela

    • d'A

    • n'A

    • pel'A

    • tu'A

    • t'A

    • lh'A

  • Exemplos Frásicos:

    • Confiaremos n'O que nos salvou.

    • Esse milagre revelou-m'O.

    • Está n'Ela a nossa esperança.

    • Pugnemos pel'A que é nossa padroeira.

Analogias sem Apóstrofo: De forma semelhante às cisões anteriores, é possível dissolver graficamente, sem o uso do apóstrofo, uma combinação da preposição "a" com uma forma pronominal realçada pela maiúscula. A dissolução gráfica não impede a combinação fonética na leitura.

  • Exemplos:

    • a O (na leitura: ao).

    • a Aquele (na leitura: àquele).

    • a Aquela (na leitura: àquela).

  • Exemplos Frásicos:

    • A O que tudo pode.

    • A Aquela que nos protege.

2.3. Ligações de "Santo" e "Santa" a Nomes do Hagiológio

O apóstrofo é empregado nas ligações das formas "santo" e "santa" a nomes do hagiológio (lista de santos). Ele serve para representar a elisão das vogais finais 'o' e 'a'.

  • Exemplos:

    • Sant'Ana.

    • Sant'Iago.

  • Uso em Nomes de Lugares ou Instituições:

    • Calçada de Sant'Ana.

    • Rua de Sant'Ana.

    • Culto de Sant'Iago.

    • Ordem de Sant'Iago.

    • Santa Bárbara d’Oeste.

Exceção Importante: Aglutinação em Unidades Mórficas Perfeitas Se as ligações deste gênero se tornam perfeitas unidades mórficas (ou seja, se fundem em um único termo consagrado), os dois elementos aglutinam-se, sem o uso do apóstrofo.

  • Exemplos de aglutinação:

    • Fulano de Santana.

    • Ilhéu de Santana.

    • Santana de Parnaíba.

    • Fulano de Santiago.

    • Ilha de Santiago.

    • Santiago do Cacém.

Flexibilidade de Escrita: É fundamental notar que, nos casos de "Santo/Santa" e seus derivados, as escritas com apóstrofo, indicativas de elisão, não impedem, de modo algum, as escritas sem apóstrofo. Ambas são consideradas corretas.

  • Exemplos de formas alternativas aceitáveis:

    • Santa Ana (além de Sant'Ana).

    • Santa Luzia (em vez de uma hipotética Sant'Luzia, se a elisão não for comum).

2.4. Ligações de Duas Formas Antroponímicas

Em paralelo com a grafia de "Sant'Ana" e congêneres, o apóstrofo também é empregado nas ligações de duas formas antroponímicas (nomes próprios de pessoas). Isso ocorre quando é necessário indicar que na primeira se elide um 'o' final.

  • Exemplos:

    • Nun'Álvares (de Nuno Álvares).

    • Pedr'Eanes (de Pedro Eanes).

Assim como no caso anterior, as escritas com apóstrofo não impedem as escritas sem apóstrofo.

  • Exemplos de formas alternativas aceitáveis:

    • Nuno Álvares (além de Nun'Álvares).

    • Pedro Álvares (além de Pedr'Álvares).

2.5. Elisão do "e" da Preposição "de" em Certos Compostos

O apóstrofo é empregado para assinalar, no interior de certos compostos, a elisão do 'e' da preposição "de". Isso ocorre em combinação com substantivos e geralmente se refere a expressões consagradas ou nomes compostos.

  • Exemplos:

    • borda-d'água.

    • cobra-d'água.

    • copo-d'água.

    • estrela-d'alva.

    • galinha-d'água.

    • mãe-d'água.

    • pau-d'água.

    • pau-d'alho.

    • pau-d'arco.

    • pau-d'óleo.

    • pingo d’água.

    • pasta d’água.

    • moto d’água.

    • Vozes d’África.

    • Ouro Preto d’Oeste.

Radamés Manosso reforça que os usos dicionarizados do apóstrofo são restritos a alguns desses casos em que a preposição "de" se aglutina com a palavra seguinte, resultando em elipse de fonema, e onde a pronúncia elíptica se tornou predominante. Nesses casos, o apóstrofo explicita a elipse do fonema /ê/.

Ele também adverte que, embora se possa invocar uma hipotética supressão de fonemas em outras situações, as representações com apóstrofo são inaceitáveis.

  • Casos inaceitáveis de apóstrofo com a preposição "de":

    • Lembro d’aquele rapaz (o correto é Lembro daquele rapaz).

    • Agiu d’um jeito estranho (o correto é Agiu de um jeito estranho ou Agiu dum jeito estranho - sem apóstrofo, como veremos na seção 3.1).

Nesses casos, a consulta ao dicionário é a única forma de saber quando o apóstrofo é usado e quando não. Isso demonstra que não se trata de uma regra aberta para todas as elisões da preposição "de", mas sim de usos consagrados.

3. Outros Usos do Apóstrofo: Contextos Especiais e Informais

Além das normas estabelecidas pelo Acordo Ortográfico para a escrita formal, o apóstrofo possui outras aplicações, especialmente em contextos mais informais, poéticos ou para representação da fala.

3.1. Elipse de Fonemas na Linguagem Coloquial

No contexto da linguagem coloquial ou informal, o apóstrofo é utilizado para indicar a elipse de um ou mais fonemas quando se deseja representar pronúncias que não são previstas pela variante culta da língua. Isso é comum em transcrições de falas ou em textos que buscam reproduzir a oralidade.

  • Exemplos:

    • Vam’ nessa (para "Vamos nessa").

    • ’Tá tudo bem (para "Está tudo bem").

    • Olh’ele aí... (Guimarães Rosa).

    • Não s’enxerga, enxerido! (Peregrino Jr.).

    • 'cê (para "você").

    • 'pra (para "para").

Importante para Concursos Públicos: Embora o apóstrofo seja usado para esse fim em contextos específicos, em redações formais, provas e concursos públicos, a representação de pronúncias coloquiais com apóstrofo é geralmente inadequada, a menos que o texto seja uma transcrição de fala ou uma obra literária que intencionalmente reproduza a oralidade. A regra geral é manter a grafia padrão da norma culta.

3.2. Uso Poético

Historicamente, o apóstrofo foi bastante empregado pelos poetas. Seu uso nesse contexto visava representar pronúncias elípticas com o objetivo de adequar a métrica do poema.

  • Exemplos:

    • ‘Stamos em pleno mar… (Castro Alves – O Navio Negreiro, para "Estamos").

    • esp’rança (para "esperança").

    • minh’alma (para "minha alma").

    • p’ra (para "para").

Este terceiro uso do apóstrofo é peculiar, pois envolve uma transgressão consciente da ortografia oficial. Por essa razão, Radamés Manosso recomenda critério no seu emprego, ficando reservado aos redatores experientes que dominam as nuances da língua e buscam um efeito estilístico específico. Em contextos formais, seu uso poético deve ser evitado a menos que seja para analisar ou citar uma obra literária.

4. Domine as Exceções e Pegadinhas: Conteúdo Essencial para Concursos Públicos

Aqui reside a maior fonte de dúvidas e os "pratos cheios" para questões de concursos públicos. A língua portuguesa, com suas sutilezas, apresenta casos em que a lógica da contração é suspensa.

4.1. A "Não Contração" de Preposição 'de' + Artigo + Substantivo + Verbo no Infinitivo

Esta é uma das regras mais importantes e frequentemente desrespeitadas na fala e na escrita informal, mas essencial para a norma culta exigida em provas.

A regra geral da gramática normativa é que, na maioria das vezes, é obrigatório contrair preposições com artigos em português.

  • Exemplos de contração obrigatória:

    • De + o(s) = do(s).

    • De + a(s) = da(s).

    • De + um = dum.

    • De + uns = duns.

    • De + uma(s) = duma(s).

A GRANDE EXCEÇÃO (e pegadinha de concurso!): A contração NÃO pode ocorrer na seguinte sequência na escrita: preposição + artigo + substantivo + verbo no infinitivo.

  • Exemplo:

    • Incorreto (com contração): Apesar dos políticos serem corruptos.

    • Correto (sem contração): Apesar de os políticos serem corruptos.

Por que essa não contração ocorre? A justificativa gramatical é que "não existe sujeito preposicionado". No exemplo Apesar de os políticos serem corruptos, "os políticos" é o sujeito da oração de infinitivo "serem corruptos". Sujeitos não podem ser introduzidos por preposições.

O Acordo Ortográfico de 2009 (Base XVIII, 2º, b, Observação), mencionado no Portal da Língua Portuguesa, reforça esse uso gramatical:

"Quando a preposição de se combina com as formas articulares ou pronominais o, a, os, as, ou com quaisquer pronomes ou advérbios começados por vogal, mas acontece estarem essas palavras integradas em construções de infinitivo, não se emprega o apóstrofo, nem se funde a preposição com a forma imediata, escrevendo-se estas duas separadamente".

  • Mais exemplos do Acordo Ortográfico (sem contração):

    • a fim de ele compreender (e não a fim d'ele compreender ou a fim dele compreender).

    • apesar de o não ter visto (e não apesar d'o não ter visto ou apesar do não ter visto).

    • em virtude de os nossos pais serem bondosos.

    • o fato de o conhecer.

    • por causa de aqui estares.

Dúvida Comum e Contexto da Fala vs. Escrita Formal: É muito comum que, na fala cotidiana, a contração ocorra naturalmente. Muitos falantes brasileiros, por estarem acostumados à contração da preposição "de" com artigos em outras situações, acabam fazendo-a mesmo quando a norma culta não permite. Isso se dá porque a pronúncia de "de o" e "do" é, muitas vezes, a mesma ("do").

No entanto, para concursos públicos, provas de língua e redações formais, é imperativo seguir a regra normativa e evitar a contração nesses casos específicos. Um usuário do Reddit, RodrikDaReader, afirma que "na escrita, você deve evitar a contração nesses casos. Na língua falada, você pode falar como quiser.". E complementa: "no momento presente, ainda há aqueles que não fazem esta contração, seja na fala ou na escrita". Portanto, a distinção é crucial.

4.2. O Apóstrofo e os Plurais de Siglas/Acrônimos: Um Erro Muito Frequente!

Este é, sem dúvida, um dos erros mais difundidos e uma questão "certa" em provas que cobram ortografia e pontuação. A influência do inglês, onde o apóstrofo é usado para posse ou, coloquialmente, para plurais de letras/números (e.g., 70's), leva muitos a cometerem essa falha.

A regra é CLARA: NÃO se usa apóstrofo para marcar plural em siglas ou acrônimos na Língua Portuguesa.

  • Forma Incorreta (NUNCA USE!):

    • ONG's

    • PM's

    • CD's

    • DVD's

    • ex's

  • Forma Correta:

    • O correto é apenas o acréscimo de "-s" diretamente à sigla.

    • ONGs

    • PMs

    • CDs

    • DVDs

    • CNPJs

    • RGs

    • LGBTs

    • PECs

Lembre-se: o apóstrofo indica supressão de letra, mas NUNCA deve ser usado para plural. Esta é uma regra rígida da norma culta e um erro que, se cometido em uma redação de concurso, pode custar pontos preciosos.

4.3. Uso de Apóstrofo com Nomes Próprios (Pessoas e Lugares)

A questão sobre o uso do apóstrofo com nomes próprios de pessoas e lugares, como d’Andorra ou d’Albert Einstein, surge em discussões sobre o tema.

De acordo com as regras formais do Acordo Ortográfico, o apóstrofo é usado em contextos muito específicos com nomes próprios:

  • Em ligações de "Santo" e "Santa" a nomes do hagiológio, quando há elisão da vogal final: Sant'Ana, Sant'Iago. Lembre-se que, se se tornam unidades mórficas perfeitas, aglutinam-se sem apóstrofo (Santana de Parnaíba).

  • Em ligações de duas formas antroponímicas (nomes de pessoas) onde se elide a vogal final da primeira: Nun'Álvares, Pedr'Eanes.

Para a contração geral da preposição "de" com um nome próprio (seja de pessoa ou lugar), como em "Ele veio de Andorra" ou "As teorias de Albert Einstein", o apóstrofo não é geralmente empregado na norma culta. Os exemplos de aglutinação com apóstrofo do Acordo Ortográfico (Base XVIII, 1.a) referem-se a casos onde o elemento "pertence propriamente a um conjunto vocabular distinto" como títulos (d'Os Lusíadas). Nomes próprios comuns não se enquadram nessa categoria para uso do apóstrofo em contração simples de "de".

Radamés Manosso reforça que exemplos como "Lembro d’aquele rapaz" ou "Agiu d’um jeito estranho" (onde "aquele" e "um" são pronomes/artigos, mas a lógica se estende a nomes próprios sem artigo inicial) são inaceitáveis com apóstrofo. A consulta ao dicionário é que irá indicar os usos restritos. Portanto, o correto é "Ele veio de Andorra" e "As teorias de Albert Einstein", sem apóstrofo.

5. Erros Frequentes e Como Evitá-los: Dicas Práticas para a Escrita Perfeita

Além dos erros já mencionados, como o uso do apóstrofo em plurais de siglas, existem outras falhas comuns que podem comprometer a clareza e a correção da sua escrita.

5.1. O "Apóstrofo Falso": A Confusão com Outros Sinais

Um erro muito comum, especialmente na digitação, é a utilização de sinais incorretos no lugar do apóstrofo. Isso se deve, muitas vezes, à falta de uma tecla de fácil acesso para o apóstrofo tipográfico ( ’ ) em teclados.

  • Sinais Incorretos que NUNCA devem ser usados como apóstrofo:

    • Acento agudo ( ´ ): É um diacrítico usado para indicar a sílaba tônica ou abertura de vogal. Jamais use-o como apóstrofo.

    • Plica ( ′ ): Também conhecido como "minuto" ou "sinal de linha", é um símbolo usado em matemática, física ou para indicar minutos de arco/ângulo. Não é o apóstrofo.

    • Ápice ( ' ): Uma aspa simples ou apóstrofo reto, frequentemente usado como apóstrofo em teclados simples, mas que não é o apóstrofo tipográfico curvo ( ’ ). Embora o uso do ápice seja difundido devido à praticidade, o apóstrofo tipográfico curvo é o correto na tipografia profissional.

Como digitar o apóstrofo correto ( ’ ):

  • Windows: Segure a tecla Alt e digite a sequência numérica 0146 no teclado numérico.

  • Linux/Unix: Segure as teclas Ctrl e Shift simultaneamente enquanto digita a sequência U, 0, 2, B e C. Em alguns teclados, também pode ser Alt Gr + Shift + B.

5.2. Generalização Indevida de Contrações

Como vimos, o apóstrofo possui regras de uso muito específicas. Um erro comum é tentar aplicá-lo a qualquer contração ou elisão de vogal na preposição "de", ou de outras preposições, fora dos casos consagrados pelo Acordo Ortográfico.

  • Lembre-se: A aglutinação da preposição "de" com a palavra seguinte é restrita a casos dicionarizados, como pau-d'arco, onde a elipse do fonema /ê/ se tornou predominante na pronúncia. Fora dessas expressões consagradas, não se usa o apóstrofo para "marcar" uma elisão que ocorre na fala, como em Lembro d’aquele rapaz ou Agiu d’um jeito estranho, que são grafias incorretas.

A língua culta prioriza a clareza e a padronização. Se a regra não prevê o apóstrofo, a forma íntegra da palavra ou a contração já existente (como daquele, disso, dum, que são contrações padrão sem apóstrofo) deve ser utilizada.

6. Considerações Finais e Dicas para o Sucesso em Provas

Dominar o uso do apóstrofo na Língua Portuguesa é um passo importante para a excelência na escrita. Recapitulando os pontos mais importantes:

  • Distinção Fundamental: Tenha sempre em mente a diferença crucial entre apóstrofo (sinal gráfico de elisão) e apóstrofe (figura de linguagem de invocação). Essa é uma das questões mais básicas e recorrentes em exames.

  • Regras do Acordo Ortográfico: Foque nos cinco casos principais definidos pelo Acordo de 1990: cisão de contrações com títulos, realce de pronomes divinos, ligações "Santo/Santa" e antroponímicas, e compostos com a preposição "de". Entenda suas nuances e exceções, como a aglutinação em "Santana".

  • Contexto Formal vs. Informal: Saiba quando o apóstrofo é aceitável para representar a fala (em contextos informais ou literários) e quando não (em redações formais).

  • As Duas Grandes Pegadinhas de Concurso:

    1. A "não contração" da preposição "de" + artigo + substantivo + verbo no infinitivo. Lembre-se da regra "não existe sujeito preposicionado". Pratique exemplos como Apesar de os candidatos estarem preparados, e não Apesar dos candidatos estarem preparados.

    2. A proibição do apóstrofo em plurais de siglas/acrônimos. Formas como CD's ou ONG's são gramaticalmente incorretas em português. Sempre adicione apenas o '-s' (CDs, ONGs).

  • Evite os "Falsos Apóstrofos": Use o sinal correto ( ’ ) e não o acento agudo ou a plica.

Questões de Múltipla Escolha

  1. O apóstrofo é usado para:
    a) Marcar a junção de palavras idênticas
    b) Indicar a elisão de uma vogal em certas combinações de palavras
    c) Separar sílabas em uma palavra
    d) Alterar o significado de uma palavra
    e) Nenhuma das opções acima

  2. Em quais situações o apóstrofo não é usado?
    a) Em combinações de palavras distintas
    b) Em contrações com formas pronominais
    c) Em ligações com as palavras santo e santa
    d) Em uniões perfeitas de preposição e artigo
    e) Nenhuma das opções acima

  3. Qual é a função do apóstrofo em "Estrela-d’alva"?
    a) Indicar uma união perfeita
    b) Eliminar a preposição
    c) Eliminar o "e" da preposição "de"
    d) Separar duas palavras distintas
    e) Nenhuma das opções acima

Gabarito

  1. b) Indicar a elisão de uma vogal em certas combinações de palavras

  2. d) Em uniões perfeitas de preposição e artigo

  3. c) Eliminar o "e" da preposição "de"